PARIS – O consumo de ácido graxoômega-3proveniente de peixes gordos, como salmão, atum ou sardinhas, uma ou duas vezes por semana pode reduzir o risco decâncer de mama, de acordo com uma análise divulgada no fim de junho. O câncer de mama é um dos mais comuns em todo o mundo.
Embora vários estudos já tenham reportado o papel protetor do ômega-3 para doença cardiovascular, pesquisadores chineses revisaram 26 estudos envolvendo 800.000 mulheres e cerca de 20 mil casos de câncer de mama, realizados nos Estados Unidos , Europa e Ásia.
Eles demonstraram que o consumo de uma a duas porções de peixe gordo por semana foi associado com uma redução de 14% no risco de câncer de mama.
Quatro tipos de ômega-3
De acordo com a equipe liderada pelo professor Duo Li da Universidade de Zhejiang, um aumento de 0,1 g de ômega-3 de peixes por dia reduziu o risco de câncer de mama em 5%.
Os ácidos graxos ômegas-3 são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do corpo humano. Existem quatro tipos conhecidos pelas iniciais: EPA, DHA, DPA, encontrado principalmente em peixes gordos (salmão, atum, cavala, arenque, sardinha e anchova) e ALA, encontrado em óleos vegetais (noz, óleo de colza, soja, linho) e em uma menor quantidade em carnes, lacticínios ou ovos.
Em seu estudo, publicado na revista “British Medical Journal”, os pesquisadores chineses observam, no entanto, que somente o ômega-3 de origem marinha possui associação com um risco reduzido de câncer de mama, nenhuma “associação significativa” foi observada com outros ômegas-3.
Menor risco na Ásia
Eles também salientaram que “o risco foi menor na populações asiáticas, provavelmente porque o consumo de peixe é muito maior do que o observada nos países ocidentais”.
O câncer de mama é um dos mais frequentes em todo o mundo. Em 2008 ele representou, de acordo com o estudo, cerca de 23% de todos casos de câncer e 14% das mortes.
De acordo com vários estudos publicados nos últimos anos, a dieta e o estilo de vida podem desempenhar um papel no desenvolvimento deste câncer ao lado de fatores genéticos, cada vez mais bem conhecidos, tal como mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, que predispõem ao câncer de mama.
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (1) a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina contra o papilomavírus (HPV), usada na prevenção de câncer de colo de útero. Já em 2014, meninas de 10 e 11 anos receberão as três doses necessárias para a imunização, mobilizando investimentos federais de R 30 por dose, o menor preço já praticado no mercado – 8% abaixo do valor do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAs). A expectativa, em cinco anos, é de um valor 34% menor ao custo atual. Com isso, será possível economizar cerca de R 91 milhões) no período, com a queda do custo de US 452,5 milhões. Nesse período, o laboratório público passará a ter domínio de todas as etapas para a produção do insumo.
Além disso, a produção do imunobiológico contará com investimento de R 4 bilhões por ano, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida.
SOBRE O HPV– O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685.400 pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.
Em relação ao câncer de colo do útero, a cada ano, 270 mil mulheres no mundo morrem por conta da doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência da doença. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos.
O Ministério da Saúde orienta que as mulheres dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. Em 2012, foram 11 milhões de exames no SUS, o que representou investimento de R 2,4 bilhões, 26% maior que em 2010.
O Ministério da Saúde também está desenvolvendo o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, com aplicação de R$ 506 milhões na criação de 41 novos serviços de radioterapia e ampliação de outros 39. Cada um dos 80 serviços de radioterapia receberá um aparelho Acelerador Linear. Existem, atualmente, 277 estabelecimentos disponíveis para o atendimento e tratamento do câncer. Em 2011 foram habilitados dez hospitais, em 2012 foram onze e em 2013 já são nove novos hospitais habilitados.
Pesquisadores americanos demonstraram, em maio de 2013, que o uso de óleo deprímulaouborragem não são mais eficazes que placebo no tratamento de eczema e, particularmente, de dermatite atópica.
A dermatite atópica é uma doença de pele do tipo alérgica que aparece frequentemente na idade de 3 meses. Na maior parte dos casos a dermatite desaparece na adolescência, mas em alguns persiste na idade adulta.
Os principais sintomas são pele seca, placas de eczema frequentemente vermelhas, lesões pruriginosas (que coçam) e infecções. O tratamento baseia-se em uma boa hidratação da pele com cremes ou pomadas e, em casos mais graves, na utilização de corticoides e anti-histamínicos.
O óleo de prímula e de borragem são frequentemente recomendados por médicos e farmacêuticos, especialmente porque essas plantas medicinais têm menos efeitos colaterais do que os corticoides ou anti-histamínicos.
Os pesquisadores norte-americanos da Faculdade de Medicina de Minnesota e do Sistema Essencial de Saúde de Duluth realizaram 27 estudos, 19 com óleo de prímula e 8 com a borragem. Os participantes tiveram a prescrição de um tratamento baseado em óleo de prímula ou de borragem ou placebo. Os estudos duraram de 3 a 24 semanas. O resultado é claro, a prímula e a borragem não mostraram efeito superior ao placebo. Os cientistas pensavam que o ácido gama linoleico, que é encontrado em ambas as plantas, pudesse ter alguma eficácia contra esta dermatite.
Por Xavier Gruffat (farmacêutico), 23 de junho de 2013.
BRASÍLIA– Com a chegada do inverno, o Ministério da Saúde alerta à população a adotar medidas de prevenção contra as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a circulação de diversos tipos de vírus respiratórios, inclusive o da influenza. Hábitos simples de higiene são importantes para prevenção, já que o vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras, por até 10 horas.
Os cuidados de higiene devem ser redobrados com crianças e idosos. No caso das crianças, é recomendável – especialmente no ambiente escolar – que além das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%. Nas creches, também é importante evitar que as crianças durmam muito próximas. A distância ideal entre elas é de um metro.
Já para os idosos, o perigo está nas complicações advindas com a gripe, como a pneumonia e agravamento de doenças crônicas, entre elas a hipertensão e diabetes. Uma, entre as várias formas de prevenção, é a vacina contra a gripe, que foi ofertada pelo Ministério da Saúde aos grupos mais vulneráveis. “Nesse ano, superamos a meta e conseguimos vacinar mais de 90% da população alvo. A vacina não elimina totalmente a transmissão da gripe, mas pode reduzir as complicações e as mortes”, observa o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Os sintomas da gripe costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram, em média, uma semana. Febre alta permanente e dificuldade para respirar são sinais que podem indicar o agravamento do quadro, principalmente se ocorrer com pessoas dos grupos de maior vulnerabilidade para as complicações da influenza. “A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea. Mas, é fundamental um diagnóstico rápido e tratamento adequado, principalmente com crianças pequenas, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas”, alerta o secretário.
RESFRIADO E RINITE – Mais leve e menos demorado, o resfriado frequentemente é confundido com gripe. Embora parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa.
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinitealérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível, provocada pelo contato com agentes que causam alergia, como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.
O vírus da influenza pode ser transmitido por adultos doentes por até sete dias e até 14 dias, em crianças. A forma mais comum de transmissão é a direta, entre pessoas, por meio de gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir e espirrar. A outra forma é a indireta, por meio das mãos que, após tocarem superfícies contaminadas por secreções de pessoas doentes, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos.
TRATAMENTO – Ao surgirem sintomas de gripe, resfriado ou rinite, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde mais próximo e não tomem medicamentos por conta própria, como os antigripais. A automedicação pode mascarar sintomas, contribuir para o agravamento da doença e dificultar o diagnóstico, que deve ser feito por um médico.
Para os casos de síndrome gripal em pessoas vulneráveis às complicações, o Ministério da Saúde recomenda que os médicos prescrevam o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), de acordo com o Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. Só neste ano, foram enviados às secretarias estaduais mais de um milhão de tratamentos que devem estar disponíveis nas unidades de saúde de todo o país.
Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral.
Medidas preventivas de eficácia comprovada:
– Higienizar as mãos com água e sabão, ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro; antes de comer; antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz.
– Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas, como corrimãos, bancos e maçanetas
– Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos, utilizando, preferencialmente, lenço de papel descartável
– Evitar contato com pessoas que apresentem a síndrome gripal
WASHINGTON – Uma menina americana de 10 anos, Sarah Murnaghan, gravemente doente com fibrose cística, passou por um transplante de pulmão quarta-feira após uma batalha muito divulgada para entrar na lista de espera dos adultos, indicou sua mãe.
“Nós temos o prazer de anunciar que a Sarah saiu da sala de cirurgia. Seus médicos estão satisfeitos com o progresso que ocorreu durante a operação e estão confiantes em sua recuperação”, anunciou Janet Ruddock Murnaghan.
A operação ocorreu muito bem. “Os cirurgiões não encontraram dificuldades para enxertar os pulmões do doador”, disse a mãe da criança doente.
Sarah, que fará 11 anos em agosto, sofre de fibrose cística, uma doença genética incurável que afeta as vias respiratórias e que o agravamento de seu estado deu-lhe apenas algumas semanas de vida sem um transplante, uma intervenção complexa e rara de várias horas.
Ela estava no topo da lista de espera para menos de 12 anos, onde as doações de órgãos são muito mais raras do que para adultos. Seus pais moveram céu e terra para que ela pudesse ser colocada na lista dos adultos.
Vários parlamentares da Pensilvânia, onde ela mora e está internada, foram movidos pela situação. Eles se mobilizaram pedindo para que a secretária de Saúde, Kathleen Sebelius, permitisse uma exceção para Sarah mudar para a lista de mais de 12 anos.
Mas ela recusou-se a suspender a regra estabelecida pelos médicos do comitê gestor de transplantes nos Estados Unidos, alegando motivos de saúde e justiça perante as outras crianças na mesma situação.
A Sra. Sibelius explicou que “as regras existem e são regularmente reavaliadas porque a pior coisa seria, em minha opinião, um indivíduo pode escolher quem vive e quem morre”.
Em 5 de junho, um juiz ordenou que Sarah fosse transferida para a lista de espera de transplante de pulmão adulto depois de seus pais entrarem com uma ação judicial alegando que o sistema de acesso aos órgãos era discriminatório para sua filha.
O transplante de um órgão adulto em crianças pequenas é bastante raro, com apenas um caso nos Estados Unidos desde 2007.
Na segunda-feira (10), a agência dos EUA que administra a coleta e distribuição de órgãos (Organ Procurement and Transplantation Network) concordou em amolecer sua política a respeito de candidatos a transplante com menos de 12 anos de idade.
Em 10 de junho, haviam 1.659 pessoas esperando por um transplante de pulmão nos Estados Unidos, dos quais 30 são menores de 10 anos. Cerca de 70 mil pessoas sofrem de fibrose cística no mundo. A expectativa de vida média é por volta dos trinta anos.
BRASÍLIA – Ministério da Saúde dobrou este ano o orçamento destinado para projetos de estruturação de Arranjos Produtivos Locais (APLs) sobre plantas medicinais e fitoterápicos. A pasta tem R 1 milhão, destinado para compra de equipamentos, materiais permanentes e de consumo e, ainda, contratação de pessoal e serviços. No ano passado, R$ 6,7 milhões foram repassados para 12 propostas escolhidas.
Atualmente, 12 fitoterápicos pertencem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e são financiados pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Porém, estados e municípios têm autonomia para fornecer fitoterápicos que expandem esta lista. Os projetos inscritos podem abordar fitoterápicos que expandem a lista do ministério.
A iniciativa tem o propósito de ampliar as opções terapêuticas ao garantir à população o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos, fortalecendo o complexo produtivo e o uso sustentável da biodiversidade. “Queremos ampliar o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos dando total suporte aos estados e municípios, fortalecendo a cadeia produtiva através da estruturação dos APLs e valorizando o uso sustentável da biodiversidade brasileira”, destacou o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Dr. Carlos Gadelha.
Para participar da seleção, as secretarias de saúde estaduais e municipais devem preencher a ficha de inscrição no site www.saude.gov.br/fitoterapicos.
Os usuários do SUS têm acesso aos fitoterápicos financiados com recursos da União, de Estados e Municípios desde 2007. O Governo Federal criou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em 2008 para garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais e aos fitoterápicos.
CHICAGO –Uma técnica simples e barata de detectar ocâncer do colo do úterocom vinagre, pode salvar milhares de vidas de mulheres em países pobres, de acordo com um grande ensaio clínico na Índia. Os resultados foram apresentados domingo(08/06) nos Estados Unidos.
Este estudo foi realizado durante quinze anos com 150 mil mulheres indianas entre 35 a 64 anos, indicando uma redução de 31% na mortalidade decorrente do câncer do colo do útero graças a este exame, afirmaram os pesquisadores em uma apresentação na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).
Eles acreditam que este simples teste pode salvar 22.000 vidas por ano na Índia e 73 mil vidas em outros países de baixa renda. Nesses países, há pouco ou nenhum acesso ao exame de Papanicolau, o procedimento usual de detecção desse tipo de câncer em todo o mundo industrializado.
O método de detecção visual de teste de câncer uterino na Índia é de alcance a todos utilizando o vinagre, gaze e uma lâmpada halógena. Ele requer um treinamento mínimo de enfermeiras ou trabalhadores médicos qualificados.
“Nós esperamos que os resultados deste estudo tenham um impacto significativo na redução da incidência de câncer do colo do útero na Índia e no mundo”, declara o Dr. Surendra Srinivas Shastri, professor de oncologia preventiva na Tata Memorial Hospital de Bombaim, principal autor do estudo.
“Nós já estamos trabalhando com as autoridades de saúde estaduais e de nível nacional na Índia para fazer esta técnica de triagem e educação médica acessível a todas as mulheres do país”, disse o oncologista.
O câncer de útero evitável
As 150 mil mulheres recrutadas para este estudo não tinham histórico de câncer de útero. A metade passou por exames bienais com o vinagre e a outra metade nenhum teste, que é o normal na Índia.
A incidência de câncer de útero foi similar em ambos os grupos, 26,5 por 100 mil entre aqueles que estão sendo selecionados e 26,7 por 100.000 entre outros. Mas o teste permitiu uma redução de 31% na taxa de mortalidade.
O câncer de colo do útero é evitável. Ele é responsável por 275 mil mortes por ano em todo o mundo, 80% são registrados em países em desenvolvimento.
BRASÍLIA – A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielitecomeçou neste sábado (8) com o Dia D de Mobilização em todos os estados e no Distrito Federal. Cerca de 115 mil postos de vacinação, permanentes ou móveis, entraram em funcionamento. A meta da campanha é vacinar 95% dos 12,9 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos que existem no país até 21 de junho – ou seja, 12,2 milhões de crianças.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do Dia D em São Paulo, no posto de vacinação montado no Centro Educacional Unificado (CEU) Meninos, em Heliópolis. No local, os palhaços Patati Patatá e o Zé Gotinha, mascote da campanha, animaram a mobilização. “Esta é aquela hora de pais e mães aproveitarem a oportunidade para manter as nossas crianças protegidas”, reforçou o ministro. “Este ano é o primeiro no qual vai acontecer de forma plena a estratégia combinada entre a vacina injetável (no 2º mês e no 4º mês de vida) e o começo da vacina oral a partir do 6º mês de idade”.
Além das unidades permanentes de vacinação, postos móveis foram instalados no Dia D em shopping centers, rodoviárias e escolas, entre outros locais. O CEU Meninos foi um desses pontos de vacinação adaptados. Cerca de 350 mil pessoas se envolveram na campanha em todo o Brasil, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
O Ministério da Saúde está investindo R 13,7 milhões para a aquisição de 19,4 milhões de doses da vacina oral. “O investimento é maior neste ano porque, além da vacina oral, estamos o ano inteiro com a vacina injetável, que a gente dá para as crianças aos 2 meses e aos 4 meses de idade e também para aquelas crianças que não podem tomar a gotinha. Quem são elas? São por exemplo, as crianças que em algum momento desenvolveram algum tipo de reação à vacina quando tomaram”, acrescenta o ministro.
ENTENDA A CAMPANHA DESTE ANO – Em 2012, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças no país, o que representou 99% do público alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até cinco anos incompletos participavam.
Já neste ano, o público alvo da campanha são as crianças a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. Os pais devem levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo).
Calendário básico de vacinação
Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra poliomielite
Idade
Qual a vacina
2 meses
Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável)
4 meses
VIP
6 meses
Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP (oral)
15 meses
VOP (reforço)
VACINA ORAL – Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos – como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.
CASOS – O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.
De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.
BRASÍLIA – O Brasil reduziu, mais uma vez, os índices de mortalidade infantil e melhorou quatro posições no ranking do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de 2010 para 2011. A informação é do relatório Situação Mundial da Infância 2013, lançado nesta semana pela organização internacional. Segundo o relatório, o Brasil diminuiu de 19 para 16 a taxa de mortes por mil crianças menores de 5 anos. Na edição de 2012, com dados de 2010, o Brasil ocupava a 103º posição no ranking onde a primeira posição é ocupada pela pior taxa de mortalidade. Agora, o país está no 107º lugar.
De acordo com o documento, em 1970, cerca de 16,9 milhões de crianças menores de 5 anos morriam a cada ano. Em 2011, foi estimado que 6,9 milhões de crianças morreram antes do seu quinto ano de vida. O relatório também destaca ainda que o Brasil também vem adotando iniciativas de proteção social que incluem transferência monetária diretamente para crianças com deficiência.
Foi citado o programa do governo federal Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) que garante um salário mínimo mensal a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência de qualquer idade com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo. Destaque também para o BPC na Escola, ação interministerial da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria de Direitos Humanos em parceria com municípios, estados e o Distrito Federal. O BCP na Escola realiza o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência na escola das crianças e dos adolescentes com deficiência, na faixa etária até 18 anos que recebem o benefício.
Em 2010, a pesquisa de pareamento de dados entre o Censo Escolar do MEC e o banco de dados do BPC na Escola mostrou que, entre os 409.202 beneficiários com deficiência do BPC que têm até 18 anos, 216.890 (53%) estão na escola. Em 2008, o percentual era de apenas 29%.
Os dados divulgados pela Unicef confirmam os resultados positivos das políticas de saúde pública do Ministério da Saúde voltadas para a família, gestantes e crianças. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil vem apresentando tendência constante de queda, com uma redução de 26,6 óbitos infantis por mil nascimentos em 2000 para 16,2 óbitos por mil nascimentos em 2010, o que representa uma diminuição de 39% neste período.
“A ampliação da Atenção Básica, por meio da cobertura das Equipes de Saúde da Família, e da melhoria dos cuidados da assistência às mães e aos bebês, no pré-natal, no parto e nos primeiros momentos após o parto foram decisivos para a redução da mortalidade materna e infantil no país. Essa estratégia vem ganhando, cada vez mais, novos esforços para melhorar a qualidade na assistência ao parto”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
REDE CEGONHA – Através da estratégia Rede Cegonha, lançada em 2011, o Ministério da Saúde vem reforçando as ações para intensificar e qualificar a assistência integral à saúde de mães e filhos, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida do filho. Essas ações têm ajudado a diminuir a mortalidade infantil, neonatal e materna no país.
A estratégia prevê o investimento de R 3,6 bilhões já foram destinados. Atualmente, a estratégia conta com a adesão de 4.983 municípios de 27 Unidades Federativas, atendendo 2,7 milhões de mulheres, ou seja, 96% do total de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Estratégia Rede Cegonha reforça ações para qualificar a assistência a mães e bebês e contribui para diminuir para a redução da mortalidade materna e infantil no país.
VIVER SEM LIMITE – O governo federal lançou em 2011, o Programa Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com outros 15 ministérios. O objetivo do programa é ampliar o acesso e a qualificação do atendimento às pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva, ou estável; de forma intermitente ou contínua no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na organização do cuidado integral em rede. Os investimentos fazem parte do plano Viver Sem Limites, que apenas ano passado investiu R 1,4 bilhão em três anos.
LOS ANGELES – A tia da estrela de Hollywood Angelina Jolie, que revelou em 15 de maio ter passado por uma cirurgia de remoção dos seios para evitar um risco muito elevado de câncer por causa de um gene defeituoso, morreu em 23 de maio de câncer de mama, de acordo com um site especializado. A mãe da atriz, Marcheline Bertrand, também faleceu devido a um câncer.
Sua irmã Debbie Martin morreu no Hospital de Escondido, Califórnia, com a idade de 61 anos, anunciou seu marido, citado pelo site E! News, especializado em notícias do mundo do cinema.
Angelina Jolie, 37 anos, explicou sua decisão de se submeter a uma mastectomia dupla em um artigo intitulado “A minha escolha médica”, publicado no “New York Times”, na véspera da abertura do Festival de Cinema de Cannes.
Ela disse ter se submetido a esta operação pelos seus filhos, porque havia um risco de 87% de desenvolvimento de câncer de mama e 50% de câncer de ovário, pois ela carrega um gene chamado BRCA1, encontrado na maioria das formas hereditárias de câncer da mama e ovário.
“Eu comecei com as mamas, o risco de câncer de mama é maior do que o risco de câncer de ovário, e a operação é mais complexa”, explicou a atriz. Sua mãe, a atriz Marcheline Bertrand, morreu aos 56 anos de câncer de ovário.