Quem nunca ficou rolando na cama sem conseguir dormir? Demorar a para pegar no sono ou acordar no meio da noite, têm sido cada vez mais comum e a busca pela tão sonhada boa noite sono uma saga. Nesta busca, o magnésio tem ganhado destaque como um dos mais recentes suplementos utilizados para esse fim, mas será que realmente tem efeito de melhorar a qualidade do sono?
O que é magnésio?
O magnésio é um nutriente (um mineral) que está envolvido em várias funções corporais importantes. Ele desempenha um papel na função muscular e nervosa, está envolvido na regulação da pressão sanguínea e do açúcar no sangue e até ajuda a construir ossos e DNA. O magnésio é o quarto mineral mais abundante no corpo humano, depois do cálcio, potássio e sódio.
O magnésio pode ajudar você a ter uma boa noite de sono?
O magnésio é necessário para a produção de neurotransmissores importantes para dormir bem. Os neurotransmissores são substâncias químicas que transmitem mensagens entre as células nervosas do cérebro e do corpo. Ele também interage com alguns receptores de neurotransmissores: bloqueia o receptor N-metil-d-aspartato (NMDA) e é um agonista do receptor do ácido γ-aminobutírico (GABA). A ativação aumentada do receptor NMDA pode causar uma arquitetura de sono ruim, enquanto o aumento do receptor GABA pode melhorar a arquitetura do sono. Então para pessoas que apresentam uma deficiência de magnésio não é surpreendente que desenvolvam distúrbios do sono e nestes casos a suplementação com magnésio é comprovadamente eficaz1. Nos Estados Unidos, a dose diária recomendada de magnésio para adultos na forma de suplementos dietéticos é de 400 a 420 mg por dia para homens e 310 a 320 mg por dia para mulheres2.
Já em relação à população em geral, os estudos científicos são controversos, alguns estudos demonstraram eficácia para melhorar a qualidade do sono enquanto outros concluem que não há efeito, portanto para uma conclusão científica ainda são necessários estudos maiores3.
Mas para quem está na saga da tão sonhada boa noite de sono, a suplementação de magnésio pode ser uma possibilidade a se tentar, sempre com acompanhamento de profissionais de saúde especializados (médico/as especialistas em sono e nutricionistas) e em conjunto com outras medidas que auxiliam o sono, como fazer atividade física, diminuir o uso de telas de noite, uma alimentação balanceada, entre outros. Suplementos de magnésio em geral são seguros, mas podem interferir com alguns medicamentos e devem ser utilizados com precaução em pessoas com problemas no coração.
Qual o melhor magnésio para dormir?
Existem vários tipos de suplementos de magnésio, mas segundo a Cleveland Clinic4, os suplementos para serem testados em casos de distúrbios do sono são: – Glicinato de magnésio (200 mg – tomar uma vez por dia, à noite, cerca de 45 minutos antes de dormir). – Citrato de magnésio (200mg – tomar uma vez por dia, à noite, cerca de 45 minutos antes de dormir). O óxido de magnésio é provavelmente muito menos útil para sua insônia. No mercado, especialmente no Brasil, existem muitos suplementos de magnésio à base de sal de óxido de magnésio.
Para os distúrbios do sono, é aconselhável que um adulto tome um comprimido de magnésio (200 mg ou mesmo 300 mg) antes de dormir, se possível com um comprimido de cálcio de 300 mg, cerca de 45 minutos antes de se deitar.
23.02.2023. Por Adriana Sumi (farmacêutica). Supervisão final: Xavier Gruffat (farmacêutico).
SÃO PAULO – Os agonistas do receptor GLP-1, como a semaglutida (Ozempic®, Rybelsus®, Wegovy®) e a liraglutida (Victoza®, Saxenda®) permitiram enormes avanços nos tratamentos contra o sobrepeso e a obesidade. No Brasil, o Wegovy® acaba de ser aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovada em 2 de janeiro de 2023) para o uso no controle de peso e apesar desta molécula já estar disponível em outros formatos, especialistas como o médico endocrinologista Dr. Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), considera que esta aprovação é um marco importante no tratamento contra a obesidade.
O Wegovy® é o nome comercial da simaglutida 2,4 mg, uma injeção subcutânea de dose semanal, que demonstrou ter uma maior potência na redução de peso de forma sustentada em combinação com uma dieta balanceada, atividade física e acompanhamento multidisciplinar1.
Mas afinal, qual a diferença do Wegovy® em relação aos outros medicamentos agonistas do receptor GLP-1? O Criasaude realizou uma entrevista com a Dra. Jacqueline Rizzolli, CRM 19507, que é endocrinologista do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS e membra da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), e fez um compilado dos principais estudos sobre o assunto para ajudar a responder essa pergunta.
Como agem os agonistas do receptor de GLP-1? Tanto a simaglutida quanto a liraglutida são moléculas sintéticas que agem em nosso organismo imitando a ação do GLP-1 (glucagon-like-peptide-1), que é produzido naturalmente em nosso organismo. Elas se ligam aos receptores de GLP-1 levando a uma diminuição da produção de glicose no fígado, um aumento da produção de insulina, uma diminuição dos movimentos peristálticos do intestino, um retardo no esvaziamento do estômago e a uma redução da sensação de apetite. Segundo a Dra. Jacqueline Rizzoli cerca de 85% das pessoas que utilizam estas medicações para a redução do peso respondem bem ao tratamento, mas salienta que “a redução de peso depende do controle da alimentação, atividade física e do uso correto do medicamento, sempre com acompanhamento médico”.
Diferença entre as semaglutidas – Wegovy®, Omzempic® e Rybelsus®? A grande diferença do Wegovy® para as outras simaglutidas é que este medicamento tem indicação específica para tratar sobrepeso e obesidade com estudos que comprovam sua maior eficácia para esse tipo de tratamento, já às outras semaglutidas tem indicação para tratar diabetes tipo 2, embora já venham sendo usadas para esse fim mesmo sem a indicação na bula, uso off label. O Wegovy® é de aplicação subcutânea, o que melhora sua absorção em relação ao Rybelsus®, que é um comprimido por via oral. Já em relação ao Ozempic®, que também é uma injeção subcutânea semanal, o Wegovy® pode alcançar uma dosagem maior, levando a um maior efeito na perda de peso.
Qual a diferença entre a semaglutida e a liraglutida? Uma das principais diferenças entre o uso da semaglutida e a liraglutida é a frequência de aplicação. A aplicação da liraglutida é diária, já o da semaglutida é semanal, o que leva há uma diferença considerável no número de picadas que a pessoa precisa levar ao longo de um tratamento de 6 meses há 1 ano. Um estudo publicado em janeiro de 2022 no JAMA, comparou o uso da semaglutida 2,4mg por semana com o uso da liraglutida 3,0 mg por dia, ambas associadas a uma alimentação balanceada e atividade física. A semaglutida levou a uma maior perda de peso.2.
Preocupações e recomendações
De acordo com a Dra. Jacqueline Rizzoli estes medicamentos são contraindicados para pessoas que já tiveram pancreatite ou possuem histórico de câncer medular. Os efeitos colaterais mais comuns são náuseas, que ocorrem em cerca de 30% dos pacientes. Os efeitos colaterais costumam ser leves e transitórios, o ajuste da dose do medicamento é feito gradativamente para amenizar estes efeitos colaterais.
Estima-se que o Wegovy® chegue ao mercado Brasileiro entre março e abril de 2023 e “apesar de ser uma medicação com maior efeito na perda de peso (cerca de 17% do peso corporal, por exemplo uma pessoa de 100kg pode reduzir 15-20kg usando esta medicação no decorrer de 6-12 meses), o custo desta medicação é ainda mais alto do que as que já estão no mercado, o que limita sua utilização para a população em geral e não é coberto pelo SUS”, é o que considera a Dra. Jacqueline Rizzoli.
Uso sempre em associação com uma mudança no estilo de vida, com uma alimentação balanceada, atividade física e acompanhamento médico.
Fontes & Referências: – Entrevista realizada em janeiro de 2023 pelo Criasaude.com.br com a Dra.Jacqueline Rizzolli, CRM 19507, Endocrinologista do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS e membra da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). – Artigo científico: Wulding, J.P.H.; Batterham, R.L.; et.al.; Once-Weekly Semaglutide in Adults with Overweight or Obesity, N Engl J Med, março de 2021, páginas 384:989-1002, DOI: 10.1056/NEJMoa2032183. – Artigo científico: Rubino, D.M.; Greenway, F.L.; et al. Effect of Weekly Subcutaneous Semaglutide vs Daily Liraglutide on Body Weight in Adults With Overweight or Obesity Without Diabetes.The STEP 8 Randomized Clinical Trial. JAMA. 2022;327(2):138-150. doi:10.1001/jama.2021.23619. – Para as bulas e histórico de aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): https://consultas.anvisa.gov.br.
Tratamentos de obesidade como orlistate e especialmente semaglutide são agora claramente recomendados para crianças obesas com 12 anos ou mais, de acordo com as últimas diretrizes da principal sociedade pediátrica americana, a American Academy of Pediatrics (AAP). Esses medicamentos devem ser prescritos em conjunto com mudanças de estilo de vida e terapias comportamentais. Essas recomendações, divulgadas em 9 de janeiro de 2023, são as primeiras a aconselhar claramente o uso de medicamentos em crianças obesas de 12 anos ou mais.
Obesidade: 1 em cada 5 crianças
Cerca de uma em cada cinco crianças nos Estados Unidos é obesa, de acordo com os números dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos citados pelo Wall Street Journal em 9 de janeiro de 2023. A AAP informa que 14 milhões de crianças e adolescentes americanos são obesos. A doença está associada a sérios problemas de saúde a curto e longo prazo, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes. A determinação da obesidade em uma criança ou adolescente é feita medindo o IMC, mas ao contrário dos adultos, é comparada a outras crianças ou adolescentes do mesmo sexo e faixa etária.
Medicamentos
A associação AAP menciona medicamentos ou moléculas que podem ser usadas para tratar a obesidade em crianças de 12 anos ou mais. Entre elas, orlistate, que bloqueia a absorção de gordura, e sobretudo de semaglutide (Ozempic® ou Wegovy®), que atua como um supressor de apetite. Ambos os medicamentos são aprovados pela FDA nos Estados Unidos para tratar a obesidade em pessoas de 12 anos ou mais. A metformina, um conhecido medicamento para diabetes do tipo 2, também aparece na lista. No entanto, não é oficialmente aprovado para a obesidade, mas é frequentemente usado fora do rótulo (off-label) para tratar a obesidade em crianças ou adolescentes.
Semaglutide
Semaglutide, que pertence aos agonistas da GLP-1, é um medicamento muito eficaz que atua tanto sobre diabetes quanto sobre a perda de peso. Nos adultos, o semaglutido é prescrito com tanto sucesso que vários países têm uma escassez desse medicamento tomado como injeção, Wegovy®. É especificamente indicado para a obesidade e não apenas para a diabetes, como o são Ozempic® (também injeção) e Rybelsus® (comprimido). Semaglutide e outros agonistas das GLP-1 (por exemplo, liraglutide) imitam o sentimento natural de saciedade e também atuam como supressores de apetite. Em um estudo com adultos, o Wegovy® (semaglutide) resultou em uma perda de peso média de 15% quando combinado com conselhos sobre estilo de vida, em comparação com uma perda de 2,5% para placebo e conselhos1. Os efeitos colaterais mais comuns possíveis do semaglutido são distúrbios gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal e constipação.
Cirurgia bariátrica
Essas diretrizes da AAP, a maior associação pediátrica dos Estados Unidos, também recomendam que os pediatras encaminhem crianças de 13 anos ou mais com obesidade grave a cirurgiões que realizam cirurgia bariátrica para avaliação.
Tratar sem esperar
A idéia com essas novas recomendações é tratar a obesidade infantil o mais rápido possível, sem esperar. Há mais evidências do que nunca de que o tratamento da obesidade infantil é seguro e eficaz, de acordo com o AAP.
9 de janeiro de 2023. Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: The Wall Street Journal, American Academy of Pediatrics (AAP). Estudo: doi :10.1542/peds.2022-060641.
SÃO PAULO – A dor é a maneira do seu corpo dizer que algo está errado. Mas nem sempre diz exatamente o que está errado e se você precisa de tratamento médico. Quando a dor se desenvolve nas articulações como você sabe se deve tratá-la em casa ou consultar um médico?
Nós do Criasaude.com.br conversamos com o Dr. Gabriel Paris (CRM/SP191523 – Instagram), médico cirurgião ortopedista pela Universidade Federal de São Paulo, que explica quando devemos procurar atendimento médico em casos de dores nas articulações e os cuidados em casos de dores agudas ou crônicas.
Quando devo procurar atendimento médico? Podemos diferenciar, de forma geral, dois tipos de dores: dores agudas e dores crônicas. A dor aguda é decorrente de um trauma, entorse, pancada ou contusão. Nestes casos há necessidade de procurar atendimento médico quando houver uma debilidade ou uma incapacidade funcional daquela articulação e o atendimento indicado é o pronto-socorro. Já a dor crônica não tem uma forma causal direta relacionada a um trauma e o recomendado, geralmente, é esperar de 6 a 8 semana e buscar ajuda médica caso não tenha modificação na condição da dor, ou seja, se a dor não mudar de local, não melhorar nada ou piorar após essas semanas procure um atendimento médico especializado com ortopedista para realizar uma avaliação dos motivos dessa dor. Mas caso haja sinais de uma inflamação aguda (inchaço, vermelhidão, aumento de temperatura ou surgimento de secreções na articulação) sem que tenha havido um trauma, adiante a consulta com ortopedista.
Compressas geladas ou quentes? As compressas geladas ou quentes são utilizadas para patologias diferentes. As compressas geladas são indicadas para situações decorrentes de traumas (pancadas, entorses, contusões), caso você tenha sofrido algum acidente, batido em algum lugar ou torcido. Outro uso muito comum da compressa gelada é em casos agudos de distensão muscular, quando por exemplo você está praticando algum esporte e sente uma dor forte na parte posterior da coxa, na panturrilha, entre outros. Já as compressas quentes são recomendadas para as dores crônicas que não tenham origem de sobrecarga, como em caso de contraturas musculares na fase crônica e dores articulares crônicas (ex.: dor lombar, dor cervical, dor de tendinites, entre outros
Posso massagear? Depende, se a dor for decorrente de uma pancada ou um trauma a massagem não é uma das coisas mais indicadas, pois nosso corpo começa a formar hematoma e um processo inflamatório na região como um mecanismo de proteção e cura, mas com a massagem a área do hematoma e da inflamação podem aumentar. Então nas pancadas, nos traumas e nas contusões, melhor não massagear a parte dolorida. Depois de 2 ou 3 semanas, é possível massagear as regiões que ficaram ainda doloridas. As dores crônicas no geral são podem ser massageadas, fazer liberação miofascial ou manipulação articular.
Quando imobilizar as articulações? As articulações do corpo humano têm movimento e quando restringimos o movimento pode acabar levando a um quadro chamado artrofibrose, uma cicatriz na articulação por não mexer. Então as articulações são feitas para serem mexidas, a restrição de movimento de algumas delas são feitas geralmente quando se precisa de uma estabilidade absoluta, como por exemplo em fraturas, que o osso precisa colar e para isso precisa de estabilidade óssea. Para outros problemas articulares, como por exemplo a tendinite e bursite, que são as causas mais comuns de dor nas articulações, a imobilização geralmente não é recomendada.
Última atualização: 04.08.2022
Fontes Entrevista realizada pelo Criasaude.com.br com o médico cirurgião ortopedista Dr.Gabriel Paris (CRM/SP 191523), graduado, residência em ortopedia e especialização em cirurgia ombro e cotovelo pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Foto: Adobe Stock.
Caso você esteja na busca de tratamentos capilares, invariavelmente você irá se deparar com a biotina em sua pesquisa ou dicas de tratamentos. Essa vitamina, que faz parte do conjunto de vitaminas do complexo B, tem a fama de melhorar a aparência e manter os cabelos, unhas e pele em dia. Mas será que isso significa que pode aumentar o volume dos seus cabelos?
O Criasaude fez um apanhado das pesquisas sobre o tema e entrevistou a Dra. Marcella Quitete, médica dermatologista pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, para conseguir responder isso para você.
O que é a biotina?
A biotina é uma vitamina essencial (micronutriente), faz parte do complexo B, que auxilia na produção de queratina, uma proteína responsável pela formação das unhas, pele e cabelos.
A biotina ajuda no crescimento ou queda do cabelo?
Para responder a essa pergunta, primeiro precisamos entender que existem diferentes causas para queda de cabelo (queda de cabelo em homens e queda de cabelo em mulheres), que podem envolver um problema mais sistêmico como distúrbios endócrinos, anemia, uso de medicamentos, entre outros. Mas “existem várias razões para suspeitar do papel dos micronutrientes nesses tipos de queda de cabelo”, segundo a dermatologista Dra. Marcella Quitete.
É importante entender o que está causando a queda de cabelo, mas isso pode exigir uma investigação médica, que na maioria das vezes começa por um exame físico completo e exames de sangue.
Algumas pesquisas, incluindo um estudo de 2016, mostraram que a falta de biotina no organismo pode levar à queda de cabelo1.
Porém, até o momento, não há pesquisas suficientes para afirmar definitivamente que a biotina pode ajudar a crescer o cabelo. Mas a biotina demonstrou ajudar na prevenção da calvície e da queda de cabelo, segundo artigo publicado na Cleveland Clinic em 20222.
Um estudo publicado em 2017, que revisou estudos sobre o uso da biotina para queda de cabelo, concluiu que em casos de queda de cabelo em que há deficiência de biotina, a suplementação da biotina pode ser benéfica, no entanto esses casos são incomuns e mais pesquisas precisam ser realizadas a respeito de sua eficácia para queda de cabelo.3.
A realidade é que faltam pesquisas robustas sobre o assunto. Mas a biotina é algo que você deveria tentar? A boa notícia é que tomar biotina em quantidades razoáveis dificilmente irá gerar efeitos indesejados.
Sempre consulte especialistas, no caso dermatologistas, para saber qual é a melhor opção para o seu caso. “Atualmente existem outras medicações de escolha para o tratamento das diversas causas de alopecia”, declarou a Dra. Marcella Quitete em entrevista para o Criasaude em dezembro de 2022.
A biotina é segura, tem efeitos colaterais?
Trabalhar mais biotina em seu sistema (seja por meio de suplementos ou na alimentação) geralmente é seguro. Mas é importante não exagerar. Em alguns casos raros, muita biotina de suplementos pode causar problemas estomacais, problemas para dormir e erupções cutâneas.
Outra preocupação em torno da biotina é que ela pode interferir em certos testes de laboratório comuns feitos por seus médicos.
Redação: Adriana Sumi (farmacêutica). Supervisão final do texto: Xavier Gruffat (farmacêutico). 27.12.2022.
Fontes e Referências – Entrevista realizada com a Dra. Marcella Oliveira Menezes Quitete de Campos, CRM 188620, dermatologia pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2022 pelo Criasaude.com.br. – Artigo da Cleveland Clinic “Is Biotin as Good as Advertised for Your Hair Loss?” (tradução livre: A biotina é tão boa para a queda de cabelo quanto anunciado?) de 26 de outubro de 2022, acessado em novembro de 2022 pelo Criasaude.com.br. – Artigo científico: Trüeb RM. Serum Biotin Levels in Women Complaining of Hair Loss. Int J Trichology. 2016 Apr-Jun;8(2):73-7. DOI: 10.4103/0974-7753.188040. PMID: 27601860; PMCID: PMC4989391. – Artigo científico: Patel D.P., Swink S.M.,Castelo-Soccio L.A Review of the Use of Biotin for Hair Loss. Skin Appendage Disord. Agosto de 2017, páginas 166-169, DOI: 10.1159/000462981.
A natureza é cheia de plantas com propriedades úteis para o ser humano, daí o conceito de plantas medicinais. Descubra abaixo 5 plantas com propriedades anti-inflamatórias que ajudam a reduzir a dor. Deve-se saber que a inflamação é uma resposta natural do organismo frente a uma agressão, como uma doença, uma infecção ou uma lesão, e pode se manifestar por meio de dor, calor, vermelhidão e inchaço da área. Uma inflamação aguda é muitas vezes útil para alertar o organismo do perigo, mas uma inflamação crônica, ao contrário, é prejudicial ao corpo. Algumas plantas ricas em antioxidantes (por exemplo, flavonóides) podem ajudar a combater a inflamação crônica.
1.Gengibre O gengibre (Zingiber officinalis) é uma planta da família zingiberaceae. Esta planta contém compostos com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes tais como os gingeróis, paradóis e shogaóis. É por esta razão que é particularmente eficaz no alívio da dor causada pela artrite e outras doenças reumáticas inflamatórias. Para aproveitar ao máximo as propriedades do gengibre, recomenda-se que se coma fresco. O consumo diário de gengibre não causa efeitos secundários específicos, mas pode resultar em diarréia leve ou sensação de queimação no estômago. Estes sintomas eventualmente desaparecem quando o corpo se adaptar ao gengibre.
2. Aroeira A aroeira ou aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius) vem de uma árvore nativa do Peru. Os índios da América do Sul a utilizam há muito tempo por suas virtudes naturais. Hoje, é conhecida pelos seus benefícios musculares e articulares. Disponível na forma de óleo essencial, a aroeira destina-se principalmente ao uso externo. Misturado com um pouco de óleo vegetal, é frequentemente usado como um óleo de massagem para tratamento da dor relacionada à artrite e à osteoartrite. Também é eficaz no tratamento de dores e outros traumatismos articulares. O óleo essencial extraído desta planta medicinal ajuda os atletas a se prepararem para o esforço físico. A aroeira também é eficaz no tratamento de crises de gota e dores de dente.
Observe também que, no Brasil, esta planta é uma das poucas plantas medicinais oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), planta indicada especialmente durante infecções fúngicas por Candida.
3. Chá verde O chá verde (Camellia sinensis) deve suas propriedades anti-inflamatórias à sua riqueza em polifenóis, incluindo a catequina, uma substância com poder antioxidante cerca de 200 vezes maior do que a vitamina E. Vários estudos mostraram que o chá verde é um excelente analgésico e anti-inflamatório. É especialmente eficaz no tratamento de doenças inflamatórias, particularmente na redução ou mesmo cessação da ruptura da cartilagem que esse tipo de doença causa. Para aproveitar ao máximo as virtudes do chá verde, é aconselhável deixar infundir por 3 a 5 minutos. Beba este chá de uma a várias vezes por dia.
4. Açafrão-da-terra O açafrão-da-terra (Curcuma aromatica, Curcuma longa) tem sido usado há muito tempo na Índia e na China para tratar doenças inflamatórias crônicas. Testes in vitro e em animais demonstraram que este tempero é eficaz no tratamento de pancreatite, artrite reumatóide ou mesmo da colite ulcerativa. Em pessoas com osteoartrite, o tratamento a base de açafrão-da-terra fornece efeitos comparáveis aos anti-inflamatórios convencionais como o ibuprofeno. Os extratos padronizados desta planta medicinal também reduzem os sintomas do intestino irritável e melhoram o conforto das pessoas que sofrem dessa doença. O consumo de açafrão-da-terra também ajuda a prevenir a ocorrência de doenças inflamatórias do fígado e do intestino, como obstrução da via biliar e hepatite.
5. Azeite de oliva O azeite de oliva é rico em oleocantal, um composto que tem as mesmas propriedades terapêuticas do ibuprofeno, um anti-inflamatório comumente usado. Quatro colheres de sopa de azeite de oliva correspondem a cerca de 10% da dose necessária para combater a dor. A longo prazo, o consumo regular de azeite de oliva ajuda a reduzir o risco de desenvolver muitos tipos de câncer e também doença de Alzheimer.
Última atualização: 19.12.2022. Pela equipe editorial do Criasaude.com.br. Supervisão científica: Xavier Gruffat (farmacêutico).
Créditos fotográficos: Fotolia.com, Creapharma.ch
Nós todos sabemos que o consumo regular de água durante o dia é muito importante para o corpo e a saúde em geral, e o ser humano não sobrevive mais do que alguns dias sem água. De acordo com especialistas, os homens devem beber diariamente 2,1 litros e as mulheres 1,5 litros, além da água dos alimentos. Infelizmente essa quantidade ideal raramente é alcançada. Incluindo a água dos alimentos, uma recomendação frequentemente utilizada pelos cientistas é de 3,7 litros para os homens e 2,7 litros para as mulheres. Agora sabemos que para algumas doenças, beber água tem um terapêutico e preventivo importante. Uma forma fácil de saber se você bebe bastante água é ver a cor de sua urina. Se estiver clara, é que provavelmente você bebe o suficiente, se em vez disso é amarelo escura, significa que você deve beber mais durante o dia. Há também escalas “inteligentes” que medem o nível de hidratação para um resultado mais preciso.
É importante beber regularmente durante o dia sem esperar sentir sede. Sabemos também que com a idade a sensação de sede diminui, mas continuamos precisando sempre nos hidratar. A desidratação também pode levar a distúrbios de humor ou sonolência.
O Criasaude apresenta 14 doenças para as quais beber água é essencial, como indicado por muitos cientistas:
1. Cistite. Nos casos de cistite ou infecção do trato urinário, beber irá limpar e eliminar as bactérias. Beba bastante água e em frequência durante o dia. Essa medida é muito importante para complementar a terapia convencional com antibióticos.
2. Constipação. A ingestão de líquidos durante o dia amolece as fezes. Outra dica importante é comer muita fibra. Além disso, beber água entre as refeições promove a produção de saliva1, que ajuda a melhorar a digestão dos açúcares na boca, evitando que alimentos mal digeríveis atingindo o estômago ou intestinos e levando ao inchaço.
3. Síndrome do intestino irritável. Alimentos ricos em água, em particular, melhoram os sintomas desta síndrome, especialmente a constipação. A menta tem uma cura comprovada para a síndrome, sendo aconselhável consumir esta planta como um chá.
4. Hemorroidas. Neste caso também, beber reduz a prisão de ventre, uma causa comum de hemorroidas.
5. Fadiga. A desidratação é uma das causas de fadiga. Bebidas ricas em cafeína, como chá, café ou cola dão energia, mas também podem desidratar. É aconselhável beber a quantidade diária recomendada (ler o início do artigo), que pode ser água, caldo ou suco. A água ajuda a hidratar as células do corpo, o que pode melhorar o trabalho e também ajudar a uma melhor eliminação de toxinas. Beber regularmente também ajuda a evitar certas dores de cabeça, pois sabemos que nosso cérebro é composto por 70% de água.
6. Gota. A desidratação é uma causa da gota, e por isso é aconselhável para beber 2-3 litros de água ou suco por dia, em especial durante um ataque de gota. Sinta-se livre para beber 500 mL de água na parte da manhã, imediatamente após acordar.
7. Febre. Beber cerca de 2 litros de líquido por dia é essencial para compensar a desidratação causada pela febre. Água e chás de ervas (por exemplo) são fortemente recomendados.
8. Sinusite. Beber bastante dilui as secreções nasais. A aplicação local de solução salina também melhora os sintomas de forma significativa.
9. Influenza e resfriado. Em casos de influenza e resfriado, 2 doenças virais, beber bastante dilui o vírus e facilita a sua eliminação. Como a febre é frequentemente associada a essas duas doenças infecciosas, a água ajuda a combater a desidratação.
10. Dor de garganta. É muito importante beber muito em casos de dor de garganta, cerca de 3 litros por dia (duas vezes a ingestão diária recomendada). A bebida pode limpar a garganta e lutar contra a garganta seca. Também é recomendado para gargarejar, por exemplo, solução à base de sálvia.
11. Tosse. É aconselhável beber líquidos quentes, como chás de ervas. A infusão perfeita para tosse é o chá de tomilho com um pouco de mel. O mel tem um efeito comprovado no tratamento de tosses.
12. Queimadura solar. Calor, muitas vezes associada a uma queimadura solar, naturalmente promove a desidratação, e é essencial beber muito para prevenir e tratar as queimaduras solares. Prefira água e evite refrigerantes.
13. Cálculos urinários. Uma ingestão insuficiente de líquidos, especialmente água, aumenta o risco de formação de cristais que são a origem de cálculos urinários muito dolorosos. A água ajuda a diluir a urina e, assim, reduz a formação de cristais.
No verão, há um aumento de casos de cálculos urinários devido ao calor e também à seca, que pode levar a uma desidratação.
14.Sobrepeso e obesidade. Um estudo publicado em julho 2016 mostrou que as pessoas que não eram suficientemente hidratadas, isto é, que não bebem o suficiente, apresentaram em média um IMC superior em relação a aquelas que se hidratavam o suficiente. Este estudo centrou-se na análise de quase 10.000 adultos. No entanto, os cientistas acreditam que não há necessariamente uma relação causal, ou seja, pessoas obesas e com sobrepeso podem tornar-se naturalmente mais desidratadas. O que é certo é que beber regularmente e também consumir alimentos ricos em água, como frutas, são excelentes hábitos para uma boa saúde, levando à perda ou manutenção de peso. O pesquisador Dr. Tammy Chang, da Universidade de Michigan (EUA), conduziu o estudo que foi publicado na edição de julho e agosto de 2016 na revista especializada Annals of Family Medicine.
Dicas para se manter bem hidratado durante o dia:
– Comece o dia com um copo de água no café da manhã
– Leve sempre consigo uma garrafa de água de 500ml ou mais durante o dia, leve-a consigo para todo o lado (trabalho, lazer)
– Beba um copo de água antes de dormir
– Siga uma dieta saudável rica em frutas e vegetais, que são naturalmente ricos em água
– Se você não gosta de beber água como ela é (in natura), pode adicionar um pouco de limão (incluindo lima) ou outras frutas cítricas
Artigo atualizado em 15 de dezemb ro de 2022. Baseado em uma ideia original de Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: Mayo Clinic, Wake Forest Baptist Medical Center, CBSNews, El Pais Uruguai, outras fontes mencionadas no artigo. Correção do artigo: Christine Gruffat (18 de dezembro de 2018). Créditos fotográficos: Fotolia.com. Crédito infográficos: Criasaude.com.br (Pharmanetis Sàrl)
SÃO PAULO – Os flavonóides são moléculas muito importantes na fitoterapia vindos do metabolismo das plantas, são encontrados em diferentes partes da planta como nas frutas, flores e folhas. Os cientistas já identificaram mais de 5.000 flavonóides diferentes, essas moléculas pertencem à grande família de compostos fenólicos. Os flavonóides mais comuns são quercetinas, isoflavonas, antocianinas e catequinas. Os principais efeitos dessas substâncias são venotônicos, anti-inflamatórios, protetores (dos vasos), com efeito benéfico em doenças cardiovasculares e antioxidantes. Algumas dessas moléculas têm até um efeito antitumoral, ou seja, na prevenção do câncer. Um estudo publicado na Nature Communications em 13 de agosto de 2019 mostrou que pessoas que normalmente consumiam quantidades moderadas a altas de alimentos ricos em flavonóides eram menos propensas a morrer de câncer e de doenças cardíacas. Neste estudo, com mais de 53.000 dinamarqueses avaliados por um período de 23 anos, o efeito protetor pareceu ser mais alto em pessoas com alto risco de doenças crônicas devido ao tabagismo e naquelas que consomem mais de dois copos de bebida alcoólica por dia. Os participantes que consumiram aproximadamente 500 mg de flavonóides totais por dia tiveram menor risco de câncer e de morte relacionada a doenças cardíacas. Segundo os pesquisadores, que falaram do estudo em um comunicado de imprensa, é importante consumir uma variedade de flavonóides diferentes, encontrados em alimentos e bebidas à base de plantas. Isso é facilmente alcançado na alimentação, por exemplo, uma xícara de chá, uma maçã, uma laranja, 100 g de mirtilos e 100 g de brócolis fornecem uma ampla variedade de compostos flavonóides e mais de 500 mg de flavonóides totais.
Os flavonóides são pigmentos que dão cor às flores e, em alguns casos, às folhas. Essas substâncias podem ser amarelas (origem da palavra flavo), vermelhas, azuis ou violetas.
Descubra 10 alimentos ricos em flavonóides:
1. Chá.Chá preto, branco e verde são ricos em flavonoides. Estima-se que até 30% das folhas de chá são compostas por flavonoides como a quercetina, ácido gálico e catequinas. Prefira consumir as folhas de chá sem processamento, pois são mais ricas em flavonoides.
2. Soja. O grão de soja é rico em isoflavonas com importantes funções no aparelho reprodutor feminino. As isoflavonas da soja são usadas para reduzir os sintomas da menopausa, reduzir a osteoporose e os níveis de colesterol no sangue.
3. Frutas vermelhas.Morango, amora, framboesa e mirtilo (blueberry) estão entre os alimentos mais ricos em flavonoides. Essas frutas são ricas em antocianinas e ácido elágico, antioxidantes que previnem o envelhecimento celular e a formação de tumores. Estudos ainda apontam que dietas ricas em frutas vermelhas previnem problemas de memória.
4. Alho. O alho é rico em flavonoides e compostos sulfurados que têm propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e anti-virais. Estudos também mostram que o alho ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue e prevenir doenças cardíacas, como o infarto.
5. Maçã. Essa fruta é rica em vitaminas, sais minerais, fibras e um flavonoide chamado quercitina. A quercetina ajuda a reduzir o risco de doenças vasculares cerebrais (como o AVC) e certos cânceres, como o de estômago, pulmão e fígado.
6. Chocolate amargo. O chocolate amargo contém altos níveis do flavonoide catequina. Esse composto é um poderoso antioxidante, além de possuir propriedades antialérgicas e anti-inflamatórias. Estudos também apontam que o consumo de chocolate amargo está relacionado a menor risco de doença cardíaca coronariana. Prefira os chocolates amargos com alto teor de cacau e baixo teor de gorduras. Ler cacau
7. Uva (e derivados). As uvas e seus derivados (vinho tinto e suco de uva) são ricos em catequinas e estão associadas à redução no risco de doenças cardíacas, infarto do coração e redução do colesterol no sangue. Além disso, as sementes da uva são ricas em resveratrol, um polifenol que supostamente tem ação no retardamento do envelhecimento celular, contra diabetes e prevenção do câncer. Resveratrol O resveratrol é um polifenol encontrado no vinho. A ele são atribuídas muitas qualidades, como prevenção do envelhecimento celular, prevenção do diabetes e do câncer. No entanto, um estudo italiano publicado em Maio de 2014 mostrou que o resveratrol não teve nenhum efeito milagroso para a saúde, ao contrário do que se pensa. O consumo regular de resveratrol e outros polifenóis, muito presentes no vinho tinto, era anteriormente atribuído à proteção de doenças cardiovasculares.
A pesquisa, realizada com um grupo de pessoas que vivem na Toscana, onde o famoso vinho italiano Chianti é produzido, indicou que aqueles que tinham uma dieta com altos níveis de resveratrol não viveram mais tempo ou tiveram menor incidência de doenças cardiovasculares ou câncer quando comparados com aqueles que consumiram pequenas quantidades deste antioxidante.
“A história do resveratrol parece ser um novo caso de uma substância que tem recebido uma grande influência da mídia a respeito de seus benefícios para a saúde, que, segundo esse estudo, não foram confirmados”, disse o Dr. Richard Semba, Professor de Oftalmologia da Escola Johns Hopkins de Medicina, em Baltimore (Maryland, EUA). Este médico é o principal autor da pesquisa publicada no Journal of The American Medical Association, Internal Medicine.
“A idéia era que certos alimentos ou bebidas são bons para você, pois contêm resveratrol. Nós não encontramos nenhuma evidência que suporte isso”, acrescenta.
Apesar destes resultados negativos, os estudos mostram que o consumo de vinho tinto, de chocolate amargo e frutas vermelhas reduzem a inflamação em algumas pessoas e isso talvez tenha efeitos protetores para o coração.
“Nossa pesquisa está focada agora em polifenóis que explicam esses benefícios”, disse Luigi Ferrucci, epidemiologista do Instituto Americano de Envelhecimento (National Institute of Aging), um dos autores da pesquisa.
8.Espinafre. Essa e outras folhas verdes são ricas em flavonoides com propriedades anti-inflamatórias e também antioxidantes, que protegem as células contra lesões de radicais livres. Além disso, o espinafre é também rico em carotenoides, pigmentos com propriedades anticâncer e que melhoram a visão.
9. Brócolis. Esse vegetal é rico em flavonoides que previnem o desenvolvimento de câncer, sobretudo o câncer de pulmão de fumantes.
10. Cebola. Esse vegetal é rico em flavonoides e talvez uma das principais fontes na dieta regular das pessoas. Além disso, as cebolas são conhecidas por suas propriedades anti-inflamatória e antibacterianas.
A lista dos alimentos ricos em flavonoides é grande. Tente sempre inclui-los em sua dieta. Uma dica final é montar o prato de maneira bem colorida, pois muitas frutas e vegetais coloridos são ricos em flavonoides.
Por que as plantas produzem os flavonoides? No metabolismo secundário (é neste metabolismo, não no primário – responsável principalmente pela síntese de proteínas, lipídeos e carboidratos, que a planta medicinal sintetiza seus ingredientes ativos) a planta medicinal produz os flavonoides, principalmente para proteger dos raios UV do sol, proteger contra fungos e bactérias, favorecer a polinização ou consolidar a parede celular. Encontramos uma grande quantidade de flavonoides na pele de frutas, por exemplo, precisamente para proteger contra os raios UV do sol.
Começar uma nova dieta nem sempre é fácil. Além da força de vontade, é necessário certo conhecimento sobre os alimentos para fazer as substituições adequadas. Muitas pessoas acabam colocando a dieta a perder ao não comerem as quantidades adequadas de vitaminas, minerais e macronutrientes. Outras pessoas acabam engordando sem notar pois fazem as substituições erradas e acabam ingerindo calorias em excesso. Leia nossas dicas para conhecer algumas substituições saudáveis que vão te ajudar a emagrecer com saúde e ter as quantidades adequadas de nutrientes.
1.Pão branco por pão integral. A farinha integral é rica em fibras e dá sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa coma menos. Além disso, as fibras ajudam a absorver gorduras e colesterol e aumentam o índice glicêmico (quantidade de açúcar no sangue) gradualmente, diminuindo as chances de desenvolver diabetes.
2.Refrigerante e sucos artificiais por suco natural ou água. Os refrigerantes são ricos em açúcar e componentes químicos que aumentam a acidez gástrica, descalcificam os ossos e aumentam chances de câncer. Os sucos naturais de frutas contém pigmentos naturais que reforçam as defesas do corpo, eliminam radicais livres, além de serem ricos em vitaminas e minerais. A água é um repositor natural de minerais, além de hidratar o corpo e ajudar a eliminar toxinas. ATENÇÃO: se você está em dieta para emagrecer, tome suco de frutas com moderação, pois eles contêm açúcar.
3.Folhas e vegetais cozidos pelos crus. Ao cozinhar vegetais e folhas, as vitaminas hidrossolúveis e minerais se dissolvem na água e são eliminadas. Além disso, o calor pode degradar vitaminas e fibras, fazendo com que os alimentos cozidos tenham menor teor nutricional que folhas e vegetais crus.
4.Batata frita pro batata assada. Durante a fritura, a batata absorve muita gordura, sendo que cerca de 30% do seu peso é óleo. Evite o consumo de batata frita e frituras no geral e substitua por versões assadas, de preferência sem óleo.
5.Biscoito recheado por biscoitos integrais sem recheio. O recheio dos biscoitos é rico em açúcar e gorduras trans. Substitua-os por biscoitos integrais, que são mais ricos em fibras e vitaminas.
6.Molho branco por molho vermelho. O molho branco, normalmente à base de creme de leite e queijo, é rico em gorduras saturadas e colesterol. O molho de tomate vermelho, por sua vez, além de ter menos calorias, é rico em vitamina E, um poderoso antioxidante.
7.Leite integral por leite desnatado. O leite é um alimento rico em vitaminas, cálcio e proteínas. Entretanto, a versão integral contém também colesterol e gordura saturada. A versão desnatada tem todos os benefícios do leite, mas com bem menos calorias e sem gorduras. Isso também se aplica aos derivados do leite como queijos, iogurtes e coalhadas.
8.Frango frito ou coxa de frango por peito de frango grelhado ou assado. O frango é uma carne magra, entretanto a pele é rica em gordura saturada e colesterol. O peito de frango sem pele é rico em proteínas. Evite fritá-lo em óleo e coma a versão assada da carne.
9.Presunto, salame e mortadela por peito de peru. O peito de peru é rico em proteínas e tem baixo teor de gordura, sendo ideal para um lanche da tarde com um pão integral. Presunto gordo, salame e outros embutidos são ricos em gorduras, sobretudo colesterol e gorduras saturadas.
10.Sal por ervas aromáticas. O excesso de sal predispõe a hipertensão. Substitua parte do sal por ervas como alecrim, sálvia, manjericão, pimenta, canela, etc. Elas dão sabor aos alimentos e não possuem sódio, o responsável pelo aumento da pressão arterial.
11.Pizza de quatro queijos por pizza com massa integral e queijos magros. A pizza quatro queijos é uma das mais calóricas. Você pode substituí-la por por pizza de atum, peito de peru magro, marguerita, rúcula, manjericão e outras pizzas com vegetais. A substituição por massa integral diminui a quantidade de calorias e aumenta a porcentagem de ingestão de fibras.
12.Carne vermelha por peixe ou carne branca. A carne vermelha é rica em gorduras saturadas e colesterol. Sempre que possível, tente trocá-la por carne branca ou peixe. O peixe é rico em fósforo e ácidos graxos essenciais, como ômega-3 eômega-6.
A lista de substituições é grade e você pode usar a sua criatividade para realizar as alterações que preferir. Priorize vegetais e folhas cruas, carnes magras, grãos, frutas e evite açúcar refinado, frituras, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Não se esqueça de praticar atividades físicas e também evitar o estresse. Dessa maneira, você vai ter uma vida saudável e com mais energia.
Pela equipe do Criasaude.com.br (gerente de conteúdo: Xavier Gruffat, farmacêutico). Atualizado em 30 de novembro de 2022.
Você sabia que todo ser humano tem hemorroidas? Na verdade, elas são vasos sanguíneos (veias) que existem normalmente na região anal.O que popularmente chamamos de hemorroidas, na verdade são crises de hemorroidas, o que acontece quando essas veias que temos naturalmente na região anal incham e inflamam, podendo causar: dores intensas, incômodos, coceira, dificuldade para defecar, formação de prolapsos e presença de sangue nas fezes.
As crises de hemorroida são mais comuns do que pensamos ou falamos a respeito. Sua prevalência não é conhecida ao certo, mas especialistas estimam que 1 a cada 2 pessoas irão ter inflamação das hemorroidas em algum momento da vida.
Uma vez que a pessoa apresenta um quadro de crises constantes de hemorroidas, “a cura é só com algum procedimento cirúrgico. Pomadas e remédios apenas aliviam os sintomas”, explica o Dr. Fernando Lemos, Coloproctologista pelo Hospital São Lucas da PUC – Porto Alegre – Brasil e criador do canal do YouTube “Planeta Intestino”, em entrevista para o Criasaude.com.br realizada em agosto de 2022.
Após a cirurgia, os vasos podem voltar a inflamar, porém com as novas tecnologias (ex.: laserterapias, infra-vermelho, PPH, desarterialização, etc) elas dificilmente voltam a incomodar, ressalta Dr. Fernando Lemos.
Mas o que fazer para evitar uma crise de hemorroidas?
Nós do Criasaude juntamos 8 dicas simples do Dr. Fernando Lemos, Coloproctologista pelo Hospital São Lucas da PUC – Porto Alegre, e da Cleveland Clinic para evitar que as hemorroidas virem um problema de saúde, que também evitam a piora dos sintomas:
1. Não aumente de peso, ou perca peso em caso de obesidade.
2. Vá ao banheiro quando tiver vontade. Quando “adiamos” a ida ao banheiro, as fezes podem se tornar duras e secas no intestino, ficando mais difícil de passar. O esforço para fazer com que as fezes passem aumenta o risco de desenvolver hemorroidas, então evite forçar.
3. Não leia ou faça outras atividades no vaso sanitário: nada de revista, celular, palavras cruzadas na hora de ir ao banheiro. Quanto mais tempo você fica no vaso sanitário mais você irá forçar os movimentos de evacuação. Além disso, a posição sentada é um fator estressante para as veias anais. Esses dois fatores aumentam os riscos de hemorroida.
4. Mantenha as fezes pastosas e fáceis de passar. Para isso beba líquidos em abundância e tenha uma alimentação balanceada com fibras alimentares (vegetais verdes, frutas e grãos). Escute também o seu corpo e evite alimentos que irritam seu intestino: para algumas pessoas a lactose, glúten e alimentos muito refinados podem ser irritantes.
5. Faça o uso adequado do papel higiênico (com batidas em vez de esfregar). Caso seja possível evite o papel higiênico, prefira a lavagem ou uso de lenços umedecidos.
6. Evite alimentos que deixem as fezes ácidas (condimentos em excesso, embutidos, molho e extrato de tomate em excesso).
7. Faça exercícios regularmente. Os exercícios moderados ajudam a melhorar ou prevenir diversas doenças, incluindo questões intestinais. Mas se você já tem problemas com as hemorroidas, evite agachamentos pesados com levantamento de peso e movimentos semelhantes que aumentam a pressão abdominal. Se você está tentando prevenir hemorroidas, esses exercícios podem fazer mais mal do que bem.
8. Vá a uma consulta médica com especialista (coloproctologista). Caso apresente sintomas como sangue nas fezes, dor, coceira ou desconfortos ao evacuar, vá a uma consulta com proctologista e faça exames de acompanhamento. Quanto antes começar o tratamento, na maioria das vezes não cirúrgic, melhor. Além disso, pode ser necessária a investigação de outras doenças.
Fontes e Referências: 1. Entrevista realizada com o Dr. Fernando Lemos, Coloproctologista pelo Hospital São Lucas da PUC – Porto Alegre – Brasil e criador do canal do YouTube “Planeta Intestino”, em 28 de agosto de 2022 pelo Criasaude.com.br. 2. Artigo da Cleveland Clinic “ 5 Simple Ways To Prevent Hemorrhoids” (tradução livre: 5 maneiras simples de prevenir hemorroidas) publicado em 1 de abril de 2022, acessado em 28 de agosto de 2022.