Azeite de oliva
Resumo – Informações interessantes
O azeite de oliva é muito popular na culinária dos países do Mediterrâneo, como Marrocos, Tunísia, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e sul da França. Disponíveis todo o ano, o seu consumo é cada vez mais difundido no mundo e seus benefícios nutricionais e alimentares são cada vez mais conhecidos e recomendados.
Regiões como o Japão, a América Latina (Brasil), os Estados Unidos e norte da Europa (Alemanha, Reino Unido) importam grandes quantidades de azeite, principalmente do sul da Europa.
Nos últimos anos, alguns países do sul da América Latina, como Chile, Argentina e Uruguai, bem como a Austrália começaram a produzir azeite. A qualidade e o sabor são, no entanto, geralmente mais baixos do que a dos países europeus. Os Estados Unidos, incluindo o norte da Califórnia são também uma área crescente de azeite de oliva e azeitonas.
A oliveira raramente excede 3 m de altura, no entanto, quando cultivada esta árvore pode atingir uma altura de 20 m.
Apelidado de “o rei dos óleos”, o azeite é um deleite para os gourmets. Já conhecido nos tempos antigos, incluindo na época dos gregos, romanos e até dos hebreus, ele é usado não só para cozinhar, mas também para lustres de iluminação ou manter a beleza feminina.
Espanha, Itália e Grécia fornecem 75% da produção de azeite no mundo e 97% da produção da União Europeia. Na verdade, o seu clima favorece o cultivo de oliveiras com um sol quase permanente e um total de menos de 500 horas de frio durante o inverno. Na Espanha, especialmente na Andaluzia (região sul da Espanha), é de longe o maior produtor de azeite do mundo.
Estima-se que 3 milhões de toneladas de azeite é vendido a cada ano (dados de julho de 2016), cerca de um terço vem de Espanha.
Alguns países com um clima semelhante ao sul da Europa estão começando a aumentar a produção. Estes incluem Argentina, Chile, Uruguai, sul do Brasil, norte da Califórnia, África do Sul, Índia, China e Austrália. A oliveira não pode crescer em países com clima tropical ou subtropical.
A azeitona, o fruto da oliveira para obter o azeite, deve conter cerca de 20% de óleo. Por suas propriedades nutricionais e medicinais, o melhor é consumir o óleo de oliva virgem ou extra-virgem prensado a frio (leia abaixo para mais informações).
Principais nutrientes
Nutrientes do azeite de oliva (efeitos e indicações médicas) | Quantidade por 100 g de azeite de oliva virgem |
Lipídios (importante para as necessidades energéticas do corpo), incluindo ácidos graxos, ácidos graxos mono-insaturados, especialmente o ácido oleico | 99,9 g |
Sódio (favorece a transmissão de impulsos nervosos e participa activamente na regulação da distribuição de água no corpo humano daacidez) | 1,11 mg |
Magnésio (evita o estresse, a fadiga, doenças cardiovasculares e algumas desordens do sexo feminino) | 0,583 mg |
Outros nutrientes: flavonóides (catequinas), cálcio, potássio, ferro,zinco, vitamina E, K. |
Em menores quantidades |
Número de calorias
O azeite é composto principalmente de lipídios (gordura). Sabemos que 1 g de lipídios contém 9 kcal.
Nota: Na linguagem cotidiana, muitas vezes falamos de calorias em vez de quilocalorias. Neste caso, 899 quilocalorias (kcal) é igual a 899 calorias em linguagem cotidiana.
Principais pratos, alimentos e bebidas à base de azeite de oliva
– O azeite de oliva pode ser usado cru em saladas e temperos diversos.
– O azeite mais adequado para grelhar.
– Diferentes receitas à base de azeite de oliva (veja a receita abaixo).
Importância nutricional para saúde
– As virtudes cosméticas do azeite são conhecidos desde os tempos antigos. Ele protege a pele contra as agressões exteriores, desacelerando visivelmente o envelhecimento da pele. Ele não só hidrata, nutre, suaviza e repara a pele do rosto e do corpo, mas também protege as rugas. Leia: Azeite de oliva para pele seca
– O oleocanthal contido no azeite lhe proporciona propriedades analgésicas. Este componente tem o mesmo efeito anti-inflamatório que o ibuprofeno, em um menor grau de eficiência, no entanto.
– O azeite promove a boa memória. Isto pode ser explicado pela existência de pequenas quantidades de ácido eicosapentaenóico neste óleo, bem como a de ácidos graxos insaturados, numa quantidade de até 80%.
– Devido à presença de ácido oléico na sua composição, o azeite também pode atuar como um supressor do apetite.
– Da mesma forma, os polifenóis do azeite protegem contra o câncer de próstata e câncer de mama.
– O azeite contribui ativamente para manter o bom funcionamento do fígado. Além disso, facilita a secreção da bile, o que se aplica para pessoas com doenças da vesícula biliar.
– Na dieta mediterrânea, o azeite é a principal fonte de gordura.
– Um estudo espanhol publicado em 2015 mostrou que uma dieta mediterrânica com um consumo diário de 4 colheres de sopa de azeite de oliva é eficaz na redução do risco de câncer de mama. Leia mais nas observações abaixo.
Receita simples de preparar
Carpaccio de tomate-ananas (para 4 pessoas)
Ingredientes:
– 20 bolas pequenas de mussarela.
– 4 tomates-ananás.
– 8 colheres de sopa de suco de limão.
– 6 colheres de sopa de azeite de oliva.
– Pimenta, sal.
– 2 folhas de manjericão.
– 2 ovos.
– Frutas vermelhas.
Preparação
– Lave os tomates-ananas e corte-os na horizontal.
– Cubra o fundo de um prato com azeite e tempere com sal e pimenta.
– Corte as folhas de manjericão em tiras finas e deposite em cada prato.
– Cubra os pratos com as fatias de tomate-ananas de modo que cada um possa absorver o tempero.
– Prepare um vinagrete com suco de limão e azeite. Despeje sobre as fatias.
– Cozinhe os ovos e corte-os em fatias depois de retirar a casca. Coloque sobre os tomates.
– Corte em fatias finas as bolas mussarela. Cubra com as fatias de tomate e ovos. Arrume as folhas de manjericão por cima.
– Amasse as frutas vermelhas e coloque-as sobre os pratos.
Você pode servir com torradas ou pão de centeio para realçar o sabor desta entrada.
Dicas de nutrição do Criasaude
– Para aproveitar todas as vantagens nutricionais deste óleo, aconselhamos consumir azeite com idade entre 6 meses a dois anos. Esta informação deve ser mencionada na embalagem.
– É importante saber que a acidez do azeite de oliva extra-virgem não deve exceder 0,8% e a do azeite virgem não pode em caso algum ultrapassar 2%.
– Azeite “prensado a frio” fornece ao corpo mais fitoesteróis, lecitina, vitaminas e outros ingredientes ativos que o “prensado a quente”. Na verdade, a importância nutricional do óleo varia de acordo com o seu método de extração. A massa prensada à temperatura ambiente fornece uma quantidade reduzida de óleo, mas as substâncias insaponificáveis que ele contém são mais substanciais. Pelo contrário, se a massa sofre de aquecimento antes da pressão, o óleo recolhido é mais substancial. Infelizmente, este método destrói uma quantidade significativa de vitaminas e fitosteróis.
– Sempre proteger o azeite da luz. Isso explica por que ele é normalmente armazenado em garrafas coloridas (marrom, verde).
– As vitaminas no azeite são destruídas a 40°C, por isso, recomenda-se utilizar preferencialmente o óleo cru.
– É melhor consumir azeite ao invés das azeitonas (cruas). Estas últimas são muito menos ricas em nutrientes em comparação com a mesma quantidade de azeite de oliva. Em outras palavras, devemos comer muitas azeitonas para ter o mesmo efeito de uma colher de sopa de azeite de oliva. As azeitonas contêm uma grande quantidade de sódio, o que pode causar hipertensão arterial.
Informações importantes sobre o azeite de oliva
– O azeite é melhor no calor, assim como óleos de sementes. No entanto, degrada-se além de 210°C.
– Dependendo do nível de maturidade e de espécies de azeitonas utilizadas, usa-se entre 4 e 10 quilos de azeitonas para extrair um litro de óleo.
– Os melhores azeites são de oliveiras que crescem em condições extremas, tais como nas montanhas.
– Você sabe que o médico grego Hipócrates já prescrevia a doentes que não queriam tomar um banho, uma exfoliação de vinho e azeite?
– Cada região produz um azeite diferente, por causa do solo, o método de extração, etc.
– Na dieta mediterrânea, o azeite é a principal fonte de gordura.
– Dieta mediterrânica com azeite para prevenir o câncer de mama
De acordo com um estudo espanhol (chamado PREDIMED) publicado em setembro 2015 na revista JAMA: Internal Medicine, as mulheres que seguiram uma dieta mediterrânea e consumiram mais de 4 colheres de sopa de azeite de oliva prensado a frio por dia tinham 62% menos probabilidade de serem diagnosticadas com câncer de mama quando comparadas àquelas que seguiram uma dieta mediterrânea baixa em gorduras com complementa com nozes. Este estudo envolveu mais de 4.000 mulheres com idades entre 60 e 80, que foram acompanhados por 5 anos. Parte das participantes tinha que seguir uma dieta mediterrânea com uma ingestão diária de nozes, sendo que a outra parte tinha de tomar 4 colheres de sopa de azeite, e uma terceira parte tinha de seguir uma dieta mediterrânea sem suplementação alimentar, mas comendo alimentos de baixo teor em gordura. Entre os 4.000 participantes do estudo seguido por 5 anos, 35 desenvolveram câncer de mama.
Os participantes que seguiram a dieta com nozes adicionais não mostraram redução estatisticamente significativa no risco de câncer de mama. Finalmente, a dieta com suplementação de azeite de oliva foi a única capaz de reduzir significativamente o risco de câncer de mama.
Os pesquisadores acreditam que os antioxidantes que encontramos em grandes quantidades no azeite de oliva prensado a frio são a causa destes efeitos contra o câncer. Os antioxidantes ajudam a matar as células cancerosas e, portanto, parar o crescimento do tumor.
Em um artigo publicado no site da Harvard Medical School, o cientista Daniel Pendick comenta sobre este estudo e observa que estes resultados devem ser confirmados (ou não) em uma amostra maior de participantes, pois de acordo com ele apenas 35 casos de câncer não foram estatisticamente o suficiente para tirar conclusões definitivas.
– Os países do sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), Ásia Ocidental (Turquia, Síria) e Norte de África (Marrocos, Argélia, Tunísia e Egipto) são responsáveis por cerca de 95% da produção mundial de azeite, de acordo com dados de 2013 da revista científica Nature.
Notícias
Leia também: Azeite de oliva para pele seca – Oliveira
Fotos: © CB94 – Fotolia.com