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Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso

Mais da metade da população brasileira tem excesso de pesoBRASÍLIA – Dados inéditos do Ministério da Saúde revelam que, pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população brasileira. A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%.Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.

O estudo inédito também revela que a obesidade cresceu no país, atingindo o percentual de 17% da população. Em 2006, quando os dados começaram a ser coletados pelo Ministério, o índice era de 11%. O aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.

O estudo retrata os hábitos da população e é um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis. Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. “Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos – o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes de governo -, as medidas necessárias, se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente”, disse.

ALIMENTAÇÃO –Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há importante influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte dos brasileiros.

Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso

Apenas 22,7% da população ingerem a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia. Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 31,5% da população não dispensam a carne gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis – 26% dos brasileiros tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.

FASES DA VIDA– Se na faixa etária entre 18 e 24 anos, 28% da população está acima do peso ideal, a proporção quase dobra na faixa etária dos 35 anos aos 44 anos, atingindo 55%. O percentual de obesidade acompanha este crescimento e mais que dobra se comparados os dois períodos: 7% para 19%, respectivamente. Com o passar dos anos, os brasileiros também tendem a diminuir a prática da atividade física: 47% dos jovens com idade entre 18 a 24 anos se exercitam regularmente. E entre 35 a 44 anos, o índice cai para 31%.

O Vigitel 2012 mostra ainda que o envelhecimento da população reflete positivamente na alimentação do brasileiro. Se entre os 18 e 24 anos mais da metade dos homens brasileiros come carne com gordura regularmente (48%), este índice cai para 27% entre aqueles que já passaram dos 65 anos. O fenômeno se repete com o consumo de refrigerante. Entre os jovens com idade entre 18 e 24 anos, 36 % declararam tomar regularmente a bebida. Aos 65 anos, o percentual cai para menos de um terço, ficando em 12%.

Em contrapartida, há aumento de consumo de frutas e hortaliças nas faixas etárias superiores. Entre os 18 e 24 anos, 17% comem cinco porções/dia e 24% cinco porções semanais. Aos 65 anos, os percentuais aumentam para 28% e 46%, respectivamente.

ESCOLARIDADE –O Vigitel 2012 permite ainda conhecer os hábitos dos brasileiros conforme o sexo e a escolaridade. Frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% dos brasileiros que concluíram, no mínimo, 12 anos de estudo. O percentual reduz para 29% entre as pessoas que estudaram até, no máximo, oito anos.

Se levarmos em consideração a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, as proporções vão para 31% para quem tem 12 anos e mais de escolaridade e 18% para quem não conclui o ensino fundamental ou tem menos de oito anos de escolaridade.

A gordura saturada também é mais comum na mesa das pessoas com menos estud 32% comem carne com excesso de gordura e 53% bebem leite integral regularmente. Já entre a população com maior escolaridade, os percentuais registrados estão abaixo da média nacional, com 27% e 47%, respectivamente.

A pesquisa revela também que 45% da população com mais de 12 anos de estudo praticam algum tipo de atividade física (no horário livre de lazer). O percentual diminui para menos de um quarto da população (21%) para quem estudou até oito anos. Os homens (41%) são mais ativos que as mulheres (26%). A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo (37%) é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33%).

Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, como o Vigitel apontou menores frequências de obesidade e excesso de peso entre pessoas com mais anos de estudo, o crescente aumento da escolaridade dos brasileiros registrado nos últimos anos pode representar uma expectativa positiva em relação ao controle a esses fatores de risco. “De 2000 a 2010, a tendência foi um grande crescimento do nível educacional. É um condicionante importante para a redução da velocidade do crescimento da obesidade e do sobrepeso”, disse.

COMBATE À OBESIDADE – A obesidade, o sedentarismo e má alimentação são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é deter o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade.

Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso

Em março, o Ministério da Saúde criou a Linha de Cuidados da Atenção Básica para excesso de peso e outros fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade até o atendimento em serviços especializados. A Atenção Básica proporciona diferentes tipos de tratamentos e acompanhamentos ao usuário, o que inclui também atendimento psicológico.

A pessoa com sobrepeso (IMC igual ou superior a 25) poderá ser encaminhada a um polo da Academia da Saúde para realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para receber orientações para uma alimentação saudável e balanceada. Atualmente, 77% dos 2.040 NASFs contam com nutricionistas; 88,6% com psicólogos e 50,4% com professores de educação física. A evolução do tratamento deve ser acompanhada por uma das 39,2 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todos os municípios brasileiros.

O Programa Academia da Saúde é a principal estratégia para induzir o aumento da prática da atividade física na população. Até agora, já foram repassados R 390 milhões. A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2,8 mil polos habilitados para construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo Ministério da Saúde.

O ministro Padilha destacou a importância doe investir e ampliar o Programa Academia de Saúde para melhorar os hábitos e ampliar a atividade física entre os brasileiros. Por isso, vai discutir com secretários municipais e estaduais de Saúde a ampliação deste programa.

O Ministério da Saúde investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como o Programa Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto aos municípios e passa a atender creches e pré-escolas. São mais de 50 mil escolas que participam do programa.

Outra medida é a parceria do Ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos. O Ministério também mantém acordo com a indústria para redução do teor de sódio entre os alimentos. O acordo voluntário prevê redução gradual de sal em 16 categorias de alimentos habituais na mesa do brasileiro, entre eles, o famoso pão francês.

AVALIAÇÃO DO PESO IDEAL– O Índice de Massa Corporal (IMC)  é uma forma para conhecer o estado nutricional do indivíduo. Para calculá-lo, basta dividir o peso em quilogramas pelo quadrado altura em metros (IMC = peso / altura x altura). O IMC é apenas um indicativo para descobrir se está no peso ideal. Outros fatores como sexo, idade, condicionamento físico devem ser levados em conta.

Leia mais: Calcule o seu IMC

Fonte: Ministério da Saúde, 02.09.2013

Campanha para atualizar caderneta de vacinação vai até o dia 30

Campanha para atualizar caderneta de vacinação vai até o dia 30BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou neste sábado (24), em Brasília, do Dia D de mobilização da campanha nacional para atualização da caderneta infantil. A ação é realizada em parceria com estados e municípios e acontece até o dia 30 deste mês em todo o país. Crianças menores de cinco anos devem ser levadas aos postos de vacinação para que a caderneta seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada.

A meta é vacinar as crianças que não estiverem com a caderneta em dia. O público nesta faixa etária é estimado em 14,4 milhões de crianças. Na campanha, são oferecidas todas as vacinas do calendário básico infantil: BCG, hepatite B, penta, inativada poliomielite (VIP), oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (saramporubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). As vacinas oferecidas são as mesmas da rotina.

Durante a mobilização, que aconteceu no Centro de Saúde nº 1 da Estrutural, o ministro Alexandre Padilha vacinou crianças contra poliomielite e convocou pais ou responsáveis a aproveitarem a campanha para colocar a vacinação das crianças em dia. “Hoje são tantas as vacinas oferecidas pelo SUS, de graça para a população, que algumas vezes fica difícil para os pais saberem se está tudo em dia. São disponibilizadas vacinas para quase 20 doenças. Esta é uma oportunidade para checar se as crianças estão com todas as vacinas em dia. Não podemos esquecer que a criança só fica, realmente, protegida depois que tomar todas as doses previstas no calendário básico”, explicou o ministro. O ministro aproveitou a oportunidade para visitar a unidade móvel de saúde Carreta da Mulher, estacionada atrás do posto de saúde onde ocorreu a mobilização.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que também participou da mobilização em Brasília, destacou a importância desta ação. “É segunda vez que realizamos no Brasil um tipo de campanha como esta, com a oferta de todas as vacinas para atualizar o cartão da criança. Como o Programa Nacional de Imunizações oferece um número grande de vacinas – que são aplicadas em períodos diferentes – não é raro as crianças estarem com o calendário atrasado”, ressaltou. O Governo do Distrito Federal foi representado pelo secretário de Saúde, Rafael Barbosa.

Campanha para atualizar caderneta de vacinação vai até o dia 30

APLICATIVO – Durante a mobilização, o ministro Alexandre Padilha anunciou o lançamento do aplicativo Vacinação em Diaparatablets e smartphones, que será disponibilizado pelo Ministério da Saúde a partir deste sábado. A ferramenta é uma forma fácil, moderna e ágil de acompanhar o calendário vacinal de crianças e adultos.No dispositivo móvel, estão disponíveis todas as vacinas ofertadas pelo SUS e o usuário poderá cadastrar até 10 carteiras de vacinação.

A partir da inserção da primeira vacina no calendário, o aplicativo calcula quando o usuário deve comparecer novamente para uma nova imunização e envia um lembrete por mensagem. O calendário de vacinação cadastrado no aplicativo também pode ser enviado, por e-mail, para impressão. O usuário também irá receber um lembrete para comparecer aos postos de saúde a cada campanha sazonal, com destaque para o dia D, que normalmente acontece no primeiro dia da mobilização.

O aplicativo funcionará em tablets e smartphones que utilizem sistemas operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. A partir do lançamento, o usuário poderá baixar o Vacinação em Dia no Google Play e futuramente na Apple Store.

ZÉ GOTINHA– Para divulgar a campanha, o Zé Gotinha vai entrar em campo nos dois jogos do campeonato brasileiro que serão realizados neste final de semana no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Além da vacinação, o Dia D no posto da Cidade Estrutural terá cama elástica, distribuição de bexigas e revistinhas, doação de lápis de cor e livro de atividades.

Desde o último domingo (18) estão sendo veiculados vídeos e jingles para divulgação da campanha em emissoras de TVs abertas e fechadas e nas rádios. Também foram produzidas peças para divulgação na internet, mídia indoor e mídia exterior e materiais gráficos. Para a operacionalização da campanha, o Ministério da Saúde disponibilizou a estados e municípios R$ 18,6 milhões. A ação envolve 34 mil postos fixos de vacinação – além dos volantes – e 350 mil profissionais de saúde, além da utilização de cerca de 40 mil veículos.

VITAMINA A –O Ministério da Saúde também passa a disponibilizar para as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade – residentes em todos os municípios das Regiões Norte e Nordeste e municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul – a suplementação de vitamina A. A suplementação, com megadoses de vitamina A, contribui para a redução do risco global de morte, mortalidade por diarreia, além de ajudar no desenvolvimento e crescimento das crianças. A vitamina A também pode ser recebida na rotina dos serviços de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde, 26.08.2013

Bife ou química: o futuro está no campo

Bife ou química: o futuro está no campoPARIS – O futuro será vegetal. Assim como a soja, consumida como bife e outras formas, a França aposta em ervilhas e alfafa, com proteínas extraídas de culturas ainda negligenciadas nos campos, para alimentar pessoas e animais.

“O que os Estados Unidos foram capazes de fazer com a soja, nós queremos fazer com as ervilhas, tremoço, fava …”, resume Denis Chéreau, piloto do programa “Improve” (em português: Melhorar), uma plataforma de inovação que funciona como um centro de pesquisa, na Picardia – França.

Denis Chéreau acaba de ser confirmado para mais de um ano neste projeto de valorização das proteínas vegetais, em parceria com quatro grupos industriais (Téréos, Sofiprotéol, Siclaé e In Vivo), o INRA (Instituto de pesquisa agropecuária) e o Comissário de Investimentos.

O Instituto de compartilhamento de proteína vegetal visa um depósito de potencialmente 28 milhões de toneladas de proteína vegetal, e para seu promotor, o futuro é ilimitado: de bifes de tremoço a alimentos para cães e gatos diabéticos, filtros UV, cremes antirrugas, química verde em cosméticos: o futuro está no campo.

Reduzir as importações

O primeiro benefício em curto prazo será o de desenvolver as culturas oleoproteaginosas e proteaginosas, para reduzir as importações de alimentos para animais, principalmente a soja OGM proveniente da América do Sul.

Apesar dos esforços da última década, a França importa na verdade ainda quase metade das suas necessidades (contra 70% há uma década).

Faça essas culturas rentáveis

Mas para convencer os agricultores a cultivar ervilhas ou tremoços ao invés de trigo ou milho, melhores cotados no mercado, ainda seria necessário valorizar estas culturas para torná-las tão rentáveis quanto, lembra Jean-François Rous, Diretor de Inovação da Sofiprotéol.

“Temos apenas 130 mil hectares de ervilhas contra 420 mil em 2011, perdemos três quartos porque não eram economicamente sustentáveis. Desenvolvendo aplicações valiosas, os produtores as seguirão”, complementou.

O essencial para os ganhos, segundo ele, é passar para melhores rotações de variedades e um trabalho de “cobertura permanente” (os campos não estarem vazios entre as colheitas). Também é o objetivo do “Produzir outra forma” e do futuro “Mapa Proteico” previsto para o final do ano, nota o ministro da Agricultura da França.

Otimizar as oleaginosas

Outro desafio, segundo Sr. Rous, será o de otimizar o cultivo das oleaginosas como a colza e o girassol, em grande escala: respectivamente 1,6 milhões de hectares de colza, ou 5 milhões de toneladas em média, e 700.000 de hectares para o girassol.

Uma vez que o óleo é extraído, a mistura das fibras restante é utilizada para a alimentação dos animais. São bolos ricos em proteína, bem digerido pelo gado, mas não por porcos ou aves, explicou.

“Precisamos encontrar um procedimento de desfibrar os bolos. Então o homem pode chegar a uma extração de proteína quase pura, como o tofu”.

Grande desafio do século 21

Este é outro grande desafio do agronegócio para o século. A ONU prevê uma população de 9,7 bilhões de pessoas para 2025. “Como vamos fazer sem mudar os hábitos alimentares?”, pergunta Denis Chéreau.

Uma população enriquecida consome mais proteína animal. Como vemos na China, na Índia e na maioria dos países emergentes da Ásia, que estão passando para uma dieta de carne, um símbolo de sucesso.

“Dois terços das produções agrícolas são consumidas pelos animais para a produção de proteínas, em comparação com apenas 18% pelos seres humanos”. Melhoras virão, segundo ele, começando pela identificação dos efeitos fisiológicos benéficos de proteínas vegetais, a fim de aumentar a sua utilização na alimentação humana.

“Atualmente, 60 a 70% das proteínas consumidas pelos ocidentais são de origem animal, mas os nutricionistas aconselham um equilíbrio de 50-50”, disse o especialista. Simplesmente, ele disse, “quando você come um bife, esperamos certo sabor. A soja é capaz de fazê-lo, devemos fazê-lo” para outras plantas. O projeto Improve também planeja trabalhar com líderes – mais de quarenta engenheiros e técnicos.

Leia também: Soja

Criasaude.com.br, 19 de agosto de 2013.
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Brasil inicia testes da vacina contra dengue em humanos

Brasil inicia testes da vacina contra dengue em humanosBRASÍLIA – O Brasil começa avançar no processo de desenvolvimento da vacina contra a dengue com a permissão do teste em seres humanos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nesta sexta-feira (16) comunicado especial que autoriza Instituto Butantan a iniciar a etapa de pesquisa clínica do imunobiológico. O Ministério da Saúde está investindo R 1,05 bilhão em 2010; R 1,73 bilhão em 2012. Além disso, todos os municípios receberam adicional de R 92,8 milhões para 1.159 municípios.

Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde lançou campanha de mobilização contra a dengue e intensificou a sua divulgação durante todo o período de maior ocorrência da dengue em 2013. Também foi oferecido aos profissionais de saúde ensino a distância em manejo clínico do paciente com dengue, por intermédio de curso promovido pela UNASUS, conhecido como Dengue em 15 minutos. Além disso, as secretarias de Atenção à Saúde e de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, vem prestando assistência técnica para organização da rede de serviços de saúde ao atendimento dos pacientes com a doença e apoio às atividades de prevenção e investigação dos óbitos suspeitos de dengue.

Fonte: Ministério da Saúde, 18.08.2013

Pesquisa inédita vai mapear doenças e fatores de risco à saúde

Pesquisa inédita vai mapear doenças e fatores de risco à saúdeBRASÍLIA – Começa nesta segunda-feira (12) a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estudo inédito realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa, que será baseada em exames laboratoriais para avaliar a saúde da população brasileira, vai mapear diversas doenças e fatores de risco à saúde, como hipertensão, diabetes e a obesidade.

Além dos questionários, também farão parte deste estudo a coleta de sangue e urina, a aferição de medidas antropométricas e a medição da pressão arterial. A coleta das amostras clínicas será feita por profissionais ligados ao hospital Sírio Libanês, enquanto as entrevista serão realizadas por pesquisadores do IBGE que estão em treinamento desde o fim de julho.

A pesquisa começa pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá e Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, alcançará todas as unidades da federação. Cerca de 20 mil pessoas deverão ser submetidas aos exames, dos 80 mil domicílios pesquisados, em 1.600 municípios brasileiros. O PNS irá envolver, aproximadamente, mil agentes do IBGE.

No total, o Ministério da Saúde vai repassar R 15 milhões destinados ao instituto de pesquisa e R$ 6 milhões ao hospital que será encarregado pelos exames laboratoriais. As análises feitas pela pesquisa também vão diagnosticar se a pessoa diabetes, anemia falciforme e analisar percentuais de creatinina, potássio e sódio – indicadores que podem revelar eventuais problemas de saúde do paciente. Se os resultados dos exames indicarem algum problema de saúde, o entrevistado será encaminhado a uma unidade de saúde para receber acompanhamento médico.

DENGUE –O exame de sangue também trará a informação do percentual da população brasileira que já entrou em contato com o vírus da dengue. “A sorologia é importante para subsidiar, no futuro, a  implantação da vacina conta a dengue no país,possibilitando o mapeamento de áreas suscetíveis a surtos de subtipos da doença.”, afirmou o secretario de vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Pesquisa inédita vai mapear doenças e fatores de risco à saúde

O material coletado na pesquisa será guardado e vai compor um banco de soro humano para monitorar a doença no país, ficando disponível para universidades e institutos de pesquisas. O secretário Jarbas Barbosa explica que a pesquisa permitirá uma avaliação mais ampla e um melhor planejamento das ações estratégicas e políticas públicas. ”Além de permitir que possamos examinar a tendência da saúde do brasileiro na última década, a PNS traz uma radiografia bem detalhada não só do Brasil, mas de regiões, dos estados, capital e interior”, observa. Segundo ele, a previsão é de que o estudo seja realizado a cada cinco anos. Os primeiros resultados deste estudo devem ser divulgados em 2014.

A pesquisa faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e tem como meta produzir novas informações sobre os hábitos de alimentação, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, prática de atividade física e fatores associados aos comportamentos não saudáveis da população. As informações vão subsidiar as ações de combate às DCNT, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil.

A iniciativa propõe que a PNS dê continuidade aos inquéritos do Plano Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizado em 1998, 2003 e 2008. A PNS também deve delinear o perfil lipídico da população e dimensionar o acesso ao diagnóstico de alguns agravos crônicos (como hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, creatinina no sangue, dosagem de sal na urina), com base na comparação de medidas objetivas (antropométricas, de pressão arterial e exames laboratoriais) e subjetivas (morbidade auto referida), além de outras investigações. A PNS foi aprovada no Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

HISTÓRICO – Desde 2009, o Ministério da Saúde se reúne com pesquisadores para iniciar a elaboração da pesquisa. De 2010 a 2011, ocorreram reuniões periódicas com representantes do IBGE, onde foram estudadas experiências nacionais e internacionais; definidas a metodologia; a amostragem e outros pontos importantes. Em 2012, foram fechados os questionários e a parceria com o Hospital Sírio-Libanês para a realização dos exames laboratoriais.

Pesquisa inédita vai mapear doenças e fatores de risco à saúde

O Ministério da Saúde já realiza, anualmente, o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), estudo feito por inquérito telefônico em 26 estados e no Distrito Federal. Em 2011, o Vigitel entrevistou 54 mil pessoas, sendo uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. A Pesquisa Nacional de Saúde, portanto, servirá como aliada para agregar informações estatísticas dos hábitos de vida da população comprovadas através dos exames.

Fonte: Ministério da Saúde, 12.08.2013

Isto não é um mito: a lua cheia atrapalha o sono

Isto não é um mito: a lua cheia atrapalha o sonoBASILEIA – Muitas pessoas queixam-se de falta de sono quando a lua está cheia. Apesar de muitos estudos, a ligação entre os dois fenômenos nunca foi estabelecida. Os pesquisadores suíços testaram agora o “efeito lua cheia” com voluntários em um laboratório do sono, e fizeram uma descoberta.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Basileia e da Universidade de clínicas psiquiátricas de Basileia analisou dados de 33 pessoas que passaram uma semana no laboratório.

Eles mediram suas ondas cerebrais, movimentos oculares e os níveis hormonais durante as diferentes fases do sono.

Parece que o relógio interno responde ao ritmo lunar, escreveu a equipe de Christian Cajochen na revista “Current Biology”. Os voluntários relataram uma pior qualidade de sono durante a fase da lua cheia. As reações físicas também foram medidas.

Menos sono profundo

Dessa forma, a atividade cerebral nas regiões relacionadas com sono profundo diminuiu 30%. Além disso, as “cobaias” precisaram de mais cinco minutos em média para adormecer e dormiram vinte minutos menos. Os valores de melatonina, o hormônio que regula as fases de sono e vigília foram menores.

“Esta é a primeira evidência confiável de que o ciclo lunar pode influenciar os padrões de sono em humanos”, explicam os pesquisadores. “Nós não esperávamos isso”, disse Christian Cajochen.

Apesar do pequeno número de pessoas testadas, o pesquisador encontrou a evidência: o estudo científico sob alto controle era realmente sobre outro assunto, razão pela qual ninguém pensou na lua durante o experimento. Além disso, os voluntários estavam completamente isolados de qualquer influência externa no laboratório e todos dormiam muito bem.

Relíquia antiga

Os cientistas assumem, por conseguinte, que além do ritmo diurno do corpo, existe o ritmo lunar. Isto está bem documentado para muitos animais, especialmente para os marinhos.

Pode ser um vestígio muito antigo da humanidade, quando a Lua foi capaz de influenciar certos padrões de comportamento de nossos antepassados.

Atualmente o homem é mais influenciado por outros fatores que não a lua, como a luz artificial, escreve a Universidade de Basileia. Em um ambiente controlado tal como um laboratório do sono, a ação da lua pode ser medida e tornados visíveis.

Leia também: Insônia – Distúrbios do Sono

Criasaude.com.br, 05 de agosto de 2013.
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Sancionada lei que garante atendimento para vítimas de violência sexual

Sancionada lei que garante atendimento para vítimas de violência sexualBRASÍLIA – O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (1), a sanção, sem vetos, do projeto de lei n° 12.845 que prevê atendimento integral às vítimas de violência sexual em todos os serviços de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto, que foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional, transforma em lei as diretrizes já definidas pelo Ministério da Saúde, desde 2004, na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O texto entrará em vigor após 90 dias da publicação oficial.

O atendimento a vítimas de violência deve incluir o diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. A lei também determina a preservação do material coletado no exame médico-legal, além de prever o uso da anticoncepção de emergência (pílula do dia seguinte) em casos de estupro.

“Essas medidas já eram adotadas pelo SUS, transformando o que era uma recomendação em lei. Ou seja, os serviços passam a ter uma obrigação ainda maior de oferecer a crianças, adolescentes, pessoas com deficiência mental, homens e mulheres um atendimento humanizado, respeitoso”, esclarece o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Sancionada lei que garante atendimento para vítimas de violência sexual

O uso da anticoncepção de emergência é preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e visa reforçar os resultados já obtidos com o uso da pílula do dia seguinte pelo SUS. A oferta dobrou nos últimos quatro anos, passando de 513 mil cartelas em 2009 para 1 milhão em 2013. Com esta ação foi possível reduzir em 50% o número de abortos legais em cinco anos, quando em 2008 foram realizados 3.285 abortos passando para 1.626 em 2012. A estratégia do Ministério da Saúde tem como princípio a humanização do atendimento, a expansão das redes de atendimento das mulheres em situação de violência e a melhoria do acesso e da qualidade do atendimento.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, reforça a importância da sanção do Projeto de Lei que garante à assistência a população em casos de violência sexual. “Esse projeto contribui para assegurar o atendimento e amenizar os danos causados às vitimas de violência sexual. Nós temos que ter solidariedade, humanidade, respeito com mulheres e crianças que sofrem violência sexual”, explicou.

O governo federal também anunciou que encaminhará projeto de lei para retificar dois artigos no texto aprovado pelo Congresso. Um deles é sobre o conceito de violência sexual e o segundo que estabelece, claramente, no inciso 4 do artigo 3º o uso e a administração da medicação com eficiência para gravidez resultante de estupro. “Do jeito que o texto estava poderia excluir, por exemplo, vitimas de estupro como crianças e pessoas com deficiência mental sem capacidade de discernimento do que é certo ou errado, com isso, poderiam ficar sem assistência psicológica, além do uso da medicação no tempo adequado para evitar gravidez em vitimas de estupro”, explica o ministro Alexandre Padilha.

Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, esta medida assegura que mais mulheres evitem recorrer ao aborto. “Esse projeto não abre brechas para o aborto. Essa ação que garante um apoio humanitário a vitima que passou por algum tipo de tortura. Estamos evitando que as pessoas venham a aderir à prática de realizar abortos legais. Estamos corrigindo o projeto para evitar dúvidas na interpretação do projeto, investindo num apoio humanizado”.

ASSISTÊNCIA –Nos últimos anos, o número de serviços de atenção à violência sexual vem apresentou aumento em 760%, passando de 82 serviços, em 2002, para 625 em 2012. O Ministério da Saúde também vem intensificando a qualificação dos profissionais de saúde que atuam nos serviços de atendimento aos agravos decorrentes de violência sexual. Entre as ações do governo federal deste ano, está o decreto que integra o atendimento às vitimas de violência sexual realizado por profissionais da segurança pública e do SUS.

Sancionada lei que garante atendimento para vítimas de violência sexual

A iniciativa humaniza o atendimento, além de agilizar a emissão de laudos periciais. As ações são realizadas em parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça, com apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e integram o programa federal “Mulher: Viver sem Violência”, lançado em março. Até 2014, serão investidos R$ 265 milhões na integração e melhoria de serviços de proteção as vitimas de violência sexual.

O Programa garante desde o atendimento à atenção psicossocial, defensoria, procuradoria, atendimento humanizado, espaço de convivência, brinquedoteca (para as crianças da mulher que é atendida) e orientação profissional para a autonomia econômica.

Fonte: Ministério da Saúde, 05.08.2013

Ministério da saúde investirá 23,6 milhões de reais em oncologia

Ministério da saúde investirá 23,6 milhões de reais em oncologiaBRASÍLIA – Melhorar a qualidade de análises laboratoriais e incentivar a expansão da oferta do exame preventivo de câncer do colo do útero na faixa dos 25 a 64 anos. Esses são os principais focos da medida adotada pelo Ministério da Saúde, publicada na portaria que institui a Qualificação Nacional em Citopatologia (QualiCito). O incentivo para o custeio da QualiCito prevê o aumento do valor do exame citopatológico em 5%. Além disso, esses exames, quando realizados na faixa etária de 25 a 64 anos – para câncer de colo do útero – terão valor adicional de 10%.

Outro incentivo financeiro previsto é o controle da qualidade dos exames.  Para isso, o Ministério da Saúde investirá, em 2014, cerca de R 72,6 milhões para a realização de exames citopatológicos. Desde 2010, o Ministério da Saúde já investiu R$ 223,5 milhões nessa ação.

Em 2012, 10,9 milhões de exames citopatológicos foram realizados no âmbito do SUS, sendo 8,5 milhões na faixa prioritária (25 a 64 anos). Do total de exames realizados, 77% foram realizados na faixa etária prioritária, que representa 68,3% do público alvo, ao considerarmos todas as mulheres entre 25 e 64 anos que façam um exame a cada três anos. Esta é uma condição de rastreamento após dois exames normais.

Ministério da saúde investirá 23,6 milhões de reais em oncologia

A criação da QualiCito é uma medida que integra o rol de ações que o MS vem realizando desde março de 2011, quando o Governo Federal lançou um conjunto de medidas para fortalecer o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama. No eixo de controle do câncer do colo do útero, os objetivos do plano são: garantir o acesso ao exame preventivo com qualidade a todas as mulheres de 25 a 64 anos de idade e qualificar o diagnóstico e o tratamento das lesões precursoras do câncer do colo do útero. Portanto, entre as linhas de ação delineadas para alcançar esses objetivos, está a qualidade dos exames de citopatologia. Em 2012 foi lançada a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.

Ministério da saúde investirá 23,6 milhões de reais em oncologia

A qualidade do exame citopatológico depende da ação articulada entre estados, municípios e a União. A coleta é feita na unidade da saúde, passando pelo transporte das lâminas aos laboratórios onde é realizada a análise das lâminas, até a entrega dos resultados dos exames à usuária-  em tempo oportuno e adequado – para o rastreamento, detecção precoce e tratamento da doença.

Além da melhoria da qualidade dos exames citopatológicos ofertados à população, o Ministério da Saúde quer estimular o aprimoramento dos padrões de qualidade dos laboratórios públicos e privados que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) e fomentar ações de educação permanente dos profissionais de saúde, bem como monitorar os indicadores de qualidade.

No Brasil, o exame citopatológico é usado para o rastreamento do câncer do colo do útero (exame de Papanicolau), especialmente na faixa dos 25 a 64 anos, que concentra a maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem efetivamente tratadas para não evoluírem para o câncer.

Para o ano de 2012, o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva  estimou a incidência de 17.540 novos casos de câncer do colo de útero no Brasil, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar ostumores da pele (não melanoma), o câncer do colo do útero é o mais incidente nas regiões Centro-Oeste (28/100 mil) e Norte (24/100 mil), seguidas pelo Nordeste (18/100 mil),Sudeste (15/100 mil)e, por fim, a região Sul (14/100 mil).

APOIO– Participam da QualiCito os laboratórios públicos ou privados que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS), nos tipos I e II.  Os Laboratórios tipo I realizam exames citopatológicos e os tipo II são unidades que refazem análises para atestar os resultados. As unidades do tipo II recebem 100% das amostras positivas e 100% dos resultados insatisfatórios, além de 10% das análises negativas.

Parte dos exames será reavaliado por um laboratório externo, qualificado a atender os critérios de qualidade validados internacionalmente, com capacidade para liberar o exame em tempo inferior a 30 dias. Esses estabelecimentos vão receber o recurso em uma única parcela.

Fonte: Ministério da Saúde, 28.07.2013

Mais médicos conta com 11.701 médicos e 753 municípios inscritos

Mais médicos conta com 11.701 médicos e 753 municípios inscritosBRASÍLIA – O Programa Mais Médicos registra em sua primeira semana 11.701 médicos e 753 municípios inscritos. Do total de profissionais que deram início ao cadastro, 9.366 se formaram no Brasil e 2.335 no exterior, 10.786 são de nacionalidade brasileira e 915 estrangeiros. Lançado pela presidenta da República Dilma Rousseff na semana passada, o programa ampliará a presença de médicos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias de grandes cidades.

As inscrições para o Mais Médicos seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde. Os médicos participantes receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, ajuda de custo e farão especialização em Atenção Básica. O programa integra um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde, além da chamada de médicos com foco nas regiões de maior vulnerabilidade social. A iniciativa prevê ainda a expansão do número de vagas de medicina e de residência e o aprimoramento da formação médica no Brasil.

“A questão do pacto pela saúde pública, em todas as suas vertentes, é uma tarefa inadiável. E nós todos sabemos disso (…) Não é possível que o Brasil tenha 700 municípios sem ter um médico e mais de 1,5 mil com menos de um médico. Eu considero que não há essa escolha de Sofia entre infraestrutura e médicos. Um país como o nosso tem que ser capaz de enfrentar os dois desafios”, disse a presidenta Dilma Rousseff durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) nesta terça-feira (17), em Brasília.

Mais médicos conta com 11.701 médicos e 753 municípios inscritos

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que os municípios ao se inscreverem devem indicar a unidade de saúde em que há falta de médicos na sua região. “Estamos acompanhando diariamente as inscrições de médicos e municípios. Temos um cadastro que mostra a infraestrutura das unidades básicas de saúde e, além de checarmos isso, os municípios tem que aderir aos programas do Ministério da Saúde para melhorar sua infraestrutura”, afirmou Padilha.

OUVIDORIA –Para verificar o real interesse dos médicos em participar da iniciativa, a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde entrará em contato com os profissionais que já se inscreveram no programa e que apresentem inconsistência no cadastro. A medida foi tomada após o Ministério receber uma série de denúncias relatando que grupos têm utilizado as redes sociais para disseminar propostas para inviabilizar e atrasar a implementação da chamada de profissionais. A ideia destes grupos seria gerar um alto número de inscrições formais e, posteriormente, provocar uma desistência em massa, prejudicando os reais interessados na participação da iniciativa.

Mais médicos conta com 11.701 médicos e 753 municípios inscritos

“O primeiro interesse que tem que ser atendido é o interesse da população, sobretudo aquela que não tem médicos perto de onde vive e trabalha. Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população”, ressaltou Padilha. Diante das denúncias, o Ministério da Saúde já pediu o acompanhamento pela Polícia Federal das inscrições no programa.

Os médicos formados no Brasil ou com diplomas validados no país terão prioridade nas vagas do programa. As que não forem preenchidas por estes profissionais serão oferecidas aos estrangeiros inscritos na iniciativa. Só serão selecionados médicos que atuam em países que tenham mais de 1,8 médicos por mil habitantes, com registro comprovado naquele país e que tenham conhecimento da língua portuguesa. Os participantes serão acompanhados por instituições públicas de ensino.

Fonte: Ministério da Saúde, 22.07.2013

Crianças de 0 a 6 anos serão incluídas no programa saúde na escola

Crianças de 0 a 6 anos serão incluídas no programa saúde na escolaBRASÍLIA – O Ministério da Saúde vai incluir creches e pré-escolas públicas no Programa Saúde na Escola (PSE). Com isso, cerca de 2 milhões de crianças de 0 a 6 anos devem ser beneficiadas. A ação faz parte do Brasil Carinhoso, voltado para famílias com filhos de até 6 anos vivendo em extrema pobreza no país. O impacto financeiro estimado é de R 3 mil por ano para até 599 educandos e mais R$ 1 mil para cada acréscimo entre 1 e 199 educandos, a partir de 599.

PROGRAMA – Criado em 2007 por meio de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação, o Programa Saúde na Escola promove uma ação permanente de conscientização e de acompanhamento para a melhoria da qualidade de vida dos estudantes das escolas públicas brasileiras.

Crianças de 0 a 6 anos serão incluídas no programa saúde na escola

O programa aborda temas que fazem parte do cotidiano escolar dos adolescentes como  riscos e danos do uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas, violência, saúde sexual, reprodutiva e prevenção das DST/Aids.

O foco da ação até então são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A metodologia das agendas de educação e saúde é executada como projetos didáticos nas escolas e todo o controle e execução do programa são feitos pelo Grupo de Trabalho Intersetorial, formado por agentes da saúde, da educação e outros atores locais que possam contribuir para a realização de ações no território. Juntos, esses agentes definem as escolas que participarão do programa, as Unidades Básicas de Saúde envolvidas, os níveis de educação a participar e as atribuições das equipes e das escolas.

ADESÃO – O processo de adesão para a este ano, que começou em maio termina no próximo dia 15 de julho. Até o momento, 3.533 municípios confirmaram a participação, que vão contar com 52,2 mil Equipes de Saúde da Família podendo beneficiar a 13,5 milhões de alunos em todo o país.

Fonte: Ministério da Saúde, 12.07.2013