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Azitromicina

A azitromicina é um antibiótico amplamente utilizado pertencente à família dos macrólidos. A azitromicina é considerada um antibiótico de primeira escolha para muitas doenças infecciosas, como doenças do trato respiratório inferior, como pneumonia e doenças do trato respiratório superior, doenças de pele e clamídia. Como a maioria dos antibióticos, porém, algumas bactérias são resistentes a este medicamento.

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Nomes:
Azitromicina (AZM), azitromicina (nome inglês), azithromycinum (nome latino), azithromycinum monohydricum (nome salino), azithromycinum dihydricum (nome salino).

Fórmula da molécula:
C38H72N2O12

Metabolismo: 
A meia-vida da azitromicina é de 40h a 70h. Esta é uma meia-vida elevada e justifica o uso de regimes de dose única, tais como contra a clamídia.
Não há metabólito ativo. A eliminação da azitromicina é principalmente hepática.

Efeitos:
Como outros antibióticos macrolídeos, a azitromicina inibe a síntese de proteínas em ribossomos bacterianos, especificamente através da ligação à subunidade 50S dos ribossomos. A azitromicina atua como bacteriostático ou bactericida.

Indicações:
– Doenças infecciosas do trato respiratório inferior e superior: pneumonia (incluindo às vezes indicada na Covid-19, ver também abaixo em Observações), broncopneumonia (como monoterapia ou em combinação com outros antibióticos), bronquite, estreptococosidade da garganta, otite média.
Clamídia (geralmente indicada como dose única)
Gonorréia (geralmente em combinação com outro antibiótico)
– Doenças infecciosas da pele
– Feridas
– Infecções por Shigella
– Em certas doenças infecciosas em pessoas infectadas pelo HIV (complexo Mycobacterium avium)
– Doença de Lyme (geralmente com o antibiótico de primeira escolha)

Efeitos colaterais:
Em cerca de 10% dos casos, os efeitos colaterais gastrointestinais. Na maioria dos casos (4%), diarréia, mas também náuseas e vômitos, dispepsia e dores de estômago.
Reações alérgicas, raramente perigosas, são possíveis.
Raros efeitos colaterais:
Desordens cardiovasculares, doença renal e hepática, colite pseudomembranosa, pancreatite, reações cutâneas severas e problemas auditivos.
A azitromicina, como outros macrolídeos, pode prolongar o intervalo QT e, raramente e especialmente em pacientes de alto risco, pode causar arritmias cardíacas fatais.

Contra-indicações:
Hipersensibilidade à azitromicina, pacientes com risco de prolongamento do QT.

Interações:
A azitromicina é um substrato de citocromo CYP3A4. Cuidado com as drogas que podem aumentar o intervalo QT (por exemplo, amiodarona, metadona).
Outras interações: antagonistas de vitamina K, estatinas (riscos musculares), digoxina (risco de aumento da toxicidade).

Gravidez:
A azitromicina pode ser prescrita durante a gravidez sem risco particular.

De que forma (formas de dosagem)?
A azitromicina está disponível comercialmente como comprimidos revestidos por película (250-500 mg), pó para a preparação de uma suspensão (600-1200 mg para uma suspensão de 40 mg/ml) e grânulos (100, 300 e 500 mg). Além disso, estão disponíveis grânulos para a produção de uma suspensão oral com liberação retardada do ingrediente ativo.

Dosagem:
A droga é geralmente administrada uma vez por dia durante 3 dias, às vezes 1 dia (chamada de dose única).
Normalmente 500 mg por 24 horas durante 3 dias para infecções do trato respiratório. Normalmente 1000 mg (por 24 h) como dose única para clamídia não complicada.
A azitromicina pode ser tomada sem refeições.

Alternativas – outros antibióticos (eritromicina e derivados)
A claritromicina, também um derivado da eritromicina, é uma alternativa possível à azitromicina. A claritromicina é utilizada principalmente para a erradicação da Helicobacter pylori. A claritromicina é utilizada na maioria das indicações de azitromicina. Entretanto, a claritromicina tem mais interações medicamentosas do que a azitromicina. Além disso, a azitromicina tem menor atividade contra bactérias gram-positivas do que a claritromicina, mas maior atividade contra bactérias gram-negativas. Deve-se notar também que a meia-vida da azitromicina é muito mais longa do que a da claritromicina.
Eritromicina (e roxitromicina)
A azitromicina é um derivado da eritromicina. Mas a eritromicina, o macrolídeo original (um precursor), quase nunca é usado hoje em dia. Entretanto, a eritromicina ainda é utilizada localmente (externamente) para a acne. Roxitromicina é outra derivada da eritromicina 1.

Covid-19
Em 2020, a azitromicina foi estudada em combinação com o medicamento malária hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. Em 1º de agosto de 2020, o jornal conservador americano The Wall Street Journal, que era politicamente próximo de Donald Trump, que defendeu fortemente o uso da hidroxicloroquina, declarou em um artigo que a hidroxicloroquina era inútil para a prevenção e tratamento da Covid-19. De acordo com o Wall Street Journal, a eficácia da azitromicina sozinha contra a Covid-19 não havia sido cientificamente comprovada até meados de 2020. Entretanto, uma molécula cientificamente comprovada para reduzir a mortalidade em pacientes graves é a dexametasona, um derivado da cortisona.

Fontes e Referências: 
Fontes: 
Keystone ATS (agência de notícias suíça), Pharmawiki.ch.
Referências e literatura:
“100 wichtige Medikamente” – Infomed (2020).

Escrito por: 
Xavier Gruffat (Farmacêutico)

Última atualização: 
06.09.2021

Créditos das fotos:
Adobe Stock

Bibliografia e referências científicas:

  1. Livro em alemão: Taschenatlas Pharmakologie (Pocket Atlas of Pharmacology), Lutz Hein – Jens W. Fischer, 8ª edição (8. Auflage), Thieme, 2020
Observação da redação: este artigo foi modificado em 06.09.2021

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