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Vitamina D

Vitamina D nutriçãoA vitamina D pertence às vitaminas conhecidas como lipossolúveis, abaixo você encontrará todas as informações sobre esta vitamina.

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NOMES

Nome em português: vitamina D (às vezes chamada de vitamina do sol). A forma ativa da vitamina Dtranformada no organismo, é chamada calcitriol (ver abaixo).

Há duas formas principais de vitamina D não ativa: vitamina D3 (colecalciferol) de origem animal e a vitamina D2 (ergosterol) de origem vegetal.

Nome científico: colecalciferol, calciferol (ver explicação abaixo)

Diferenças entre as 2 formas não-ativas de vitamina D:
Um estudo de inglês publicado em julho de 2017 concluiu que a vitamina D3 (de origem animal) foi 2 vezes mais eficaz no aumento da concentração de vitamina D no organismo do que a vitamina D2 (de origem vegetal). De acordo com pesquisadores britânicos, isso é a prova de que a vitamina D2 não é igual à vitamina D3, como afirmam algumas instituições. De fato, as recomendações atuais de algumas organizações de saúde, como da renomada National Institute of Health, acreditam que as 2 formas de vitamina D são equivalentes e podem ser utilizadas com efeitos iguais. Pesquisadores ingleses acreditam que não, e que devemos dar preferência a alimentos com vitamina D3 do que com D2. Este estudo foi conduzido pela Universidade de Surrey no Reino Unido e publicado em 28 de março de 2017 na revista científica Proceedings of the Nutrition Society.

Sol e síntese de vitamina D

Sob o efeito dos raios UVB do sol, uma molécula da pele chamada 7DHC (derivada de colesterol) é convertida emcolecalciferol (vitamina D3).

Transformação na forma ativa (vitamina D ou calcitriol)

A vitamina D, como o colecalciferol e o ergosterol, adquiridos pela alimentação, por suplementos alimentares, assim como avitamina D sintetizada na pele pelo efeito da luz do sol (raios UVB), deve passar pelo fígado para ser transformado emvitamina D3 25OH (determina-se a dose deste hormônio para saber a quantidade de vitamina D no corpo, ver abaixo) e pelos rins ou outras células do corpo (próstata, mama, cólon ) para ser finalmente convertida na sua forma ativa, o calcitriol (1,25vitamina D, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D) ou vitamina D.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR A VITAMINA D?

Nos alimentos
No óleo de fígado de bacalhau (1 colher de sopa de fígado de bacalhau contém 1.360 UI de vitamina D), peixes gordos, salmão, fígado de frango, margarina, gema de ovo, produtos lácteos integrais e semi-desnatados, cereais, etc.

A luz solar (raios UVB)
A vitamina D pode ser sintetizada na pele por efeito dos raios UVB do sol (também os raios UVB de cabines de bronzeamento). Em muitos países é a principal fonte de vitamina D. Para a maioria das pessoas a síntese de vitamina D a partir da luz solar representa cerca de 80 a 100% da ingestão de vitamina D.

Sabe-se que a aplicação de protetor solar com fator de proteção (FPS) 15 reduz em 98% a produção de vitamina D através da pele sob o efeito dos raios UV.

É importante saber que a poluição encontrada no ar, como em Pequim (China), pode reduzir maciçamente a produção de vitamina D pela pele. Estas partículas de poluição do ar absorvem uma parte dos raios UVB.

A produção de vitamina D através do sol em uma pessoa de 70 anos ao mais equivale a apenas 25% da quantidade produzida por uma pessoa de 20 anos exposta à mesma quantidade de sol (fonte: Am J Clin Nutr 2004;80:1678-1688).

Suplemento alimentar
Pode-se encontrar a vitamina D em suplementos alimentares (cápsulas, gotas), consulte o farmacêutico.

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DOSE DIÁRIA RECOMENDADA

Dose diária recomendada, também chamada de DDR para o aporte cotidiano recomendado:
1 UI = 0,00025mg = 0,025μg (1 milionésimo de grama)

Quantidade recomendada por autoridades americanas
O Instituto de Medicina dos EUA recomenda:
Adultos com idade inferior a 70 anos: 600 UI/dia (15 µg/dia)
Adultos com idade superior a 70 anos: 800 UI/dia (20 µg/dia)
Os especialistas americanos não recomendam o consumo de mais de 4.000 UI por dia.

Quantidade recomendada
por autoridades canadenses
A sociedade canadense de câncer recomenda:
Para previnir o câncer em adultos: 1.000 UI/dia (25 µg/dia) de vitamina D no outono e no inverno. Em pessoas que estãoem risco de deficiência, consumir 1.000 UI/dia durante todo o ano.
Algumas pessoas estimam que no Canadá a dose diária deva ser de 2.000 UI a 4.000 UI por dia.
Em caso de exposição ao sol no verão entre 10h e 15h (antes e depois destes horários os raios solares contêm muito poucoUVB, apenas este tipo de UV pode sintetizar a vitamina D) por cerca de 10 a 20 minutos e sem uso de filtros solares, a doseexterna de vitamina D por suplementos dietéticos pode ser reduzida.
No Canadá, em geral as autoridades de saúde recomendam para adultos uma ingestão diária de vitamina D na forma de suplemento alimentar de 400 a 600 UI, conforme informado em uma entrevista ao Criasaude em março 2017 pelo Dr. Earl Bogoch de Universidade de Toronto.
No Canadá, as autoridades de saúde aconselham até mesmo para as pessoas que por diferentes razões têm quantidade suficiente de vitamina D (ex. por exposição à luz solar ou alimentos) para consumir suplementos alimentares de vitamina D ao longo do ano.

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Quantidade recomendada pelas autoridades do Reino Unido
Na Inglaterra, a instituição Public Health England  recomenda consumir 400 UI por dia (10 μg / d) de vitamina D ao longo do ano para todas as pessoas com idade igual ou superior a 4 anos (dados de julho de 2017).

Outras recomendações para o uso de vitamina D
Algumas mídias e médicos recomendam:
Até 1 ano: 400 a 1000 UI/dia de vitamina D.
De 1 a 18 anos: 600 a 1000 UI/dia de vitamina D.
A partir de 19 anos: 1.500 a 2.000 Ul/dia de vitamina D.

Em uma carta publicada em março de 2015 na revista científica Nutrients, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (UC San Diego) e da Universidade de Creighton (Nebraska) afirmaram que a quantidade diária recomendada de vitamina D nos Estados Unidos em adultos não deve ser de 600-800 UI/dia, mas de 7.000 UI/dia, ou cerca de 10 vezes mais do que atualmente.

De acordo com a IOM (Instituto de Medicina, EUA), a dose máxima diária de vitamina D considerada segura, ou seja, sem o risco de efeitos secundários, é de 10.000 UI/dia. (Fonte: Comunicado de imprensa da Universidade Creighton, 17 de março, 2015)

INDICAÇÕES

– Prevenção da osteoporose, manutenção do equilíbrio do cálcio, que contribui na formação de ossos e dentes (especialmente nas crianças), ajuda na coagulação, na redução de fraturas por queda (de acordocom um estudo publicado em 2009 no British Medical Journal, as preparações de vitamina D reduzem o risco geral de fratura em 14%, para fraturas de quadril a diminuição é de 9%).

Estudo crítico sobre a utilização da vitamina D ou do cálcio em casos de fraturas em pessoas com mais de 50 anos
Os suplementos alimentares que contêm cálcio, vitamina D ou ambas as substâncias não parecem proteger contra fraturas de quadril e outras fraturas ósseas em pessoas idosas, de acordo com um estudo chinês publicado 26 dezembro de 2017 na revista científica JAMA (DOI: 10.1001 / jama.2017.19344).
Este estudo, uma meta-análise (revisão de estudos), levou em conta 51.145 adultos com mais de 50 anos que não moravam em uma instituição ou comunidade como um asilo, moravam em  casa. Esses adultos participaram de 33 ensaios clínicos randomizados comparando o uso de suplementos alimentares (cálcio, vitamina D ou ambos) com um placebo ou nenhum tratamento e o risco de novas fraturas. Os resultados deste trabalho de pesquisa vão contra outros estudos publicados no passado. Portanto, cientistas chineses que soltaram um comunicado sobre o estudo em dezembro de 2017, desencorajaram o uso regular de suplementos alimentares contendo cálcio, vitamina D ou ambos em adultos com mais de 50 anos de idade para a prevenção de fraturas.

– Prevenção do câncer, como no livro “Câncer” de David Servan-Schreiber, particularmente o câncercolorretal. Também na prevenção do câncer de pele (possível efeito contra o câncer, os estudos são contraditórios).

Nos Estados Unidos, o renomado Instituto médico Nacional Institutes of Health (NIH) não recomenda o uso de vitamina D na prevenção do câncer, por falta de provas, é estimado que não haja uma relação causa-efeito entre os baixos níveis de vitamina D, muitas vezes observado no tumor, e o desenvolvimento de um câncer.

Todavia, em abril de 2016, um estudo realizado pelo professor Garland na Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD),  mostrou que a incidência de câncer diminuía com o aumento no sangue dos índices de 25(OH)D, uma forma metabolizada da vitamina D. As mulheres com concentração igual a 25(OH)D de 40 ng/ml ou superior apresentavam 67% a menos de risco de terem câncer que as mulheres com concentração igual ou inferior a 20 ng/ml.
Segundo o professor Garland: “Esta pesquisa sugere que aumentar a concentração de vitamina D no sangue é uma ferramenta importante na prevenção do câncer”.

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– Um estudo publicado em novembro de 2016 na revista especializada JAMA Oncology mostrou que as mulheres com os níveis mais altos de vitamina D tiveram,  em média, uma taxa de sobrevivência de câncer de mama 30% maior em comparação com as mulheres com baixos níveis de vitamina D. Mais de 1600 pessoas foram incluídas neste estudo entre 2006 e 2013. O estudo foi realizado pela Kaiser Permanente em Oakland na Califórnia e pelo Roswell Park Cancer Institute em Nova York.

– Prevenção de doenças cardiovasculares (possível efeito, os estudos são contraditórios). Observação: um estudo mostrou que a vitamina D era inútil contra a hipertensão.

Lúpus e outras doenças autoimunes (possível efeito, os estudos são contraditórios).

– Esclerose múltipla (possível efeito). Ler dicas de terapia e dicas de prevenção da esclerose múltipla para maiores informações.

– Possível prevenção da doença de Alzheimer. De fato, foi observada uma correlação entre a deficiência de vitamina D e o Alzheimer, como mostram vários estudos, incluindo um estudo britânico publicado em agosto de 2014. De acordo com o estudo britânico, o risco de sofrer de Alzheimer aumentou em 69% nos participantes com deficiência moderada de vitamina D e foi até 122% nos participantes com deficiência grave. Note que esta é uma observação e não necessariamente um sinal de causa e efeito.

– Possível prevenção da diabetes. Sabe-se que a vitamina D aumenta a secreção e a sensibilidade da insulina por provocar uma diminuição do número de receptores de insulina. A vitamina D teria, assim, um efeito contra a diabetes.

Resumo de alergias– Prevenção possível da rinite alérgica em crianças, caso a mãe consuma alimentos ricos em vitamina D durante a gravidez. Segundo uma pesquisa publicada em fevereiro de 2016 na revista especializada The Journal of Allergy and Clinical Immunology, um consumo considerável de alimentos ricos em vitamina D durante a gravidez – mas sem complementos alimentares com vitamina D – esteve associado a um risco de rinite alérgica 20% inferior junto aos nascidos. Este estudo foi realizado pela Escola de Medecina Icahn, do Mount Sinai, em Nova Iorque.

– Um estudo publicado em outubro de 2016 na Cochrane Review mostrou que a ingestão de vitamina D como um complemento alimentar em casos de pessoas asmáticas, em adição a um tratamento convencional contra asma, diminuiu significativamente o risco de crises graves de asma sem causar efeitos colaterais. A pesquisa que passou por um crivo de 9 estudos clínicos, foi realizada por um especialista em asma, o Prof. Adrian Martineau da Queen Mary Universitiy em Londres.

EFEITOS

– Aumenta a absorção e acumulação de cálcio em associação com o PTH (hormônio da paratireóide).

Estima-se que
quase todas as células do organismo possuem receptores para a vitamina D, que é a razão pela qual se fala muitas vezes em hormônio ao se tratar dessa vitamina, também por seu papel como mensageiro.

CARÊNCIA

Sintomas da carência de vitamina D
– Problemas ósseos e dentários, osteoporose, raquitismo nas crianças, osteomalacia em adultos, agitação, fraqueza óssea, dores musculares, etc.

Os médicos podem pedir a dosagem de vitamina D, em particular, um conhecido metabólito chamado vitamina D3 25OH, no sangue. Uma quantidade de vitamina D3 25OH é considerada normal entre 30 e 100 ng/ml, valor limite de 20 a 30 ng/ml, insuficiente para 10 a 20 ng/ml e deficiência importante para menos de 10 ng/ml. (fonte: Jornal Clinic EndocrinologyMetabolism, 2005).

Possíveis causas de deficiência de vitamina D
– Má alimentação, falta de exposição ao sol, certos medicamentos como a cortisona e anti-epilépticos, pessoas que realizaram cirurgia bariátrica.

EXCESSOS

– Mais do que 1800 UI por dia, risco de toxicidade em crianças e nos adultos sintomas intestinais (diarreia), anorexia.

No entanto, de acordo com o Prof. Michael Holick, um dos maiores especialistas em vitamina D da Universidade de Boston (EUA), a intoxicação por vitamina D pode ocorrer somente se um adulto consumir 10.000 UI de vitamina D por dia durante 6meses ou mais. O Prof. Holick escreveu um livro de sucesso com o título original “A Solução da vitamina D” sobre a vitamina D, ele é um fã do uso desta vitamina em doses elevadas para tratar e prevenir várias doenças, tais como câncer e doenças cardiovasculares.

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É importante saber que a produção de vitamina D como resultado do efeito dos raios UVB do sol não pode levar a intoxicação, porque o corpo é autoregulável (regula a si mesmo). Entretanto, uma ingestão de vitamina D na forma de suplementos alimentares pode levar a intoxicação (especialmente de cálcio) em caso de consumo excessivo.

Em relação à concentração de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) no sangue, efeitos colaterais podem ocorrer em concentrações de 25(OH)D superior a 125 ng/ml. [Fonte: Universidade da Califórnia, Campus de San Diego, em 8 de abril de 2016]

Efeitos colaterais da vitamina D
Segundo um artigo do New York Times publicado em abril de 2017, a ingestão de complementos alimentares de vitamina D em excesso (ler acima) pode levar a efeitos colaterais como náuseas e vômitos, falta de apetite, fraqueza, micção frequente ou problemas renais.

SÍNTESE DA VITAMINA D AO NÍVEL QUÍMICO

Sol e síntese de vitamina D
Sob o efeito dos raios UVB, uma molécula da pele chamada 7-dehidrocolesterol (um derivado do colesterol) é convertido para pré-vitamina D3 e em seguida para colecalciferol (vitamina D3).

Transformação na sua forma ativa (vitamina D ou calcitriol)
O colecalciferol (vitamina D3), absorvido pela alimentação, por um suplemento alimentar ou sintetizado pela pele sob o efeito da luz do sol (UVB), passa através do fígado para ser transformado em 25OH vitamina D3  ou 25-hidroxivitamina D3 (este metabolito é dosado, como a 25OH vitamina D2, para verificar a quantidade de vitamina D do organismo, ver abaixo) e em seguida passa pelos rins ou por outras células do corpo (próstata, mama, cólon) para finalmente ser convertido na sua forma ativa, o calcitriol (1,25 vitamina D3, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D3).

O ergosterol (vitamina D2) absorvido a partir de alimentos (vegetais) ou um suplemento alimentar, passa através do fígado para ser convertido em 25OH vitamina D2 ou 25-hidroxivitamina D2 (este metabólito também é dosado, assim como a  25OH vitamina D3, para saber a quantidade de vitamina D no corpo, leia abaixo).

síntese de vitamina D

NOTAS

– As crianças pouco expostas ao sol podem desenvolver raquitismo.

– É aconselhável se expor ao sol todos os dias por cerca de 20 minutos, especialmente no final da primavera e no verão, sem o uso de protetor solar (ler o artigo sobre o dilema da exposição ao sol), pois este absorve uma quantidade muito grande de UVB. Durante o uso de filtros solares, a síntese da vitamina D é muito baixa.

No verão, estima-se que o organismo produza em 20 minutos cerca de 10.000 UI de vitamina D.

Algumas fontes estimam que a exposição ao sol por 5 minutos 3 vezes por semana seria suficiente para sintetizar a vitamina D em quantidades necessárias.

A duração desta exposição depende de vários fatores tais como o tipo de pele, o período do ano e do dia, além da latitude. Pessoas com pele escura demoram mais tempo para sintetizar a vitamina D (cerca de 20-30 minutos) do que as pessoas com pele clara (cerca de 10 minutos).

Sempre evitar exposição excessiva ao sol, um risco significativo de câncer de pele.

Sabemos também que à medida que envelhecemos, a produção de vitamina D a partir do sol é menos eficaz, nesse caso é fortemente recomendado tomar a vitamina D como suplemento alimentar.

Como a vitamina D é uma molécula solúvel em gordura, permanece armazenada no tecido adiposo e pode ser liberada depois de vários meses, especialmente no inverno. Em outras palavras, uma pessoa bem exposta ao sol no verão pode desfrutar de vários meses de vitamina em quantidade suficiente.

Em relação à exposição solar, as regiões do corpo em que devemos preferir a exposição são as dos braços ou das pernas. A pele facial produz pouca vitamina D, além de ser muito sensível.

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– Estima-se que na França 70% a 80% das pessoas têm falta de vitamina D. Esta porcentagem sobem para 90% entre as mulheres com mais de 45 anos. Assim, é também importante à exposição ao sol por 20 minutos ou tomar suplementos alimentares que contêm vitamina D. Além disso, mais de 20% dos franceses estão em um estado de deficiência significativa de vitamina D.

– Para as mulheres grávidas, lactantes e com crianças pequenas, o suplemento de vitamina D é necessário. Converse com seu médico para a dose recomendada. Leia acima também
– Vários estudos têm mostrado e mostrarão (ainda faltam estudos clínicos para confirmar 100% de eficiência) que a vitamina D consumida na dose certa (não exceder a dose diária) pode ter um efeito curativo ou preventivo contra diversas doenças crônicas, como o câncer, lúpus e outras doenças autoimunes. Isso faz com que a vitamina D seja uma das vitaminas mais interessantes e úteis em termos médicos.

– No entanto, alguns especialistas são mais críticos e afirmam que a maioria das pessoas começa a sofrer de uma deficiência de vitamina D a partir da idade de 65 anos, ou seja, a falta de vitamina D é relativamente rara antes dos 65 anos. Esses especialistas criticam a ideia de pensar que a vitamina D seria uma cura milagrosa, no fim, poucos estudos científicos de referência e em grande escala mostraram os resultados de forma clara e evidente.

– É impossível ter intoxicação por vitamina D em casos de exposição prolongada ao sol.

– Se a administração de vitamina D for através de suplemento alimentar é possível consumi-lo antes, durante ou depois da refeição.

Interações
Diuréticos tiazídicos
A vitamina D pode levar a interações com diuréticos tiazídicos (ex.: hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida), a possível consequência pode ser hipercalcemia. No entanto, de acordo com um artigo publicado em janeiro 2018 pela mídia suíça i.M@il Offizin (ligado à Universidade da Basileia), se a vitamina D é consumida em doses normais (ex.: como as orientações do órgão federal de saúde pública da Suíça), não há evidência de aumento do risco de hipercalcemia com o uso de diuréticos tiazídicos.

Magnesio e vitamina D
– Um estudo descobriu que baixos níveis de magnésio tornam a vitamina D ineficaz. Os cientistas da Lake Erie College of Osteopathic Medicine (Faculdade de Medicina Osteopática do Lago Erie) observaram que a vitamina D não pode ser metabolizada sem níveis suficientes de magnésio. Isso significa que a vitamina D permanece armazenada e inativa para boa parte da população. Os pacientes com níveis ótimos de magnésio requerem menos vitamina D para alcançar níveis suficientes de vitamina D. O magnésio também reduz a osteoporose, ajudando a reduzir o risco de fratura óssea, que pode ser atribuída a baixos níveis de vitamina D, afirmou em comunicado o Prof. Razzaque da Lake Erie College of Osteopathic Medicine, que conduziu este estudo com outros pesquisadores. Como vimos neste caso, nos Estados Unidos, as recomendações para o consumo de magnésio são de 420 mg por dia para homens e 320 mg por dia para mulheres, mas a dieta padrão nos Estados Unidos contém apenas aproximadamente 50% desse montante. Pesquisadores afirmam que o consumo de magnésio de alimentos naturais diminuiu nas últimas décadas devido à agricultura industrializada e mudanças nos hábitos alimentares. Este estudo foi publicado na edição de março de 2018 da revista científica The Journal of the American Osteopathic Association (10.7556/jaoa.2018.037).

Doenças neurodegenerativas e vitamina D, estudo crítico
Pesquisadores australianos descobriram em um estudo publicado em julho de 2018 que é pouco provável que a vitamina D proteja as pessoas da esclerose múltipla, da doença de Parkinson, da doença de Alzheimer e de outros distúrbios cerebrais. O estudo foi baseado em uma revisão sistemática de mais de 70 estudos pré-clínicos e clínicos publicados no passado. Estudos anteriores mostraram que os pacientes com doença neurodegenerativa tendem a ter níveis mais baixos de vitamina D do que a população saudável. Mas para os cientistas da Universidade de Adelaide que conduziram este estudo, não há evidências convincentes de que a vitamina D possa atuar como um agente protetor para o cérebro. Em outras palavras, esse baixo nível de vitamina D observado em alguns pacientes seria mais uma consequência do que uma causa de doenças neurodegenerativas. Este estudo foi publicado em 10 de julho de 2018 na revista científica Nutritional Neuroscience (DOI: 10.1080/1028415X.2018.1493807).

Fontes:
Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD), JAMA (DOI: 10.1001 / jama.2017.19344), i.M@il Offizin (ligado à Universidade da Basileia), Nutritional Neuroscience (DOI: 10.1080/1028415X.2018.1493807).

Quem escreveu esta pasta?
Xavier Gruffat (farmacêutico)

Observação da redação: este artigo foi modificado em 07.05.2021

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