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Força nacional do SUS faz simulação no carnaval

Força nacional do sus faz simulação no carnavalBRASÍLIA – Nesse Carnaval, o Ministério da Saúde vai realizar um evento-teste das ações de saúde em Recife (PE) e Salvador (BA).As ações contarão com o envolvimento de toda a Rede Hospitalar e de Urgência do Ministério.  A iniciativa, da Câmara Temática da Saúde para a Copa 2014, tem por objetivo testar a capacidade de planejamento, execução, resposta e avaliação das ações de saúde em eventos de massa. É uma parceria entre o Ministério, as Secretarias de Saúde dos Estados de Pernambuco e Bahia, e as municipais de Recife e Salvador. As ações contarão com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

As ações do evento-teste também servirão como aprimoramento e qualificação da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde), criada em 2011 para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico (surtos de leptospirose após enchentes, por exemplo) que exijam uma resposta rápida e coordenada, apoio logístico e equipamentos adequados de saúde. Para atuação neste Carnaval, a Força Nacional contará com 15 equipes de saúde – do SAMU 192, UPA e da rede hospital de urgência – além de profissionais da Secretaria de Vigilância em Saúde, que estarão de sobreaviso para emergências e apoio à gestão.

SIMULAÇÃO– Durante os testes, serão avaliadas ações preventivas, assistenciais e de vigilância sanitária, como barreiras, hospitais e postos de atendimento; de aprimoramento da comunicação de risco, e de vigilância epidemiológica em caso de surto, dando resposta rápida para investigação imediata e providências urgentes.Em Recife, o teste será a simulação de um incidente envolvendo Acidente com Múltiplas Vítimas (AMV). Será testado o plano de resposta às situações de emergência, elaborado em pactuação com União, Estado e Município. Já em Salvador, o teste é um incidente envolvendo um trio elétrico com participantes do evento (foliões).

Força nacional do SUS faz simulação no carnaval

No período da manhã, em Recife (PE), haverá, aproximadamente, 50 profissionais de saúde.O evento será realizado no Pátio da Igreja do Carmo na Avenida Dantas Barreto, próximo ao Posto Médico Avançado do SAMU.

A simulação em Salvador (BA) está prevista para este domingo (10), também no período da manhã. O evento contará com cerca de 60 profissionais e acontecerá na Avenida Ademar de Barros no Bairro Ondina, no local onde termina o desfile dos blocos e a saída dos foliões.

CÂMARA DA SAÚDE – A Câmara Temática da Saúde é coordenada pelo Ministério da Saúde, que faz a interlocução com as 12 cidades e os estados onde serão realizados os jogos da Copa do Mundo de 2014: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

O objetivo da Câmara Temática da Saúde é coordenar o planejamento de ações nacionais na área da saúde, estabelecendo diretrizes gerais e metas, ações estratégicas e o apoio às ações com os municípios-sedes. Os integrantes da Câmara discutem e elaboram planos para contenção de epidemias, avaliam a necessidade da preparação de campanhas preventivas de vacinação em municípios que receberão jogos e regiões turísticas próximas e organizam a rede assistencial pública e privada para atender as demandas durante o evento.

Inicialmente, será realizada simulação nas cidades sede da Copa das Confederações e posteriormente em todas as cidades-sede. Cada uma delas tem a proposta de realizar um simulado para testar o plano de resposta.

EXPERIÊNCIAS – Ao todo, a Câmara Temática da Saúde para a Copa 2014 já realizou quatro eventos-teste desde o ano passado (2012): bloco carnavalesco Galo da Madrugada em Recife, Jogos Escolares em Cuiabá (MT), Festival Folclórico de Parintins (AM), e Rio + 20, no Rio de Janeiro.

Fonte: MInistério da Saúde, 12.02.2013

Câncer de pulmão: risco “aumentou muito” entre os fumantes

Câncer de pulmão: risco "aumentou muito" entre os fumantesWASHINGTON – O risco de morrer de câncer de pulmão tem aumentado dramaticamente nos últimos 20 anos em mulheres que fumam, segundo um estudo de mais de 2 milhões de americanos. Preocupante, o fato de que elas fumam como homens e que como eles, começam a fumar quando adolescentes.

Esta pesquisa foi publicada na revista New England Journal of Medicine de 24 de janeiro. O estudo incidiu sobre os fumantes com mais de 55 anos.

Nos anos 60, os fumantes tinham um risco de morrer de câncer de pulmão 2,7 vezes maior do que aqueles que nunca tinha tocado em um cigarro. Durante a última década (2000-2010), o risco era 25,7 vezes maior do que entre aqueles que nunca haviam fumado.

O risco de morrer de outra doença pulmonar crônica na década de 60 foi quatro vezes maior em fumantes do que entre aqueles que nunca haviam fumado. De 2000 a 2010, esse risco foi 22,5 vezes maior.

Ataque cardíaco

Durante a década de 2000-2010, os fumantes de ambos os sexos tiveram um aumento relativamente idêntico no risco de câncer de pulmão, doença pulmonar crônica, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, observam os pesquisadores.

Esta pesquisa, liderada pelo Dr. Michael Thun, membro honorário da Sociedade Americana de Câncer, confirma queparar de fumar reduz o risco de mortalidade resultante do tabagismo. Isto, independentemente da idade.

Vida encurtada

Fumar cigarros chamados “light” é muitas vezes a primeira escolha entre as mulheres. Isso não impediu que houvesse um forte aumento do risco de morte por câncer de pulmão ou resultante de doenças pulmonares crônicas.

Outro estudo, também publicado há duas semanas no New England Journal of Medicine, mostra que as pessoas que fumam durante toda a vida, perdem em médica cerca de dez anos de vida quando comparadas com aqueles que nunca fumaram. Esta pesquisa foi realizada pelo Dr. Prabhat Jha, do Hospital St. Michael da Universidade de Toronto.

Criasaude, 04.02.2013

Australiano afirma ter a fórmula ideal de um vinho bom e virtuoso

Australiano afirma ter a fórmula ideal de um vinho bom e virtuosoSYDNEY – As virtudes do vinho tinto para a saúde são debatidas entre os cientistas, que temem um encorajamento ao consumo. Mas um australiano afirma ter desenvolvido uma fórmula concentrando os efeitos benéficos em um volume pequeno, sem afetar a qualidade ou o sabor do néctar.

“Nós fomos pesquisar este antioxidante, que existe em pequenas quantidades no vinho, e a porta para o nível de seu efeito” sobre a saúde, explicou nesta  terça-feira  Greg Jardine, um bioquímico de Brisbane.

Esta bebida poderiam assim, mesmo quando consumida com moderação,  ser um anti-inflamatório e ajudar a combater doenças como a artrite ou fadiga crônica, propriedades antioxidantes do vinho tinto certificadas desde 2010.

Mas carregar um vinho com antioxidantes o torna intragável, por se ficar muito rico em taninos. Ao alterar esses componentes de modo a que eles se tornem mais lipossolúveis e mais facilmente absorvidos pelo organismo, a garantia cientifica o torna perfeitamente bebível.

Este vinho especial é desenhado com as regras da arte, mas determinadas fases do processo foram destacadas, diz ele. “Nós não fizemos nada estranho à produção de vinho”, disse o químico, acrescentando que a bebida é “o puro vinho tinto”. Esta “tecnologia do polifenol modificado” pode também ser utilizada na fabricação de outros alimentos ou bebidas, de acordo com Greg Jardine.

Cuidado, no entanto, aos perigos

Lindsay Brown, farmacologista da Universidade de Queensland do Sul, testou o processo que pareceu melhorar a saúde dos ratos paralisados pela artrite. “Ele evita completamente o inchaço, inflamação e rigidez nas pernas”, diz ele.

Mas, como muitos membros da comunidade médica, o farmacologista ressalta os perigos de ver o vinho como medicamento. “O vinho é uma bebida consumida por grande parte da população. Problema é, obviamente, não fazer as pessoas acreditam que podem beber uma garrafa por dia”.

Numerosos estudos epidemiológicos mostraram que beber – moderadamente – vinho tinto reduz o risco de doença cardiovascular e também trás benefícios para as articulações.

Criasaude, 28/01/2013
Foto: © Denis Pepin – Fotolia.com

Ministério da saúde mobiliza bancos de pele e reforça alerta

Ministério da saúde mobiliza bancos de pele e reforça alertaBRASÍLIA – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã desta segunda-feira (28), em Porto Alegre (RS), que solicitou ajuda a hospitais brasileiros e estrangeiros para a possibilidade de reforço na assistência aos queimados graves no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, neste último domingo (27). O ministro informou que já entrou em contato com países como Argentina, Peru e Uruguai para possível aumento nos estoques dos bancos de pele do Brasil, inclusive para a necessidade de transplante deste tipo de órgão. O anúncio foi feito no Hospital Cristo Redentor (do Grupo Hospitalar Conceição, que compõe a rede federal de hospitais), onde o ministro visitou pacientes que apresentam um quadro mais grave de intoxicação e queimaduras e, por isso, foram transferidos para esta unidade, que é referência na assistência a queimados pelo Sistema Único de Saúde.

“Já entramos em contato com bancos de pele aqui do Brasil, como de São Paulo e Pernambuco, para a transferência de tecido de pele, porque pode ser necessário, e também para o cuidado desses pacientes, que são grandes queimados. Inclusive, se for necessário, vamos trazer pele de bancos de outros países da América Latina”, informou o ministro Alexandre Padilha, que permanece em Santa Maria para a coordenação das ações de saúde na região. Dos 39 pacientes transferidos para Porto Alegre, seis estão internados no Cristo Redentor.

Ministério da saúde mobiliza bancos de pele e reforça alerta

Durante a visita ao hospital, o ministro também reforçou a importância de que todos os sobreviventes que estavam na Boate Kiss e inalaram fumaça no momento da tragédia procurem unidades de saúde para evitar o desenvolvimento de bronquiolite ou pneumonia (complicações pulmonares). “Um alerta que o ministério faz, e que é muito comum nessas situações, é o desenvolvimento de um quadro de tosse e falta de ar, o que chamamos de pneumolite química. Este quadro costuma se desenvolver até três dias depois do acidente. Então, além de tratar bem os pacientes, queremos ter uma retaguarda de leitos de UTI na cidade”, observou o ministro Alexandre Padilha.

O Ministério da Saúde acionou dois centros de queimados de referência em Porto Alegre e a Unidade de Emergência do Grupo Hospital Conceição (GHC), além de leitos de UTI da região metropolitana (incluindo Canoas e Caxias) para a transferência de vítimas, se necessário.

PELE– Atualmente, o Brasil conta com três bancos de pele localizados em Pernambuco, São Paulo e no Rio Grande do Sul. As unidades de Pernambuco e São Paulo já estão transferindo material para o Rio Grande do Sul.  O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  também estão atuando para a importação de pele da Argentina, se houver necessidade.

Ministério da saúde mobiliza bancos de pele e reforça alerta

SANGUE– Outro alerta importante diz respeito às doações de sangue. O ministro informou que não é necessário que os doadores se desloquem até a cidade de Santa Maria para realizar a doação, uma vez que elas podem ser realizadas nas cidades onde moram os voluntários. Alexandre Padilha orienta, também, que aqueles que desejarem fazer doações esperem a determinação da Defesa Civil, que deverá esclarecer o que é necessário neste momento.

FORÇA NACIONAL– Para atender as vítimas do incêndio, o Ministério da Saúde deslocou, para Santa Maria, membros da Força Nacional do SUS para a região e intensificou ações das Unidades de Suporte Avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), equipados com respiradores. Foram abertos 64 leitos de UTI e 36 leitos de Semi-UTIS em Porto Alegre, mobilizando hospitais da rede pública e privada. Houve, ainda, o deslocamento de um total (até este momento) de sete ambulâncias de UTI do SAMU.

Ministério da saúde mobiliza bancos de pele e reforça alerta

EQUIPAMENTOS– Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde reforçou a quantidade de equipamentos enviados ao estado: mais 30 respiradores (totalizando 50), duas ambulâncias de UTI do SAMU (totalizando sete) e dez ventiladores (totalizando 20), além de 30 pulsoxímetros.

APOIO PSICOLÓGICO –Uma força-tarefa envolvendo os governos federal, estadual e municipal foi criada para prestar assistência psicológica para as famílias. Além do apoio prestado no Ginásio de Esportes de Santa Maria, para onde as vítimas fatais foram levadas, algumas famílias também solicitaram acompanhamento psicológico, pelos profissionais de saúde, durante os velórios e sepultamento. O atendimento está sendo definido de acordo com a demanda dos familiares. Psicólogos também acompanharão os familiares que moram em outras cidades.

Fonte: Ministério da Saúde, 28.01.2013

10 enganos comuns com relação ao HIV/AIDS

10 enganos comuns com relação ao HIV/AIDSO HIV é um vírus que afeta o ser humano e para o qual não existe cura. A epidemia começou por volta do ano de 1980 e embora tenha havido muito evolução com relação ao tratamento e educação sobre a doença, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a doença e acabam cometendo enganos que podem propagar a desinformação e o preconceito. Leia nossa matéria exclusiva e informe-se sobre a doença.

1. HIV e AIDS são as mesmas coisas. Essa é um dos enganos mais comuns. O HIV é o vírus causador de uma doença conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (SIDA ou AIDS). Nem todos os pacientes que se contaminam com o HIV chegam a desenvolver a AIDS e os tratamentos atuais tentam retardar o aparecimento dos sintomas da AIDS. Portanto, HIV e AIDS não são sinônimos. Um é a doença, outro, o vírus.

2. A AIDS é uma doença de homossexuais. Esse é um dos preconceitos mais frequentes associados à doença. No início da sua epidemia, a AIDS era mais frequente em grupos homossexuais que praticavam sexo sem proteção. Com o passar do tempo, a doença foi se espalhando para outros grupos sexuais, como homens heterossexuais, mulheres casadas e até idosos. Portanto, a AIDS pode atingir a qualquer pessoa.

3. O HIV só é transmitido pelo sexo.Outro frequente engano que faz com que a doença seja difícil de controlar. O vírus do HIV é transmitido por contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas contaminadas, sobretudo sangue e sêmen. Meios de transmissão frequentes incluem compartilhamento de seringas, hemodiálise sem adequado cuidado, contato de sangue de pacientes contaminados e, claro, sexo sem proteção.

O HIV só é transmitido pelo sexo

4. Se eu tocar em uma pessoa contaminada, posso pegar o HIV.Muitas pessoas ainda acreditam que o paciente com HIV deve viver isolado da sociedade, pois o mero contato físico com ele causa contaminação. Isso é errado. O toque, o abraço e até o beijo não transmitem a doença. A transmissão se dá pelo contato com sangue fluidos corporais contaminados.

5. Posso pegar HIV se eu usar o objeto de uma pessoa contaminada. Esse pensamento também é errado. O vírus do HIV é bem sensível e vive em torno de 1 hora fora do corpo humano. Devido a fatores como calor, ausência de umidade, agentes químicos, etc, o vírus pode ser inativado mais rapidamente.

6. É possível contrair o HIV através do sexo oral ou saliva. Embora o risco seja pequeno e não haja dados consistentes na literatura mundial sobre a contaminação através do sexo oral ou beijo, ainda assim a possibilidade não é nula. Recomenda-se o uso de preservativo durante o sexo oral. Objetos como cigarro e talheres não transmitem a doença.

É possível contrair o HIV através do sexo oral ou saliva

7. Posso contrair o vírus tocando na parte externa da camisinha. Essa é uma dúvida muito frequente entre as pessoas. Se não houver contato com nenhuma mucosa genital, anal ou oral, o risco é nulo.

8. Febre e dor de garganta são indícios de contaminação aguda por HIV. Os primeiros sintomas da contaminação por HIV incluem febre alta, dor de garganta, aumento dos linfonodos, possível aumento do fígado e do baço. Entretanto, esses sintomas são inespecíficos e comum a outras doenças, não necessariamente indicando contaminação pelo vírus.

9. Duas pessoas com HIV podem ter relação desprotegida. Esse conceito também é errado, pois pode haver contaminação por tipos diferentes do vírus, prejudicando a eficácia do tratamento. Além disso, há o risco de transmissão de outras doenças, como sífilishepatitegonorreia e demais DSTs.

10. Já existe uma cura para o HIV. Muitas pessoas pensam que a indústria farmacêutica já dispõe de uma cura para a doença e ela só está disponível aos mais ricos. Esse conceito é errôneo e não há nada provado que haja uma cura escondida. Cientistas no mundo inteiro têm trabalhado em conjunto para o desenvolvimento de novas drogas que ponham um fim à doença.

É importante ressaltar que o uso de preservativo durante as relações sexuais é fundamental para evitar a transmissão do vírus. Além disso, evite o uso de seringas compartilhadas.

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Preço de entrada de novos medicamentos cai 35%

Preço de entrada de novos medicamentos cai 35%BRASÍLIA – A regulação econômica permitiu que medicamentos chegassem às mãos dos brasileiros com preços, em média, 35% mais baratos do que os pleiteados pelas indústrias farmacêuticas. O estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado na terça-feira (15), analisou os preços máximos, estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Entre março de 2004 e dezembro de 2011, foram aprovados os valores para 1.115 apresentações (formas farmacêuticas, como pomada, xarope, comprimido etc) de 433 medicamentos.

De acordo com a Gerente de Avaliação Econômica de Novas Tecnologias da Anvisa, Gabrielle Troncoso, na maioria das vezes, as empresas solicitam preços em valores superiores aos que acabam sendo autorizados pelo governo. “O estudo sinalizou que a regulação econômica tem sido efetiva na redução dos preços de entrada dos medicamentos em nosso país”, afirma a gerente.

Medicamentos (categoria I) com moléculas inovadoras com patente no Brasil e comprovação de ganho terapêutico em relação aos medicamentos já utilizados para a mesma indicação foram minoria (3,24%) dos produtos lançados pela indústria farmacêutica no Brasil, no período. A maior parte (45,03%) não tem patente ou comprova ganho terapêutico (categoria II). As novas associações de princípios ativos já existentes no país e medicamentos em novas formas farmacêuticas somaram 36,72% dos produtos analisados (veja gráfico).

No caso da categoria I, os preços máximos estabelecidos foram 19% mais baixos dos que os solicitados pela indústria farmacêutica. Para a Categoria II, a redução foi de 37%. As empresas de capital estrangeiro representaram quase 82% do total das empresas que tiveram produtos classificados como categoria I ou II.

Preço de entrada de novos medicamentos cai 35%

As novas associações de princípios ativos já existentes no país e medicamentos em novas apresentações (categoria V) tiveram uma diferença de 38% entre o preço fixado e o pleiteado pelas indústrias. Já os medicamentos classificados na categoria “caso omisso” e os que não puderam ser enquadrados em nenhuma das categorias estabelecidas pela legislação, a redução dos preços foi de 35% e de 45% respectivamente.

CMED – Desde 2003, a CMED, da qual a Anvisa serve como secretaria executiva, define o “Teto de Preços”, tanto no atacado como ao consumidor, dos novos medicamentos no mercado brasileiro. Desde a publicação da Resolução 2/2004 da CMED 2, foi normatizado  o conceito de inovação terapêutica e o uso das evidências científicas de alta qualidade para determinar os preços dos medicamentos novos no país.

Além da avaliação crítica dos ensaios clínicos disponíveis na literatura para estabelecer um medicamento comparador ao inovador, a norma prevê o teto do menor preço internacional na determinação dos preços das novas tecnologias lançadas no país. Os países utilizados como parâmetro para determinação do teto internacional são Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, Itália, França, Grécia, Austrália e Nova Zelândia, incluindo também o país onde o medicamento é produzido.

Fonte: Ministério da Saúde, 21.01.2013

Suco de beterraba para lutar contra a hipertensão, novo estudo

Suco de beterraba para lutar contra a hipertensão, novo estudoUm estudo australiano publicado em 11 de dezembro de 2012* no Jornal de Nutrição demonstrou que beber um grande copo de suco de beterraba reduz a pressão arterial em 4 a 5 mmHg em homens saudáveis.

hipertensão é uma doença muito comum, que pode causar graves complicações, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Baixar a pressão, mesmo que seja alguns mmHg (milímetros de mercúrio) é  muito benéfico. Os pesquisadores acreditam que essa redução de 4 a 5 pontos mmHg diminuiria em 10% o número de mortes causadas pela hipertensão.

Organização do estudo

Pesquisadores australianos administraram a 30 voluntários saudáveis (15 homens e 15 mulheres) 500 gr de suco de beterraba e 500 gramas de suco de maçã (de cor vermelha para se assemelhar com o suco de beterraba) para agir como um placebo. Deve-se notar que o suco de beterraba contém um pouco de suco de maçã (28% de maçã e 72% de beterraba) e que o suco continha uma concentração de nitrato de 15 mmol por litro.

O estudo foi conduzido como duplo-cego, randomizado (aleatório) e crossover (cruzamento).

Para participar do estudo, cada indivíduo deveria ter uma pressão arterial sistólica superior a 120 mmHg (pressão maior do que 12), ou seja, não ter hipotensão e ser saudável.

Os 30 participantes consumiram um suco de beterraba e um suco do placebo (suco de maçã), com duas semanas de intervalo, a ordem de administração variou de um indivíduo para outro (aleatório). Por exemplo, se um voluntário recebeu (sem saber) o suco de beterraba, duas semanas depois ele recebeu o placebo e vice-versa, se ele começou tomando o placebo. Depois de cada suco (beterraba ou placebo), os investigadores mediram a pressão de cada indivíduo durante 24 horas após a ingestão.

O efeito dos nitratos

Os investigadores notaram que o suco de beterraba é rico em nitratos, substância que é responsável pelo efeito hipotensor. No corpo humano os nitratos são transformados em óxido nítrico (NO). Esta molécula é responsável pelo relaxamento e dilatação dos vasos sanguíneos. O fluxo de sangue se torna mais fácil, reduzindo assim a pressão.

Inconclusivo para mulheres

Embora este estudo também tenha incluído mulheres (N = 15), as análises estatísticas não conseguiram concluir um efeito cientificamente aceitável. Uma possível explicação para a diferença de gênero neste estudo vem do fato de que as mulheres que participaram do estudo foram em média mais velhas do que os homens. Além disso, algumas mulheres tomavam outros medicamentos tais como contraceptivos (interações potenciais) que podiam causar um viés.

Beber suco de beterraba!

Com os homens estudados (N = 15), foi possível chegar a um resultado interessante. Neste grupo, o consumo de suco de beterraba levou a uma redução da pressão de 4 a 5 mm Hg, 6 horas após a ingestão.

Outros estudos já demonstraram a eficácia do suco de beterraba contra a hipertensão (leia aqui os resultados destes estudos), com resultados às vezes até mais significativos, com uma redução de 10 mmHg, em alguns casos. A novidade neste estudo australiano é que o consumo de suco de beterraba pode, pelo menos em humanos, causar uma diminuição da pressão sanguínea em indivíduos saudáveis que não estão em uma dieta especial. O suco de beterraba pode ter um efeito preventivo contra a hipertensão.

Lembre-se também que o suco de beterraba, novamente por causa de sua concentração de nitrato, tem um efeito positivo sobre a prática de esporte (leia aqui mais informações) que aumenta o desempenho. Estima-se também que a beterraba desempenha um papel preventivo contra o câncer do intestino.

Conclusão: não hesite em comer ou beber regularmente beterraba, se possível crua, para manter todas as suas propriedades nutricionais. É realmente um “super-alimento”.

E lembre-se do ditado muitas vezes usado, “quanto mais colorida a comida, mais ela é interessante para saúde! “. A beterraba é a ilustração perfeita.

Por Xavier Gruffat, Farmacêutico, 21 de janeiro de 2013.

* Mais informações sobre este estudo, veja aqui o estudo completo em Inglês.

Ministério da saúde alerta para doenças após enchentes

Ministério da saúde alerta para doenças após enchentesBRASÍLIA – Durante as enchentes e após o recuo das águas, a população deve ficar alerta para o risco de contaminação e proliferação de doenças. A maioria delas ocorre devido ao consumo de água contaminada ou ao seu contato com a pele. O acúmulo de lixo favorece a proliferação de animais e insetos causadores de doenças, como ratos, baratas e mosquitos. Para evitar a ocorrência de surtos neste período, o Ministério da Saúde recomenda alguns cuidados básicos para população que vive em locais  afetados por enchentes.

É recomendável consumir sempre água potável. Se isso não for possível em caso de desabastecimento, as secretarias municipais e estaduais distribuem, gratuitamente, o hipoclorito de sódio (2,5%), sendo a proporção para o consumo humano de duas gotas por litro de água. Outra opção é filtrar e ferver a água por três minutos antes de ser consumida.  “Também é aconselhável o uso de botas e luvas e, ainda, evitar o contato com a água da enchente”, explica a coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres (Vigi desastres) do Ministério da Saúde, Eliane Lima e Silva

Segundo ela, essas pequenas ações podem prevenir várias doenças e fazem uma grande diferença. “É importante não consumir alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmidos, mofados ou murchos). Comida contaminada pode causar diarreias, vômitos, febre e, em casos mais graves, até levar à morte”, observa a coordenadora. As principais doenças que podem ocorrer nestas situações são a leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas e respiratórias, dengue, febre tifoide e cólera.

AÇÕES – Em conjunto com as instituições responsáveis pelo saneamento no país, o Ministério da Saúde está disponibilizando laboratórios móveis para a análise da qualidade da água. “Fizemos parcerias com municípios e estados para orientar e informar a população sobre os cuidados com a saúde após as enchentes. É uma campanha de educação e saúde, realizada em rádios, em carros de som e com a distribuição de folders”, informou a coordenadora.

Ministério da saúde alerta para doenças após enchentes

Principais cuidados recomendados:

– Retornar para casa somente após autorização da Defesa Civil ou órgão equivalente;

– Retirar a sujeira deixada pela enchente (antes de começar a limpeza, colocar equipamentos de proteção, tais como, calça comprida, botas e luvas, para evitar o contato da pele com a água contaminada) e realize a limpeza do local com água, sabão e água sanitária para a desinfecção;

– Lavar as mãos;

– Sempre filtrar e ferver a água antes do consumo ou filtre e misture com hipoclorito de sódio. Em ocasiões de crise, a Defesa Civil recebe doações de água mineral, que deve ser usada pela população para beber, lavar os alimentos e cozinhar.

– Alimentos que tiveram contato direto com a enchente não devem ser consumidos. Os alimentos com embalagens abertas e que entraram em contato com a água, também devem ser descartados.

– Para evitar a presença de ratos, mantenha os alimentos bem guardados, em recipientes bem fechados e distantes do chão; conserve a cozinha limpa e sem restos de alimentos; retire as sobras de alimentos ou ração dos animais domésticos antes de anoitecer; evite o acúmulo de objetos sem uso no quintal ou dentro da cozinha e guarde o lixo em sacos plásticos bem fechados e em locais altos até a coleta ocorrer.

– Para evitar o tétano acidental, a melhor e mais segura forma de prevenção é a vacinação, disponível nos postos de saúde. Proteja pernas, pés, braços e mãos quando for manusear resíduos sólidos. Caso não lembre se foi vacinado, procure o serviço de saúde mais próximo e vacine-se.

– Para evitar acidentes com serpentes, aranhas e escorpiões, entre com cuidado em casa e bata colchões, sofás, roupas, sapatos, toalhas e lençóis. Caso encontre algum animal peçonhento, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses ou o corpo de bombeiros.

– Realize a limpeza da caixa d’água.

Fonte: Ministério da Saúde, 12.01.2013

Estados unidos: alguns quilos a mais faria viver mais

Estados unidos: alguns quilos a mais faria viver maisWASHINGTON – As pessoas com sobrepeso e ligeiramente obesas vivem mais do que aqueles com peso normal. No entanto, a obesidade severa aumenta significativamente o risco de morte, de acordo com uma análise de quase uma centena de estudos em todo o mundo publicada dia 01 de Janeiro de 2013.

Esta meta-análise sugere várias hipóteses para explicar este paradoxo, como os efeitos benéficos de maiores reservas de energia do corpo ou o fato de que as pessoas ligeiramente obesas utilizam mais tratamentos medicamentosos.

A análise publicada no Journal of American Medical Association (JAMA) é uma síntese de 97 estudos, abrangendo 3 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os pesquisadores descobriram que os indivíduos cujo índice de massa corporal (IMC, peso dividido pela altura ao quadrado) entre 25 e 30, consideradas acima do peso, tem o risco de morrer menor em 6% em comparação às pessoas com peso normal, com um IMC de 18,5 a 24,9.

IMC 30-35

Para aqueles que sofrem de obesidade leve (grau I) definido como um IMC de 30 a 35, o risco de mortalidade é de 5% menor em comparação com pessoas de peso normal.

Mas obesos com IMC maior que 35 (obesidade grau II e obesidade mórbida), o risco de mortalidade aumenta em 29% em comparação com indivíduos com peso normal.

A Drs. Katherine Flegal, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que liderou a pesquisa, já havia publicado um estudo controverso em 2005, indicando uma ligação entre o excesso de peso e longevidade.

Desta vez, a análise se concentra em um número muito maior de dados (2,88 milhões de pessoas e mais de 270.000 mortes) em vários países da América do Norte, Europa, Ásia e América do Sul.

Aprenda sobre obesidade

“Um pequeno excesso de tecido adiposo excesso poderia fornecer reservas de energia em certas doenças, e possui outros efeitos benéficos que devem ser considerados à luz desta última pesquisa”, escreveram em um editorial também publicado no JAMA, Dr. Steven Heymsfield e Cefalu William do Pennington Biomedical Research Center em Baton Rouge, Louisiana (sul).

Para o Dr. Thomas Frieden, diretor do CDC, “ainda temos que aprender sobre a obesidade e a melhor maneira de medi-la.”

No entanto, ele insistiu em um comunicado, que “não há dúvida de que ser obeso não é saudável, pois aumenta o risco de diabetes adulta, doenças do coração, câncer e muitos outros problemas de saúde”.

De acordo com as estatísticas de CDC, um terço dos adultos são considerados obesos nos Estados Unidos.
>> Calcule o seu IMC

Criadaude, 07 de Janeiro de 2013

Foto: © JackF – Fotolia.com

Ministério da saúde oferta mais 11 novos procedimentos cirúrgicos

Ministério da saúde oferta mais 11 novos procedimentos cirúrgicosBRASÍLIA – O ano de 2013 começa com novidades no tratamento do câncer. O Ministério da Saúde incluiu 11 novos procedimentos cirúrgicos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa ampliação e outras ações que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo na rede de cuidado do câncer, espera-se aumentar o acesso aos serviços já existentes, contribuir para habilitar novos tratamentos, além de favorecer o diagnóstico rápido e uma maior resolutividade, ou seja, proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Nesta iniciativa, foram revistos os atuais 121 procedimentos existentes por meio de adequação técnica, elaboradas mudanças na forma de organização da tabela, e a inclusão de novos procedimentos, entre eles, os relacionados à cirurgia de cabeça e pescoço, considerados de difícil acesso.

O Ministério da Saúde vai investir R 380,3 milhões para 2013), 121% a mais em comparação com 2011 (R 3.814,58 – valor total pago pelo procedimento); Linfadenectomia Seletiva Guiada em Oncologia – mais conhecida como “linfonodo sentinela” (R 910,50); Traquestomia Transtumoral em Oncologia (R 791,49)

Também estão inclusos, Ressecção de Tumor Glômico em Oncologia – (R 910,50); Colecistectomia em Oncologia (R 1.763,78); Reconstrução com Retalho Osteomiocutâneo em Oncologia (R 4.186,64).

MUDANÇAS– A portaria 2.948 prevê aumento médio de 50% no valor de praticamente todos os procedimentos mantidos ou alterados. Alguns tiveram aumentos maiores. Esse grupo ganhará ainda incremento de 20% nos valores pagos, quando realizados em hospitais de portes A (1.000 ou mais procedimentos ao ano) e B (600 a 999 procedimentos ao ano). A medida induz a abertura de novos serviços e o aumento de especialidades disponíveis à população. Hoje são 94 hospitais com esses perfis. Só para assistência em radioterapia, a meta é que o SUS conte com 80 centros de atendimento até 2014.

Ministério da saúde oferta mais 11 novos procedimentos cirúrgicos

A última revisão dos atuais procedimentos cirúrgicos oncológicos foi realizada em 1993, portanto essa portaria representa importante avanço. O trabalho de revisão dos 121 procedimentos foi feito pelo Ministério da Saúde com apoio de profissionais do Instituto Nacional do Câncer (INCA), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFFIC). O trabalho ocorreu entre 12 de janeiro a 14 de abril deste ano.

O Ministério da Saúde também triplicou o valor pago para diárias de internação para quimioterapia de leucemias agudas/crônicas. Para isso, será feito o repasse de R 167,50/dia para R 25,2 milhões ao limite financeiro anual dos Estados, Distrito Federal e Municípios, totalizando R 1,9 bilhão (em 2010) para R 1,3 bilhão. “O País dispõe de centros com capacidade para aumentar o número de atendimentos com a infraestrutura existente”, afirma o ministro.

O Ministério da Saúde também incorporou ao SUS o Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama. O Brasil também passou a produzir o primeiro medicamento para câncer. Com a produção nacional do Mesilato de Imatinibe, o custo do comprimido do medicamento será de R 70 (400 mg).

Fonte: Ministério da Saúde, 06.01.2013