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O Brasil registrou 443 mortes por complicações de gripe

BRASILIAO Brasil registrou 443 mortes por complicações de gripe na semana epidemiológica 16 do ano, das quais 410 estão relacionadas ao vírus da gripe A H1N1.  

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Em relação a semana anterior houve um aumento de 29.0%, com mais 127 mortes. Os dados são de boletim atualizado do Ministério da Saúde.

A maioria dos casos foi registrada na região Sudeste com 267 mortes. A região com menor número de casos é o Norte com 15 mortes registradas .

São Paulo

O estado de São Paulo registrou 212 mortos e concentra 52.0% dos registros no Brasil. gripe-estado-sao-paulo

 

Sintomas 

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza.

Gripe sintomas

Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possuiimpacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Vacinação

Já foram vacinados em todo o país 35,4 milhões de brasileiros na campanha nacional contra a influenza. O número representa 71% do público-alvo, formado por 49,8 milhões de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe.

Ler: Diferença entre resfriado e gripe

17/05/2016 – Fonte: Ministério da Saúde. Por Xavier Gruffat, farmacêutico.

12 alimentos para uma boa noite de sono

11 alimentos para uma boa noite de sonoNOVA YORKEstima-se que 40% da população sofra em algum momento de sua vida de problemas para dormir. Este número alto tende a subir nas nossas sociedades industrializadas cada vez mais estressantes. Alguns hábitos alimentares, como consumo excessivo de açúcar, gordura ou cafeína antes de dormir, mas também ao longo do dia, ou o uso de telefones celulares e tablets, também contribuem para uma “epidemia” real da insônia globalizada. Um estudo norte-americano publicado no início de fevereiro mostrou a influência da dieta sobre o sono.
A ingestão regular de pílulas para dormir contra a insônia geralmente não é recomendada, pois pode levar à dependência. Além disso, a utilização destas drogas, muitas vezes faz com que a pessoa tenha um certo estado “de ressaca” no dia após a tomada, como se a noite anterior não tivesse sido tão repousante sem a ajuda destes produtos químicos.

Infusão de camomila preparacionPlantas medicinais como a camomila ou valeriana podem ser uma alternativa muito interessante para melhorar o sono. Infelizmente, estas terapias naturais não funcionam em todas as pessoas, de acordo com nossa informação, apenas para uma minoria.
Além das clássicas e eficazes dicas, como limitar o consumo de cafeína depois das 14 horas ou fazer exercício físico durante o dia (mas não à noite), determinados alimentos e nutrientes pode ter um efeito muito interessante na luta contra a insônia. Incluindo em primeira mão um estudo publicado em 2016.

Estudo realizado nos EUA, a atenção às gorduras saturadas e açúcares

De acordo com um estudo publicado no periódico científico especializado Journal Clinical Sleep Medicine, em fevereiro de 2016, a alimentação influencia o sono. Segundo os pesquisadores, quanto mais alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares e pobres em fibras eram consumidos, pior era a qualidade do sono, ou seja, menos repousante. O açúcar aumenta o número de vezes que a pessoa acorda durante a noite a gordura torna o sono menos profundo, segundo os pesquisadores. O estudo também mostrou que uma má alimentação aumentou o tempo que a pessoa leva para cair no sono em cerca de 15 minutos. Os participantes que seguiram uma dieta rica em fibras e proteína, mas pobre em gorduras saturadas e açúcares, levaram uma média de 17 minutos para adormecer contra 29 minutos para os mesmos participantes que comeram mais alimentos açucarados e gordurosos. Este estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova York focou em apenas 26 indivíduos. Este número limitado de participantes deve exigir mais estudos para entender melhor a influência da dieta sobre o sono.

Em um artigo publicado no site CBSNews, o especialista do sono Michael Breus traz uma possível explicação. Ele disse que o açúcar e a gordura poderiam atrasar a secreção de melatonina (o “hormônio do sono”), que incluem o aumento da duração do sono.

Descubra abaixo dos 12 alimentos que irão ajudar você a ter um sono melhor, especialmente com base nos mais recentes estudos científicos, alguns favorecendo cair no sono, e outros ajudando a manter um bom sono.

11 alimentos para uma boa noite de sono1. Salmão. O ômega-3 contido nesse peixe ajuda a elevar os níveis de serotonina do cérebro que, consequentemente, aumentam a melatonina, conhecida como hormônio do sono. Outros peixes ricos em ômega-3 são o atum, a sardinha e a cavala.

2. Aveia. Esse cereal é rico em triptofano, um aminoácido importante que age como neurotransmissor em diversos processos bioquímicos, incluindo o sono.

3. Banana. Essa fruta é rica em vitamina B6 e magnésio e ajuda a produzir a serotonina que, como mencionado, ajuda a relaxar.

4. Linhaça. Esse alimento é rico em ômega-3 e ajuda a melhorar o humor, ansiedade, irritabilidade e depressão, além de melhorar a qualidade do sono.

5. Leite. Não só o leite mas os derivados são ricos em triptofano, aminoácido que ajuda a regular o sono. Uma boa dica é leite morno antes de dormir com mel. O mel tem efeito particular na melhora do sono de pessoas com gripe e tosse.

6. Maracujá. A fruta é famosa por acalmar e relaxar e ser um excelente auxiliar no sono. A fruta é rica em vitaminas do complexo B e flavonoides que agem no sistema nervoso central, acalmando. Uma dica é beber um como de suco antes de dormir.

7. Amêndoas. Assim como a linhaça, essas sementes são ricas em ômega-3 e melhoram a qualidade do sono.

8. Ovos. Esse alimento é rico em vitamina B12 e colina, substância que melhora sintomas de depressão e problemas psicológicos, além de ajudar no sono.

9. Couve. Essa e outras folhas verdes são ricas em cálcio. Estudos mostram que deficiência em cálcio faz com que as pessoas tenham mais dificuldades para dormir.

10. Grão-de-bico. É rico em vitamina B6, um dos precursores da melatonina, hormônio do sono que é desencadeado pela escuridão.

11. Pimentão. Esse vegetal é um dos mais ricos em hormônio melatonina e nutricionistas recomendam uma dieta que inclua pimentões vermelhos, amarelos e verdes.

12. Tâmaras. Frutas ricas em triptofano, que promovem o sono. Consumir por exemplo. 6 tâmaras 1 hora antes de deitar.

É importante lembrar que se você possui problemas para dormir, evite alimentos ricos em cafeína, um estimulante cerebral, como o caféchá-pretochá-verde e guaraná. Com essas dicas de alimentação, você terá uma excelente noite de sono.

Ciclos do sono, tipos de sono

Update: 11.04.2016.

Um constituinte do azeite capaz de matar células cancerosas

Azeite de oliva alimentos para melhorar o desempenho nas atividades físicasNOVA IORQUE – Pesquisadores da região de Nova Iorque descobriram que um constituinte do azeite de olivas prensadas a frio é capaz de matar células cancerosas, em experimento in vitro. Volta a uma pesquisa muito interessante publicada no início de 2015. Os cientistas americanos testaram o oleocanthal, um constituinte do azeite de oliva do tipo polifenol com efeito antioxidante, tendo constatado em laboratório que esta molécula leva à morte prematura de células cancerosas. Estas células são levadas à morte em 16 / 24 horas (fala-se de apoptose ou de morte programada), mas com o oleocanthal elas foram destruídas em alguns casos em 30 minutos e, em média, entre 30 minutos e 1 hora.  

As células sadias não destruídas

Segundo o Prof. Paul Breslin, coautor do estudo que trabalha na Rutgers University, em Nova Jersey: “As células sadias não eram destruídas por esta substância, mas colocadas em stand-by”. Em outros termos, somente as células cancerosas eram mortas. Pode-se dizer que se trata de uma terapia que desperta particular interesse.

Efeito nos lisossomos

Os pesquisadores observaram que o oleocanthal destruía os lisossomos nas células cancerosas, verdadeiras pequenas fábricas de reciclagem no interior das células, em forma de vesículas. O oleocanthal fez com que “morresse” a membrana dessas vesículas. Tão logo destruídos os lisossomos, as células com tumor morriam rapidamente. Nas células cancerosas, os lisossomos são mais volumosos que nas células sadias e contêm mais resíduos.

Necessidade de outros estudos

De acordo com o principal autor deste estudo, o Dr. David Foster, do Hunter College em New York, outras pesquisas são necessárias para se saber se este elemento constituinte é capaz de bloquear massas tumorais, por exemplo, em seres humanos ou em animais. Como o estudo foi levado a cabo em laboratório (in vitro), pesquisas in vivo em animais e no homem podem levar a resultados diferentes.

Segundo o Dr. Foster: “Também precisamos entender por que as células cancerosas são mais sensíveis ao oleocanthal que as células não cancerosas”.

Futuramente, medicamentos à base de oleocanthal ou de azeites de oliva enriquecidos com esta substância poderiam se constituir em aplicações práticas na luta contra o câncer.

Este estudo foi publicado na revista científica Molecular and Cellular Oncology, em 23 de janeiro de 2015.

Consuma o azeite de oliva!

olives vertesEmbora ainda seja cedo para utilizar o azeite de oliva em tratamentos contra o câncer, trata-se de um novo estudo que deve se desdobrar em um convite para que consumamos regularmente este produto. Numerosas pesquisas publicadas no passado mostraram o seu interesse, sobretudo na prevenção, em relação a várias doenças, tais como Alzheimer, doenças cardiovasculares ou o câncer. Um estudo espanhol publicado em 2015 mostrou que uma dieta mediterrânea, completada com a ingestão de 4 colheres de azeite de oliva por dia, possibilitou reduzir o risco de câncer no seio.

31.03.2016. Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: Medicaldaily, Pubmed, Comunicado de imprensa da Universidade Rutgers. Fotos: Fotolia.com

10 dicas para combater a dengue

Dengue: casos aumentam no Sudeste do paísSAO PAULOA dengue é uma doença virótica transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e pode ser mortal. O mosquito começa a se reproduzir durante os meses mais quentes, quando as chuvas são mais abundantes. A reprodução se dá justamente em poças de água limpa e parada. O mosquito põe os ovos e depois de algumas semanas as larvas eclodem. O verão é a época de maior incidência da doença e, para prevenir a transmissão, algumas medidas são necessárias. Leia algumas dicas para ter um verão com muita saúde e sem o perigo da dengue.

1. Não deixe acúmulo de água. A água da chuva pode se acumular em garrafas, pneus, ou qualquer outro reservatório. Após os períodos de chuva, verifique se não ficou água acumulada em algum local.

2. Ponha areia nos vasos das plantas. Em vez de usar água para as plantas, use areia ou pó de café nos pires dos vasos e, então, coloque água. A água contida é suficiente para manter as plantas vivas, mas sem ser um ponto de depósito dos ovos do mosquito da dengue.

3. Faça furos nos pneus velhos. Os furos permitem que a água acumulada escorra, não ficando parada e, assim, evitando que o mosquito se reproduza.

4. Cuidado com a caixa d’água. A caixa d’água é um excelente reservatório para os ovos da dengue. Mantenha-a sempre fechada e a limpe frequentemente com produtos especializados para a limpeza de caixas. Isso também vale para poços, cisternas e caçambas que se acumulam água.

5. Remova folhas e galhos das calhas. Esses objetos, assim como outros (flores, pedaços de garrafa, etc) impedem que água escoe e então, se acumula. Verifique semanalmente o estado de calhas, canos e ralos.

6. Evite cultivar plantas aquáticas. A água das plantas aquáticas é limpa e propícia para a reprodução da dengue. Durante o pico da dengue, plante outros tipos de planta.

7. Mantenha latas e garrafas emborcadas para baixo. Isso evita que a água da chuva se acumule e fique parada por muito tempo. O ideal é jogar garrafas, latas e latões fora ou não deixá-los expostos.

8. Use telas protetoras. A tela protetora evita que os mosquitos entrem na sua casa, mas não impedem que ele se reproduza. O uso de telas e tecidos nas janelas é uma medida complementar e deve ser associada às outras práticas para evitar a reprodução do Aedes.

9. Cuide das piscinas. As piscinas são normalmente difíceis de tratar por possuem um volume grande de água. Se você não a está utilizando, cubra-a com uma lona. Trate a água da piscina com cloro e outros desinfetantes de água.

10. Preste atenção ao lixo. Muitas pessoas pensam que os lixos, por acumularem água suja, não apresentam perigo à dengue. Mas a verdade é que se há água acumulada, há a possibilidade de reprodução do mosquito. Para isso, vede os sacos de lixo e não os deixe expostos.

Leia mais em nossa página sobre a dengue

Microcefalia e Zika, entrevista com Dr. Kevin A. Shapiro

SAN FRANCISCO – Entrevista com Dr. Kevin A. Shapiro médico neurologista pediátrico, formado na Harvard University, atualmente professor da University of California San Francisco (UCSF).

Entrevista com Dr. Kevin A. Shapiro médico neurologista pediátricoO que é microcefalia?
Microcefalia literalmente significa “cabeça pequena”. Ela normalmente ocorre quando há um problema no início do desenvolvimento cerebral, fazendo com que o crânio não se desenvolva por completo para o seu tamanho normal.
Sua ocorrência é rara, sendo de 2-12 casos a cada 10,000 nascimentos nos Estados Unidos. Há ainda casos de microcefalia graves, onde o cérebro da criança é menos ainda que o habitual. Essa condição é severa e pode resultar em morte ao nascer ou logo após o parto.

O que o governo americano está falando sobre a relação com zika virus?

O Centers for Disease Control (CDC), órgão americano responsável pela saúde pública, acredita que há fortes evidências que relacionam a infecção por zika víruso ao surgimento da microcefalia. Por exemplo, um recente artigo publicado no periódico científico New England Journal of Medicine, mostrou que o zika vírus estava presente no tecido nervoso cerebral de um feto com microcefalia, embora esse feto não tenha apresentado outros problemas de nascimento. O CDC ainda ressalta que estudos adicionais são necessários para determinar qual o grau de associação entre a infecção por zika vírus e a microcefalia. Recentemente, o governo recomendou que grávidas se protejam para evitar a picada do mosquito transmissor. O artigo científico pode ser encontrado no seguinte site: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa1600651

Há outros vírus que causam a doença?

Sim, há outros tipos de infecção que podem causar microcefalia. Elas incluem infecções por citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola. Além disso, a microcefalia pode ser provocada por causas genéticas ou exposição a toxinas, como álcool e drogas durante a gravidez. Há também casos de microcefalia causados por dados ao cérebro no momento do parto.

Quais problemas a microcefalia pode causar na pessoa?

Isso depende do grau da microcefalia. Mais comumente, há retardo no desenvolvimento intelectual como resultado do tamanho reduzido do cérebro. A microcefalia também pode estar associada a um aumento dos casos de convulsões, especialmente se o cérebro tem outras anormalidades além do tamanho reduzido. Pessoas com microcefalia usualmente têm problemas de audição, visão, movimento, deglutição, equilíbrio e fala.

Não há cura para a microcefalia e essa é uma condição que deve ser monitorada durante toda a vida do paciente.

Polêmica: larvicida usado pelo governo poderia ser real causa da microcefalia

Uma recente polêmica surgiu apontando que a real causa da microcefalia seria o uso do larvicida piriproxifen, usado pelo governo em reservatórios de água para matar as larvas do mosquito Aedes aeypti. Um estudo publicado pela organização médica argentina Physicians in the Crop-Sprayed Towns aponta essa correlação com base nos próprios dados divulgados pelo governo brasileiro. Em matéria publicada no New York Times em 3 de fevereiro de 2016, dos 404 casos confirmados de microcefalia, apenas 17 deles apresentaram resultado positivo para o zika vírus.

Além disso, dados da Colômbia mostram que das 3177 mulheres grávidas com zika vírus, em nenhuma delas foi registrado caso de microcefalia no feto.

Fontes: Physicians in the Crop-Sprayed Towns, The New York Times e GMWatch – The Ecologist

Estudo revela que pouca atividade física pode estar relacionada a tamanho menor do cérebro

MINNEAPOLIS, EUAPouca atividade física na meia-idade pode estar ligada a um tamanho menor do cérebro 20 anos mais tarde, de acordo com um estudo publicado na edição on-line de 10 de fevereiro de 2016 na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia.

De acordo com a autora do estudo, Nicole Spartano, da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos EUA, há uma correlação direta entre pessoas sedentárias e o volume cerebral décadas mais tarde, o que indica envelhecimento cerebral acelerado.

O estudo em detalhes

Estudo revela que pouca atividade física pode estar relacionada a tamanho menor do cérebroPara o estudo, 1583 pessoas se inscreveram no Framingham Heart Study e fizeram o teste da esteira, com uma idade média de 40 anos e sem demência ou doença cardíaca. Os pacientes retornaram duas décadas mais tarde para o mesmo exame, juntamente com ressonância magnética do cérebro. Os pesquisadores também analisaram os resultados quando os participantes que desenvolveram doença cardíaca desenvolveram doença cardíaca ou começaram a tomar beta-bloqueadores para controlar problemas de pressão arterial ou do coração; este grupo tinha 1.094 pessoas.
Os participantes tinham uma capacidade de exercício média estimada de 39 mL/kg/ min, o que também é conhecido como o pico de VO2, ou a quantidade máxima de oxigênio que corpo é capaz de utilizar em um minuto. A capacidade de exercício foi estimada utilizando o tempo que participantes foram capazes de se exercitarem sobre a esteira antes de sua frequência cardíaca atingir um determinado nível. Para cada oito unidades a menos que os participantes realizassem no teste da esteira, o volume cerebral era menor, equivalente a dois anos de envelhecimento mais acelerado. Quando as pessoas com doença cardíaca ou aquelas que tomavam betabloqueadores foram excluídos, cada oito unidades de desempenho físico menor foi associada a uma redução de volume cerebral igual a um ano de envelhecimento acelerado.

O estudo também mostrou que pessoas cuja pressão e frequência cardíaca de sangue subiam a uma taxa mais elevada durante o exercício também foram mais propensas a ter volumes cerebrais menores. Spartano disse que pessoas com baixa aptidão física muitas vezes têm de pressão arterial e frequência cardíaca maiores quando praticam exercício físico em comparação com as pessoas com melhores condições.

Spartano observou que o estudo é observacional e não prova que pouca atividade física provoca uma perda de volume cerebral. O estudo mostra tão simplesmente que há uma associação.

Embora o estudo não seja em grande escala, estes resultados sugerem que exercícios na meia-idade podem ser particularmente importantes para os muitos milhões de pessoas ao redor do mundo que já têm evidência de doença cardíaca.

O estudo foi apoiado pelo National Heart, Lung and Blood Institute, e os Institutos Nacionais de Saúde e da American Heart Association.

15 de fevereiro de 2016. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fontes: American Academy of Neurology. Fotos: Fotolia.com

Alimentos para a gota

N2320/doencas/gotaPurinas de origem vegetal sim, mas não de origem animal
O excesso de ácido úrico no sangue pode levar ao ataque de gota muito dolorosa. Como o ácido úrico é um produto da degradação das purinas, é importante consumir a menor quantidade deles (os de origem animal). Purinas são produzidas a partir do metabolismo do DNA encontrado no núcleo das células animais e vegetais.
Entre as purinas, há as de origem animal e vegetal.

Vários estudos científicos demonstraram que o consumo de purinas animais aumenta o risco de sofrer de gota.

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Os alimentos ricos em purinas de origem animal e que deverão ser evitados, são:

– Carne vermelha, carne de porco e cordeiro

– Alguns órgãos, como o fígado, rins e pâncreas

– Frutos do mar, camarão, lagosta, mexilhões, anchovas e sardinhas

O álcool também deve ser anulado porque aumenta os níveis de ácido úrico no sangue, reduzindo a eliminação renal da substância.

Em contrapartida, as purinas animais não demonstraram em estudos científicos risco aumentado de gota.

Note-se que os produtos lácteos, as quais podem conter purinas, parecem reduzir bastante o risco de gota.

Alimentos de baixo teor em purinas, que são recomendados para o consumo, são:

– Os produtos lácteos com baixo teor calórico (por exemplo, lights e desnatados).

– Legumes e frutas

– Frutos oleaginosos (castanhas, nozes,etc)

– Cereais

Evite alimentos ricos em frutose, especialmente de origem industrial

Estudos científicos têm mostrado uma correlação entre uma dieta rica em frutose e a gota. A frutose é um açúcar encontrado naturalmente em frutas, legumes e mel. Frutose, sob a forma de xarope de milho, é frequentemente adicionada a muitos alimentos e bebidas, como é o caso nos Estados Unidos. Muitas vezes encontra-se a frutose em grandes quantidades em refrigerantes e outras bebidas açucaradas.

Para limitar a gota, é aconselhável evitar os seguintes alimentos e bebidas:

– Bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos

– Cereais, pão industrial, sorvete e doces

– Fast food e outras comidas rápidas (junk food)

Algumas frutas também contêm uma elevada concentração de frutose, e recomenda-se restringir o consumo de cerca de 1 ou 2 porções por dia. Os frutos em questão são:

– Maçãs, pêssegos, cerejas (alguns estudos têm mostrado, no entanto, um efeito positivo sobre a gota), tâmaras, peras, uvas, ameixas.

Para limitar a doença, é também necessário reduzir o consumo de açúcar de sal.

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Fiocruz detecta vírus zika em saliva e urina de pacientes

Fiocruz detecta vírus zika em saliva e urina de pacientesRIO DE JANEIROA Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão vinculado o Ministério da Saúde, divulgou nesta sexta-feira a constatação da presença do vírus zika ativo (com potencial de provocar a infecção) em amostras de saliva e de urina de pacientes.

Fiocruz detecta vírus zika em saliva e urina de pacientesPara a pesquisa, foram analisadas amostras referentes a dois pacientes e as coletas realizadas durante a apresentação de sintomas compatíveis com o vírus zika. A presença do material genético do vírus foi confirmada pela técnica de RT-PCR em Tempo Real. Também foi realizado o sequenciamento parcial do genoma do vírus.
A evidência, no entanto, não é suficiente para afirmar que a presença do vírus na saliva pode infectar outras pessoas. Serão necessários outros estudos para analisar, por exemplo, qual o tempo de sobrevivência do vírus zika e, após passar pelos sucos gástricos, se tem capacidade de infectar as pessoas.
A recomendação, neste momento, é da cautela e de prevenção, com orientações conhecidas para outras doenças, como evitar compartilhar objetos de uso pessoal (escovas de dente e copos, por exemplo) e lavar as mãos. Os maiores cuidados devem ser tomados pelas grávidas, que já devem se proteger contra o mosquito Aedes aegypti.

Transmissão sexual do vírus

No dia 6 de fevereiro de 2016, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirmou que o vírus zika pode ser transmitido por contato sexual. O boletim emitido pelo órgão constata que transmissão sexual do zika é possível, e é uma preocupação principalmente durante a gravidez. Além disso, o CDC sugere que casais que estejam esperando um bebê usem camisinha ou não façam sexo durante toda a gravidez. Dessa forma, homens infectados com o vírus da doença são transmissores para as mulheres.

O caso mais recente reportado pelo CDC ocorreu no Texas, onde um laboratório confirmou o primeiro caso de zika vírus em um não viajante, ou seja, uma pessoa que não pode ter sido picada por um mosquito. Dessa forma, suspeita-se que a transmissão tenha sido sexual.

Em um caso reportado na literatura, o zika vírus foi encontrado no sêmen do paciente. Em outro, um cientista que havia estado em uma área de contaminação por zika teria infectado sua mulher ao voltar aos EUA.

Tratamento e vacina

Ainda não há tratamento para o zika vírus, que tem potencial de causar microcefalia em crianças caso seja contraído durante a gravidez. A ligação entre a microcefalia e a infecção ganhou destaque mundial e vários laboratórios iniciaram a corrida para descobrir uma vacina contra o zika.

Cientistas franceses da Sanofi-Pasteur divulgaram na última semana um projeto para desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus, usando amostras coletadas na Polinésia Francesa e na ilha de Martinica. A vacina vai usar a mesma tecnologia empregada em vacinas contra outras doenças, como a dengue. Outros países também estão na corrida para o desenvolvimento de uma vacina, como a Espanha e a Inglaterra.

O primeiro caso do zika vírus em uma grávida da Europa foi encontrado em uma paciente da Catalunha, na Espanha, que viajou para a Colômbia.

07.02.2016. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fontes: Ministério da Saúde, BBC. Fotos: Fotolia.com

Estudo revela que o cérebro de crianças obesas funciona de maneira diferente

Estudo revela que o cérebro de crianças obesas funciona de maneira diferenteNASHVILLE, TENNESSEE, EUAA obesidade infantil é um problema crescente na sociedade moderna, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Um estudo recente da Universidade de Vanderbilt Medical Center mostrou que o cérebro de crianças que são obesas funciona de forma diferente do cérebro das crianças com peso saudável, apresentando um desequilíbrio entre a “procura” e a “recusa” de alimentos.

A combinação de dieta alimentar e exercícios físicos pode não ser suficiente para restaurar o peso normal ou prevenir que crianças com sobrepeso se tornem obesas, concluem os pesquisadores. Talvez seja necessário mudar como o cérebro funciona nesses pacientes.

O estudo em detalhes

Estudo revela que o cérebro de crianças obesas funciona de maneira diferenteEm um artigo publicado em 21 de janeiro de 2016 na revista científica Heliyon, os pesquisadores sugerem que estar atento às necessidades do corpo, estando consciente do que se ingere e do que se precisa, pode ser uma forma de incentivar a alimentação saudável e perda de peso em crianças.
“Os adultos e também as crianças, estão preparados para comer mais”, disse o autor sênior do estudo Dr. Kevin Niswender. “Isso é ótimo do ponto de vista evolutivo. Entretanto, no mundo de hoje, essa prática acaba por colocar as crianças em risco de obesidade, uma vez que alimentos ricos em energia estão cada vez mais disponíveis.”
O co-autor do estudo, o pesquisador sênior Ronan Cowan, afirma que a prática de pensar ativamente no que se está comendo e nas necessidades do corpo poderia recalibrar o desequilíbrio nas conexões do cérebro associadas com a obesidade infantil.
A obesidade infantil nos Estados Unidos quase dobrou durante os últimos 30 anos, e entre adolescentes triplicou. Em 2010, um terço das crianças norte-americanas foram considerados obesas ou com sobrepeso.

O estudo incluiu 38 crianças, cinco consideradas obesas e seis que estavam com sobrepeso. Seus comportamentos alimentares foram avaliados através de um questionário, e a função cerebral foi avaliada usando ressonância magnética nuclear (RMN).

Três regiões do cérebro de adultos são potentes moduladores dos hábitos alimentares: o núcleo accumbens, associado a comportamentos motivados por recompensa; o polo frontal, associado com a impulsividade; e o lobo parietal inferior, associado com a inibição de respostas ou a anulação excessos. Os pesquisadores utilizaram RMN para determinar o equilíbrio de conectividade neural entre essas regiões.

Eles descobriram que, com o aumento de peso entre as crianças, a conectividade entre os impulsos inibitórios do lobo parietal inferior e os impulsos de recompensa do núcleo accumbens diminui, enquanto a conectividade entre o núcleo accumbens e o polo frontal associado à impulsividade, aumenta.

Isto sugere que a obesidade em si e comportamentos alimentares pouco saudáveis poderiam refletir um desequilíbrio na conectividade de áreas do cérebro associadas com inibição de respostas, impulsividade e recompensa.

A prática da atenção plena pode aumentar os impulsos inibitórios e diminuir os de recompensa e impulsividade. Os pesquisadores notaram que em adultos, essa prática apresentou resultados variados, reforçando a ideia da perda da plasticidade cerebral com o passar da idade. Isso apoia a importância da identificação precoce de crianças em risco de obesidade, bem como a necessidade de desenvolver novos métodos para tratar e prevenir essa epidemia.

A obesidade infantil no Brasil

O Brasil apresenta dados preocupantes sobre a obesidade. De acordo com um levantamento feito em 2015 pelo Ministério da Saúde, em 15 anos o país pode se tornar um dos mais obesos do mundo. O estudo revelou que 32,3% das crianças menores de 2 anos tomam refrigerantes, comem biscoitos e produtos industrializados como bolos prontos. Com relação a obesidade, a pesquisa mostrou que 16,6% dos meninos são obesos, ao passo que 11,8% das meninas atingem essa marca.

Além disso, dados mostram que de 30 a 45% dos pais não sabem reconhecer quando os filhos estão com sobrepeso, o que atrasa a tomada de alguma decisão para reverter o quadro. Médicos, nutricionistas e educadores físicos aconselham que pais e professores fiquem atentos à dieta das crianças e que as ensinem a cultivar hábitos alimentares e de vida saudáveis.

01 de fevereiro de 2016. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fontes: Vanderbilt University Medical Center Reporter, Ministério da Saúde. Fotos: Fotolia.com

Confirmada a origem infecciosa da Síndrome da Fadiga Crônica

Confirmada a origem infecciosa da Síndrome da Fadiga CrônicaSÃO FRANCISCO, EUAMuitos pacientes com a Síndrome da Fadiga Crônica têm dificuldade em identificar a causa de seu sofrimento. Vários estudos nos últimos dois anos estão agora a evoluir e apontar para uma causa infecciosa, pelo menos para alguns pacientes.

Sintomas

Os principais sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica são o cansaço muito marcado durante a manhã, problemas de concentração, dores de cabeça, distúrbios do sono ou ainda dores musculares. Fala-se de Síndrome da Fadiga Crônica quando os sintomas ocorrem por mais de 6 meses.

Números pouco precisos

Somente nos Estados Unidos, de 1 a 4 milhões de pessoas sofrem da síndrome, ou pouco mais de 1% da população se levarmos em conta 4 milhões de pessoas. As mulheres americanas são 2-4 vezes mais afetadas que os homens, mas não se sabe por que há essa diferença entre os sexos. Constata-se, portanto, que mesmo nos Estados Unidos, país conhecido por seus estudos científicos rigorosos, os dados permanecem vagos e imprecisos, prova de que essa condição continua sendo pouco levada a serio pela comunidade médica.

No Brasil, não há dados suficientes sobre o número de pacientes afetados, mas médicos já constataram que isso afeta o rendimento escolar e a produtividade no trabalho dos afetados.

Novas pistas

Entretanto, a situação parece estar mudando de acordo com os trabalhos realizados nos últimos meses, em particular os da famosa Universidade de Stanford, ao sul de São Francisco, na Califórnia. O Prof. Jose Montoya e sua equipe, do Centro Médico da Universidade, têm demonstrado uma possível origem infecciosa da Síndrome da Fadiga Crônica. Eles observaram em vários pacientes com a condição concentrações anormais de vírus ou de bactérias no sangue, bem como os sinais inflamatórios atípicos. Esta pesquisa de vanguarda abre novas perspectivas de tratamento.

Caso de sucesso

Confirmada a origem infecciosa da Síndrome da Fadiga CrônicaUma paciente que sofria por mais de 4 anos da síndrome, a ponto de ter qualidade de vida profissional e pessoal muito reduzida, pode ser tratada com sucesso com uma mistura de medicamentos antivirais, antibióticos, anti-inflamatórios e imunomoduladores. Pode-se ver que a abordagem seguida pelo Prof. Montoya tem em várias frentes.
Segundo uma matéria da revista norte-americana Oprah Winfrey que relata este caso clínico, a paciente foi capaz de melhorar significativamente o seu estilo de vida, mesmo que ao final de 2015, ela não estivesse totalmente curada. De acordo com a história, esta mulher não conseguiu retomar a sua posição de gestão em uma grande multinacional, mas foi capaz de criar uma família que, segundo ela, é uma situação inimaginável para os que sofrem da síndrome, provando que a doença destrói completamente a energia vital de quem a tem.

Várias causas infecciosas

De acordo com o Dr. Mady Hornig, da Escola de Saúde Pública de Mailman da Columbia University, também nos EUA, e que trabalha com o Prof. Montoya sobre esta síndrome, muitos patógenos poderiam ser a causa da doença. No entanto, pesquisadores observaram que nem todos os casos da síndrome estão relacionados a agentes infecciosos. Em outras palavras, em apenas uma parte dos pacientes, a causa é infecciosa. Os resultados poderiam levar à introdução de novos tratamentos, especialmente à base de probióticos.

Síndrome finalmente levada a serio

Em 2015, o Instituto de Medicina americano chamou a Síndrome da Fadiga Crônica de uma doença “grave, crônica, complexa e sistêmica”. No passado e ainda hoje, esta síndrome foi e ainda é considerada pela maioria dos médicos como uma doença psicossomática, ou seja, exigindo uma abordagem psicológica e não farmacológica ou mista. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2015, na revista Sciences Advances, a Síndrome da Fadiga Crônica é uma doença biológica, e não psicológica. Para os pesquisadores, é possível identificar esta doença com marcadores (incluindo citocinas) no sangue.

25 de janeiro de 2016. Artigo escrito por Xavier Gruffat (farmacêutico) e traduzido por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fontes: ATS, Oprah Magazine. Fotos: Fotolia.com