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Mononucleose

Resumo da mononucleose infecciosa

A mononucleose, popularmente conhecida como a “doença do beijo” afeta mais de 90% da população. Entre os infectados, apenas metade deles irá desenvolver a doença, caracterizada por dor de garganta, febre alta e principalmente fadiga.

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Os sintomas geralmente desaparecem após 2 semanas. Às vezes, a fadiga pode durar mais de seis meses a um ano.

A fadiga pode ser debilitante, ao ponto de impedir os estudos e o trabalho.

O vírus da mononucleose faz parte da família de vírus de DNA que infectam seu hospedeiro, se alojam nas células e podem permanecer latentes por muitos anos ou mesmo uma vida inteira, sem apresentar a doença. A doença geralmente ocorre em adolescentes e adultos jovens. Mas, uma vez infectado, apresentando a doença ou não, as pessoas geralmente adquirem imunidade contra o vírus por toda a vida.

Os tratamentos da mononucleose são geralmente sintomáticos, destinados a reduzir a febre e a garganta irritada. Os medicamentos mais utilizados são o paracetamol, causa menos efeitos secundários, ao contrário da aspirina. Os antibióticos são necessários somente se houver uma complicação bacteriana e só pode ser adquirido mediante receita médica.

É fundamental respeitar o repouso e beber muito líquido para se curar mais rápido.

Definição

A mononucleose ou mononucleose infecciosa é uma doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), vírus A.D.N da família dos vírus da herpes.

A doença é caracterizada por um aumento no número e no volume de um determinado tipo de glóbulos brancos do sangue (linfócitos mononucleares formados em órgãos linfoides). Ela se manifesta por dor de garganta, as amígdalas inchadas (amigdalite), gânglios linfáticos inchados (localizado no pescoço, axilas), dor de cabeça, febre alta, acompanhada de fadiga extrema (ver também: fadiga mononucleose).

Nos países ocidentais, estima-se que mais de 95% dos adultos são portadores do vírus da mononucleose. A infecção pelo vírus é acontece normalmente durante a infância, mas geralmente permanece a maior parte do tempo assintomática. Sabe-se que 20% dos adultos secretam o vírus na saliva, que são uma via de transmissão do vírus. Razão pela qual, a mononucleose infecciosa, é mais conhecida como a “doença do beijo”.

A mononucleose infecciosa afeta principalmente os adolescentes e raramente as crianças.

A doença evolui de maneira favorável em cerca de duas semanas, são raras as complicações. Somente a fadiga subsiste. Existem inúmeras medidas a serem tomadas, a fim de tratar corretamente a mononucleose.

Causas

– A mononucleose é provocada, como mencionado na seção definição da mononucleose, pelo vírus Epstein-Barr.

Este vírus pertence à família de vírus do herpes ou Herpesviridae, uma grande família de vírus DNA, que têm a capacidade de infectar as pessoas sem necessariamente causar doença (infecção primária). Este vírus permanece latente em células infectadas e pode resurgir  (reativação do vírus) em um determinado momento, devido a fatores desencadeantes tais como fadiga, estresse, deficiência imunológica.

Entre os vírus pertencentes desta família, também podemos mencionar a herpes labial, herpes genital, citomegalovírus, herpes zoster (varicela, que é a infecção primária).

Entre todos estes vírus patológicos para os seres humanos, o vírus Epstein-Barr é o mais frequentemente encontrado, mesmo se a doença não é necessariamente expressa durante a vida.

– Este vírus, uma vez presente no corpo humano (por via salivar essencialmente), provoca um aumento da resposta imunológica do hospedeiro, o que induz uma grande produção dos linfócitos (glóbulos brancos).

– Esse aumento massivo dos linfócitos induz um aumento no tamanho dos locais onde estes são produzidos (gânglios das axilas, virilha, pescoço e baço). Isso explica os sintomas da mononucleose infecciosa.

Período de incubação

– O período de incubação é geralmente de 3 a 6 semanas. O período de incubação é o tempo entre a transmissão do vírus e o início dos sintomas.

Grupos de risco

A primo-infecção ocorre, de forma geral, em países ocidentais, desde a infância. Ela é muitas vezes assintomática. O vírus, uma vez no organismo, se aloja nos gânglios e pode permanecer «silencioso», isto é, ele não necessariamente irá provocar a doença.

No entanto, estas pessoas estão infectadas e podem transmitir o vírus, pela via salivar.

Aproximadamente 90% da população com 50 anos ou menos, estão infectados com o vírus Epstein-Barr. Entre os infectados, apenas metade irá apresentar a doença, após a reativação do vírus, que até agora era latente, escondido nas células hospedeiras.

Assim, metade dos infectados nunca saberão que têm o vírus em si, porque não desenvolveram a doença durante sua vida.

Resumindo, a grande maioria da população possui o vírus da mononucleose infecciosa, porém a doença torna-se geralmente sintomática somente em adolescentes e jovens (15 a 25 anos).

Com a melhoria das condições de higiene, a primo-infecção ocorre cada vez mais tardiamente e pode então ter conseqüências mais graves.

Sintomas

A incubação da mononucleose dura de 2 a 6 semanas (tempo entre a infecção e a manifestação dos sintomas). Em crianças, esse período de incubação pode, no entanto, mais curto.

Como a mononucleose infecciosa é caracterizada por um aumento do número e do volume dos linfócitos, a doença se manifesta essencialmente por:

febre (no início), entre 38 e 39°C.

– inflamação na garganta (dor de garganta), amigdalite, dor de garganta grave (dificuldade para engolir), inflamação das amídalas, frequentemente cobertas de uma camada acinzentada.

dores de cabeça

– uma fadiga intensa (astenia)

– transpiração

– gânglios no pescoço, inchaço nas axilas, virilha e baço.

Isso pode levar a uma dificuldade da deglutição e até da respiração. Além disso, o inchaço dos gânglios do baço pode provocar uma sensibilidade do abdômen.

Duração dos sintomas
Em geral, a maioria dos sintomas desaparece após duas semanas. Por outro lado, a intensa fadiga, muito característica da mononucleose, bem como as amígdalas inchadas, podem persistir por várias semanas ou meses.

Os sintomas da mononucleose não são muito característicos, como se pode pensar em muitas doenças tais como amigdalite ou um resfriado. Assim, o início da doença pode ser confundido com uma simples dor na garganta ou amigdalite, embora mononucleose seja mais grave e dure mais tempo.

As crianças raramente são afetadas pela mononucleose, de fato certas células imunológicas as protegem, como demonstrado por pesquisadores suíços em Dezembro de 2013. A maioria das crianças infectadas pelo vírus da mononucleose não apresentam nenhum sintoma (assintomáticos).

A mononucleose na forma sintomática acomete principalmente em adolescentes.

Diagnostico

Os sintomas da mononucleose infecciosa não são suficientemente específicos e característicos. O diagnóstico da doença é baseado no exame clínico e exames de sangue. Os testes de sangue são utilizados para confirmar o diagnóstico de mononucleose infecciosa.

O médico, no exame clínico, identifica os seguintes sintomas:

– Inchaço dos gânglios linfáticos

Febre

Dor de garganta, dificuldade em engolir.

Quanto ao exame de sangue, irá destacar o aumento do número e volume de linfócitos. Devido ao efeito do vírus Epstein-Barr , um vírus DNA da família Herpesviridae, que infecta os linfócito tipo B.

Um teste sorológico (o teste- MNI) pode completar o diagnóstico. Este teste pode identificar a presença de anticorpos específicos. Os anticorpos são moléculas produzidas pelo sistema imunológico para combater infecções especificas.

Assim, o teste- MNI permite a confirmação da doença. A dosagem de anticorpos presentes no sangue indica se a infecção é recente ou não.

Quando a infecção é recente, o título é ≥ 180.

Complicações

Como vimos na seção pessoas de risco, a primo-infecção ocorre cada vez mais tardiamente, devido às melhorias nas condições de higiene. Isso pode gerar conseqüências mais graves – a doença ocorrendo mais tarde, mas também com mais força.

Existem tipos mais graves de mononucleose infecciosa, como os que podem atingir o sistema nervoso e sistema neurológico (meningite, encefalite,…).

As complicações mais conhecidas da doença são a grande fadiga persistente, que pode durar por vários meses. A fadiga pode também ser acompanhada de depressão.

Uma complicação pode também surgir no baço, se a pessoa receber um golpe na barriga, principalmente se o baço aumentar de volume durante a doença, pois este é um órgão frágil e pode se romper. Portanto evite praticar esportes de contato como os de combate, nesse período.

Você também deve saber que a hepatite pode ser uma complicação da mononucleose infecciosa (MNI). Neste caso, não é uma infecção do fígado pelo vírus da hepatite B ou C (mais virulenta), mas sim por uma localização hepática de Epstein-Barr (o vírus que causa a MNI). Esse tipo de hepatite é geralmente curada após corticoterapia breve por cerca de 10 dias.

O vírus é transmitido principalmente pela saliva, especialmente no contexto de um contato íntimo, mas em outras situações, tais como uso de copos ou talheres pouco limpos, com as glândulas salivares. Se estas condições não estão reunidas em seu ambiente de trabalho, o risco de transmissão é mínima.

Há uma boa notícia, no entanto. Os doentes de mononucleose normalmente adquirem imunidade por toda a vida, mas, em algumas pessoas, o vírus pode ser reativado.

O vírus da mononucleose (EBV) é responsável, em parte, pelo desenvolvimento da doença de Hodgkin ou linfoma de Hodgkin, um grave distúrbio do tecido linfático.

Quando consultar un médico ?

Aconselhamos consultar rapidamente um médico quando:

– você ou seu filho tiver dificuldades para respirar.

– tiver febre alta (superior a 38°C) ou febre moderada que persistir por mais de 10 dias.

– você ou seu filho sentir dores no baço.

* atençã lista não exaustiva, para todo e qualquer sintoma suspeito, queira consultar um médico.

Tratamentos

De forma geral, a mononucleose infecciosa é curada de maneira espontânea, em algumas semanas. No entanto, a fadiga pode incomodar o doente por vários meses.

O médico encarregado do tratamento do paciente pode prescrever antibióticos se suspeitar uma complicação bacteriana.

O tratamento da mononucleose não é então específico, mas composto essencialmente de:

– bastante repouso

– tomada de antálgicos (anti-dor como o paracetamol, antiinflamatórios, antipiréticos).

– ingestão de bastante líquido.

Observação importante: evite os esportes de contato (que podem fazer o baço explodir, se este estiver ainda inchado)

Remédios naturais

Contra dores de garganta, é possível fazer gargarejos com água salgada. Fazer várias vezes por dia.

Dicas

– É importante ter descansar bem e bastante. É essencial seguir esta regra durante a duração da doença. Isto é muito importante especialmente para os atletas (sujeitos a treinamento físico significativo), pois de outra forma a mononucleose que geralmente é tratada em 2 semanas pode durar até 6 ou 12 meses.

– Beba bastante, especialmente, água e suco de frutas. Muitas bebidas ajudam a reduzir a febre, combater a dor de garganta e prevenir a desidratação.

Prevenção

– Não beba no mesmo copo ou coma no mesmo prato de uma pessoa doente.

– Não partilhe a mesma comida.

– Lave sempre as mãos antes de comer

– Evite os beijos na boca de desconhecidos

Testemunho de paciente sobre mononucleose

Apresentamos abaixo o testemunho de *Bianca, que viveu na pele a mononucleose. Nos interessamos por questões práticas. Como saber que se estamos infectados ? Como contrair o vírus ? Os remédios prescritos por médicos.

Como e quando você descobriu que estava com mononucleose?
Eu estava com dor de garganta e então fui ao médico, pensando que era uma inflamação. Ele então diagnosticou a mononucleose. Na época eu tinha 18 anos e hoje eu tenho 31.

Como você acha que contraiu a doença?
Não faço a menor idéia. Meus amigos me disseram que era transmitida por via oral.

Quais eram os principais sintomas?
Dores de garganta, febre e fadiga. Eu ficava muito cansada à tarde, eu dormia muito, e eu estava em época de provas, nas quais passei apesar da doença.

Por quanto tempo isso durou?
Durou por volta de duas semanas.

O que o médico lhe prescreveu?
Eu não tomei nenhum remédio, pois trata-se de uma doença viral. O médico me aconselhou fazer gargarejos com sálvia, beber muito líquido, comer comida leve e repousar.

Você ainda possui seqüelas, como a fadiga, por exemplo?
Não.

Que conselho você poderia dar para prevenir ou tratar a doença?
Eu não tenho nenhum conselho de prevenção a dar. Quanto ao tratamento, eu penso que o repouso é essencial.

*Bianca: nome fictício. A Criasaude agradece a Bianca pela sua participação.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 18.11.2017

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