SÃO PAULO – Uma modelo brasileira de 27 anos morreu em 19 de outubro após lipoaspiração em uma clínica especializada no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. A jovem garota morreu devido a uma perfuração do fígado e após uma hemorragia interna, segundo fontes policiais. Uma investigação foi iniciada.
O jornal Folha de São Paulo revela, em sua edição de 30 de outubro de 2012, que a jovem perdeu muito sangue e sofreu uma parada cardiorrespiratória. O caso foi revelado para a mídia alguns dias após o ocorrido.
Outro brasileiro morreu em 2012 após uma lipoaspiração em uma clínica nos Estados Unidos e uma mulher morreu em um hospital no Rio Grande do Norte. Em 2008, para o qual existe uma estatística, havia pelo menos 6 mortos no Brasil.
O Brasil, depois dos Estados Unidos, é o segundo país no mundo que pratica o maior número de cirurgias plásticas. Sendo que a lipoaspiração é a cirurgia plástica mais praticada no Brasil. Em 2009, chegou a 200.000 o número de lipoaspiração realizado no país.
Os principais riscos da lipoaspiração
Para além da perfuração de um órgão tal como neste caso, os principais riscos e complicações da lipoaspiração pode ser uma embolia (especialmente a temida embolia pulmonar), anemia (especialmente se o médico remove uma grande quantidade de gordura) , ruptura de vasos sanguíneos ou infecção com sépse.
Riscos estatísticos
A lipoaspiração não é uma operação perigosa, estatisticamente há mais probabilidades de sofrer um acidente de carro (mais de um milhão de mortes por ano em todo o mundo). O FDA disse em um relatório, nos Estados Unidos, que o risco de morte após lipoaspiração é cerca de 3 mortes por 100.000 cirurgias. Em comparação, no Brasil os mortos por homicídio chegam a mais de 20 por 100.000 habitantes, aproximadamente 45.000 mortes por ano, mais ou menos o mesmo número de mortes por acidentes de carro.
Por Xavier Gruffat, farmacêutico. Foto: © Franck Boston – Fotolia.com