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Brasil articula transferência de biotecnologia israelense

Brasil articula transferência de biotecnologia israelenseBRASÍLIA – A expansão de parcerias no campo dos medicamentos, insumos, vacinas e a inovação tecnológica pontuaram em Tel Aviv, nesta quinta-feira (2), as atividades da comitiva do Ministério da Saúde que está em Israel para expandir a cooperação econômica com o Brasil. Israel é hoje considerado o país com o maior volume per capita aplicado em desenvolvimento e inovação, e referência no desenvolvimento de medicamentos biológicos. Para discutir o assunto, o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, reuniu-se com o ministro da Economia, Naftali Bennett, e com a ministra da Saúde de Israel, Yael German.

O mercado de quase 200 milhões de brasileiros é o chamariz para novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) no país. É por intermédio delas que o Ministério da Saúde vem adquirindo mais medicamentos a custo reduzido e, ao mesmo tempo, obtém a transferência de tecnologia internacional para laboratórios do Brasil. Hoje há 64 parcerias já constituídas e envolvendo laboratórios públicos e privados. Juntas, elas representarão por ano uma economia de R 170 milhões em uma planta fabril no Ceará para a produção do medicamento no Brasil. A tecnologia do país do Oriente Médio ganha em competividade pelo baixo-custo dos processos produtivos, alto rendimento e risco zero de contaminação viral.

“Os medicamentos biológicos representam hoje 4% do que o Ministério da Saúde compra, mas ao mesmo tempo 40% do orçamento do ministério para compra de medicamentos. São produtos extremamente caros”, ponderou Padilha. “Então, a ideia é de aproveitar a janela de vencimento próximo de patentes de medicamentos para colocar no Brasil uma alternativa como essa, que garante acesso a produtos de alta tecnologia com menores custos”.

A previsão é de que no segundo semestre o medicamento já esteja disponível para os pacientes brasileiros no âmbito da parceria. A economia para os cofres públicos, somente nesta PDP, é de mais de R 4 bilhões pelo governo brasileiro na inovação tecnológica também foi apresentado. É um projeto que articula financiamento e poder de compra do Ministério da Saúde para o desenvolvimento nacional.

O foco da interação se voltou para estimular a contribuição da TEVA na produção de princípios ativos no Brasil, em parceria com instituições nacionais. A ação visa reduzir o déficit comercial brasileiro, que hoje está em US$ 5 bilhões/ano somente com esse segmento produtivo.

GRANDES EVENTOS – No encontro da comitiva com a ministra da Saúde de Israel, outro destaque foi a preparação do Brasil para eventos futuros, como a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. A comitiva visitou o Centro de Simulação de Israel, onde mais de 6 mil pessoas já foram treinadas para agir em situações de risco ou crise. O ministro Padilha prevê que esse tipo de treinamento possa ser aplicado com equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e nas urgências e emergências de hospitais.

Com vistas a essa preparação, a Força Nacional do SUS já capacitou 300 profissionais em 2012 e mais 1.000 serão capacitados em 2013 para atuar em grandes eventos, situações de calamidade, desastres e desassistência. O Ministério da Saúde ainda dispõe de um plano de capacitação, executado com o apoio dos hospitais de excelência. A primeira aplicação será na Copa das Confederações, este ano.

Ainda é prevista a capacitação de 1.600 médicos e enfermeiros nas diretrizes do Protocolo de Atendimento Hospitalar em IAM (Infarto Agudo do Miocárdio), AVC e Trauma, e treinamento de 4 mil médicos e enfermeiros no atendimento de emergências cardiovasculares. Já foram capacitados 1.763 profissionais e outros 2.493 estão em treinamento.

Também participam da missão a Israel o chefe Assessoria Internacional do Ministério da Saúde, Alberto Kleiman, e o assessor da presidência da Anvisa, Ivo Bucaresky.

Fonte: Ministério da Saúde, 06.05.2013

Observação da redação: este artigo foi modificado em 25.09.2017

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