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Farmacêutico suíço defende remédios caseiros

Farmacêutico suíço defende remédios caseirosSÃO PAULO – Xavier Gruffat estudou e formou-se nas melhores universidades suíças. Poderia abrir uma farmácia ou trabalhar numa multinacional, mas preferiu abrir sites internet.
Atualmente ele vive entre a Suíça e o Brasil e acaba de publicar seu primeiro livro: “220 remédios de vovó”, por enquanto apenas em francês, mas provavelmente também em português.

“Uma medicina alternativa natural, eficaz e barata. Receitas simples para fazer em casa”. Este é o subtítulo do primeiro livro do farmacêutico suíço Xavier Gruffat, publicado pelas Editora suíça Favre.

As 220 receitas de remédios caseiros são classificadas com sinas (+). As que tem três +++ são cientificamente comprovadas. “Espero que as próximas edições tenham mais receitas testadas cientificamente”, afirma à swissinfo.ch, na sala de estar de um hotel de Montreux, oeste da Suíça.  As receitas do livro dizem respeito a mais de cem “doenças”, detosse à hipertensão, de queda de cabelo à queimadura.

Interesse no Brasil

Acho que há interesse no Brasil por um livro de remédios caseiros e plantas medicinas porque o Brasil não é só São Paulo e Rio; tem também as cidades do interior, o norte e o nordeste. A televisão tem feito reportagens sobre plantas, é sinal que existe demanda”.

O farmacêutico suíço  está há três anos em São Paulo e explica porque foi para o Brasil: “Eu tenho um site que funciona bem em francês, alemão e italiano, mas li que o Brasil era muito conectado na internet e achei que teria um grande potencial para um site de saúde. Tinha razão porque agora é o mais visitado, entre 600 mil e 1 milhão de visitantes por mês (ver link no alto, à esquerda).

Gruffat diz que optou em trabalhar com a Internet “talvez” pelo seu lado mais artístico, mas também por ter mais utilidade. “Numa farmácia, você trabalha, no máximo, com duas mil pessoas”, bem diferente da internet, onde as pessoas também são mais curiosas em matéria de saúde.

Outra diferença, segundo o farmacêutico, é que uma farmácia “vende produtos” e o site só vende “dicas”, pois vive de publicidade, com um faturamento bem menor (risos).  Aliás, no site, há profissionais que respondem às perguntas que são feitas pelos internautas.

Pouco a pouco, o site no Brasil é regionalizado com as plantas medicinas brasileiras. “Muita gente sabe que o xarope de guaco, com um pouco de mel, por exemplo, é ótimo contra a tosse. São remédios muito mais baratos e melhores do que xarope de farmácia.”

Para Xavier Gruffat, não se pode ser ingênuo e achar que toda planta tem valor medicinal. Existem faculdades de farmácia, biologia etc. em muitos países, e o site se serve dessas informações. “Temos de ser objetivos porque não vendemos nada”, diz o suíço.

Diferenças culturais

Existem ainda diferenças culturais no uso das plantas. Na Alemanha, explica o farmacêutico, a fitoterapia é muito praticada e respeitada. Na China, o uso das plantas é milenar. Nos três grandes países americanos (Estados Unidos, México e Brasil), os médicos teriam tendência a menosprezar a importância das plantas medicinais.  “Por vezes é pena porque há estudos, mas as coisas podem evoluir.”

Para sobreviver, explica Gruffat, as plantas desenvolveram propriedades e moléculas que podem ser benéficas ou tóxicas. “Uma planta é como uma pequena fábrica de química; aliás, o químico ou o farmacêutico  acham que tudo é química”. Uma vitamina C de um laboratório ou de laranja ou acerola, é vitamina C. “Mas isso não é muito romântico, então tem a vida, a emoção”.

Em pesquisa realizada através do próprio site no Brasil, a maioria das três mil pessoas que responderam ao questionário disseram que faziam remédio caseiro por ser “natural”. Gruffat  nota também que, ao contrário da Suíça – onde não se pode definir um público – no Brasil parece ser um público “mais alternativo”, que se interessa pelas plantas medicinais.  “Talvez sejam pessoas que questionam o crescimento contínuo com muito consumo e poluição”, afirma.

Cravo ou cravo-da-índia contra a dor de dente

Propriedades do cravo: antiviral, antibacteriano, antifúngico, anestésico

Preparação: usar o cravo inteiro ou essência de cravo. Molhar um cotonete na essência e aplicar no dente dolorido. Pode-se também mastigar o cravo e colocar no dente dolorido.

Chá de timo contra tosse e bronquite

Propriedades do timo: desinfetante, antisséptico, anti-inflamatório, expectorante.
Ingredientes: para uma caneca de chá, uma a duas colheres de café de timo seco, água.
Preparação: ferver a água e depois acrescentar o timo; esperar dez minutos (para o efeito das substâncias ativas).
Posologia: Repetir a dose várias vezes ao dia.

Fonte: © Swissinfo.ch, 20.03.2013

Psicologia: cirurgia plástica boa para o moral

Psicologia: cirurgia plástica boa para o moralBOCHUM D / BASEL – As pessoas que já passaram por uma cirurgia plástica mostram-se mais alegre, satisfeitas e com mais autoestima do que aqueles que desistiram. Isto é indicado por um estudo de investigadores alemães e suíços.

O psicólogo Jürgen Margraf, da Universidade Ruhr de Bochum (D), com colegas da Universidade da Baseileia, entrevistou 550 pacientes, incluindo pacientes operados pela primeira vez, e 264 outros que tinham pensado em operar antes de desistirem. Eles completaram a sua comparação com milhares de pessoas que nunca tinham se interessado pela cirurgia plástica.

Os pacientes foram entrevistados 3, 6 e 12 meses após a cirurgia ou na primeira visita à clínica. Em média, os indivíduos operados relataram ter alcançado o objetivo desejado e ficaram satisfeito com o resultado em longo prazo, escreve a Universidade Ruhr, em um comunicado segunda-feira (11).

Nenhum efeito adverso

Em comparação com aqueles que desistiram da operação, os pacientes se sentiam com uma saúde melhor, eram menos tímido e tinha uma melhor autoestima. Eles sentem a parte do corpo operada e o corpo no geral, mais atraente.

Os investigadores não identificaram quaisquer efeitos adversos, de acordo com o que escrevem no jornal “Clinical Psychological Science”. As mulheres representam 87% dos pacientes que optam por cirurgia plástica.

Entre as perguntas abertas apresentadas aos participantes, algumas não eram realistas, como por exemplo, “Todos os meus problemas serão resolvidos” ou “Eu serei um homem completamente novo”. Apenas 12% dos entrevistados concordaram com esses objetivos. No entanto, outros mostraram que queria “se sentir melhor”, “eliminar defeitos cosméticos” ou “desenvolver mais confiança”.

A percepção da beleza

Os pesquisadores também entrevistaram mil pessoas sobre a percepção de sua própria beleza. Foi-lhes pedido para estimar em uma escala de 1 (feio) a 100 (belo). Resultado: 69,1.

Entrevistados do mesmo modo antes de cirurgia plástica, 544 pacientes produziram uma média de 66,6. Após a operação, este número aumentou em cerca de 10 pontos, disse Margraf, que também é presidente da Sociedade Alemã de Psicologia.

Criasaude, 18 de março de 2013 – © muro – Fotolia.com

A cura do câncer ou um grande negócio

A cura do câncer ou um grande negócioSÃO PAULO – A indústria médica de câncer, segundo as previsões, deverá tornar-se, nos próximos anos, o mais lucrativo setor terapêutico mundial. Essa indústria é dominada por dois gigantes farmacêuticos, sediados na Suíça, Roche e Novartis.

Analistas econômicos da IMS Health, em Connecticut, preveem que o mercado de produtos de câncer chegue à casa dos 75 bilhões de dólares (CHF 71 bilhões), até 2015, representando um aumento de cerca de 40% sobre os 100,000 por ano – os doutores têm que avaliar se os benefícios médicos obtidos compensam as despesas. Algumas vezes pacientes chegam a ser aconselhados a suspenderem o tratamento oncológico, diz o oncologista Thürlimann.

“Com custos crescentes não somente apelamos para a eficiência como para dados estatísticos que comprovem os benefícios para o paciente” disse Thürlimann.

“Podemos testar se uma droga funciona com uma dose menor ou em um período mais curto de tempo ou ainda levamos em consideração indícios que fogem à lógica de mercado para as indústrias farmacêuticas.

“Um animal arisco”

A cura do câncer ou um grande negócio

Quando o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, declarou “guerra ao câncer”, em 1971, muitas pessoas acreditaram que pesquisadores médicos venceriam a doença dentro de dez anos. A missão, entretanto, se revelou muito mais complexa.

Como área de pesquisa, os estudos do câncer podem ser menos fragmentados e melhor unificados do que outras enfermidades. Na Suíça, cerca de 40% das pesquisas médicas em pacientes são conduzidos na área de oncologia, juntamente com 38 diferentes campos de pesquisa – incluindo doenças cardiovasculares, imunologia e desordens mentais – complementando o restante, segundo Thürlimann.

Mas apesar de o genoma humano ter sido completamente ‘genotipado’, há dez anos, o câncer ainda é um “um animal arisco”, Frings disse – à swissinfo.ch – em linguagem metafórica. Muitos dos mecanismos que provocam 250 diferentes tipos de tumores malignos ainda não foram satisfatoriamente identificados e exigem uma diferente abordagem.

As células cancerígenas infiltram-se no corpo humano, ganham experiência, aprendendo a fugir, passar por mutações, dividir-se, crescer e desenvolver resistências. Progressos e incursões visando desvendar mecanismos e superar todas estas proezas típicas surgem geralmente passo a passo ao longo das décadas, Frings explica.

Mesmo assim, para a Roche, o fato de o câncer ser baseado em definidos mecanismos biológicos, é também uma bênção. É muito mais fácil pesquisar o câncer que doenças multifatoriais, em que o meio ambiente, as atitudes ou a idade podem desempenhar o papel principal, observa Stefan Frings.

Fonte: © Swissinfo.ch, 14.03.2013

Novas substâncias psicóticas são “grave risco para saúde”

Novas substâncias psicóticas são "grave risco para saúde"VIENA – A multiplicação de novas substâncias psicóticas e o aumento do número de internações de consumidores na emergência representam um “risco grave para a saúde pública”, disse a ONU. Estas substâncias não estão sob controle internacional, embora tenham os mesmos efeitos psicoativos que as drogas.

“Nos últimos anos, tem havido um aumento sem precedentes no abuso de novas substâncias psicoativas”, muitas vezes chamados de “drogas sintéticas”, “euforizantes legais” ou “plantas euforizantes”, disse terça-feira (05) o Órgão Internacional de Controle de Narcóticos (INCB), uma agência das Nações Unidas.

“Na Europa, por exemplo, o número de novas substâncias psicoativas passou por um aumento significativo de em média cinco por ano entre 2000 e 2005 para cerca de 10 vezes este número em 2011, uma nova substância relatada quase toda semana”, acrescentou a agencia. Os especialistas acreditam que “o número total destas substâncias no mercado foi da ordem de milhares”.

Ação solicitada

A INCB pede uma “ação combinada dos Estados para prevenir a fabricação, o tráfico e o abuso dessas substâncias”. O abuso de medicamentos prescritos é o segundo principal problema destacado pelo relatório da INCB.

Este problema continua a se espalhar por todo o mundo, mas “aumentou consideravelmente nos últimos anos na América do Norte, no sul e sudeste da Ásia e alguns países da Europa e América do Sul, se tornando um sério problema de saúde e social”, denunciou a agência da ONU.

A utilização abusiva aumenta o risco de infecção de AIDS, da hepatite B e C. “Mais de 6% dos estudantes do ensino médio têm abusado de tranquilizantes em alguns países da América do Sul”, disse a agência.

A INCB também apontou para o problema dos “programas de maconha medicinal, que são autorizadas pelo direito internacional sob condições específicas estabelecidas na Convenção Única de 1961 sobre Entorpecentes”.

Fundada em 1968, a INCB é um órgão independente que monitora e promove a implementação das convenções da ONU sobre o controle de drogas.

Criasaude, 11 de Março de 2013 – Gennadiy Poznyakov – Fotolia.com

SUS oferta novo medicamento a hemofílicos

SUS oferta novo medicamento a hemofílicosBRASÍLIA – O Sistema Único de Saúde (SUS) beneficiará cerca de 10 mil brasileiros com a oferta gratuita de um medicamento de alta tecnologia no controle de sangramentos para pacientes com hemofilia A. O Ministério da Saúde aprovou nesta quinta-feira (7) o uso do fator VIII recombinante, que estará disponível em até seis meses nos hemocentros do país, para esse tipo de tratamento.

O Brasil também passa a produzir nacionalmente o medicamento, por meio de transferência de tecnologia. É o resultado da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada em outubro de 2012 com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A expectativa é de que o ministério passe a adquirir o medicamento a preço quatro vezes menor do que o valor médio atual pago para atender a demandas judiciais.

A parceria amplia o acesso da população a medicamentos mais modernos e eficazes e qualifica a atenção prestada aos pacientes hemofílicos. “Esse tratamento é o que existe de mais avançado no mundo. Com a produção nacional, o país conseguirá atender a cerca de 90% dos portadores da doença, com exceção dos pacientes intolerantes ao tratamento”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

SUS oferta novo medicamento a hemofílicos

Com a mesma eficácia e segurança que o do fator plasmático, já ofertado no SUS, o novo medicamento tem a vantagem de não depender de doações de sangue, o que limita a produção. Estudos apontam que a taxa de sucesso no tratamento com o fator VIII recombinante é igual ou superior a 90%. Atualmente, 97% dos tratamentos para hemofilia realizados no SUS ocorrem com uso de plasma humano (plasmático).

Os 3% restantes são pacientes que já recebem o tratamento com o fator VIII recombinante por meio de ações judiciais. Para cumpri-las, o ministério gastava entre U 1,75 por unidade do medicamento. Com essa nova PDP, estima-se que até 2014 o uso do fator VIII recombinante deve corresponder a 20% do total de tratamentos.

PARCERIA – Ainda em 2013, a Hemobrás fornecerá 350 milhões de unidades internacionais do fator VIII recombinante, ao custo de US$ 120 milhões. Esse valor inclui a transferência de tecnologia.

SUS oferta novo medicamento a hemofílicos

Atualmente, apenas três empresas no mundo produzem a droga. Por meio da PDP entre a Hemobrás e o laboratório privado americano Baxter, o Brasil irá incorporar a tecnologia e no decorrer dos próximos 10 anos passará a produzir o medicamento.

“Esse é um grande avanço que alia desenvolvimento tecnológico, inovação e economia para os cofres públicos. Trata-se de uma política tecnológica a serviço da demanda social”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Carlos Gadelha.

DOENÇA – A hemofilia é uma doença hemorrágica, de herança genética, que leva à perda de mobilidade do paciente. Traumas – até os mais leves que ocorrem na vida de qualquer criança – podem causar hemorragias graves e que ameaçam a vida ou causam sequelas. Atualmente, 16 mil hemofílicos são assistidos pelo SUS, 10,5 mil deles com hemofilia A e B. Desse total, 3,4 mil são portadores da forma grave da doença, caracterizada por sangramentos em uma mesma articulação, que pode levar ao dano articular e em alguns casos à invalidez.

Os portadores dependem de transfusões de sangue repetidas e da administração dos fatores de coagulação que eles não conseguem produzir. Nos hemofílicos do tipo A, o fator da coagulação que está faltando no corpo da pessoa é o fator  VIII, e é esse que deve ser reposto.

Se não forem tratadas, as repetidas hemorragias nas articulações causam deformidades e perda de mobilidade. A profilaxia com fator VIII aplicado regularmente durante o período de crescimento das crianças evita sangramentos e previne  deformidades.

Fonte: Ministério da Saúde, 10.03.2013

Ministério da saúde e governo do rio inauguram hospital da criança

Ministério da saúde e governo do rio inauguram hospital da criançaBRASÍLIA – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, inauguraram nesta segunda-feira (4), na Vila Valqueire, no Rio de Janeiro, o Hospital Estadual da Criança. A nova unidade será referência para a realização de atendimentos de Média e Alta Complexidade, como ortopedia, transplantes de fígado e rim, além de oferecer uma área dedicada ao tratamento do câncer infantil. O hospital tem capacidade para atender até 3,6 mil pacientes por ano, e fará até 7,2 mil atendimentos ambulatoriais e 2,4 mil tratamentos quimioterápicos. O Ministério da Saúde vai investir, anualmente, mais de R$ 34 milhões em custeio.

Durante o lançamento do Hospital Estadual da Criança, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha afirmou que o trabalho de humanização que a unidade oferecerá – começando pela sua estrutura física, que explora as cores e os desenhos – cria um ambiente lúdico e acolhedor para os pacientes. “Este hospital vai, além de ofertar um atendimento mais humanizado, reduzir as filas para atendimento em ortopedia, transplantes e oncologia, entre outras áreas”. Para ele, o hospital representa um salto para humanização do atendimento. “Há alguns anos, lembro que o paciente não tinha direito a ficar com acompanhante. Hoje, isso está em Lei, tornando obrigatório nos hospitais públicos, e sendo cumprido também por muitos hospitais da rede privada. Todo esse conjunto, de ambiente feliz, de ter ao lado uma pessoa da família, é muito importante para a recuperação da criança”, destacou o ministro.

Já o governador do estado, Sérgio Cabral agradeceu a parceria do Ministério da Saúde para o lançamento da nova unidade hospitalar. “Agradeço a parceria com o Governo Federal e ressalto o quanto esse trabalho conjunto está melhorando a vida da população”, disse. Ele lembrou ainda que o trabalho de humanização dos hospitais do Estado teve início com as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), por meio dos profissionais da Secretaria de Saúde.

Ministério da saúde e governo do rio inauguram hospital da criança

ESTRUTURA– O hospital dispõe de 86 leitos, sendo 58 em enfermarias, 16 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, nove de UTI pediátrica e pós-operatória, além de dois leitos para quimioterapia e hemotransfusão e um leito isolamento reverso. Também estão sendo entregues oito poltronas de quimioterapia e transfusão, entre outros equipamentos.

O estabelecimento é o primeiro hospital pediátrico do Rio de Janeiro voltado para cirurgias de Média e Alta Complexidade, além do tratamento de câncer. O atendimento da unidade será referenciado pela Central de Regulação do Estado.

A unidade atenderá as seguintes especialidades: clínica pediátrica; transplante hepático e renal; oncologia pediátrica; quimioterapia; ortopedia, fisioterapia motora e respiratória; nefrologia para suporte de diálise e transplante renal; broncoscopia; laparoscopia; ultrassonografia, tomografia computadorizada e ecocardiográfica; terapia ocupacional; suporte psicológico para pacientes e familiares; assistência odontológica para os pacientes internados; e outros serviços.

Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de três mil crianças são internadas no Sistema Único de Saúde (SUS), no município do Rio, vítima de câncer. Com a abertura do hospital, haverá a ampliação do atendimento desse público.

Fonte: Ministério da Saúde, 04.03.2013

Os alimentos ricos em ferro e zinco na luta contra a TPM

Os alimentos ricos em ferro e zinco na luta contra a TPMNOVA YORK – Um estudo demonstrou que o consumo de alimentos vegetais ricos emferro e zinco pode ajudar a aliviar e reduzir a tensão pré-menstrual (TPM). A tensão pré-menstrual é um conjunto de sintomas psicológicos, como depressão, e física como dores de cabeça. A TPM inclui cerca de 150 sintomas diferentes. Estima-se que 8-15% das mulheres em idade fértil são afetadas por esta condição.

Ferro de origem vegetal

Este estudo publicado no final de fevereiro de 2013, no American Journal of Epidemiology, revelou que as mulheres que consomem alimentos ricos em ferro de origem vegetal tiveram três vezes menos risco de desenvolver tensão pré-menstrual. Os vegetais ricos em ferro são: feijão, vegetais de folhas verdes ou spirulina (uma alga). O estudo incidiu 3.000 mulheres e foi realizado ao longo de 10 anos.

O risco de desenvolver a tensão pré-menstrual diminuiu significativamente entre as mulheres que consomiam mais de 20 mg de ferro por dia. O menor risco foi observado em mulheres que tomavam mais do que 50 mg por dia de ferro. No entanto, de acordo com a Sra. Bertone-Johnson, que participou do estudo, a ingestão diária máxima recomendada para mulheres em idade fértil é de 18 mg por dia. É importante não exceder a dose diária de ferro para evitar efeitos colaterais, muitas vezes perigosos para a saúde.

De acordo com os pesquisadores, o consumo de ferro (e outros minerais eficazes no tratamento da TPM, tais como zinco, magnésio cálcio) pode ser feito por meio da alimentação ou através de suplementos. O estudo focou-se sobre o ferro a partir de fontes vegetais, também é preferível consumir suplementos alimentares com ferro a partir de fontes vegetais (isto é, o ferro não ligado ao heme, uma molécula encontrada no ferro de origem animal, tais como carne).

O efeito do ferro pode basear-se nos aumentos, graças a este mineral, dos níveis de serotonina no cérebro. Esta última molécula tem efeito positivo sobre alguns distúrbios psicológicos da TPM como a depressão.

É interessante saber que é fácil de medir os níveis sanguíneos de ferro através de um simples exame de sangue. O seu médico pode verificar os seus níveis de ferro no organismo, e se ele for baixo demais, pode prescrever suplementos alimentares, medicamentos que contenham ferro, ou melhor ainda, incentivá-lo a comer alimentos ricos em ferro.

Zinco

Este estudo americano também demonstrou que o consumo de zinco pode influenciar ositivamente a tensão pré-menstrual. As mulheres que consomem mais de 10 mg de zinco por dia parecem desfrutar do efeito favorável deste oligoelemento na TPM. Como o ferro, que não se deve consumir mais do que a dose diária recomendada para evitar os efeitos colaterais. Sabe-se que o zinco em excesso pode afetar a concentração de cobre no corpo.

De acordo com os pesquisadores, o consumo de zinco (e outros minerais eficazes no tratamento da TPM, tais como ferro, magnésio e cálcio) pode ser feito por meio da alimentação ou através de suplementos.

Conclusão

Para além do ferro e do zinco, outros estudos demonstraram no passado que o consumo de cálcio, magnésio, vitamina B6 e dos ácidos graxos essenciais podem ajudar no tratamento desta condição que afeta muitas mulheres.

Explore o nosso arquivo completo sobre a tensão pré-menstrual

Por Xavier Gruffat, farmacêutico, 04 de março de 2013 – © Svetlana Fedoseeva – Fotolia.com

Poluição provoca aumento da mortalidade após ataque cardíaco

Poluição provoca aumento da mortalidade após ataque cardíacoPARIS – A exposição à poluição do ar causa aumento da mortalidade de pessoas que tiveram um infarto do coração ou uma angina de peito. Isto é indicado por um estudo publicado quarta-feira na revista “European Heart Journal”.

Realizado com 154.204 pacientes hospitalizados no Reino Unido após um ataque ou doença cardíaca entre 2004 e 2007, o estudo mostrou que a taxa de mortalidade aumentou com o aumento da exposição a partículas finas PM 2,5, partículas respiráveis têm um diâmetro de 2,5 micrometros ou menos, ou 30 vezes menor do que um cabelo.

Estas partículas penetram no sistema respiratório mais profundamente do que as partículas maiores. Elas são provenientes, principalmente, do tráfego e da indústria. A proporção de partículas finas é expressa em microgramas por metro cúbico.

“Descobrimos que, para cada aumento de 10 µg/m3 de PM 2,5, a taxa de mortalidade aumentou em 20%”, disse o Dr.Cathryn Tonelada, um epidemiologista londrino, que co-liderou o trabalho com Paul Wilkinson, professor de Epidemiologia em Londres.

Os dois pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade foi reduzida em 12% se o paciente não havia sido exposto à poluição do ar, enquanto 4.783 mortes teriam ocorrido mais tarde.

Poucos estudos

A poluição do ar é fortemente suspeita de desempenhar um papel na doença cardíaca, mas poucos estudos examinaram seu impacto na sobrevida após o infarto do coração.

Os pesquisadores britânicos receberam informações médicas detalhadas sobre 154 mil pacientes hospitalizados após um infarto. Mas eles não puderam obter as causas exatas de 39.863 óbitos ocorridos entre 2004 e 2007 – o que é uma limitação do estudo – mesmo com a suspeita de que a maioria deles estava associada com doenças cardíacas.

A exposição à poluição também foi avaliada apenas com base na residência, sem levar em conta eventuais deslocamentos.

Pagar rapidamente a redução

“A mensagem mais importante é que a redução da poluição em áreas metropolitanas reduz a mortalidade cardiovascular em um período de apenas alguns anos”, observa o professor Pier Mannucci de Milão, em um comentário anexo ao estudo.

O Dr. Ton observou que poucas pesquisas foram realizadas nas grandes cidades de países em desenvolvimento, onde o nível de poluição é geralmente mais elevado e a porcentagem de doenças cardiovasculares está aumentando rapidamente.

“Quando você pensa em Milão, há preocupação quando as concentrações de partículas finas PM 2,5 atingem 100, enquanto ela pode chegar a 1000 na China, você tem uma ideia da diferença em termos de riscos e efeitos na saúde”, observa o Professor Mannucci.

Criasaude.com.br, 25/02/2013 © Alliance – Fotolia.com

Álcool está relacionado a 21% dos acidentes no trânsito

Álcool está relacionado a 21% dos acidentes no trânsitoBRASÍLIA – Estudo realizado pelo Ministério da Saúde em hospitais públicos revela que o consumo do álcool tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento aponta que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nos prontos-socorros brasileiros ingeriram bebida alcoólica. O estudo também mostra que 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos.

Os dados fazem parte do VIVA (Vigilância de violências e acidentes), estudo realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde em 71 hospitais que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo SUS. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal. Os dados foram coletados em 2011 e analisados no ano passado. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro das Cidades em exercício, Alexandre Cordeiro Macedo, apresentaram os principais resultados nesta terça-feira (19), em Brasília.

Padilha reforçou a importância de se obter informações qualificadas em saúde para que as ações de prevenção e de intervenção sejam cada vez mais eficientes. “Estas informações que apresentamos aqui têm papel decisivo para que tenhamos, nós e todos os demais órgãos federais, estaduais e municipais, mais segurança para agir. Também vamos utilizá-las em nossas campanhas de conscientização de motoristas, passageiros e pedestres”, ressaltou.

PERFIL DAS VÍTIMAS – O levantamento revela que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais prevalente foi a de 20 a 39 anos (39,3%).

Álcool está relacionado a 21% dos acidentes no trânsito

As vítimas mais acometidas por agressões estão nessa mesma faixa etária – 20 a 39 anos – e representam 56% dos casos. Em 2011, 28.352 homens com idade entre 20 a 39 anos foram assassinados e 16.460 perderam a vida no trânsito, o que corresponde a quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%, respectivamente.

O VIVA também mostra que a proporção do consumo de bebida alcoólica entre os pacientes homens foi bem superior ao das mulheres: 54,3% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito tinham ingerido álcool, enquanto os índices entre as pessoas do sexo feminino foram de 31,5% e 10,2%, respectivamente.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, alertou que 78,3% das vítimas que não ingeriram bebida alcoólica receberam alta logo após o atendimento de urgência e emergência. Entre os que beberam, esse número cai para 66,2%. “Quando a gente vai para os números de internação é o contrário: bem mais pessoas que tinham ingerido bebida alcoólica (24,9%) têm como desfecho a hospitalização, comparado com quem não consumiu bebida alcoólica (14,8%)”, explicou.

O ministro em exercício das Cidades destacou que a Lei Seca, em vigor no país desde 2008, já começa a incitar mudanças significativas, como a redução de 24% das mortes no período do Carnaval 2013 (comparado ao do ano anterior). “Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar. Fiscalização, legislação efetiva e ações de conscientização são importantes para termos um trânsito seguro”, destacou Macedo.

VIDA NO TRÂNSITO – Para apoiar estados e municípios a orientar condutores sobre o risco da combinação entre o álcool e direção, o Ministério da Saúde desenvolve o Projeto Vida no Trânsito.  As cinco capitais brasileiras que participam do projeto (Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas) reduziram, entre 2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas emergências dos prontos-socorros.

Álcool está relacionado a 21% dos acidentes no trânsito

Uma das ações do projeto Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior.

Em setembro de 2012, o Ministério autorizou o repasse de R 25 milhões para as ações do Projeto Vida no Trânsito.

Fonte: Ministério da Saúde, 25.02.2013

Acido fólico, uma potencial arma preventiva contra o autismo

Acido fólico, uma potencial arma preventiva contra o autismoWASHINGTON – Os suplementos de ácido fólico antes e durante a gravidez, reduzem em quase 40% o risco de autismo em recém-nascidos, segundo um grande estudo publicado terça-feira (12/02). Este estudo parece confirmar as propriedades protetoras da substância orgânica para o sistema cerebral do feto.

“Esses resultados confirmam trabalhos anteriores sobre a importância do ácido fólico para o desenvolvimento cerebral e aumenta a possibilidade de um importante meio barato de prevenção para reduzir a taxa de autismo”, disse Ezra Susser, Professor de epidemiologia na Universidade de Columbia em Nova York.

Ele é um dos autores do estudo publicado no “Journal of American Medical Association” (JAMA) em 13 de fevereiro de 2013.

Esta pesquisa internacional foi realizada na Noruega, com cerca de 85.000 crianças nascidas entre 2002 e 2008 cujas mães tomaram ou não ácido fólico, também chamado de vitamina B9. Já foi estabelecido que a deficiência de ácido fólico durante a gravidez aumenta significativamente o risco de malformações do sistema nervoso primitivo do embrião.

O momento é muito importante

Em anos recentes, as pesquisas vêm sendo realizadas para determinar se o ácido fólico tem outros efeitos benéficos sobre o desenvolvimento do cérebro e do tubo neural do feto.

A redução significativa do risco de autismo foi constatada “em filhos de mulheres que haviam absorvido vitamina B9 quatro semanas antes do início da gravidez a oito semanas após” diz o Dr. Suren Pal, epidemiologista do Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH), o autor principal.

Os pesquisadores não estabeleceram uma ligação entre o ácido fólico e uma redução do risco de Síndrome de Asperger, uma forma de autismo. O tempo em relação à  gravidez, quando a mãe toma ácido fólico é muito importante para reduzir o risco de autismo em crianças e parece ser de quatro semanas antes do início da gravidez e oito semanas após.

Transtorno mental misterioso

O ácido fólico é essencial para a síntese de DNA e processos de reparação de nosso organismo. O ácido fólico é produzido naturalmente a partir do folato, encontrado em abundância principalmente em vegetais de folhas verdes, ervilhas, lentilhas, feijão e ovos. Nos Estados Unidos, Canadá e Chile, a vitamina B9 é adicionada à farinha para fornecer automaticamente este complemento aos consumidores.

Na Europa, é recomendado que as mulheres grávidas tomem ácido fólico antes de engravidar. Mas, apesar disso, os estudos mostram um elevado número de mulheres grávidas com níveis muito baixos desta vitamina.

De acordo com o CDC, cerca de uma criança em cada 88 nasce com autismo nos Estados Unidos, uma frequência cada vez maior nos últimos anos. As causas do transtorno mental são ainda desconhecidas, limitando assim a prevenção, diagnóstico e tratamento.

Criasaude,18/02/2013 © Martinan – Fotolia.com