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Câncer de mama: comer peixes gordurosos pode reduzir o risco

Câncer de mama: comer peixes gordurosos pode reduzir o riscoPARIS – O consumo de ácido graxo ômega-3 proveniente de peixes gordos, como salmão, atum ou sardinhas, uma ou duas vezes por semana pode reduzir o risco de câncer de mama, de acordo com uma análise divulgada no fim de junho. O câncer de mama é um dos mais comuns em todo o mundo.

Embora vários estudos já tenham reportado o papel protetor do ômega-3 para doença cardiovascular, pesquisadores chineses revisaram 26 estudos envolvendo 800.000 mulheres e cerca de 20 mil casos de câncer de mama, realizados nos Estados Unidos , Europa e Ásia.

Eles demonstraram que o consumo de uma a duas porções de peixe gordo por semana foi associado com uma redução de 14% no risco de câncer de mama.

Quatro tipos de ômega-3

De acordo com a equipe liderada pelo professor Duo Li da Universidade de Zhejiang, um aumento de 0,1 g de ômega-3 de peixes por dia reduziu o risco de câncer de mama em 5%.

Os ácidos graxos ômegas-3 são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do corpo humano. Existem quatro tipos conhecidos pelas iniciais: EPA, DHA, DPA, encontrado principalmente em peixes gordos (salmão, atum, cavala, arenque, sardinha e anchova) e ALA, encontrado em óleos vegetais (noz, óleo de colza, soja, linho) e em uma menor quantidade em carnes, lacticínios ou ovos.

Em seu estudo, publicado na revista “British Medical Journal”, os pesquisadores chineses observam, no entanto, que somente o ômega-3 de origem marinha possui associação com um risco reduzido de câncer de mama, nenhuma “associação significativa” foi observada com outros ômegas-3.

Menor risco na Ásia

Eles também salientaram que “o risco foi menor na populações asiáticas, provavelmente porque o consumo de peixe é muito maior do que o observada nos países ocidentais”.

O câncer de mama é um dos mais frequentes em todo o mundo. Em 2008 ele representou, de acordo com o estudo, cerca de 23% de todos casos de câncer e 14% das mortes.

De acordo com vários estudos publicados nos últimos anos, a dieta e o estilo de vida podem desempenhar um papel no desenvolvimento deste câncer ao lado de fatores genéticos, cada vez mais bem conhecidos, tal como mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, que predispõem ao câncer de mama.

Leia também: câncer de mamaômega 3soja

Criasaude.com.br, 8 de julho de 2013.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 25.09.2017

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