SÃO PAULO – A prática da corrida oferece diversas vantagens para a saúde. Além de ajudar na perda de peso e queima de gordura, a corrida garante condicionamento físico, melhora da atividade cardíaca, aumento da oxigenação do sangue, eliminação de toxinas através do suor, diminuição de doenças cardíacas e prevenção de diversas doenças crônicas, como diabetes e colesterol alto. Entretanto, por ser um esporte de alto impacto, muitas pessoas não sabem como começar a correr e acabam se lesionando e desistindo da prática. Além disso, dúvidas surgem com relação ao tempo em que se deve correr, velocidade e distância. Esse artigo busca esclarecer algumas dúvidas comuns sobre essa atividade física.
Se preparando para correr
Antes de começar de fato a correr, consulte um médico ou um educador físico para saber se você não tem nenhuma contraindicação. Por ser uma atividade física de grande impacto e que movimenta muitos músculos, é importante saber se você não possui nenhuma lesão em articulações, problemas cardíacos ou musculares.
Tão importante quanto saber se o seu corpo está preparado para a corrida é ter os equipamentos certos para a atividade. O principal aliado do corredor é um bom par de tênis. Além de serem confortáveis e leves, tênis de corrida devem se adequar aos seus pés durante o movimento. Diversas lojas de esporte fazem testes para saber qual o tênis mais adequado para cada tipo de pisada.
O tipo de roupa a ser usado também é importante. Prefira tecidos leves que permitam você transpirar e, assim, reduzir a temperatura do corpo. Evite roupas pesadas como calça jeans ou tecidos que não absorvam o suor.
Uma dica importante é começar devagar e respeitar o corpo. Como o esporte mobiliza muitas articulações, não é recomendado começar correndo rápido, seja na esteira ou na rua. Um bom esquema é começar com caminhadas e ir aumentando o ritmo aos poucos. ATENÇÃO: caso você sinta alguma dor em alguma articulação, pare imediatamente.
Por fim, é importante escolher onde correr: na rua ou na academia. As esteiras são geralmente indicadas para iniciantes ou pessoas que sofrem de alguma lesão. Apesar de ser menos dinâmica e o esforço ser menor, a esteira tem a vantagem de um controle preciso da velocidade, além de ser excelente para exercícios intervalados, com variação de velocidade. Já na rua, o impacto é maior e o gasto energético também. Especialistas indicam a combinação para obter o máximo de vantagem dos dois tipos de corrida.
Correr por quanto tempo?
A duração da corrida varia de acordo com o seu intuito, seja perder peso, melhorar condicionamento físico ou treinar para maratonas.
Muitos especialistas indicam correr cerca de 30 minutos a 75-80% da frequência cardíaca máxima para promover gasto energético e queima de calorias. Quanto maior a duração, maior será o gasto calórico.
Entretanto, um estudo publicado no Journal of American College of Cardiology em 2014 descreveu que correr 10 minutos 5 vezes por semana ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas. Os autores apontam que não é preciso correr quilômetros para manter a boa saúde, e que menos de 50 minutos por semana e uma distância menor que 9 quilômetros já são suficientes para reduzir a mortalidade.
No caso de treinos específicos (maratonas, corridas de tiro, etc), é importante ter um acompanhamento de um profissional que te orientará sobre a duração da atividade, nível de intensidade e distância.
O importante é manter uma rotina e correr constantemente, pelo menos 3 vezes na semana. O emagrecimento e o condicionamento físico virão com o tempo e persistência.
Mais benefícios da corrida
Além dos citados acima, a prática de corrida também ajuda a:
– Melhorar o padrão de sono.
– Melhorar o humor.
– Acelerar o metabolismo, auxiliando a perda de peso.
– Deixar os ossos mais fortes.
– Melhorar a consciência corporal.
– Estimular a libido.
– Melhorar a saúde vascular e do coração.
Além disso, a corrida é um esporte simples e barato que pode ser praticado por todas as idades. Lembre-se, entretanto, de sempre consultar um profissional antes de iniciar os seus treinos.
09 de Março de 2015. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico). Fotos: Criasaude