Pesquisadores americanos demonstraram, em maio de 2013, que o uso de óleo de prímula ouborragem não são mais eficazes que placebo no tratamento de eczema e, particularmente, de dermatite atópica.
A dermatite atópica é uma doença de pele do tipo alérgica que aparece frequentemente na idade de 3 meses. Na maior parte dos casos a dermatite desaparece na adolescência, mas em alguns persiste na idade adulta.
Os principais sintomas são pele seca, placas de eczema frequentemente vermelhas, lesões pruriginosas (que coçam) e infecções. O tratamento baseia-se em uma boa hidratação da pele com cremes ou pomadas e, em casos mais graves, na utilização de corticoides e anti-histamínicos.
O óleo de prímula e de borragem são frequentemente recomendados por médicos e farmacêuticos, especialmente porque essas plantas medicinais têm menos efeitos colaterais do que os corticoides ou anti-histamínicos.
Os pesquisadores norte-americanos da Faculdade de Medicina de Minnesota e do Sistema Essencial de Saúde de Duluth realizaram 27 estudos, 19 com óleo de prímula e 8 com a borragem. Os participantes tiveram a prescrição de um tratamento baseado em óleo de prímula ou de borragem ou placebo. Os estudos duraram de 3 a 24 semanas. O resultado é claro, a prímula e a borragem não mostraram efeito superior ao placebo. Os cientistas pensavam que o ácido gama linoleico, que é encontrado em ambas as plantas, pudesse ter alguma eficácia contra esta dermatite.
Por Xavier Gruffat (farmacêutico), 23 de junho de 2013.