Médicos canadenses emitiram diretrizes para o tratamento da fibromialgia. Suas recomendações centram-se principalmente em estratégias não farmacológicas, especialmente no uso de exercícios físicos.
Uma definição estabelecida
“A síndrome da fibromialgia é um conjunto de sintomas no qual o principal é a dor crônica (com uma duração superior a três meses), extensa e difusa, contínua, flutuante, aumentando principalmente com os esforços”, define a Alta Autoridade de Saúde (em francês: Haute Autorité de Santé – HAS). “Essa dor singular é acompanhada por fadiga, distúrbios do sono, estados depressivos e ansiedade“.
No Canadá, os médicos das Universidades McGill e Calgary publicaram as primeiras (de seu país) recomendações de boas práticas para a gestão desta condição. Elas são baseadas em “intervenções não-farmacêuticas, tais como exercícios, técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental. Assim como medicamentos adaptados às necessidades individuais dos pacientes”. Os autores explicam que “o objetivo principal é melhorar a qualidade de vida, aliviando os sintomas”. As dores, especialmente.
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Essas recomendações são semelhantes ao estabelecido na França, pela HAS, que fez um relatório de orientações sobre o assunto em julho de 2010. Como explicou Anne-Françoise Pauchet-Traversat (departamento de doenças crônicas e de acompanhamento de paciente da HAS), “a palavra de ordem adotada no momento, é a atividade. Devemos promover a retomada ou a continuação gradual da atividade física destes pacientes (…): pelo menos meia hora de atividade física, adaptada, todos os dias”.
Ela acrescenta que “o medicamento não é, necessariamente, a primeira medida a ser tomada. É o médico de clínico que deve decidir, dependendo dos sintomas e seu impacto sobre a vida cotidiana”. Anne-Françoise-Pauchet Traversat salienta, finalmente, a importância de “avaliar regularmente a eficácia de cada tratamento adotado em relação a seus benefícios, efeitos colaterais e seu custo”.
Causas desconhecidas
Lembre-se que em 80% dos casos a fibromialgia afeta as mulheres e 9 de 10 pacientes com menos de 60 anos. Sua prevalência é de 1,4% à 2,2% na população em geral. Em relação a suas causas, elas permanecem desconhecidas. Se você está preocupada(o), fale com o seu médico.
Criasaude.com.br, 27 de maio de 2013.
Fonte: Jornal da Associação Médica Canadense, 6 de maio de 2013 – Relatório de orientações da, HAS Atualidades e Práticas – n º 30 – junho 2011