Médicos canadenses emitiram diretrizes para o tratamento dafibromialgia. Suas recomendações centram-se principalmente em estratégias não farmacológicas, especialmente no uso de exercícios físicos.
Uma definição estabelecida
“A síndrome da fibromialgia é um conjunto de sintomas no qual o principal é a dor crônica (com uma duração superior a três meses), extensa e difusa, contínua, flutuante, aumentando principalmente com os esforços”, define a Alta Autoridade de Saúde (em francês: Haute Autorité de Santé – HAS). “Essa dor singular é acompanhada por fadiga, distúrbios do sono, estados depressivos e ansiedade“.
No Canadá, os médicos das Universidades McGill e Calgary publicaram as primeiras (de seu país) recomendações de boas práticas para a gestão desta condição. Elas são baseadas em “intervenções não-farmacêuticas, tais como exercícios, técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental. Assim como medicamentos adaptados às necessidades individuais dos pacientes”. Os autores explicam que “o objetivo principal é melhorar a qualidade de vida, aliviando os sintomas”. As dores, especialmente.
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Essas recomendações são semelhantes ao estabelecido na França, pela HAS, que fez um relatório de orientações sobre o assunto em julho de 2010. Como explicou Anne-Françoise Pauchet-Traversat (departamento de doenças crônicas e de acompanhamento de paciente da HAS), “a palavra de ordem adotada no momento, é a atividade. Devemos promover a retomada ou a continuação gradual da atividade física destes pacientes (…): pelo menos meia hora de atividade física, adaptada, todos os dias”.
Ela acrescenta que “o medicamento não é, necessariamente, a primeira medida a ser tomada. É o médico de clínico que deve decidir, dependendo dos sintomas e seu impacto sobre a vida cotidiana”. Anne-Françoise-Pauchet Traversat salienta, finalmente, a importância de “avaliar regularmente a eficácia de cada tratamento adotado em relação a seus benefícios, efeitos colaterais e seu custo”.
Causas desconhecidas
Lembre-se que em 80% dos casos a fibromialgia afeta as mulheres e 9 de 10 pacientes com menos de 60 anos. Sua prevalência é de 1,4% à 2,2% na população em geral. Em relação a suas causas, elas permanecem desconhecidas. Se você está preocupada(o), fale com o seu médico.
Criasaude.com.br, 27 de maio de 2013.
Fonte: Jornal da Associação Médica Canadense, 6 de maio de 2013 – Relatório de orientações da, HAS Atualidades e Práticas – n º 30 – junho 2011
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde está adotando uma série de medidas para o enfrentamento da influenza deste ano. Além da campanha nacional de vacinação, que imunizou mais de 32 milhões de pessoas e ultrapassou a meta de 80% do público-alvo, diversas ações em curso visam à prevenção e a redução do número de casos e óbitos por agravamento da doença.
As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (21) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e abrangem deste a disponibilização de R 30 milhões) vai ampliar a capacidade de internações, com a criação de leitos extras para o tratamento de influenza, de acordo com a necessidade local. A estimativa é de criação de aproximadamente 450 leitos para o tratamento da influenza, distribuídos nos quatro estados, possibilitando 1,8 mil internações por mês.
O montante vai permitir a compra ou locação de cerca de 450 ventiladores respiratórios e 555 monitores cardíacos para equipar leitos de cuidados intermediários ou intensivos. Além disso, deverão ser adquiridos 1.500 oxímetros para os estabelecimentos de primeiro atendimento e unidades 24 horas de pronto atendimento clínico e pediátrico. O equipamento é usado na classificação de risco do paciente com síndrome gripal e facilita a identificação precoce de formas graves da doença.
O repasse do recurso foi baseado na análise dos locais com maior número de casos de Influenza em 2009. Ao estado de São Paulo foram destinados R 5,6 milhões; Santa Catarina R 6,7 milhões. Os estados vão articular com os municípios o uso do recurso, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada. Nesses quatros estados foram realizadas 310.895 internações por SRAG, em 2009.
CURSO– Também como parte das medidas de preparação da rede pública, o Ministério da Saúde oferecerá, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), curso de Educação a Distância (EAD) sobre o protocolo de influenza 2013. Voltado aos médicos que atuam na rede assistência à saúde, a capacitação tem o objetivo de reforçar o manejo correto de influenza, de acordo com protocolos atualizados.
O curso apresenta casos clínicos interativos, com explicações sobre os erros e acertos a cada decisão que o médico tomar. Ao final de cada caso, o profissional poderá assistir a um vídeo com comentários de médicos especialistas sobre o tema abordado. Além disso, o curso permite o acesso a materiais de apoio, como fluxograma de tratamento, orientações de etiqueta respiratória e links para outros conteúdos. Outros profissionais da saúde podem fazer o curso como visitante, mas não receberão declaração de conclusão. As inscrições podem ser feitas no link: http://unasus.gov.br/influenza
O Ministério da Saúde também vai distribuir 680 mil materiais informativos e educativos para orientação aos profissionais da área e também à população, como cartazes sobre tratamento e prevenção da gripe, display de mesa sobre tratamento, filipeta orientando a diluição do oseltamivir para crianças, algoritmo de atendimento.
PROTOCOLO – A orientação aos médicos para receitar o Fosfato de oseltamivir (Tamiflu), sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que integrem o grupo de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – como crianças menores de dois anos, gestantes, puérperas, indígenas que moram em aldeias, idosos, obesos e doentes crônicos – é uma das recomendações do Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. O protocolo orienta ainda atenção especial às gestantes, reiterando a necessidade do uso do antiviral em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas mesmo para as que receberam a vacina, além da investigação do caso com exames complementares. Quem não pertence aos grupos mais vulneráveis, mas apresente sinais de agravamento da síndrome gripal, o tratamento com o antiviral deve ser iniciado com urgência.
DISTRIBUIÇÃO –O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública e reduz complicações e óbitos pela doença. Para retirar o medicamento, o paciente deve apresentar prescrição médica emitida tanto por profissionais da rede pública como da rede privada. A adoção de ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal são algumas das recomendações para a prevenção da gripe. Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. O Ministério da Saúde distribuiu aos estados 1.066.082 tratamentos do oseltamivir na fórmula adulto (75mg) e 141.900 tratamentos de uso pediátrico.
AMPLIAÇÃO: A validade do antiviral usado no tratamento da Influenza foi ampliada, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida atendeu a solicitação do laboratório produtor (Roche) e do Ministério da Saúde, já que o prazo do antiviral com registro no Brasil era de dois anos. O mesmo medicamento possui vencimento de quatro anos em países europeus e nos Estados Unidos.
Com a resolução, o prazo de validade do Tamiflu com concentração 30mg e 45mg (fórmula infantil) passará de dois para quatro anos, a partir da data de fabricação. A modificação está amparada por estudos de estabilidade feitos pelo laboratório produtor. A extensão vale para todos os lotes do medicamento em posse do Ministério da Saúde. A iniciativa contribuirá para a garantia do tratamento adequado aos pacientes.
A alteração será apresentada em etiquetas na embalagem, que também manterá o lacre original de fábrica para demonstrar a integridade do produto. O Ministério da Saúde monitora a quantidade em estoque e avalia a necessidade do envio de novas remessas do medicamento.
IMUNIZAÇÃO: O balanço nacional aponta que foi superada a meta da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até as 11h desta segunda-feira (20), foram vacinadas 32,4 milhões de pessoas em todo o Brasil. O número representa uma cobertura de 83,7% do público alvo, excluídas as doses aplicadas em doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade. A meta era vacinar 80%, de um total de 39,2 milhões.
Dezenove estados e o Distrito Federal atingiram 80% ou mais de cobertura vacinal. O Ministério da Saúde (MS) recomenda aos estados e municípios que não atingiram a meta para que continuem vacinando quem faz parte dos grupos prioritários. Na análise por grupo prioritário, a campanha teve melhor adesão entre as mulheres em puerpério (45 dias após o parto) com 100% de cobertura, seguido dos trabalhadores em saúde 93%, crianças 88,4% e pessoas acima dos 60 anos 82,3%. A população indígena teve 74,7% de imunização e gestantes alcançaram o menor índice com 73,6%. Grávidas ainda podem se vacinar. A vacina é segura e a melhor forma de prevenção antes do inverno. Foram ainda aplicadas 5,7 milhões de doses em doentes crônicos e 226,1 mil doses em pessoas privadas de liberdade. As pessoas que formam o grupo prioritário são consideradas mais vulneráveis a desenvolver a forma mais grave da doença e ter complicações, como internação e mortes.
RAIO X DA DOENÇA: De 1º de janeiro a 12 de maio de 2013, foram notificados 4.713 casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), destes 388 casos foram confirmados para o vírus Influenza A(H1N1). No mesmo período deste ano, foram confirmados 391 óbitos por SRAG, sendo 61 por A(H1N1). Durante o ano de 2012, foram registrados 20.539 casos da SRAG, sendo confirmados 2.614 para A (H1N1). No ano passado, foram contabilizadas 1.931 mortes, sendo 351 pelo vírus pandêmico.
WASHINGTON – Os alimentos industrializados assim como aqueles que são vendidos em restaurantes de fast food nos Estados Unidos permanecem em geral muito salgados, de acordo com um estudo recente. Os médicos continuam pedindo a regulamentação dos níveis deste condimento, o qual seu consumo excessivo está ligado a 150.000 mortes por ano.
“A indústria de alimentos é lenta para reagir e introduz mudanças muito pequenas” nas doses de sal contido nos alimentos, afirma o Dr. Stephen Havas, professor de medicina preventiva da Universidade Northwestern, do estado de Illinois (EUA).
De 2005 a 2011, o teor de sal em 402 alimentos processados caiu cerca de 3,5%, enquanto houve um aumento de 2,6% em 78 outros produtos, explica o estudo.
“Este problema não será resolvido sem que o governo federal intervenha para proteger a saúde pública”, estima o Dr. Havas. “O teor de cloreto de sódio deve ser regulamentado”, disse ele.
Cerca de 90% dos americanos vão sofrer à diferentes graus de hipertensão em algum momento de suas vidas e uma alimentação muito salgado é a principal causa, diz o estudo publicado no “Journal of the American Medical Association” (JAMA).
A hipertensão aumenta o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, que são muitas vezes fatal ou causar deficiência.
Duas colheres de chá por dia
“Altos níveis de sal são do interesse da indústria de alimentos por mascarar o sabor dos ingredientes que muitas vezes não são da melhor qualidade”, disse ainda o Dr. Havas. Dasd
“Por outro lado, os alimentos salgados nos fazem sentir mais sede e então, a beber mais refrigerantes e álcool, o que também beneficia a indústria”, acrescenta.
Um americano consome, em média, cerca de duas colheres de chá de sal por dia, muito mais do que a quantidade recomendada pela Associação Americana do Coração, ou três quintos de uma colher ou um máximo de 1.500 miligramas.
Aproximadamente 80% da ingestão diária de sal nos Estados Unidos vem de alimentos industrializados ou da comida de restaurantes e muito pouco do que é adicionado à comida preparada em casa, indica este estudo.
BRASÍLIA – Pacientes com câncer deverão ter o início de seu tratamento assegurado em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário. Prevista na Lei 12.732/12, sancionada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, a medida, que entra em vigor no próximo dia 23, teve sua regulamentação detalhada nesta quinta-feira (15) pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O prazo máximo vale para que o paciente passe por uma cirurgia ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme prescrição médica.
“É um grande desafio o que a Lei propõe, mas a presidenta Dilma Rousseff e o seu governo entendem que esta obrigatoriedade vai mobilizar a sociedade e os gestores locais para que seja oferecido tratamento adequado do câncer”, avaliou Padilha.
Antes mesmo da vigência da Lei, 78% dos pacientes em estágio inicial da doença têm seu tratamento iniciado em menos de 60 dias, sendo que 52% têm esse direito assegurado em até duas semanas, conforme registros do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para casos avançados, o acesso em até dois meses já ocorre para 79% dos pacientes, sendo 74% destes em até uma quinzena.
A formação de médicos especialistas no tratamento do câncer, segundo Padilha, é fundamental para o cumprimento da Lei e para a redução das desigualdades regionais. “Estamos formando especialistas em oncologia clínica, pediátrica, cirúrgica, entre outras áreas. Criamos um incentivo financeiro no valor de R 500 milhões.
AMPLIAÇÃO DO ACESSO – O Ministério da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população a prevenção, exames e tratamentos do câncer. De 2010 a 2012, o investimento do Governo Federal em oncologia disparou 26% – de R 2,1 bilhões. Com estes recursos, foi possível ampliar em 17,3% no número de sessões de radioterapia, saltando de 7,6 milhões para mais de nove milhões. Para a quimioterapia houve aumento de 14,8%, passando de 2,2 milhões para 2,5 milhões.
Em decorrência da inclusão de novos tipos de cirurgia oncológica e da ampliação dos investimentos no setor, a expectativa para 2013 é que o número de operações supere a marca dos 120 mil, 25% a mais que as 96 mil realizadas no ano passado. A expansão está sendo custeada por uma elevação de 120% no orçamento destinado a estes procedimentos – de R 380,3 milhões em 2013.
Por outro lado, houve expansão no rol de medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente pelo SUS, com a inclusão de drogas biológicas modernas como o mesilato de imatinibe (contra leucemia), o rituximabe (para o tratamento delinfomas) e o trastuzumabe (contra o câncer de mama). A ampliação veio acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos com o ganho da escala de compras.
CÂNCER NO BRASIL – O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que surgirão aproximadamente 518 mil novos casos de câncer no Brasil em 2013. A previsão é de que 60.180 homens tenham câncer de próstata e 52,6 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de mama. Em 2012, foram realizadas cerca de mais de 500 mil internações na rede pública para tratamento do câncer, ao custo de R$ 806 milhões.
Em 2010 (último dado consolidado), o Brasil registrou 179 mil mortes pela doença. O câncer dos brônquios e dospulmões foi o tipo que mais matou (21.779 pessoas), seguido do de estômago (13.402), da próstata (12.778), da mama(12.853), e do cólon (8.385).
LONDRES – Comer mais fibras reduz o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), apenas 7g ou mais (cerca de 25g recomendado) de fibra por dia reduziria o risco em 7%. Você pode obter 7g de fibra alimentar, por exemplo, comendo um prato de massa com 2 porções de frutas ou vegetais. Este estudo foi realizado por Diane Threapleton da Universidade de Leeds (Reino Unido) e publicado na revista Stroke em 2013.
No passado, os estudos demonstraram que as fibras alimentares solúveis ou insolúveis ajudam a reduzir o nível de colesterol e a controlar a pressão sanguínea, dois fatores de risco importantes de AVC. Lembre-se que esta doença cerebral pode levar a graves complicações e, em alguns casos, causar a morte do paciente.
Neste estudo, os pesquisadores britânicos analisaram dados de oito estudos científicos publicados entre 1990 e 2012, levando em conta os dois principais tipos ou situações de AVC, ou seja, hemorragia cerebral e isquemia (de uma artéria cerebral).
O resultado demonstrou que a ingestão de 7g ou mais de fibra alimentar por dia reduz em 7% o risco de sofrer um AVC.
Sabemos que a Associação Americana de Cardiologistas (em inglês: American Heart Association) recomenda o consumo de pelo menos 25g de fibra alimentar por dia, outras organizações norte-americanas, incluindo a de nutrição, também recomenda a mesma porção por dia. Você pode obter este quantidade consumindo, por exemplo, de 6 a 8 porções de grãos e 8 a 10 porções de frutas e legumes todos os dias. Saiba que a fibra alimentar só pode vir de alimentos vegetais, alimentos como a carne, peixe e produtos lácteos não contêm fibras alimentares. Entendemos por isso que uma dieta balanceada é essencial
A pesquisadora Threapleton, reconhece que a maioria das pessoas não ingere a dose diária recomendada de fibras, enquanto que um simples aumento pode contribuir significativamente para a redução do risco de AVC.
BRASÍLIA – O consumo de leite com presença de formol não é seguro para a saúde humana. É o que aponta informe técnico divulgado pela Anvisa, nesta quinta-feira (9/5), em decorrência da Operação Leite Compensado, deflagrada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Ministério Público do Rio Grande do Sul, que investiga a adulteração de leite nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina, no referido estado.
O formol ou formaldeído é toxico se ingerido, inalado ou se tiver contato com a pele e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) desde junho de 2004. Os tipos de câncer associados à exposição crônica ao formol são os de nasofaringe, nasossinusal e leucemia. “Mesmo em pequenas concentrações, o formol representa um risco à saúde, pois a substância não possui uma dose segura de exposição”, afirma Denise Resende, Gerente-Geral de Alimentos da Anvisa.
Por outro lado, o informe técnico apontou que a ureia, em doses razoáveis, causa pouca ou nenhuma toxicidade para seres humanos. “A ureia não é considerada uma substância de preocupação para a saúde humana, mas é usada para mascarar a quantidade de proteína no leite”, explica Denise.
Leite adulterado
Segundo o Ministério da Agricultura, as indústrias produtoras do leite UHT adulterado foram submetidas ao Regime Especial de Fiscalização e estão impedidas de comercializar os produtos. A proibição é valida até que um plano de medidas corretivas seja aprovado e que três amostras consecutivas apresentem resultados laboratoriais dentro dos padrões.
Além disso, o Ministério realizou o recall de todos os lotes de leite que apresentaram problemas, não restando produtos adulterados no comércio.
Competências De acordo com a Lei 1.283/50, o Ministério da Agricultura é o órgão responsável pela fiscalização da fabricação de produtos de origem animal, incluindo o leite. Compete aos órgãos de vigilância sanitária a fiscalização desses produtos no mercado varejista. Como o leite adulterado já foi retirado do comércio, no momento, não serão adotadas ações sanitárias complementares.
De qualquer forma, a Anvisa recomenda aos consumidores que caso disponham desses lotes em suas residências, que os mesmos não sejam consumidos, por haver risco à saúde.
WASHINGTON – Uma proteína no leite materno reduz significativamente a resistência aos antibióticos desenvolvidos por alguns patógenos causadores de pneumonias graves e outras infecções difíceis de tratar. Isto é o que revela um estudo publicado quarta-feira na revista americana “PLoS ONE”.
Esta descoberta é promissora para os hospitais. Eles são muitas vezes confrontados com o problema dos “superbactérias” resistentes a antibióticos, tais como o Staphylococcus aureusresistente à meticilina(SARM), responsável por um grande número de infecções hospitalares.
Experiências conduzida em culturas de laboratório e em animais demonstraram que esta proteína, chamada “Human Alpha-lactalbumine made lethal to tumor cell”, ou HAMLET (alfa-lactalbumina humana letal a células tumorais, em português), aumenta a sensibilidade de bactérias a múltiplos antibióticos, como a penicilina e a eritromicina.
Os efeitos foram tão pronunciadas que as bactérias resistentes incluindo a penicilina, como estreptococo da pneumonia e a SARM, recuperaram a sensibilidade a estes antibióticos a que tinham resistência anteriormente, explicam os pesquisadores, cujo Anders Hakansson, professor adjunto de microbiologia na Universidade de Buffalo, um dos três co-autores desta pesquisa.
HAMLET “tem o potencial de reduzir a concentração de antibiótico necessária para combater infecções e nos permite usar os antibióticos mais comuns contra patógenos resistentes”, disse Anders Hakansson.
Utilização orientada contra tumores
As bactérias parecem ter grande dificuldade em desenvolver resistência à HAMLET. Elas morrem em grande número, mesmo depois de terem sido expostas a esta proteína por muitas gerações, acrescentou.
“Ao contrário dos tratamentos sintéticos, HAMLET é uma substância que se forma naturalmente no leite humano e não tem efeitos colaterais tóxicos, que frequentemente são observados com antibióticos muito fortes necessários para matar agentes patogênicos multirresistentes” observa o pesquisador.
A HAMLET também foi pesquisado para a sua utilização direcionada contra tumores cancerígenos, especialmente aqueles resistentes a outros tipos de quimioterapia.
BRASÍLIA – A expansão de parcerias no campo dos medicamentos, insumos, vacinas e a inovação tecnológica pontuaram em Tel Aviv, nesta quinta-feira (2), as atividades da comitiva do Ministério da Saúde que está em Israel para expandir a cooperação econômica com o Brasil. Israel é hoje considerado o país com o maior volume per capita aplicado em desenvolvimento e inovação, e referência no desenvolvimento de medicamentos biológicos. Para discutir o assunto, o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, reuniu-se com o ministro da Economia, Naftali Bennett, e com a ministra da Saúde de Israel, Yael German.
O mercado de quase 200 milhões de brasileiros é o chamariz para novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) no país. É por intermédio delas que o Ministério da Saúde vem adquirindo mais medicamentos a custo reduzido e, ao mesmo tempo, obtém a transferência de tecnologia internacional para laboratórios do Brasil. Hoje há 64 parcerias já constituídas e envolvendo laboratórios públicos e privados. Juntas, elas representarão por ano uma economia de R 170 milhões em uma planta fabril no Ceará para a produção do medicamento no Brasil. A tecnologia do país do Oriente Médio ganha em competividade pelo baixo-custo dos processos produtivos, alto rendimento e risco zero de contaminação viral.
“Os medicamentos biológicos representam hoje 4% do que o Ministério da Saúde compra, mas ao mesmo tempo 40% do orçamento do ministério para compra de medicamentos. São produtos extremamente caros”, ponderou Padilha. “Então, a ideia é de aproveitar a janela de vencimento próximo de patentes de medicamentos para colocar no Brasil uma alternativa como essa, que garante acesso a produtos de alta tecnologia com menores custos”.
A previsão é de que no segundo semestre o medicamento já esteja disponível para os pacientes brasileiros no âmbito da parceria. A economia para os cofres públicos, somente nesta PDP, é de mais de R 4 bilhões pelo governo brasileiro na inovação tecnológica também foi apresentado. É um projeto que articula financiamento e poder de compra do Ministério da Saúde para o desenvolvimento nacional.
O foco da interação se voltou para estimular a contribuição da TEVA na produção de princípios ativos no Brasil, em parceria com instituições nacionais. A ação visa reduzir o déficit comercial brasileiro, que hoje está em US$ 5 bilhões/ano somente com esse segmento produtivo.
GRANDES EVENTOS – No encontro da comitiva com a ministra da Saúde de Israel, outro destaque foi a preparação do Brasil para eventos futuros, como a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. A comitiva visitou o Centro de Simulação de Israel, onde mais de 6 mil pessoas já foram treinadas para agir em situações de risco ou crise. O ministro Padilha prevê que esse tipo de treinamento possa ser aplicado com equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e nas urgências e emergências de hospitais.
Com vistas a essa preparação, a Força Nacional do SUS já capacitou 300 profissionais em 2012 e mais 1.000 serão capacitados em 2013 para atuar em grandes eventos, situações de calamidade, desastres e desassistência. O Ministério da Saúde ainda dispõe de um plano de capacitação, executado com o apoio dos hospitais de excelência. A primeira aplicação será na Copa das Confederações, este ano.
Ainda é prevista a capacitação de 1.600 médicos e enfermeiros nas diretrizes do Protocolo de Atendimento Hospitalar em IAM (Infarto Agudo do Miocárdio), AVC e Trauma, e treinamento de 4 mil médicos e enfermeiros no atendimento de emergências cardiovasculares. Já foram capacitados 1.763 profissionais e outros 2.493 estão em treinamento.
Também participam da missão a Israel o chefe Assessoria Internacional do Ministério da Saúde, Alberto Kleiman, e o assessor da presidência da Anvisa, Ivo Bucaresky.
Com a aproximação dos cinquentas anos, você de repente ganha peso nos lugares errados? Você não está sozinha, não se preocupe! Todas as mulheres temem amenopausa, incluindo a sua influência sobre a silueta. Coxas com culote, barriga inchada, quadril com suas belas curvas ampliadas um pouco mais do que o desejado… Em antecipação destas alterações morfológicas e para controlá-las melhor, adote bons hábitos… no momento certo.
Desde a pré-menopausa, sua situação hormonal começa a mudar. Redução de estrogênio e menos progesterona: você vai sofrer de retenção de água e sal, assim como uma distribuição pouco vantajosa da gordura corporal. De fato, “após 50 anos, o índice de massa corporal (IMC)aumenta. As causas são muitas: diminuição dos gastos de energia, aumento da ingestão calórica, redistribuição da massa corporal”, indica o Colégio Nacional Francês de Ginecologistas e Obstetras.
Não entre em pânico! Tratamentos baseados em progestágenos podem contrabalancear o efeito do estrogênio. E se você seguir um estilo de vida saudável, estes efeitos indesejáveis irão, se não eliminados, pelo menos diminuir.
O que é educação alimentar?
Sem obrigá-la a uma dieta rigorosa, mantenha uma boa educação alimentar: evite alimentos gordurosos e açucarados (um conselho também válido para todas as idades) e prefera as proteínas. Priorize o peixe – que é uma excelente fonte – e não se esqueça que os laticínios além de proteínas e cálcio, eles também fornecem os lipídios …. Mais importante, coma salada e verduras sem moderação.
Finalmente, algumas plantas podem ser um complemento alimentar. A bardana e o videira vermelha são conhecidas por favorecer a eliminação de resíduos e água. Esta última também é conhecido por seu papel de tônico venoso. Outros, como a palma (Opuntia ficus-indica) e o guaraná, ainda ajudam o corpo a queimar gordura.
BRASÍLIA – Balanço parcial do Ministério da Saúde mostra que 5.585.779 brasileiros, o equivalente a 17,5% do público-alvo (39,2 milhões de pessoas), já foram imunizados contra a gripe na primeira semana de campanha. Os números – fornecidos pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde – foram apurados até as 12 horas deste sábado (20), o Dia D de Mobilização, com 65 mil postos funcionando. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 31,3 milhões de pessoas, o que equivale a 80% do público-alvo.
“A vacina é segura e é a principal arma para a gente reduzir as complicações, casos graves e óbitos da gripe. Eu mesmo como ministro da saúde tomei a vacina hoje, mais cedo”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que neste sábado este nos estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul para a mobilização para vacinação contra a influenza. “Ano passado, o Brasil foi o único país da nossa extensão, do nosso tamanho, que chegou a 80% de cobertura dos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nós queremos superar e vacinar ainda mais. E queremos chamar atenção para as grávidas e também para aquelas que estão até 45 dias pós-parto, o chamado puerpério. É muito importante se vacinar para não correr risco por complicações da gripe e nem levar complicações para o seu bebê”, alertou Padilha.
O público-alvo é formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos, que este ano terão o acesso ampliado a todos os postos de saúde e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs). Para quem ainda não conseguiu se vacinar, a campanha segue até a próxima sexta-feira (26) em todos os estados brasileiros.
BALANÇO PARCIAL – Já foram vacinadas 599 mil de crianças, o que corresponde a 13,71% deste público-alvo. Mais de 432 mil trabalhadores de saúde também foram vacinados, atingindo uma cobertura vacinal de 12,67%. Procuraram ainda postos de saúde 301 mil gestantes, correspondendo a 13,81 % do total de futuras mães. Entre os idosos, 3,5 milhões já receberam a dose da vacina contra a gripe, resultando em uma cobertura vacinal de 16,8% do total.
A população indígena recebeu 59,8 mil doses da vacina, o que corresponde a 9,94% dos povos indígenas. Neste público, a vacinação ocorre nas aldeias onde eles vivem. Trata-se de uma população que habita em áreas remotas, de difícil acesso, e, por isso, os dados só são inseridos no sistema de informações depois que as equipes retornam das aldeias.
Também foram vacinadas 68,8 mil mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, o que representa 19,18% do total. Ainda foram imunizados 665 mil doentes crônicos e aplicadas 14 mil doses na população privada de liberdade.
EFICÁCIA – Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
PRESCRIÇÃO – Os doentes crônicos precisam apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS, deverão se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receberem a vacina. Se na unidade de saúde onde são atendidos regularmente não existir um posto de vacinação, os pacientes devem solicitar prescrição médica na próxima consulta.