Óleo de peixe
Resumo – Informações interessantes
O óleo de peixe é um suplemento alimentar utilizado em casos de pessoas com risco elevado de problemas cardiovasculares e por pessoas com alto nível de triglicérides. Ele é extraído de tecidos de peixes marinhos de água fria (ex.: Salmão, Atum e Sardinha) e seu efeito se dá principalmente devido à presença de ácidos graxos ômega-3, mais especificamente os ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA).
O EPA e o DHA agem alterando o metabolismo e transporte de gordura (colesterol) do nosso corpo, um dos resultados observados é a diminuição dos níveis de triglicérides.
Dose
– 1 a 4g de óleo de peixe por dia (equivalente a aprox. 200 a 800mg/dia de EPA + DHA, dependendo da formulação)
Posologia
– 1 a 4g de óleo de peixe por dia que podem ser tomadas em dose única ou divididas em 2 ou 3 vezes ao dia.
Indicação
– Prevenção de doenças cardíacas, principalmente em casos de risco de doença arterial coronariana, devido a seu efeito sobre as plaquetas e lipídios, e arritmias. (Leia mais em Observações).
– Hipertrigliceridemia, em conjunto com uma alimentação com níveis reduzidos de triglicéride em adultos com hipertrigliceridemia severa (≥500 mg/dL). (Leia mais em Observações)
– Hipertensão. O óleo de peixe pode ter o efeito de diminuir a pressão sanguínea, principalmente em pessoas com mais de 45 anos.
– Declínio cognitivo e demência (ainda em estudo).
– Depressão e outras desordens neuropsicológicas (ainda em estudo).
– Asma e outras doenças inflamatórias (ainda em estudo).
– Prevenção de câncer de mama (ainda em estudo).
Efeito
Redução do nível de triglicéride em 25 a 30%, devido à presença de dois tipos de ômega-3: Ácido eicosapentaenoico (EPA) e Ácido docosahexaenóico (DHA). O ômega 3 age reduzindo a produção hepática de VLDL (lipoproteínas de muito baixa densidade).
Antiarrítmico, anti-inflamatório, anti-trobogênico, antiplaquetário, hipotensor.
Efeitos adversos
Alergia, rash cutânea, fadiga, diarreia, náusea, dor abdominal, dispépsia, distensão abdominal, constipação, vômito.
Contraindicação
Hipersensibilidade a qualquer componente da formulação, pessoas com fibrilação arterial.
Interações
Agentes antiplaquetários e anticoagulantes.
Gravidez
O uso durante a gravidez deve ser recomendado e acompanhado por um médico, a suplementação de ômega 3 em mulheres grávidas influencia na concentração fetal . Efeitos adversos foram observados em estudos em animais.
Lactação
Os ácidos graxos ômega 3 são excretados no leite materno, deve ser utilizado com cautela durante a amamentação.
Principais nutrientes
| Informações nutricionais | Quantidade (cápsula de 550mg) |
| Valor energético | 4kcal |
| Gorduras totais | 0,5 g,das quais: |
| gorduras saturadas | 0,1 g |
| gorduras monoinsaturadas | 0,1 g |
| gorduras poliinsaturadas | 0,3 g, das quais: |
| Ômega 3 EPA (Ácido eicosapentaenoico) | 181 mg |
| Ômega 3 DHA (Ácido docosahexaenóico) | 120 mg |
| Colesterol | 2,5 mg |
| Vitamina E | 0,8 mg |
(As informações nutricionais podem mudar dependendo da formulação, verifique o rótulo)
Bons conselhos de nutrição Criasaude
– Pessoas que não possuem risco de doenças cardíacas devem comer uma variedade de peixes marinhos, preferencialmente peixes oleosos (ex. salmão), pelo menos 2 vezes por semana. O suplemento de óleo de peixe deve ser considerado em consulta médica apenas para indivíduos com doenças cardíacas ou com alto nível de triglicéride.
– Para evitar efeitos gastrointestinais indesejáveis, é recomendado que o óleo de peixe seja consumido em conjunto com alguma refeição.
Comentários interessantes sobre este suplemento
– Os benefícios do óleo de peixe foram inicialmente estudados em 1944, através de um estudo que esquimós da Groelândia, sobre o papel benéfico do consumo de peixe sobre a doença coronariana em esquimós na Groelândia, onde observou a raridade de cardiopatia isquêmica e de outras características da arteriosclerose naquela população.
– O óleo de peixe influencia diversos fatores de risco cardiovasculares
– O efeito fisiológico do óleo de peixe pode ser observado após algumas semanas de consumo diário.
– Segundo a Associação Americana do Coração, pessoas que não possuem doença arterial coronariana devem comer uma variedade de peixes marinhos, preferencialmente peixes oleosos (ex. salmão), pelo menos 2 vezes por semana. O suplemento de óleo de peixe deve ser considerado em consulta médica apenas para indivíduos com doenças cardíacas ou com alto nível de triglicéride.
– A Sociedade Endócrina recomenda que os ácidos graxos ômega 3 podem ser considerados em casos de níveis elevados de triglicérides > 1000 mg/dL e pode ser utilizado sozinho ou em conjunto com inibidores da HMG-CoA reductase.
