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A vacinação contra o hpv e o câncer de colo de útero

A vacinação contra o hpv e o câncer de colo de úteroVocê deve ter ouvido falar que o Sistema Único de Saúde (SUS) começou recentemente a campanha de vacinação de meninas de 11 a 13 anos contra o HPV. Muitas pessoas se perguntam se é necessário que a vacinação comece tão cedo e qual sua eficácia. Para responder isso, vamos tentar entender um pouco mais sobre o HPV e a doença que ele causa.

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O HPV e o câncer de colo de útero

O HPV é a sigla para denominar o vírus do papiloma humano, um vírus que infecta queratinócitos da pele e causa as famosas verrugas. Há diversos subtipos do vírus, sendo que os tipos HPV-1 e HPV-2 são os causadores das verrugas das mãos, pés e face.

Além das verrugas, que são consideradas manifestações benignas, os subtipos 6 e 11 do HPV podem causar o condiloma acuminado, espécie de verrugas no ânus, pênis e vulva. Outra manifestação é a papilomatose respiratória, caracterizada pelo aparecimento de verrugas nas vias respiratórias que podem necessitar de intervenção cirúrgica.

Embora as condições descritas acimas incomodem e causem problemas muitas vezes estéticos, elas, em geral, não põem em risco a vida do paciente. Entretanto, há uma condição muito temida pelas mulheres que é potencialmente letal: o câncer de colo de útero.

A vacinação contra o hpv e o câncer de colo de útero

O vírus do HPV pode ser transmitido sexualmente pelo homem, sendo que os subtipos 16, 18, 31 e 45 são os principais causadores do câncer. Ele infecta a mucosa vaginal e faz com que as células se transformem lentamente de células sadias a células malignas. Estima-se que mais de 95% dos casos de câncer de colo do útero estejam associados à infecção por HPV.

Como dito, a transformação leva anos para acontecer e durante esse tempo as lesões na mucosa vaginal podem ser detectadas pelo exame de rotina de Papanicolau. Esse exame não detecta o vírus em si, mas localiza as lesões que ele causa e, com isso, inferir se a paciente está ou não infectada. Outros exames são auxiliares no diagnóstico da infecção, como biópsia de células do colo, colposcopia e peniscopia (no homem). Por isso é importante que o Papanicolau seja realizado periodicamente nas mulheres com vida sexual ativa.

Prevenção e vacinação

Prevenção e vacinação

Uma das maneiras de prevenir a transmissão sexual do HPV é utilizar preservativos, tanto feminino quanto masculino, durante as relações sexuais.

Outra possibilidade é a vacinação contra o vírus. O Ministério da Saúde escolheu a faixa etária de meninas entre 11 e 13 anos pois nessa idade a produção de anticorpos contra o HPV tem mais eficácia. O objetivo é que até 2016, 80% das meninas nessa idade sejam imunizadas.

É importante ressaltar que a vacinação é um método preventivo e não curativo do câncer. Estima-se que mais de 5000 mulheres morreram no ano de 2011 vítimas do câncer de colo de útero, com estimativa, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) de 15590 novos casos para 2014. A vacinação é, portanto, fundamental para que o número de mortes seja reduzido.

Tratamento do câncer de colo de útero

Tratamento do câncer de colo de útero

Uma vez iniciado o câncer, o tratamento dependerá do estágio de evolução da doença e lesão a tecidos vizinhos, como útero, trompas e ovários. Os tratamentos mais comuns são a cirurgia, para remover o tumor e os órgãos afetados, e a radioterapia. Em alguns casos, a cirurgia pode ser feita por laparoscopia, através do uso de grandes pinças inseridas por pequenos cortes na barriga.

A quimioterapia também pode ser empregada e usa drogas como a 5-flurouracila, cisplatina, carboplatina, ifosfamida, paclitaxel e ciclofosfamida para matar as células tumorais. A quimioterapia e a radioterapia podem ser usadas em combinação antes ou depois da cirurgia.

É importante que durante e após o tratamento do câncer do colo do útero a mulher mantenha uma vida sexual saudável, utilizando preservativo durante as relações sexuais. É fundamental que seu parceiro faça o testa para o HPV e seja tratado também. Deve-se ter uma dieta balanceada, com a inclusão de frutas, legumes, verduras, grãos, evitando-se doces, frituras e refrigerantes. É importante seguir as orientações do médico e evitar esforços intensos durante o tratamento, bem como relações sexuais.

Para saber mais sobre a doença, leia nossa matéria completa: Câncer do colo do útero.

Leia também: Ministério da Saúde incorpora vacina do HPV ao SUS

Observação da redação: este artigo foi modificado em 26.09.2017

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