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Nova terapia promissora contra câncer de ovário

Nova terapia promissora contra câncer de ovárioLAUSANNE – A equipe do CHUV, hospital universitário em Lausanne na Suíça , em conjunto com colegas norte-americanos, desenvolveu uma nova terapia contra o câncer de ovário. Este tratamento personalizado, combinado com a quimioterapia, pode estabilizar a doença durante meses ou anos.

câncer de ovário em estágio avançado proporciona poucas chances a suas vítimas. A maioria tem uma recaída dentro de dois anos e morrem dentro de cinco anos, indicou quarta-feira (17/04) o Centro Hospitalar Universitário Vaudois (CHUV) em um comunicado.

Chefe do Departamento de Oncologia do CHUV desde o ano passado, o Dr. George Coukos é um dos especialistas mundiais em câncer de ovário. Com uma equipe da Universidade da Pensilvânia (EUA), onde ele já trabalhou, ele desenvolveu uma vacina derivada das próprias células dendríticas do paciente e uma imunoterapia em duas etapas, que revelou a sua eficácia em três quartos das mulheres que puderam se beneficiar.

Em um grupo de 31 mulheres, a vacina apenas ajudou a estabilizar ou pelo menos retardar a progressão da doença em 20 pacientes. Em um subgrupo, 11 mulheres foram testadas adicionalmente a uma segunda etapa de tratamento e foi observado em 8 dessas mulheres, a redução ou, pelo menos, estabilização de seus tumores.

Vacina bem tolerada

As células dendríticas são as células do sistema imunológico capazes de identificar potenciais inimigos e de transmitir essas informações para os linfócitos T que podem eliminá-los.

Com  sua colega Lana Kandalaft, o Prof. Coukos pode manter vivas as células tumorais de pacientes após a cirurgia e isolar as células dendríticas. Estas células foram expostas aos antígenos do tumor e depois reinjetados aos nódulos linfáticos de pacientes, ao longo de um período de três meses e em combinação com um medicamento utilizado na quimioterapia.

Bem tolerada, esta nova vacina pode provocar uma resposta adequada das células T contra múltiplos antígenos da doença. Na segunda etapa do tratamento, os pesquisadores removeram as células T para reinjetar no corpo de pacientes depois de terem estimulado e desenvolvido no laboratório para aumentar a resposta imunitária contra o tumor.

Remissão completa

Uma experiência bem sucedida, na medida em que os linfócitos tinham sido “educados” pelas células dendríticas para atacar as células do tumor.

Dos 11 participantes da segunda etapa do tratamento, capaz de expandir ainda mais a resposta imune contra o alvo de certos antígenos, sete tiveram sua doença estabilizada. Para um participante pode-se até mesmo falar de remissão completa.

Na luta contra o câncer, vacinas capazes de educar o sistema imunológico vão desempenhar um papel fundamental, estima o Prof. Coukos, citado no comunicado. Tal abordagem, combinada com a quimioterapia, pode dominar certos mecanismos fundamentais usados pelo câncer para se propagar pelo corpo. Este trabalho foi parcialmente publicado na revista “OncoImmunology”.

Criasaude, 22 de abril 17 de 2013 – © Hugo Felix – Fotolia.com

Observação da redação: este artigo foi modificado em 22.09.2017

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