Dipirona sódica
RESUMO SOBRE DIPIRONA SODICA
A dipirona sódica (metamizol) faz parte da classe dos antiinflamatórios não esteroidais (AINES), é um dos medicamentos mais usados no Brasil e não precisa de receita médica. Em outros países como Portugal, México, Espanha, Rússia, entre outros, seu uso também é bastante popular.
A molécula do metamizol possui efeito analgésico e antitérmico. Geralmente apresentado sob forme de comprimidos os em gotas.
Em alguns países como nos Estados Unidos e Suécia o uso da dipirona foi proibido desde a década de 70, devido ao risco reações hematológicas como agranulocitose e anemia aplástica. Pelos mesmos motivos a maioria dos países da União Européia, o Japão e a Austrália também suspenderam sua venda. (Ver mais em: efeitos adversos)
SOBRE A MOLÉCULA
Nome químico: ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4-metilaminometanossulfônico
Nomes da molécula: dipirona sódica, metamizol sódico, metanosulfonato sódico.
Nomes comerciais: Algirona, Anador, Analgesil, Analgex, Apiron, Conmel, Difebril, Dipidor®, Dipigina, Dipimed, Dipiran,Dipirona Sódica (genérico), Dipiroterm, Diprin, Doralex, Dorfebril, Doliran, Dorona, Lisador®, Lomdor, Magnopyrol, Maxiliv,Neosaldina®, Nofrebrin, Novagreen, Novalgina®, Pirofebran,Salindor, Termopirona, Termoprim, Toloxin.
DOSE
Geralmente é usada a dose de 500mg a 1g para adultos. Dose máxima: 4g por dia.
A dose para crianças menores de 15 anos irá depender do peso. (Ver a bula do medicamento)
POSOLOGIA
Pessoas a cima de 15 anos: 30 a 60 gotas ou 1 a 2 comprimidos de 500mg ou 1 supositório, entre 1 a 4 vezes ao dia.
Para crianças menores que 15 anos é recomendado o uso de dipirona líquida, verificar a dose pelo peso da criança na bula do medicamento.
INDICAÇÕES
Dor, febre, dores renais, analgésico pós operatório, suspeita e sintomas de dengue
EFEITOS
Analgésico e antitérmico
Seus efeitos são devido à inibição da síntese de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos, e pela inibição reversível e irreversível da enzima ciclooxigenase (COX 1 e 2). Tendo efeito tanto no sistema nervoso central quanto no sistema nervoso periférico.
EFEITOS ADVERSOS
– urina avermelhada (não é preocupante)
– queda da pressão arterial (hipotensão), principalmente em pessoas susceptíveis a hipotensão
– reação de hipersensibilidade, geralmente logo após o uso, incluindo reações na pele (urticárias, vermelhidão, ardor, etc), problemas de respiração e queda da pressão sanguínea
– reações hematológicas * (leucopenia, agranulocitose e trombocitopenia). Sinais que podem indicar essas alterações são: inflamações na garganta, calafrios, febre alta e tendência a sangramentos.
* Em 2001 a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) realizou um o “Painel Internacional de Avaliação da Segurança da Dipirona” onde foi concluído que a dipirona apresenta a segurança e a eficácia necessárias para continuar a ser comercializada no Brasil como um MIP (medicamento isento de prescrição).
Existem diversos estudos sobre o risco de agranulocitose com o uso de dipirona, estima-se que haja 1,5 casos por milhão, em termos de saúde pública, pode ser considerado um risco muito baixo. Em relação ao risco de anemia aplástica, os estudos são mais controversos ainda, muitos indicam que não há ligação entre o uso da dipirona e a anemia aplástica.
CONTRA-INDICAÇÕES
A dipirona sódica não deve ser utilizada em casos de:
– hipersensibilidade a dipirona sódica
– algumas doenças metabólicas: porfiria hepática aguda intermitente (risco de crises) e deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise)
– doenças hematopoéticas (anemias, agranulocitoses, leucemias, etc)
– hipersensibidade ou reações anafiláticas a outros AINS (salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, etc)
– crianças com menos de 3 anos ou que pesam menos de 5 Kg (comprimidos e gotas)
– crianças com menos de 4 anos ou que pesam menos de 16 Kg (supositório)
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Ciclosporina: pode haver diminuição da concentração de ciclosporina com o uso concomitante de dipirona
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
– A dipirona não deve ser tomada nos 3 primeiros e nos 3 últimos meses de gravidez. Entre o 4º e 6º mês pode ser tomado sob orientação médica.
– Deve-se evitar amamentação durante as 48 horas após o uso do medicamento.
APRESENTAÇÕES FARMACÊUTICAS
– Comprimido 500mg
– Solução oral/Gotas 500mg/ml
– Solução injetável (Ampola 2ml) 500mg/ml
– Supositório 300mg (infantil) e 1’000mg (adulto)
SUPERDOSAGEM
– Os sintomas da intoxicação ou superdosagem com dipirona sódica são: náuseas, vômitos, dor abdominal, insuficiência renal. Poucos casos apresentam sonolência, vertigem, convulsões, queda da pressão e taquicardia. Além da urina avermelhada.
– Não há antídotos, deve-se tentar eliminar o excesso de dipirona ingerido, podendo ser feita lavagem estomacal e tratamento com carvão radioativo para diminuir a absorção.
DICAS
– Em caso de pessoas idosas, recomenda-se ficar atendo ao risco de insuficiência hepática e renal.
– A dipirona não deve ser utilizada cronicamente (por longos períodos) e nem em doses elevadas.