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Trevo vermelho

Resumo

Trevo vermelho resumoPlanta medicinal rica em fitoestrógenos, utilizada contra os sintomas ligados à menopausa (ainda são necessários estudos clínicos para comprovar esta ação), pode ser encontrada em cápsulas.

Nomes

Nome em português: trevo vermelho, trevo-dos-prados
Nome binomial: Trifolium rubens L. (trevo vermelho), Trifolium pratense L. (trevos-dos-prados)
Nome francês: Trèfle rouge, trèfle pourpre
Nome inglês: broad clover, red clover
Nome alemão: Rotklee, Rotkleeblüten
Nome italiano: capo-rosso, trifoglio rosso

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Família

Fabaceae

Constituintes

Fitoestrógenos: isoflavonóides (essas moléculas também são encontradas na soja). As isoflavonas apresentam certa semelhança estrutural com o hormônio sexual feminino estradiol, óleo essencial, proteínas

Partes utilizadas

– Flores secas, extrato de trevo vermelho fermentado (veja também nas Observações abaixo), folhas (consumir apenas folhas cozidas).

Efeitos

Regulador hormonal graças aos fitohormônios, diurético

Indicações

Indicações do trevo vermelhoUso interno: 
– Sintomas relacionados à pré-menopausa e à menopausa (fogachos), tosse.
Uso externo (em medicina popular, uso da flor seca):
Eczema, psoríase

Efeitos secundários

Os principais efeitos colaterais observados nos estudos são dores de cabeça, dores musculares e náuseas.
Leia a bula e procure aconselhamento de um especialista.

Contra-indicações

Câncer de mama, gravidez, lactação, crianças.

Interações

Leia a bula e peça orientações a um especialista.

Preparações

– Cápsulas à venda em farmácias

Onde cresce o trevo vermelho?

O trevo vermelho cresce na Europa, nos Alpes. É uma planta perene, ou seja, que pode viver muitos anos. Na montanha como nos Alpes, a planta cresce até uma altitude de cerca de 1500m. Encontra-se em particular em prados e pastagens. Atinge uma altura entre 15 e 40 cm.

Quando o trevo vermelho floresce?

O trevo vermelho floresce na Europa (por exemplo, na França) geralmente de maio a setembro.

Observações

– O trevo vermelho, a soja e a alfafa são plantas ricas em fitoestrógenos, princípios ativos que têm um efeito favorável contra diversos sintomas da menopausa (ondas de calor,…). No entanto, ainda são necessários alguns estudos clínicos para comprovar de fato esta eficácia. O trevo vermelho cresce quase em todos os lugares da Europa. Para obter uma eficácia, somente devem ser utilizados medicamentos prontos para o uso (cápsulas).

– Em uma edição especial de julho de 2020 da revista francesa Science & Vie sobre plantas medicinais, que estudou a eficácia de 77 plantas medicinais, as folhas do trevo vermelho ou do trevo do prado foram consideradas com provável eficácia sob os sintomas da menopausa (como ondas de calor, secura vaginal ou suores noturnos). A eficácia ainda não foi comprovada, mas os estudos parecem bastante favoráveis.

– Um estudo publicado em 21 de junho de 2016, na revista especializada JAMA, mostrou que a utilização de plantas medicinais como soja, cimicífuga, trevo vermelho, determinadas plantas da medicina tradicional chinesa ou moléculas provenientes de plantas como as isoflavonas que são fitoestrógenas estava associado a uma modesta diminuição na frequência de ondas de calor e de falta de lubrificação vaginal em mulheres na menopausa. Em contrapartida, o efeito dessas plantas ou remédios naturais na sudorese noturna era insignificante, segundo os pesquisadores.
Este trabalho de pesquisa realizado notadamente pela Erasmus University Medical Center, em Roterdã (Países Baixos), analisou mais de 60 pesquisas publicadas sobre este tema, totalizando mais de 6.000 mulheres.

Extrato de trevo vermelho fermentado
Um estudo dinamarquês publicado em junho de 2017 mostrou que um extrato de trevo vermelho fermentado (em inglês fermented red clover extract) reduziu as ondas de calor na menopausa. O estudo contou com 130 participantes, mulheres com sintomas típicos da menopausa. Segundo os pesquisadores, o trevo vermelho fermentado diminui significativamente o número e a gravidade das ondas de calor. Cientistas dinamarqueses explicam que é o processo de fermentação do extrato de trevo vermelho que faz a diferença, porque a fermentação do ácido lático aumenta a biodisponibilidade de compostos bioativos similares a estrogênios (chamados isoflavonas ou fitoestrógenos) que o trevo vermelho tem em abundância. O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, sob a direção do Prof. Per Bendix Jeppese. Foi publicado na revista científica exclusivamente online PLOS one em 7 de junho de 2017.

Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)

Fontes: 
Science&Vie, PLOS one

Atualização:
Este artigo foi modificado em 20.01.2021

Fotos: 
Adobe Stock, Pharmanetis Sàrl

Foto

Planta medicinal Trevo vermelho

Observação da redação: este artigo foi modificado em 03.05.2021

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