Valeriana
Resumo
Planta medicinal com efeito sonífero e calmante. É encontrada mais comumente sob forma de chá (infusão) ou comprimidos.
Nomes
Nomes em português: valeriana, erva-dos-gatos
Nome binomial: Valeriana officinalis L.
Nome francês: valériane
Nome inglês: valerian
Nome alemão: Baldrian
Nome italiano: valeriana
Família
Valerianaceae
Constituintes
Existem numerosos princípios ativos na valeriana, aqui está uma seleção:
– Óleos essenciais: valepotriatos, ácido valérico, valerenal…
– Beta-bisabolol
– Taninos
Partes utilizadas
Raiz, rizoma
Efeitos
Sedativo, levo efeito calmante, antiespasmódicas, sonífero (redução do tempo que a pessoa leva para adormecer e aumento da duração do sono), relaxante, anticonvulsionante.
Efeitos secundários
Tontura, indisposição gastrintestinal, alegias de contato, dor de cabeça, midríase (dilatação da pupila).
Uso prolongado: dores de cabeça, sono, cansaço, insônia, midríase, desordens cardíacas.
Leia a bula: na compra de um medicamento, sempre leia a bula e peça conselhos a um especialista.
Contraindicações
Hipersensibilidade (alergia) ao extrato de Valeriana officinalis. Pessoas com problemas renais e hepáticos devem fazer tratamento com valeriana sob a supervisão de um médico.
Algumas fontes desaconselham o uso da valeriana durante a gravidez e amamentação. A planta também é contraindicada sem orientação médica para crianças menores de 6 anos.
Leia a bula: na compra de um medicamento, sempre leia a bula e peça conselhos a um especialista.
Interações
Leia a bula: na compra de um medicamento, sempre leia a bula e peça conselhos a um especialista..
Preparações
– Comprimidos (600 mg ou 0,6 g por dia em caso de distúrbios do sono causados por nervosismo).
– Cápsulas ou drágeas (geralmente o equivalente a 2 a 3g de raiz de valeriana seca, tome uma cápsula cerca de 1 hora antes de deitar).
– Extrato hidroalcoólico à base de raiz de valeriana. Um extrato hidroalcoólico deve conter pelo menos 0,25% de ácido valérico, o responsável pela ação positiva no sono.
Observação: no caso de distúrbios do sono, deve-se dar preferência para preparações prontas para uso, como comprimidos, cápsulas, drágeas ou um extrato hidroalcoólico à base de raiz de valeriana.
– Decocção. Também para uso em compressas: para uso externo à base da decocção de raízes secas de valeriana. Aplicar 3 a 4 vezes ao dia em áreas doloridas ou com hematomas.
– Tintura mãe
– Vinho de valeriana
Onde cresce a valeriana?
A valeriana cresce na Europa, na Ásia e no continente americano. Ela aprecia a umidade.
O florescimento da valeriana ocorre entre maio e agosto na Europa. A planta atinge uma altura entre 40 e 100 cm. É uma planta perene, ou seja, pode viver vários anos.
Observações
– A raiz da valeriana é uma das poucas plantas medicinais comprovada, ou pelo menos parcialmente, por muitos estudos médicos por possuir um real efeito sonífero em muitas pessoas, cerca de 40% respondem a esta planta e têm um efeito sedativo. Este valor é idêntico para a maioria dos comprimidos soníferos químicos (sintéticos).
No entanto, a vantagem da valeriana é ter menos efeitos secundários do que outros medicamentos soníferos sintéticos, tais como os benzodiazepinicos, que também apresentam uma forte incidência de dependência, o que não é o caso de raiz da valeriana.
– A valeriana não possui exatamente a mesma rapidez que os soníferos sintéticos, isto é, o efeito sonífero da valeriana “leva um certo tempo para agir”. Algumas fontes, como o National Geographic, considera necessário realizar o tratamento por pelo menos duas semanas para apreciar os efeitos calmantes e soníferos da valeriana. Outros até falam de 4 semanas1. A valeriana também pode ser usada em associação (geralmente na forma de comprimido ou cápsula) com o lúpulo ou a melissa para facilitar o adormecer. Esta combinação de três plantas pode até ser mais eficaz do que a valeriana utilizada sozinha2.
– Ressaltemos que a valeriana pode exercer um efeito excitante ou de euforia em gatos, por isso, o nome popular “erva-dos-gatos” (sinônimo da valeriana). Portanto, evite deixar a planta próxima a um gato, do contrário, ele pode vir a “enlouquecer”. A valeriana pode ser utilizada em associação (em geral, em comprimidos ou cápsulas) com o lúpulo para facilitar o adormecimento. Para os seres humanos o cheiro da valeriana geralmente não é muito agradável.
– A Agência Europeia de Medicamentos reconhece um uso médico bem estabelecido para as propriedades sedativas da valeriana, é a única planta que possui este qualificador3. Uma edição especial da revista francesa Science & Vie publicada em julho de 2020 afirmou que a valeriana tem eficácia comprovada contra distúrbios do sono.
– Estima-se que existem mais de 200 espécies diferentes de valeriana em todo o mundo.
Fontes:
National Geographic.
Pessoa responsável e envolvida na escrita deste arquivo:
Xavier Gruffat (farmacêutico e editor-chefe da Criasaude.com.br).
Créditos das fotos:
Criasaude.com.br, Fotolia.com.
Atualização:
Este artigo foi modificado em 21.02.2022
Bibliografia e referências científicas:
- Plantas Medicinais, Editora Vozes, 2019, Petrópolis, RJ
- National Geographic, Healing Remedies, 2014
- Science & Vie, Hors-Série, The true power of plants, julho de 2020