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Pessoas com alergias alimentares sofrem mais durante as festividades de final de ano

WINSTON-SALEM (CAROLINA DO NORTE, EUA) – Para as pessoas com alguma alergia alimentar, a final de ano pode ser problemático devido à variedade e complexidade das comidas servidas nesta época. Nos EUA, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, CDC) estimam que as alergias alimentares afetam até 6% das crianças e 4% dos adultos. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), de 6 a 8% das crianças apresentam alergias alimentares verdadeiras, e entre os adultos esse índice é de 2 a 3% da população geral.

Segundo o Dr. Howard Mell, professor assistente de medicina de emergência no Wake Forest Baptist Medical Center, em Winston-Salem, Carolina do Norte (EUA): “Muitas reações alérgicas a alimentos ocorrem dentro de minutos. Dentre os alérgenos mais conhecidos encontrados estão os amendoins, nozes, soja, peixe, camarão, trigo e leite. Mas, mesmo que os ingredientes de alimentação primárias sejam bem tolerados, certos aditivos alimentares, especiarias e corantes também podem conduzir a reações alérgicas”.
Durante as festas de fim de ano, a probabilidade de consumir alimentos com potencial alérgico aumenta, uma vez que as refeições servidas nessa época não são as que consumimos diariamente.
Os sintomas da alergia alimentar variam muito de uma pessoa para outra, podendo ser desde uma dor de estômago ao inchaço dos lábios, língua ou garganta. “Sintomas graves, isolados ou em combinação com sintomas mais leves podem ser um sinal de anafilaxia e requer tratamento de emergência”, explica Dr. Mell.
Em um artigo do hospital em Wake Forest Baptist Medical Center, Dr. Mell oferece boas dicas para lidar com as alergias alimentares. O fato de sua própria filha ser portadora de alergia alimentar reforça seu interesse para entender melhor e evitar que esse tipo de condição:

– Se você vai a uma festa de fim de ano com uma criança ou membro da família que sofre de alergias, levar com você pelo menos um prato que possa ser consumido pela pessoa alérgica se nenhum alimento presente possa ser ingerido.

– Preste atenção às alergias cruzadas. Por exemplo, uma proteína de amendoim pode permanecer presente em um bolo ou uma superfície de trabalho por até 5 horas, desencadeando uma reação alérgica em quem tem alergia ao amendoim.

– As pessoas com alergias alimentares devem sempre portar um auto-injetor de epinefrina, um poderoso antialérgico para emergências. É também importante que os demais ao redor saibam utilizá-lo.

– Se você estiver preparando uma refeição para um grande público, manter todos os alimentos preparados na embalagem original, para que seus clientes possam controlar cada ingrediente e monitorar qualquer potencial alérgico.

07 de dezembro de 2015. Texto escrito por Xavier Gruffat (farmacêutico) e traduzido por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fontes: Comunicado de imprensa da Wake Forest Baptist Medical Center,  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Observação da redação: este artigo foi modificado em 06.12.2015

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