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Estresse

Resumo

O estresse na verdade uma reação do organismo (física e mental) a um esforço extremo ou importante, não propriamente uma doença. Podendo ser benéfico em certas circunstâncias, como fugas, lutas, situações de perigo, provas, entre outros. Mas passa a ser prejudicial à saúde quando o organismo é exposto a estímulos que causam estresse (estressores) continuamente.

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Cada pessoa possui uma tolerância, resistência e vulnerabilidade diferentes ao estresse. Estas diferenças, somadas com predisposições genéticas fazem com que as pessoas desenvolvam os sintomas por causas diferentes, em momentos diferentes e por causas diferentes.

As alterações hormonais causadas pelo estresse desencadeiam os sintomas e doenças. Geralmente os primeiros sinais do estresse são: problemas de distração, diminuição do rendimento, falha de memória, cansaço, ganho ou perda de peso, dor de cabeça, dores musculares.

O estresse prolongado diminui a resposta dos mecanismos de defesa do nosso organismo, aumentando o risco de doenças, principalmente problemas cardíacos e doenças infecciosas (gripes, herpes, etc). Outras doenças também podem estar relacionadas com o estresse, como por exemplo: diabetes, colesterol elevado, hipertensão, etc.

Os sintomas que surgem comumente são: úlceras, náuseas, irritabilidade, ranger constante dos dentes, problemas de pele e unhas, queda de cabelo, insônia, atrasos na menstruação, problemas sexuais, entre outros.

O diagnóstico de uma pessoa que está sofrendo com o estresse pode ser feito por um profissional da saúde, como um médico ou psicólogo, através da observação do paciente e investigação do estado emocional do paciente.

O melhor tratamento é a mudança do estilo de vida, mantendo uma alimentação saudável, praticando exercício físico, manter um sono regular, entre outros. Tente encontrar as causas de seu estresse e remediá-las.

Hoje em dia os agentes estressores são muitos e nem sempre elimináveis, aprender a reduzi-los é fundamental.

Algumas opções que ajudam na mudança do estilo de vida: Yoga, acupuntura, meditação, relaxamento, férias (um dos melhores tratamentos!), a técnica de deixar que tudo aconteça naturalmente. A psicoterapia (com um psicoterapeuta ou psiquiatra) pode auxiliar o paciente a melhor entender o estresse e sobretudo a melhor gerenciá-lo.

Tratamentos medicamentosos também são possíveis, mas devem ser evitados e utilizados em casos mais graves, o acompanhamento médico é essencial.

Uma alternativa de tratamento são as plantas medicinais, com passiflora, maracujá, cava-cava, camomila, entre outros.

Existem algumas atividades que auxiliam a aliviar a tensão e são indicadas, como prática de exercícios físicos, banho quente, dormir bem, rir, manter uma alimentação saudável e rica em magnésio.

Definição

O estresse é uma reação do organismo (física e mental) a um esforço extremo ou importante. Em geral o estresse ativa processos hormonais e nervosos baseado em um estado de alerta, o que explica o aumento do ritmo cardíaco e do estado de vigilância.

Os estímulos que desencadeiam uma reação de estresse no organismo são chamados de estressores.

Às vezes o estresse pode ser benéfico (como na preparação de uma prova ou como reação a uma situação de perigo,…) mas também pode infelizmente levar a uma situação desfavorável (estresse ruim), que pode desencadear em úlceras ou ainda diversos problemas psíquicos (fadiga, distúrbios do sono, depressão).

O estresse passa a ser prejudicial quando o organismo é exposto a estressores continuamente, impedindo relaxamento após a tensão.

Informações para especialistas: O estresse está baseado, entre outros, na ativação do sistema hormonal hipófise hipotálamo (com a secreção do hormônio adrenocorticotrófico), que ativa a  glândula supra-renal, desencadeando uma secreção de hormônios glicocorticóides, como cortisol (formado a partir do ACTH). O cortisol aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos, além de inibir a síntese protéica. O que faz com que aumente o nível de aminoácidos no sangue, que são utilizados pelo fígado para produção de glicose, aumentando o nível de açúcar no sangue.

O sistema simpático (que permite ao corpo estar acordado e próximo ao estresse), com o conhecido hormônio adrenalina, é igualmente fortemente ligado no desenvolvimento do estresse.

Causas

Os estímulos que desencadeiam uma reação de estresse no organismo são chamados de estressores.

Cada pessoa possui diferente resistência e vulnerabilidade ao estresse. A presença de fatores genéticos, preexistentes ou adquiridos, em conjunto com a resistência do indivíduo e à exposição a estressores determinam o surgimento de doenças físicas e psicológicas. Quanto maior a predisporão do indivíduo, menor será o nível tolerado de estresse antes do surgimento de alguma doença.

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Aqui estão algumas das causas que provocam o estresse com maior freqüência:

– Mudança repentina no estilo de vida ou rotina

– Um nervosismo passageiro;

– O trabalho e seus problemas em geral: sobrecarga, esgotamento, mobbing, provas, tensão…;

– Problemas de relacionamento (problemas sentimentais,…);

– Um choque emocional (falecimento, …);

– Falta de tempo para efetuar uma tarefa;

– Falta de repouso (falta de férias e fins-de-semana,…);

– Problemas sociais (isolamento, solidão, dívidas, problemas financeiros,…);

– Problemas do sono (criação de um círculo vicioso, pois isto pode ser ao mesmo tempo a causa e a conseqüência do estresse);

– Doenças psíquicas como a depressão, a ansiedade, crise de angústia, etc;

– Doenças crônicas, como: Lúpus, diabetes, hipertensão, colesterol, certos tipos de cânceres, entre outras;

– Dependência ou consumo excessivo de determinados produtos como o café, o álcool, o tabaco, drogas, etc.

– O desenvolvimento de diabetes ocorre especialmente em mulheres estressadas no trabalho, segundo um estudo publicado no Canadá, em agosto de 2012. O estresse no trabalho parece promover a diabetes através de dois fenômenos: interrupção do sistema neuroendócrino e do sistema imunológico levando ao aumento da produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina, mudanças no comportamento alimentar e de gasto energético, talvez como compensação.

Sintomas

Os sintomas do estresse podem ser muitos variados, cada pessoa pode desenvolver um sintoma diferente e com tipos e intensidades de estressores diferentes.

Com o tempo, o estresse pode levar ao aumento de doenças infecciosas, devido à secreção crônica de corticóides e somatotrofinas. Também diminui a resposta dos mecanismos de defesa em nosso corpo, facilitando o surgimento de doenças, principalmente cardiovasculares.

– Problemas de distração, diminuição do rendimento, falha de memória, cansaço, ganho ou perda de peso, dor de cabeça, dores musculares; são geralmente os primeiros sintomas;

– Problemas digestivos: úlceras, náuseas e vômitos;

– Irritabilidade (a pessoa se irrita facilmente);

– Bruxismo (ranger os dentes durante o sono);

– Problemas cardíacos (aceleração do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial (hipertensão), colesterol alto, diabetes;

– Diversos problemas do sono (insônia);

– Distúrbios psíquicos: nervosismo, ira excessiva e não-habitual, crise de angústia, medos excessivos (fobias), depressão, ansiedade;

– Distúrbios da menstruação, na mulher;

– Aparecimento de caspa (sobretudo nos homens);

 Queda de cabelos (pode ocorrer até 3 meses após um episódio estressante);

– Problemas de concentração (por ex. Na escola);

– Desenvolvimento ou reaparecimento de doenças infecciosas como a herpes labial, herpes genital, dores de garganta, resfriados,…;

– Mau hálito (devido a uma desidratação da boca, causada pelo estresse).

– Problemas na gravidez: no início da gravidez o estresse aumenta o risco de aborto espontâneo, já no fim da gravidez aumenta o índice de prematuros. Os fetos do sexo masculino sofrem maior influência, uma das explicações se baseia no tamanho dos fetos, como os masculinos são maiores requerem mais esforço da mãe.

– Problemas sexuais: distúrbios eréteis, perda de desejo (problema de libido), problemas no tratamento de esterilidade.

– Problemas de pele devido ao aumento da oleosidade causada pelo “hormônio do estresse”, o cortisol. O estresse pode piorar a recuperação de lesões na pele, além de ser um desengatilhador de muitas doenças que afetam a pele, como psoríase e dermatite seborréica.

– Problemas de comportamento, como; arranhar a pele, puxar cabelos ou esfregar partes do corpo.

– As unhas podem apresentar sinais diferentes de estresse. Algumas pessoas mordem as unhas, outras esfregam os dedos sobre sua unha do polegar (o que pode criar um sulco em toda a unha) e outras apresentam unhas quebradiças ou descascada.

Diagnóstico

O diagnóstico de uma pessoa que está sofrendo com o estresse pode ser feito por um profissional da saúde, como um médico ou psicólogo, através da observação do paciente e investigação do estado emocional do paciente.

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O problema é que muitos pacientes só descobrem que sofrem com o estresse após manifestarem de algumas doenças, como: infarto, depressão, problemas cardíacos, insônia, gastrites, enxaquecas, entre outros.

Não é só o estresse intenso que nos afeta, estresse moderado e contínuo também pode causar problemas de saúde.

Tratamento

Antes de iniciar uma terapia medicamentosa é preferível procurar a causa que está provocando o estresse. Procure entender as situações que lhe colocam em um estado estressante e tente assim remediá-las (por ex. Diminuindo a sobrecarga de trabalho, conversando em caso de problemas psicológicos).  No ambiente em que vivemos hoje, todos estão expostos ao estresse, portanto aprender a reduzi-lo é essencial.

Portanto o melhor tratamento é a mudança do estilo de vida, mantendo uma alimentação saudável, praticando exercício físico, manter um sono regular, entre outros.

Algumas opções que ajudam na mudança do estilo de vida: Yoga, acupuntura, meditação, relaxamento, férias (um dos melhores tratamentos!), a técnica de deixar que tudo aconteça naturalmente.

A psicoterapia (com um psicoterapeuta ou psiquiatra) pode auxiliar o paciente a melhor entender o estresse e sobretudo, a melhor gerenciá-lo. Técnicas de coaching podem igualmente ser muito benéficas.

Todavia, existem remédios contra o estresse, que podem auxiliar na cura deste. São eles:

A. Calmantes
Tratam-se principalmente de tratamentos naturais à base de plantas (por ex. a valeriana).

Existem medicamentos utilizados como calmante, como por exemplo: clonazepam, antidrepessivos, anticonvulsivantes (diazepam). Estes devem ser utilizados somente em casos mais graves e sempre com a prescrição e acompanhamento médico.

B. Estimulantes, complementos alimentares ou reconstituintes
Estes medicamentos s ão principalmente utilizados em situações como provas, testes ou excesso de trabalho. São vitaminas, minerais: principalmente o magnésio (foto), os ômega-3 ou ainda os aminoácidos.

Além disso, existem tratamentos específicos para doenças decorrentes do estresse.

Fitoterapia

As plantas medicinais seguintes se mostraram eficazes para tratar o estresse e o nervosismo:

– a valeriana, apresentada em forma de cápsulas, comprimidos, infusão ou tintura (gotas).

– a passiflora (maracujá), em infusão, solução para o banho ou em cápsulas.

– a lavanda (alfazema), em infusão, produtos para o banho ou cápsulas.

– o espinheiro-branco (crataegus), em gotas ou cápsulas.

– o lúpulo, em infusão ou cápsulas.

– a erva-cidreira (melissa), em infusão ou cápsulas.

– a cava-cava (kawa-kawa), em cápsulas.

– o chá preto (segundo estudos de 2007, ele atua sobre a regulação do estresse de forma positiva), disponível, como o próprio nome indica, em forma de chá.

– a tília, apresentada em forma de infusão de tília ou em cápsulas.

– a ashwagandha, uma planta indiana para lutar contra o estresse e ansiedade, utilizada principalmente na forma de comprimido ou cápsula.

Outras plantas medicinais ou produtos naturais podem também ser utilizados contra o estresse, como por exemplo butterbur (Petasites hybridus) ou o extrato de óleo de fígado de bacalhau.

Dicas

– Pratique esportes! Trata-se de uma excelente maneira de aliviar o estresse e o nervosismo. Um estudo de 2018 realizado em camundongos mostrou que a prática de corrida ajuda o cérebro a combater os efeitos negativos do estresse crônico e prolongado. O exercício também ajuda a proteger a memória e melhorar o aprendizado. Este estudo, conduzido por cientistas da Brigham Young University (BYU), de Utah, nos EUA, foi publicado em 9 de fevereiro de 2018 na revista científica Neurobiology of Learning and Memory  (DOI: 10.1016/j.nlm.2018.01.008).

– Tome preparações à base de magnésio (para um adult cerca de 400mg por dia). Este mineral pode ter um papel muito importante (sobretudo em caso de carência de magnésio) no desenvolvimento do estresse.

– Procure entender as causas do estresse e remediá-las. Você pode, por exemplo, fazer toda noite uma autocrítica (auto-análise) das situações estressantes vividas durante o dia a fim de evitar que isso se reproduza.

– Fale de seus problemas quando estiver com dificuldades (sentimental, profissionais, financeira, etc.), de fato, a conversa é muito libertadora para aliviar o estresse.

A conversa é mais libertadora para os homens do que para as mulheres. De fato, segundo um estudo de junho de 2007, feito por pesquisadores suíços de Zurique, a conversa não seria tão libertadora para as mulheres, mas uma massagem teria um efeito muito positivo. Após uma massagem em mulheres estressadas, os pesquisadores observaram uma menor quantidade do hormônio do estresse, o cortisol. Portanto, mulheres, deixem seus companheiros massageá-las e homens, conversem sobre os seus problemas!

– Separe um tempo para o descanso, relaxe e pense em outras coisas: passeios, férias, diversão,…

– Relaxe através de técnicas calmantes: yoga, meditação, etc.

– Tome um banho quente (os banhos possuem um efeito relaxante comprovado). Adicione por exemplo, óleos essenciais ou soluções líquidas à base de lavanda.

– Reduza o consumo de substâncias excitantes ou psicotrópicas como o tabaco, o café ou álcool.

– Adote uma boa qualidade de vida: esportes (mexa-se), alimentação saudável (com frutas, legumes e ômega-3) e durma o suficiente.

– Faça um sesta (mesmo que curta), se possível ao meio-dia, para relaxar e recuperar as forças.

– Ria! Por exemplo, em grupos ou assistindo comédias. De fato, o riso tem um efeito positivo sobre o estresse. Este fenômeno foi comprovado por estudos clínicos (ação sobre o cortisol e a adrenalina: dois hormônios-chave no mecanismo do estresse).

Fontes e referências:
Neurobiology of Learning and Memory  (DOI: 10.1016/j.nlm.2018.01.008).

Observação da redação: este artigo foi modificado em 20.09.2018

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