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Alzheimer – fumar bastante na casa dos cinquenta anos dobraria o risco de demência

Alzheimer - fumar bastante na casa dos cinquenta anos dobraria o risco de demênciaWASHINGTON – Fumar muito entre os 50 e 60 anos pode dobrar o risco de desenvolver o mal de Alzheimer e outros tipos de demência vinte anos depois. Essa foi a constatação de uma pesquisa publicada nos Estados-Unidos, feita por médicos finlandeses.

O Dr. Minna Rusanen, da Universidade da Finlândia do Leste e do hospital universitário de Kuopio, e os seus colegas analisaram os dados médicos de 21’123 membros de um sistema de cuidados, que participou de uma pesquisa feita entre1978 e 1985, quando estes membrostinham entre 50 e 60 anos.

Os diagnósticos do mal de Alzheimer e dos outros tipos de demência foram feitos entre janeiro de 1994 e fim de julho de 2008, quando os pacientes tinham em média 71,6 anos, segundo este comunicado divulgado na edição online dos Archives of Internal Medicine, publicada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA).

No total, 5367 participantes (25,4%) deste estudo foram diagnosticados com alguma demênciadurante um período de acompanhamento de 23 anos, sendo que 1136 deles foram diagnosticados com Alzheimer e 416 com demência vascular.

Dois maços por dia

Entre os pacientes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro ao dia por volta dos cinquenta anos corriam um risco muito alto de sofrer de demência e principalmente de Alzheimer,se comparadosaos não-fumantes.

Antigos fumantes com cerca de cinquenta anos ou aqueles que fumavam menos da metade de um maço de cigarros não pareceram ter mais riscos. Conforme os pesquisadores, a relação entre o tabagismo e a demência não obteve variação em função da raça ou do sexo da pessoa.

O ato de fumar é um fator de risco de ataque cerebral bem conhecido e também pode contribuir com o risco de demência vascular com os mesmos mecanismos. Além disso, o tabaco contribui com o estresse e a inflamação dos vasos, os quais, acredita-se que exerçam um papel fundamental no desenvolvimento do mal de Alzheimer.

Controvérsia

No entanto, «a relação entre o fumo e o mal de Alzheimer…é objeto de controvérsias, pois algumas pesquisas levam a pensar que o cigarro minimizaria o risco do declínio congnitivo», relatam os autores deste comunicado.

Por fim, eles concluem que o seu estudo «é o primeiro a estabelecer a relação entre o alto risco do desenvolvimento de demência em um longo prazo e, portanto, do Alzheimer, nas pessoas que fumaram muito entre 50 e 60 anos, e isso em um grupo multiétnico estendido.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 25.09.2017

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