SAO PAULO – O acesso aos tratamentos antirretrovirais (TAR) tem permitido inúmeras pessoas com HIV / AIDS possuir um olhar diferente sobre a doença. Os países de renda baixa e intermediária também obtiveram queda na mortalidade devido ao aumento de 1,6 milhões de beneficiados pelo tratamento em 2013.
Um progresso espantoso na África
A África faz parte das zonas mais afetadas pela infecção do HIV, com numerosas dificuldades socioeconômicas, culturais, epidemiológicas e sanitárias ainda encontradas na luta contra a AIDS. Apesar dos obstáculos, a África tem registrado o aumento importante no número de pessoas com acesso ao TAR em 2013. Segundo relatório de 2013 da OMS (fonte:http://www.who.int/hiv/data/ARTmap2013.png?ua=1) 7.540.000 pessoas recebem o tratamento no continente africano.
O TAR acessível a 15 milhões de pacientes em 2015
Segundo a OMS, o objetivo é permitir que 15 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo TAR em 2015. Apesar do progresso atingido hoje, ainda resta obter um maior equilíbrio entre a distribuição da população beneficiada, que apresenta menos homens, crianças, adolescentes e pessoas em risco em benefício de mulheres e mulheres grávidas portadoras do HIV.
Uma queda notável na mortalidade pela AIDS
O maior acesso ao TAR permitiu reduzir drasticamente a taxa de mortalidade pelas doenças da AIDS. De acordo com estimativas da OMS, mais de 4,2 milhões de mortes podem ter sido evitadas em 10 anos nos países de renda baixa e intermediária. Esta melhora na expectativa de vida é igualmente acompanhada pela menor incidência de novas infecções e isso graças à efetiva prevenção pelo TAR, que se mostra cada vez mais eficaz. De acordo com dados, mais de 800.000 infecções foram evitadas em crianças entre o ano de 2005 e 2012.
Atenção ao momento da doença, uma garantia de eficácia
Além dos esforços de implantação do uso do TAR, as ações de triagem são cruciais para iniciar o tratamento no momento mais favorável. Vale lembrar que o tratamento antirretroviral deve ser colocado em prática durante certo estágio de evolução da doença. Isto significa no momento em que a taxa de CD4 não está tão baixa ainda. Infelizmente, na maior parte dos países de baixa renda e de renda intermediária, mais de 25% da população portadora do vírus começa o TAR tardiamente.
Apesar dos avanços em relação à triagem e tratamento, ainda existem muitas regiões, principalmente na África, onde a população não tem acesso ao diagnostico e tratamento da AIDS. Portanto, ainda há muito a fazer e investir em relação a esta doença.
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© Redação do Criasaude.com.br, 27 de janeiro de 2014