Cimicífuga
Resumo
Planta medicinal indicada para atenuar os sintomas da menopausa, especialmente as ondas de calor, apresenta-se frequentemente na forma de comprimidos e cápsulas padronizadas.
Nome em português : Erva-de-São-Cristóvão (erva-de-são-cristóvão), cimicífuga, acteia
Nome binomial : Cimicifuga racemosa, Actaea racemosa
Nome francês : cimicifuga, actée à grappes, cimicifuge, cytise, cimicifuga racemosa, herbe aux punaises, cohosh noir
Nome inglês : Black Cohosh
Nome alemão : Traubensilberkerze
Nome italiano : cimicifuga
Ranunculaceae (Ranunculáceas)
Glucosídeos triterpênicos (p.ex. acteína)
Rizoma, raíz.
Favorece a produção de estrógenos, anti-reumático, estimula a menstruação, antidepressivo.
– Alternativa à terapia hormonal de substituição (THS) em caso de distúrbios e sintomas ligados à menopausa ou à pré-menopausa, tipicamente em caso de ondas de calor (fogachos).
– Em caso de síndrome pré-menstrual ou dismenorréia (dores menstruais).
– Leve depressão
– Artrite (efeito possível)
Diversos problemas hepáticos (amarelão).
Atenção! Em caso de problemas hepáticos (amarelão, dores, dor de barriga, nâuseas e vômitos, urinas escurecida, fadiga…) durante um tratamento com a cimicífuga, em geral no caso de um tratamento em longo prazo, queira interromper imediatamente o tratamento e pedir conselhos ao seu médico.
Distúrbios hepáticos, gravidez , amamentação.
Queira ler a bula da embalagem e pedir conselhos conselhos a um especialista.
– Comprimidos (à base de extrato de rizoma de erva-de-são-cristóvão)
– Cápsulas (à base de extrato de rizoma de erva-de-são-cristóvão). São com frequência cápsulas contendo de 40 a 200 mg de rizoma de erva-de-são-cristóvão).
– Cozimento (para 1 xícara, cozinhar a partir de 2 colheres de café de raízes ou rizoma de erva-de-são-cristóvão, em 500 ml de água. Receita: coloque a erva-de-são-cristóvão em uma panela contendo 500 ml de água fria, deixe ferver a mistura e, em seguida, deixar no fogo brando em leve temperatura de ebulição durante mais alguns minutos. Deixe esfriar a mistura e filtre. Beber entre meia e uma (1) xícara, de 2 a 3 vezes ao dia).
– Tintura (em caso de dores menstruais, a posologia é com frequência de 1 a 2 ml, três (3) vezes ao dia)
A erva-de-são-cristóvão é originária da América do Norte. Ela cresce igualmente em outras regiões de clima temperado, como a Europa.
A erva-de-são-cristóvão gosta bastante das terras úmidas e mais escondidas da luz solar. Em geral, as flores aparecem em meados do verão.
Esta planta pode alcançar mais de dois metros de altura.
– A erva-de-são-cristóvão pode ser uma alternativa concreta aos tratamentos de reposição hormonal (TRH), na menopausa e durante a pré-menopausa. Em geral, a erva-de-são-cristóvão aparenta provocar menos efeitos colaterais que os TRH. Esta planta é particularmente indicada para diminuir as ondas de calor da menopausa.
Eficácia científica
– Os estudos clínicos que demonstram a eficácia da cimicifuga são por vezes contraditórios, alguns estudos comprovam a sua eficácia, outros afirmam o contrário. Uma edição especial da revista Science & Vie publicada em julho de 2020 estimou, com base em estudos clínicos, que a cimicifuga tem eficácia comprovada contra os sintomas da menopausa (ondas de calor, suores, alterações de humor …). A revista Science & Vie também mencionou em seu artigo que vários estudos contraditórios foram publicados sobre a cimicifuga nos últimos 15 anos. O Comitê Europeu de Medicamentos à Base de Plantas (HMPC) estimou em 2017 que o efeito da cimicifuga estava “bem estabelecido”, devendo ser notado que, poucas plantas têm direito a esta recomendação de primeiro nível.
– A erva-de-são-cristóvão era uma planta utilizada pelos ameríndios, tais como os Cherokee, na cura de diferentes doenças.
– Um estudo publicado em 21 de junho de 2016, na revista especializada JAMA, mostrou que a utilização de plantas medicinais como soja, cimicífuga, trevo vermelho, determinadas plantas da medicina tradicional chinesa ou moléculas provenientes de plantas como as isoflavonas que são fitoestrógenas estava associado a uma modesta diminuição na frequência de ondas de calor e de falta de lubrificação vaginal em mulheres na menopausa. Em contrapartida, o efeito dessas plantas ou remédios naturais na sudorese noturna era insignificante, segundo os pesquisadores.
Este trabalho de pesquisa realizado notadamente pela Erasmus University Medical Center, em Roterdã (Países Baixos), analisou mais de 60 pesquisas publicadas sobre este tema, totalizando mais de 6.00 mulheres.
Fontes (referências):
Science & Vie, JAMA
Fotos:
Criasaude.com.br, Fotolia.com
Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)
Atualização:
Este artigo foi modificado em 22.11.2020