Gastroenterite
A gastroenterite ocorre com frequencia durante todo o ano em forma de epidemia. Aqui está o nosso arquivo completo com os bons conselhos e as dicas de alimentação a serem seguidas em caso de gastroenterite.
Guia para tratar uma gastroenterite
1. O primeiro passo a ser tomado desde os primeiros sintomas da gastroenterite é beber bastante líquido como, por exemplo, caldos ou infusões à base de plantas medicinais.
2. Em seguida é importante saber se é necessário consultar um médico ou não. Para os casos em bebês é sempre aconselhado consultar um pediatra para limitar qualquer risco de desidratação grave (ver complicações da gastroenterite).
Em crianças maiores e adultos, uma gastroenterite viral (por ex. após uma epidemia de Rotavírus) pode de forma geral ser curada por auto-medicação, se não houver riscos particulares, por exemplo como com antidiarréicos, remédios à base de bactéria láctea, etc. (ver todos os tratamentos contra a gastroenterite). Já em caso de gastroenterite bacteriana será necessário consultar um médico que irá prescrever antibióticos.
Depois de fezes líquidas (diarreia) ou ter vomitado, espere cerca de 15 minutos antes de comer ou beber alguma coisa. O objetivo é fazer com que o estômago tenha um momento para descansar.
3. Por fim, pode ser benéfico se tratar com plantas medicinais, em particular plantas ricas em taninos como o chá preto (ver todas as plantas medicinais contra a gastroenterite).
Uma alimentação à base de iogurte é também uma boa medida para curar uma gastroenterite (ver também outros conselhos úteis).
Ler também: queimação do estômago e azia.
Dicas de prevenção
Para limitar a propagação do vírus ou bactérias para a sociedade, é importante lavar as mãos várias vezes ao dia com sabão e água, especialmente durante as epidemias de gastroenterite. Também desinfete diferentes superfícies (ex. banheiro) e objetos contaminados com o vírus.
É importante saber que o vírus da gastroenterite, incluindo rotavírus, é facilmente disseminado através de fezes e vômito, este tipo de contaminação é chamada de fecal-oral. O norovírus é facilmente transmitido por alimentos e bebidas contaminados.
Entrevista sobre a gastroenterite
A gastroenterite em 7 perguntas e respostas
A visão dessa doença infecciosa, na maior parte das vezes benigna, da Farmacêutica Chiara Rivière-Gallo que trabalha em Genebra (Suíça):
1. Quais os sintomas clássicos de gastroenterite?
Há frequentemente náuseas, vômitos e diarreia (aguda). Às vezes, a gastroenterite é acompanhada de febre, dor de cabeça, cólicas de estômago e até dor nos membros. Em alguns casos graves como em crianças pequenas (bebês, crianças,…) pode ser observado uma desidratação (perda de peso, sede, boca seca, diminuição do volume e frequência da urina,…). Neste caso, consulte um médico o mais rapidamente possível!
2. Quanto tempo dura a gastroenterite?
Em geral, a gastroenterite dura em média de 2 a 3 dias.
Sobre as gastroenterites provocadas pelo Norovírus (uma gastroenterite viral que é bastante comum), normalmente dura de 12-60 horas, mas na maioria dos pacientes, em dois dias a gastroenterite já se curou. Note, no entanto que, um paciente pode permanecer contagioso por até dois dias após a recuperação.
3. É possível ter várias gastroenterites em seguida uma da outra?
Sim, porque a imunidade ao vírus da gastroenterite, em particular o norovírus, dura pouco tempo e há várias fontes. Isso é porque a produção de uma vacina contra infecções provocadas pelo norovírus, no momento não é possível.
4. Precisamos consultar um médico ?
Não, exceto os recém-nascidos, crianças muito jovens, e pelo contrário, pessoas muito velhas e muito frágeis. A gastroenterite viral (a que conhecemos principalmente no inverno) deve ser curada com automedicação (paracetamol em caso de dor, sachês de reidratação, etc) porque, como mencionado acima, após cerca de 2 dias a gastroenterite desaparece por si só. As recomendações são provenientes do NHS, um órgão público no Reino Unido. O objetivo da automedicação é para evitar sobrecarregar o pronto-socorro ou o médico da família e para limitar a propagação (sabemos que a gastroenterite é muito contagiosa). Em caso de sintomas suspeitos, tais como uma diarreia forte e persistente, muco nas fezes, uma desidratação, uma diarreia profusa aquosa, em caso de retorno de sangue, consulte um médico.
5. Durante a gastroenterite qual alimentação devemos ter?
Primeiramente é importante notar que é necessário comer em pequenas doses, por exemplo, de 6 a 10 pequenas refeições durante o dia, ao invés de 3 refeições habituais. Sobre o conteúdo dessas refeições, deve-se evitar alimentos condimentados ou legumes crus. Comer principalmente banana e purê de cenoura. Não se esqueça de tomar muito líquido, como chá, sopa e água de arroz (ver também questão 6). Evite bebidas muito doces como Coca-Cola, pois açúcar em excesso pode piorar a diarreia.
6. Quais são os tratamentos para curar uma gastroenterite viral?
Distinguimos entre os tratamentos para crianças pequenas e bebês das crianças mais velhas e adultos.
Para crianças pequenas e bebês, em caso de desidratação leve, é possível utilizar soluções de reidratação disponível em farmácias. Além disso, a OMS recomenda a preparação da fórmula:
Fórmula OMS (simplificada)
– 8 colheres (chá) de açúcar;
– 1 colher (chá) de sal;
– Suco de 1-2 laranjas;
– 1 litro de água fervida (especialmente em países onde a água não é potável).
Administrar regularmente em pequenas quantidades para as crianças.
Esta fórmula é preferível à água de arroz. Esta última não contém hidratos de carbono suficiente.
Se a desidratação (olheiras, perda de peso, sede, etc) for marcante nos bebês, consulte imediatamente um médico!
7. Como evitar a contaminação do meio ambiente?
Sabemos que a gastroenterite é altamente contagiosa, o vômito contém uma quantidade enorme de vírus que pode se depositar sobre os móveis, etc. Portanto, é essencial lavar as mãos regularmente, especialmente no inverno (durante uma epidemia).
A roupa deve ser lavada acima de 60°C. Para a máquina que não lava a esta temperatura, a roupa deve ser colocado em um ambiente exterior por 14 dias.
Outras medidas eficazes de prevenção podem ser tomadas como a desinfecção de chãos, móveis, etc.
Entrevista realizada em Genebra por Xavier Gruffat (Editor da Creapharma/Criasaude)
Definição
A gastroenterite (também conhecida como gripe intestinal) é uma infecção da mucosa do tubo digestivo do estômago e do intestino.
A gastroenterite pode frequentemente provocar uma forte desidratação. Durante o inverno ela pode provocar verdadeiras epidemias, pois trata-se de uma infecção muito contagiosa.
As crianças são particularmente afetadas por esta doença.
Epidemiologia
Nos Estados Unidos, o CDC (Centers for Diseases Control and Prevention) estima que há anualmente 19 a 21 milhões de pessoas infectadas pelo norovírus, gerando 56.000 a 71.000 hospitalizações e 570 a 800 mortes por ano.
No mundo, todos os anos cerca de 453.000 crianças morrem antes dos 5 anos devido aos efeitos das infecções por rotavírus, de acordo com um estudo alemão publicado em 2017 na revista científica Deutsches Ärzteblatt International (Dtsch Arztbl Int 2017, 114: 255 -62).
Causas
A gastroenterite é geralmente provocada por micróbios, então ela pode ser do tipo viral ou bacteriana:
– Gastroenterite viral (causa mais frequente, mais de 80% dos casos nas epidemias de inverno): esta é uma infecção sazonal altamente contagiosa que se transmite facilmente pelo contato humano ao apertar as mãos e ao ir ao banheiro pelo contato fecal-oral (mãos que nos esquecemos de lavar que contamina a nós mesmos ou outro ao entrar em contato com outro indivíduo), contato com objetos contaminados e superfícies de alimentos ou bebidas contaminados, etc. Estes vírus geralmente causam grandes epidemias no inverno.
Saiba que os sintomas da gastroenterite viral são geralmente menos severos do que os da gastroenterite bacteriana (muitas vezes caracterizada por sangue nas fezes).
Rotavírus
Mais de uma centena de vírus são responsáveis pela gastroenterite viral, os mais famosos são rotavírus e norovírus. Mais um estudo publicado em junho de 2022 na Nature (DOI:10.1038/s41586-022-04895-8) também mostrou que a transmissão de rotavírus pode ser feita pela saliva, principalmente por aerossóis (gotículas de saliva no ar). Este estudo de 2022 mostra que os vírus infectam as glândulas salivares e podem ser transmitidos pela saliva. Os rotavírus se multiplicam na parede intestinal.
O rotavirus muitas vezes causa surtos de gastroenterites em crianças, a transmissão ocorre geralmente quando a criança coloca os dedos ou um objeto contaminado em sua boca. Na maioria das vezes, os adultos não desenvolvem sintomas se contaminados com rotavírus, no entanto eles podem transmitir o vírus para as crianças mesmo sem apresentar sintomas. Existe uma vacina eficaz para prevenir a gastroenterite em crianças causada pelo rotavírus, pergunte ao seu médico. De acordo com um estudo alemão publicado em 2017, as infecções pelo rotavírus são a causa mais frequente de diarreia em crianças e crianças pequenas em todo o mundo.
Norovírus
– O norovírus é tipicamente sazonal e geralmente prevalente na Europa e América do Norte no inverno até março.
– Estes vírus são facilmente transmitidos por via fecal-oral, por meio de uma bebida ou de um alimento contaminado, facilitando surtos em instituições e aglomerado de pessoas, tais como: asilos, hospitais, quartéis ou navios de cruzeiro. A contaminação dentro da mesma família também é muito comum.
– De acordo com o CDC norte-americano, a transmissão do norovírus ocorre em 61% dos casos através do contato direto ou por tocar em uma superfície contaminada. A transmissão direta do norovírus de pessoa para pessoa também é possível.
– Mundialmente, estima-se que os norovírus são os principais responsáveis de epidemias gastroentericas com sintomas como diarreia e, às vezes, vômitos. Existem várias cepas de norovírus. De acordo com o Profa. Christine Moe da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), há pelo menos 25 genótipos diferentes de norovírus e nesses genótipos há diferentes cepas, provavelmente centenas. Essa quantidade diversa de diferentes vírus, é uma das razões pela qual é difícil de obter imunidade de uma temporada para outra, os vírus mudam o tempo todo e o corpo é incapaz de sintetizar os anticorpos necessários para combate-los.
Ainda de acordo com a Profa. Christine Moe, o norovírus é o grupo mais infeccioso de agentes patogênicos que se têm descrito. Estima-se que apenas 10 a 20 partículas do vírus vsão necessárias para infectar outro humano.
– Estima-se que o norovírus pode sobreviver, por exemplo, em uma superfície até 4 semanas, segundo estudos realizados pelo Prof. Moe, embora o cientista norte-americano ainda não tenham descoberto se o vírus presente em uma superfície pode causar doença em um ser humano. Outros estudos têm mostrado que o norovíru pode sobreviver até 2 meses em água à temperatura ambiente e pode causar a doença, como revelado em um artigo no jornal norte-americano de referência The Wall Street Journal de 24 de Janeiro de 2017.
– Um estudo publicado em junho de 2022 na Nature (DOI : 10.1038/s41586-022-04895-8) também mostrou que a transmissão de norovírus pode ser feita pela saliva, principalmente por aerossóis (gotículas de saliva no ar). Este estudo de 2022 mostra que os vírus infectam as glândulas salivares e podem ser transmitidos pela saliva.
O calicivirus e adenovírus são vírus que também causam epidemias de gastroenterite frequentemente.
– Gastroenterite bacteriana: geralmente trata-se de uma intoxicação alimentar que pode ser provocada por diferentes bactérias como a salmonela.
Observação
– Geralmente podemos contrair estes micróbios através de água contaminada ou substâncias fecais (transmitidas pelas mãos, por exemplo).
Podemos destacar outros causadores da gastroenterite, tais como determinados medicamentos (antibióticos), ou diferentes parasitas.
Sintomas
Os sintomas característicos de uma gastroenterite podem ser:
– diarréia aguda (com surgimento rápido e brusco)
– espasmos, cólicas e pontadas no estômago generalizado como dor de barriga.
– falta de apetite
– dores
– febre geralmente baixa (no caso de infecção por Rotavírus é frequentemente observada febre baixa)
– fadiga, especialmente em casos de surto viral causado pelo norovírus.
– em casos graves como em crianças pequenas (bebês, recém-nascidos), desidratação (perda de peso, muita sede, boca seca, diminuição do volume e da freqüência da urina) consulte um médico o mais rápido possível!
– em caso de gastroenterite viral, observa-se doenças otorrinolaringológicas (dor de garganta, resfriados, etc) ou urinárias associadas à gastroenterite
Duração
– Geralmente uma gastroenterite se resolve em 3 dias.
– Em caso de gastroenterite por rotavírus estima-se que a melhora ocorra em 4 a 7 dias após os primeiros sintomas.
Tempo de incubação da gastroenterite viral
Estima-se que o tempo de incubação da gastroenterite viral é de 1 a 3 dias. Isto significa que os primeiros sintomas aparecem 1 a 3 dias após a infecção com o vírus.
Complicações
Quando observada em recém-nascidos, bebês e crianças pequenas, a gastroenterite pode levar a desidratações muito graves e problemáticas (ver acima), pois bebês possuem uma quantidade de água proporcionalmente superior a adultos e sabemos que a água é um elemento essencial ao bom funcionamento de todo o organismo.
Sintomas e sinais da desidratação
Sinais de desidratação podem incluir: sede excessiva, perda de peso, boca seca, diminuição do volume e da frequência da urina (caso a criança não tenha feito xixi durante 8 horas, por exemplo), a urina cor amarelo escuro, batimento cardíaco rápido, uma grande fraqueza do corpo, tonturas, confusão, etc.
Fora às crianças pequenas, a gastroenterite pode levar à complicações em pessoas mais enfraquecidas (idosos, pessoas com sistema imunológico enfraquecido,….) e portanto, uma gastroenterite deve sempre ser levada a sério e tratada da maneira mais adequada.
Quando consultar?
Aconselhamos que consulte um médico (pediatra, clínico geral), quando a gastroenterite afetar um recém-nascido, um bebê ou uma criança pequena. Como frisado acima, existe um risco muito sério de desidratação nestes jovens indivíduos.
Quando observado qualquer sintoma suspeito, em crianças ou adultos: diarréia com sangue ( geralmente sinal de gastroenterite bacteriana), vômitos de cor esverdeada, persistência dos sintomas (2 semanas), consulte rapidamente um médico.
Tratamentos
O primeiro tratamento a ser providenciado em caso de gastroenterite é a hidratação com bastante água e bebidas ricas em minerais (caldos ou sopas), a fim de impedir a desidratação.
Em seguida podemos destacar diferentes tipos de medicamentos para combater os sintomas da gastroenterite, sobretudo em caso de gastroenterite viral, pois neste caso não é possível tratar a causa (vírus). Por outro lado, em caso de gastroenterite bascteriana, utiliza-se de preferência, antibióticos, o que permite tratar a causa.
Detalhe dos tratamentos da gastroenterite viral.
Gastroenterite, tratamento para adultos
1. Contra a diarréia pode ser utilizado o loperamido, a ser tomado por pouco tempo, pedindo conselhos a um especialista.
2. Contra os micróbios: antissépticos, à venda em farmácias.
3. Contra a perda de água e minerais: soluções ou sachês de reidratação.
4. Para reconstruir a flora intestinal: bactérias lácteas ou medicamentos a base de carvão vegetal, para absorver os agentes infecciosos.
Conselho de farmacêutico
Para tomar o carvão, você pode colocá-lo na coca, para evitar ver a cor preta do carvão e mais, para mascarar o sabor. É particularmente apropriado para crianças que farão uso desse tratamento.
5. Contra as dores e/ou febre: o paracetamol
Gastroenterite, tratamento para crianças pequenas e bebês
Neste caso é bastante aconselhável consultar um pediatra para evitar uma perda hídrica e de minerais, mas este poderá prescrever, por exemplo :
1. Um medicamento contra a perda hídrica e de minerais: ou seja, soluções ou sachês de reidratação. Evite dar a crianças pequenas ou bebês, remédios contra diarréias como o loperamido.
Depois de fezes líquidas (diarreia) ou vômito em crianças, espere 15 a 20 minutos para manter o estômago em repouso. Após esse período, dar à criança soluções de reidratação oral em várias doses, evitar a água que é mal absorvida em uma criança que sofre de gastroenterite.
2. Em casos graves de desidratação, os médicos optarão pela injeção de soros para reidratação nos próprios hospitais.
Na Alemanha, a vacinação contra o rotavírus é recomendada desde 2013 por um Comitê de Vacinação (STIKO, Ständige Impfkommission) para todas as crianças pequenas. Um estudo publicado em 2017 na revista científica Deutsches Ärzteblatt International mostrou a eficácia deste método, a vacinação de uma população inteira, para prevenir a gastroenterite por rotavírus.
Fitoterapia
As plantas medicinais abaixo podem auxiliar a apaziguar os sintomas da gastroenterite, mas não são os tratamentos principais, trata-se de uma medida complementar.
– Chá preto. Deve-se deixar a infusão do sachê por ao menos 10 minutos para auxiliar a liberar os taninos. O chá preto é bastante eficaz para conter as diarréias (devido aos taninos). Eventualmente adicione açúcar no chá, para compensar a perda de açúcar.
– Cálamo aromático, a ser consumido em chás.
– Boldo, a ser consumido em chás ou comprimidos.
– Camomila, a consumida em chás.
– Chá de folhas de amora
– Alcarávia, a ser consumida em chás.
– Melissa, a ser consumida em chás, gotas, ou ainda em cápsulas.
– Menta, a ser consumida em chás ou cápsulas.
– Mil-folhas, a ser consumida em chás. Eficaz contra espasmos.
– Mirtilo, a ser tomado sob forma de suco.
Desinfecção, prevenção do vírus
– Em 2014, um estudo realizado pela Universidade do Arizona (EUA) mostrou que o óleo essencial de orégano, rico em carvacrol, permite a desinfecção de objetos, superfícies, alimentos e bebidas contaminados com norovírus, uma causa muito comum de epidemias de gastroenterite. Para o óleo essencial de orégano ser eficaz, ele deve ser combinado com outro desinfetante. A vantagem em comparação com os produtos convencionais presentemente utilizados é que o óleo essencial pode resultar em menor resistência do vírus e é menos tóxico, especialmente para a desinfecção de bebidas e alimentos.
Dicas
– É aconselhável ingerir bastante líquido para favorecer a re-hidratação, deve-se tomar muita água, chás a base deplantas, assim como caldos, este último é particularmente recomendado para compensar a perda de minerais.
– Assim como no caso de outras doenças infecciosas (resfriado, gripe), é aconselhável repousar para favorecer a ação do sistema imunológico (de defesa) sobre os vírus da gastroenterite.
Alimentação gastroenterite – Dieta gastroenterite
– Em casos de gastroenterite de origem bacteriana, é aconselhável ingerir alimentos que ajudem a reconstruir a flora intestinal (atualmente denominada microbiota), por exemplo, consumindo iogurtes ou probióticos.
– Divida as refeições em pequenas doses (para que o esvaziamento gástrico seja menor)
– Uma alimentação rica em arroz pode desacelerar o ritmo e, portanto, diminuir as diarréias (sintoma importante da gastroenterite).
– Durante o período de diarreia, deve-se evitar refeições ricas em gordura (por exemplo: pizza), com muito açúcar, produtos lácteos, frutas e vegetais crus e café. Você também deve saber que sucos como o suco de laranja podem irritar o intestino e agravar a diarreia.
Alimentação após diarreia aguda
Quando a diarreia se torna menos frequente, é possível comer bananas ou maçãs cruas, se possível, amassadas. Então gradualmente comece a comer arroz, batatas, etc. Esta alimentação deve ser seguida por cerca de 48 horas após o final da diarreia ou quando ela se tornar menos frequente. Uma vez que todos os sintomas tenham desaparecido, especialmente quando as fezes voltam a ser sólidas, você pode começar a comer normalmente.
Alimentos como arroz, banana, maçã e torrada – conhecido em inglês como BRAT (bananas, rice, applesauce, toast) – podem ajudar em caso de diarreias por causa do baixo teor de fibra destes alimentos. Isso ajuda na formação de fezes menos líquidas e mais duras. As bananas que são ricas em potássio também podem substituir nutrientes perdidos.
Prevenção
– Lave suas mãos com sabonete (durante 15 segundos) regularmente, isto permite se preservar de uma contaminação e evitar a transmissão a outras pessoas. É muito recomendado, sobretudo se cuidar de bebês.
– Em caso de gastroenterite na família ou em locais públicos, é aconselhável evitar compartilhar copos.
– Tome cuidado com quem você beija ou abraça, pois a transmissão pode ser feita muito facilmente.
– Evite comer alimentos que ultrapassaram a data de validade a fim de prevenir uma intoxicação alimentar.
– Utilize luvas descartáveis em caso de contaminação de gastroenterite em asilos ou outros locais fechados e muito movimentados.
– Se as roupas estiverem contaminadas por vômitos ou fezes, lave-as a 60°C.
– Desinfete as superfícies (banheiros, pisos) contaminadas por vômitos ou fezes com água de Javel.
– Beba produtos lácteos pasteurizados.
Fonte (referência)
The Wall Street Journal
Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)
Atualização:
20.08.2022
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