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Impetigo

Resumo sobre impetigo

Impetigo é a doença bacteriana de pele mais comum em crianças, especialmente no verão. Os germes responsáveis mais comuns são geralmente Staphylococcus aureus e Estreptococos beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes). Esta infecção é mais encontrada em países em desenvolvimento, onde o estilo de vida é mais precário, especialmente em países de clima quente e úmido.

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Em geral, aqueles com maior suscetibilidade de desenvolver esta doença são as crianças menores de 10 anos, que frequentam locais coletivos (escolas e creches). Esta doença de pele é altamente contagiosa por contato direto com as lesões ou objetos contaminados (roupas, mãos), é absolutamente necessário às pessoas contaminadas ficarem em isolamento durante toda a infecção ou 48 horas após o início da antibióticoterapia por via oral. No que diz respeito aos adultos, os indivíduos imunocomprometidos e diabéticos são mais propensos a desenvolver a doença. Estes últimos podem desenvolver um caráter mais grave como o ectima, lesão mais profunda na pele, que pode levar à formação de cicatrizes. ¨

Os sintomas desta doença são muito característicos: erupções cutâneas sob a forma de eritema, seguido pelo aparecimento de bolhas com a formação de crostas melicéricas (cor de mel). A princípio, o estado geral é bom, o paciente não apresenta febre ou apresenta de forma leve.

Estes sintomas geralmente são suficientes para o diagnóstico. Uma amostra bacteriológica para identificação do organismo causador é necessária nos casos de impetigo recorrente.

O tratamento de impetigo se resume principalmente em limpar a pele com sabão e água, secagem e aplicação de creme antibiótico. Quando as lesões são extensas, a utilização de um antibiótico via oral é necessária.

É possível a utilização de tratamentos alternativos para o impetigo, mas devem ser utilizados como complemento ao tratamento com antibióticos. O óleo essencial de árvore do chá misturado com óleo essencial de lavanda e óleo vegetal de amêndoa doce tem sido uma loção anticéptica e cicatrizante muito eficaz. A única precaução é a sensibilidade conhecida a estas plantas.

Para a prevenção do impetigo é útil limpar qualquer ferida, seja um arranhão, uma injúria, porque representam uma porta de entrada às bactérias responsáveis por essa infecção cutânea. Além disso, é absolutamente necessário evitar o contato com qualquer pessoa doente, porque esta doença é particularmente contagiosa.

Definição

Definição de ImpetigoO impetigo é uma infecção causada por Staphylococcus e Streptococcus Impetigo é uma dermatose epidérmica. Na verdade, ela afeta a pele, formando lesões na forma de bolhas, rodeados por ulcerações. As bolhas se enchem de pus e estouram. As lesões são, então, transformadas em uma crosta amarelada. É uma doença muito comum e muito contagiosa, especialmente entre as crianças.
As lesões são essencialmente no rosto. Eles também são encontrados nas mãos, pescoço e couro cabeludo.
Como o impetigo afeta somente a epiderme, não há cicatrizes, a crosta desaparece após o tratamento.
Fala-se de impetigo bolhoso, mais comum em crianças, quando as lesões estão pouco inflamadas, e é geralmente causado por Staphylococcus aureus.

O impetigo pode às vezes se transformar em ectima, uma forma grave. As lesões são mais graves: mais inflamadas e mais ulceradas. Em geral, o ectima desenvolve em pessoas cujo sistema imunológico “está baixo”. O agente causador da ectima é sempre os Streptococcus.

Quanto àqueles que já sofrem de doenças de pele como eczema, sarna ou herpes, há uma superinfecção com impetigo, o qual se chama de impetiginização. Esta forma de impetigo é mais comum em adultos.

O impetigo é uma doença bacteriana comum em lactentes e crianças. É também a doença de pele causada por bactérias mais comum nesta faixa etária (crianças e bebês). Embora esta doença seja benigna, é necessário cuidar rapidamente da criança doente, e toda a comunidade (família, ambiente escolar), por ser altamente contagiosa. Aparece principalmente no verão, quando há períodos de epidemias. De fato, o clima quente e úmido desta época favorece a transmissão da doença.

Epidemiologia

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta infecção de pele é mais comum em países em desenvolvimento, muitas vezes devido à falta de higiene. Além disso, o clima quente e úmido permite a transmissão dos germes responsáveis, os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e Staphylococcus aureus. As lesões características de impetigo podem se desenvolver na pele intacta (saudável), mas cada lesão (por um jogo ou por picadas de mosquito) representa uma porta de entrada para as bactérias responsáveis por esta doença.

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Além das crianças, os indivíduos imunodeprimidos também podem sofrer de impetigo, mas nestes casos, muitas vezes lidam com o ectima, forma mais grave de impetigo.

De acordo com a Agência de Saúde Pública do Canadá, mais de 100 milhões de casos de impetigo são relatados em todo o mundo anualmente.

Causas

As bactérias responsáveis pelo impetigo são os estreptococos, bactérias que podem estar presentes no corpo, principalmente nas narinas. Esta doença cutânea bacteriana é mais comumente causada pelos estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (Streptococcus pyogenes) e, mais raramente Staphylococcus aureus. Estes tendem a ser mais encontrados em recém-nascidos e lactentes.

Seu modo de transmissão difere um pouco de acordo com a bactéria responsável. Os estreptococos beta-hemolíticos são transmitidos pelo contato direto com as lesões, enquanto os Staphylococcus aureus são transmitidos pelo contato com as lesões contaminadas e com objetos contaminados (roupa, mãos sujas).

O tempo de incubação é de 1 a 10 dias.

Como o impetigo é uma doença comum e altamente contagiosa, é preciso isolar os doentes. As pessoas mais afetadas por impetigo são crianças e bebês. Assim, uma vez diagnosticadas, essas crianças devem sair da escola durante o tratamento. É prioritário o afastamento dos bebês, população especialmente suscetível a infecções. Os pacientes ainda estão contagiosos um a dois dias depois do início da antibioticoterapia por via oral. O Ministério francês de Assuntos Sociais e da Saúde recomenda um afastamento de 72 horas após o início da terapia com antibiótico, quando as lesões são extensas e não podem ser protegidas.

Os pais devem notificar a escola para que a infecção não se espalhe ainda mais.

Pessoas em risco

– Em geral, o impetigo é uma doença que afeta principalmente crianças e bebês. Esta é a doença bacteriana da pele mais comum em crianças. Impetigo é uma doença altamente contagiosa, parentes de crianças estão altamente expostos . Assim, os grupos de risco são: pais, irmãos, colegas de classe.

Portanto, é essencial que a criança doente seja colocada em quarentena, ao primeiro sinal da doença. Os pais devem notificar prontamente as classes envolvidas. Nas creches, deve-se garantir que as crianças doentes não entrem em contacto com bebês, que representam uma população frágil e sensível.

O impetigo é mais comum em países em desenvolvimento, onde o estilo de vida é muitas vezes precário. O clima também desempenha um papel no risco de infecção, pois as bactérias responsáveis por esta infecção se desenvolvem mais facilmente em climas quentes e úmidos. Vale lembrar também que o período de contágio da doença em países de clima temperado (países ocidentais), é no verão, estação quente, época de epidemias em comunidades, tais como creches e escolas.

Diabéticos e indivíduos imunocomprometidos frequentemente desenvolvem um impetigo mais sério, mais pronunciado, chamado de ectima.

Sintomas impetigo

Sintomas impetigo

Impetigo é uma doença de pele, os sintomas são principalmente cutâneos. Normalmente não há manifestação geral (febre e dor, estado geral de saúde é muito bom).

Os sintomas são os seguintes:

– Fase eritematosa (pele vermelha)

– Aparecimento de bolhas superficiais (bolhas pequenas ou grandes), rodeadas por um círculo vermelho. É o halo inflamatório característico da doença. Esta fase, por vezes é pouco visível, mas evolui rapidamente da seguinte forma:

– Pus nas bolhas (bolhas pioradas e tornam-se enrugadas)

– As bolhas estouram deixando crostas amareladas semelhantes a mel (chamadas crostas melicéricas). Essas crostas são características do impetigo e auxiliam no diagnóstico médico.

– Coceira

– Adenopatia (inflamação dos gânglios linfáticos)

Essas bolhas podem aparecer na face, orelhas, couro cabeludo, pescoço e mãos.

Em geral, as lesões aparecem primeiramente nos orifícios faciais: boca, nariz. Então, generalizam-se para o rosto e às vezes o resto do corpo.

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As lesões em geral são pequenas (tamanho das bolhas e depois das crostas), mas quando há complicações, podem se tornar mais amplas por difusão e pela contaminação ao coçar com as mãos sujas.

Diagnóstico

O médico irá analisar as lesões a fim de detectar os sintomas de impetigo. De fato, o impetigo é uma infecção bacteriana da pele por estreptococos e estafilococos, causando bolhas, vermelhidão e coceira características. As bolhas estouram, deixando crostas amareladas, com exsudação, de cor de mel. São conhecidas como crostas melicéricas e particularmente características da doença. No entanto, normalmente não há febre ou outros sinais gerais. O médico irá fazer perguntas adicionais para traçar a história da doença, a progressão das lesões e evitar que se propague.

Os Staphylococcus aureus são frequentemente a causa de impetigo nos bebês e recém-nascidos.

No caso de ectima, no entanto, trata-se principalmente de estreptococos.

Em princípio, nas formas de impetigo benignas (exceto ectima), não é necessário realizar cultura das lesões, a fim de determinar o agente causador do impetigo e para confirmar o diagnóstico. Este teste será feito somente nos casos mais graves, quando o impetigo é recorrente ou quando há ectima (forma grave de impetigo, lesões mais ulcerativas e com mais crostas). O médico irá realizar uma coleta nas lesões, bem como nas narinas, local em que geralmente se encontra esse tipo de bactéria.

Complicações

Em geral, o impetigo se cura muito bem, apesar de sua auto-disseminação fácil na pele do doente. O impetigo é tratado com antibióticos sob a forma de creme ou comprimido.

Além disso, devido às bolhas causadas pelo impetigo afetarem somente a epiderme, não há cicatrizes.

A principal complicação do impetigo é uma epidemia. Com efeito, dado que está doença é altamente contagiosa. Este é o momento de ruptura das bolhas cheias de pus, causando a liberação das bactérias que causam o impetigo, sendo essas Staphylococcus e Streptococcus. Assim, a propagação da doença deve ser temida. Razão pelo qual o médico deve determinar a história completa da doença, a fim de proteger o local de trabalho, creche, escola e família, em que o paciente convive.

Quando o impetigo é causado por Streptococcus, deve ser atentar para os possíveis danos nos rins, devido às proteínas M, secretada por certos Streptococcus.

A doença não se generaliza para todo o corpo (exceto a pele). Razão pelo qual, sem tratamento, pode aparecer o ectima (forma mais acentuada da doença), e ainda uma adenopatia.

Após a infecção, o impetigo pode conduzir em alguns casos a um risco de desenvolver doenças renais ou febre reumática.

Tratamentos

Normalmente, o impetigo é uma doença benigna. Os critérios para definir a gravidade da doença sã

– As lesões menos extensas do que a área coberta por ambas as palmas das mãos;

– Menos de cinco pontos sobre o corpo coberto por lesões;

– Ausência de sintomas como febre ou outras infecções;

– Progressão lenta das lesões;

Quando estes critérios estão preenchidos, falamos de impetigo benigno.

O tratamento consiste em várias etapas muito específicas:

– Cuidados e higiene;

– Quarentena e proteção do ambiente do paciente (família, e principalmente a escola);

– O tratamento, tais como; tratamento local ou oral;

– Prevenção de glomerulonefrite, a principal complicação do impetigo estreptocócica.

Cuidados e Higiene

O paciente pode lavar com sabão e água, permitindo a eliminação de bactérias e crostas. Em seguida, pode-se aplicar uma pomada antibiótica, se o tratamento for local. Caso contrário, a vaselina é suficiente para passar nas crostas, se o paciente fizer um tratamento oral com antibióticos.

Quarentena e proteção do ambiente do paciente

Se o paciente é tratado com antibióticos por via oral, é necessário que ele seja colocado em quarentena por 48 horas, porque depois já não é mais contagioso. Ao contrário, não é esse o caso quando o tratamento for local (creme de antibiótico). Neste momento, o paciente deve ser colocado em quarentena até quando houver o risco de transmitir a doença.

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O tratamento com antibióticos

O impetigo é uma doença infecciosa, é tratável com antibióticos tópicos ou orais. Se o impetigo é extenso, é preferível a via oral.

Quando o impetigo é benigno, isto é, as lesões não são tão pronunciadas, nem muito grande, um antibiótico de uso tópico (em creme) é suficiente. Os antibióticos eficazes neste caso sã o ácido fusídico, mupirocina ou gentamicina. O tratamento dura de 5 a 10 dias, em razão das 3 aplicações por dia que são feitas nos adultos e, geralmente, duas vezes por dia nas crianças.

Se não ocorrer melhora após 48 horas de tratamento local, será necessário estabelecer um tratamento geral com antibióticos, por via oral.

Os antibióticos utilizados no tratamento oral são da classe das penicilinas, cefalosporinas e macrolídeos. Estes antibióticos são eficazes contra os germes que causam o impetig Staphylococcus e Streptococcus. O tratamento dura de 5 a 7 dias. O paciente não é mais contagioso após 48 horas de tratamento.

O médico pode prescrever um tratamento complementar para amolecer as crostas, geralmente a vaselina. Estas crostas podem ser removidas com o alicate. Em seguida, podemos prosseguir com desinfecção das crostas. Ás vezes, um creme de cortisona pode ser aplicado quando as lesões estão muito inflamadas.

A prevenção da glomerulonefrite, a principal complicação do impetigo estreptocócica

Para evitar a glomerulonefrite o médico pesquisa as proteínas presentes na urina usando tiras de teste, três semanas após o tratamento do impetigo.

Alternativas de tratamento

O impetigo é uma infecção bacteriana, é essencial o uso de antibióticos e ficar de quarentena, devido sua alta contagiosidade.

Fitoterapia
– O impetigo é uma infecção bacteriana, é essencial recorrer aos antibióticos e à quarentena, dada a sua natureza altamente contagiosa. É altamente desaconselhável a prática da automedicação. A consulta com o médico é sempre necessária. Assim, o conselho dado aqui só deve ser usado como um complemento aos medicamentos prescritos pelo médico.
– A árvore do chá (melaleuca, tee tree) produz um óleo essencial conhecido por suas propriedades anticépticas e cicatrizantes. Quando há afecção da pele é possível utilizar uma mistura que deve ser aplicada diretamente sobre as lesões três vezes ao dia. Evite os olhos e mucosas. A fórmula também contém óleo essencial de lavanda e óleo vegetal de amêndoas doces. É contraindicado em pacientes com sensibilidade a um dos seus componentes.
– A pomada de calêndula é recomendada externamente. A calêndula amacia as crostas e cura a pele muito bem.

Prevenção

– O impetigo é uma doença altamente contagiosa, é necessário afastar-se de uma pessoa com impetigo confirmado. O simples contato com as lesões podem causar a doença. Quando o agente infeccioso é o Staphylococcus aureus (caso mais comum em recém-nascidos e bebês), a transmissão pode ser feita através de objetos contaminados (roupa, etc.) ou mãos sujas.

As pessoas com impetigo devem ser colocadas em quarentena para proteger seu ambiente próximo: a escola ou local de trabalho. A escola deve ser notificada imediatamente, a fim de conter a epidemia.

Impetigo é transmitido por bactérias, é essencial a limpeza imediata das feridas, escoriações, e injúrias, pois representam portas de entrada para os agentes infecciosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é importante sensibilizar as mães e professores. É preferível a limpeza com sabão e água, seguida de uma desinfecção. Soluções desinfetantes recomendados são: clorexidina e iodopovidona.

No que diz respeito à iodopovidona, primeiro é necessário assegurar que o indivíduo não é alérgico. Também é possível a utilização de tiomersal ou violeta genciana.

A limpeza e desinfecção deve ser realizada 2 vezes por dia, a fim de manter a pele sempre limpa. Para soltar suavemente as crostas, é possível a utilização de água com sabão.

Dicas

– Quando uma pessoa é diagnosticada com impetigo, essa se deve manter em quarentena a fim de evitar a infecção de sua família, pois o impetigo é altamente contagioso. A quarentena vai durar 48 horas após a primeira dose de um antibiótico por via oral.

É iimportante informar escolas, creches, ambientes profissionais e familiares.

– A limpeza é primordial para evitar a reinfecção, propagação da doença. Será necessário lavar as mãos regularmente, cortar as unhas bem curtas. O banho deve ser rigoroso e diário.

– Durante o tratamento, é aconselhável usar roupas folgadas de algodão, para reduzir o atrito e, portanto, uma disseminação da doença.

– Finalmente, se o impetigo é recorrente, é aconselhável fazer amostras bacteriológicas, a fim de determinar um antibiótico específico e realmente eficaz.

– Lençóis, roupas de cama e toalhas devem ser trocados regularmente.

Fontes: 
OMS

Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)

Fotos: 
Fotolia.com/Adobe Stock

Atualização:
14.10.2022

Observação da redação: este artigo foi modificado em 13.10.2022

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