SYDNEY – As virtudes do vinho tinto para a saúde são debatidas entre os cientistas, que temem um encorajamento ao consumo. Mas um australiano afirma ter desenvolvido uma fórmula concentrando os efeitos benéficos em um volume pequeno, sem afetar a qualidade ou o sabor do néctar.
“Nós fomos pesquisar este antioxidante, que existe em pequenas quantidades no vinho, e a porta para o nível de seu efeito” sobre a saúde, explicou nesta terça-feira Greg Jardine, um bioquímico de Brisbane.
Esta bebida poderiam assim, mesmo quando consumida com moderação, ser um anti-inflamatório e ajudar a combater doenças como a artrite ou fadiga crônica, propriedades antioxidantes do vinho tinto certificadas desde 2010.
Mas carregar um vinho com antioxidantes o torna intragável, por se ficar muito rico em taninos. Ao alterar esses componentes de modo a que eles se tornem mais lipossolúveis e mais facilmente absorvidos pelo organismo, a garantia cientifica o torna perfeitamente bebível.
Este vinho especial é desenhado com as regras da arte, mas determinadas fases do processo foram destacadas, diz ele. “Nós não fizemos nada estranho à produção de vinho”, disse o químico, acrescentando que a bebida é “o puro vinho tinto”. Esta “tecnologia do polifenol modificado” pode também ser utilizada na fabricação de outros alimentos ou bebidas, de acordo com Greg Jardine.
Cuidado, no entanto, aos perigos
Lindsay Brown, farmacologista da Universidade de Queensland do Sul, testou o processo que pareceu melhorar a saúde dos ratos paralisados pela artrite. “Ele evita completamente o inchaço, inflamação e rigidez nas pernas”, diz ele.
Mas, como muitos membros da comunidade médica, o farmacologista ressalta os perigos de ver o vinho como medicamento. “O vinho é uma bebida consumida por grande parte da população. Problema é, obviamente, não fazer as pessoas acreditam que podem beber uma garrafa por dia”.
Numerosos estudos epidemiológicos mostraram que beber – moderadamente – vinho tinto reduz o risco de doença cardiovascular e também trás benefícios para as articulações.
Criasaude, 28/01/2013
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