BRASÍLIA – O Ministério da Saúde firmou nesta sexta-feira (21) parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) para a realização de um curso de capacitação de ortesistas e protesistas. A capacitação dos profissionais faz parte das metas do Programa Viver Sem Limite.
Durante a solenidade de assinatura da parceria, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a cooperação vai beneficiar os profissionais que trabalham com órteses e próteses, sobretudo, das regiões Norte e Nordeste. “Estamos firmando esta parceria com a AACD de São Paulo, que é líder em qualidade e capacidade, para treinar esses profissionais e atender melhor as pessoas que vivem nessas regiões”, ressaltou o ministro.
O objetivo da parceria é capacitar 207 profissionais em todo país, aprimorando o uso de novas tecnologias na confecção e adaptação de órteses e próteses. Para isso, o Ministério da Saúde vai liberar R 5 milhões a ser utilizada pela AACD de São Paulo para zerar a fila de concessão e adaptação de cadeira de rodas.
A entidade também colaborou com o Ministério da Saúde – por meio do Plano Viver Sem Limite – da elaboração das Diretrizes de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência; de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down e da Atenção à Pessoa com Lesão Medular, todas publicadas recentemente pelo Ministério da Saúde.
VIVER SEM LIMITE– Lançado em novembro de 2011, o Programa Viver Sem Limite tem como o objetivo ampliar o acesso e a qualificação do atendimento às pessoas com deficiência, permanente ou temporário, no Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na organização do cuidado. Neste ano, já foram investidos R$ 891 milhões para expandir e aprimorar o programa.
O Viver sem Limites possui quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. Entre as ações, está a criação de Centros Especializados em Reabilitação (CER).
BRASÍLIA – Atualmente, são disponibilizados 10 medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. O Ministério da Saúde (MS) vai incorporar ao Sistema Único da Saúde (SUS) cinco novos medicamentos para o tratamento de pessoas portadoras de artrite reumatóide. Com a novidade, os portadores da doença terão acesso a todos os medicamentos biológicos para a artrite disponíveis no mercado e registrados na Agência Nacional de Saúde (Anvisa).
Os novos medicamentos que passam a ser oferecidos no SUS são: abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. A incorporação amplia a oferta de tratamento para os pacientes que não respondem aos medicamentos convencionais ou que apresentam intolerância às demais terapias. “A expectativa é ampliar o acesso e garantir medicamentos de mais alta tecnologia para os pacientes, melhorando a qualidade do tratamento e reduzindo as complicações da doença. A partir da decisão, esperamos ainda uma redução significativa dos gastos do Ministério com esses medicamentos”, afirma o ministro da saúde, Alexandre Padilha.
Atualmente, o SUS disponibiliza 10 medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos (adalimumabe, etanercepte, infliximabe), que atendem cerca de 30 mil pessoas. Os medicamentos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente.
A escolha entre o tipo de tratamento deve ser baseada nos seguintes critérios: características do paciente, segurança, comodidade posológica, tratamentos prévios e concomitantes, conforme definição em protocolo clínico do Ministério da Saúde. O protocolo será revisto e atualizado a partir dessas incorporações.
O secretário de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, considera a medida um avanço na política tecnológica de saúde. “O Ministério da Saúde está tomando a dianteira na incorporação de produtos de alto impacto para o cidadão. Estamos colocando a tecnologia a serviço do SUS, gerando alternativas de tratamento, reduzindo custos e ampliando o acesso”, afirma o secretário.
Atualmente, o Ministério da Saúde gasta, em média, R 13 mil por ano. Apenas em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão na compra de medicamentos biológicos para a doença. O SUS tem o prazo de até 180 dias, a partir da publicação da portaria, para efetivar a ofertar dos medicamentos.
MEDICAMENTOS – De 2010 até o momento, o número de medicamentos ofertados pelo SUS, cresceu 47%, saltando de 550 para 810, conforme itens contidos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename). A relação é atualizada a cada dois anos e inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas.
Desde ano passado até agora, 11 medicamentos já foram aprovados para incorporação no SUS. Três foram avaliados pela nova Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no primeiro semestre deste ano: boceprevir (hepatite tipo C), telaprevir (hepatite tipo C) e trastuzumabe (oncológico – câncer de mama).
BRASÍLIA – Neste Dia das Crianças é bom lembrar a importância da escovação de dentes dos pequenos. Dicas simples podem evitar o aparecimento de cáries, como o uso de creme dental com flúor e criar o hábito de limpar os dentes após a amamentação noturna. Quem alerta para esses cuidados é o coordenador do programa Brasil Sorridente, Gilberto Pucca. “É fundamental a escovação desde o aparecimento dos primeiros dentes de leite”, explica. Ele esclarece ainda que a higienização dos dentes dos bebês não precisa ser feita necessariamente com a escova de dente, mas pode ser realizada com um pedaço de pano limpo. “O pai, mãe ou responsável deve iniciar a higienização da superfície do dente que já apareceu logo após a criança se alimentar”, destaca.
Gilberto Pucca explica que os dentes de leite devem ser higienizados. “Não é porque vão ser trocados que não são importantes. Esses primeiros dentes ajudam na mastigação e mantém o espaço dos dentes permanentes”. Os dentes de leite previnem, inclusive, possíveis problemas de oclusão e podem evitar que a criança tenha que usar aparelhos ortodônticos. Os primeiros dentes são fundamentais para a saúde bucal das crianças”, reforça.
Outra dica importante é o uso de creme dental fluoretado para as crianças. “Não se recomenda pasta de dente sem flúor. No entanto, é bom monitorar para que a criança não acabe ingerindo a pasta rotineiramente”, salienta o coordenador. Outro cuidado que os pais devem ter é com a mamadeira noturna e o uso do açúcar, que deve ser evitado para não danificar os dentes da criança. O leite de vaca, líquido ou em pó, tem açúcar natural e não precisa ser adoçado com açúcar ou achocolatado.
“É um erro amamentar a criança à noite e deixá-la dormir sem limpar os dentes. A cárie pode surgir assim que os dentes aparecem. Quando a primeira superfície do dente aparece, já está exposta a agressão externa, portanto, aquele pequeno pedaço já deve ser higienizado”, esclarece.
Dados da pesquisa de Saúde Bucal de 2010 mostram que 44% das crianças aos 12 anos estão livres de cáries. Em 2003 esse percentual era de 32%. Os resultados mostram os avanços no cuidado à saúde bucal infantil, mas também indica que os pais não podem descuidar.
BRASIL SORRIDENTE – O Ministério da Saúde possui uma política de saúde bucal que atende todas as faixas etárias. O foco do Brasil Sorridente é ampliar e qualificar o acesso à assistência, à promoção da saúde e à prevenção de doenças. As crianças podem ser atendidas pelas Equipes de Saúde Bucal, que atuam em conjunto com as Equipes de Saúde da Família e nos Centros de Especialidades Odontológicas, em casos mais complexos.
O programa Brasil Sorridente também está alinhado à estratégia Rede Cegonha com o objetivo de prestar um atendimento integral às gestantes e aos bebês. As grávidas podem ter consultas odontológicas para tratar os dentes e, se necessário, podem obter orientações de como higienizar os dentes do seu filho.
BRASÍLIA – A Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) ganha mais cinco núcleos no país, sendo três em Pernambuco, um na Bahia e mais um em São Paulo – a rede passa a contar com 68 núcleos no total. A inauguração simultânea dos cinco ambientes contou com participação do secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, nesta sexta-feira, em Pernambuco. A expansão da rede reforçará o Programa Telessaúde Brasil Redes, coordenado pelo Ministério da Saúde, e que utiliza a tecnologia para promover a teleassistência, teleconsultoria e teleducação no Sistema Único de Saúde. O Telessaúde ajuda a melhorar o atendimento e a qualificar o diagnóstico, uma vez que o médico numa unidade de saúde do interior do estado pode tirar dúvidas ou ter uma “segunda opinião” de especialistas.
“O Ministério da Saúde tem a total compreensão da importância de uma rede com essas características para o Brasil, porque entendemos as dimensões continentais do país, da sua diversidade e dos aspectos em relação à capacidade instalada e à disponibilidade de recursos humanos. Com essa nova rede será possível integrar em tempo real com boa velocidade e qualidade de transmissão para realização de videoconferências, análises de diagnósticos e educação permanente”, lembrou o Secretário.
Os novos núcleos foram instalados no Pronto Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares (PROCAPE), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e no instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), em Recife (PE), no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador (BA) e no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), em Botucatu (SP).
RUTE – Com os novos núcleos, a Rede Universitária de Telemedicina passará a ter 68 núcleos inaugurados e em plena operação em todo o Brasil. A iniciativa, que é coordenada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o apoio do Ministérios da Saúde, da Educação e da Cultura, é considerada a maior do mundo na integração de Hospitais Universitários e de Ensino. Ela é responsável pela realização de 600 sessões por ano de vídeo e web conferências e em média duas a três sessões científicas diárias com a participação de 300 instituições da América Latina, sendo também ferramenta fundamental para a instauração de núcleos de telemedicina.
TELESSAÚDE BRASIL REDES – O programa Telessaúde Brasil Redes interliga, por meio da tecnologia da informação unidades de saúde da Atenção Básica com núcleos de especialistas e técnicos que trocam informações para melhorar o atendimento no SUS e qualificar o diagnóstico e o tratamento no nível da atenção primária. O programa está em funcionamento em 12 estados e já realizou, desde 2005, cerca de 50 mil teleconsultorias, 665.572 telediagnósticos (análise de exames de apoio à distância), e 643 “segundas opiniões formativas”. Este ano, o programa recebeu um aporte de R$ 70 milhões, e estará presente, até o final de 2013, em 3.256 municípios de todas as unidades federativas.
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde e o Serviço Social do Comércio (SESC) firmaram, nesta segunda-feira (3), um acordo de cooperação para fortalecer e implantar a Campanha Move Brasil, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida da população e o incentivo à prática da atividade física entre os brasileiros.
A proposta da campanha Move Brasil é deixar um legado aos brasileiros estimulados pelos eventos esportivos mundiais que serão realizados em 2014, Copa do Mundo e em 2016, Olimpíadas. A campanha se inspirou no movimento realizado na Europa que pretende levar 20 milhões de cidadãos a prática de atividades físicas.
A assinatura do documento ocorreu durante o I Seminário do Programa Academia da Saúde, evento que reúne, em Brasília, gestores nacionais do programa entre os dias 3 e 5 de dezembro. Os secretários de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e o diretor regional do Sesc-DF, José Roberto Macedo participaram da cerimônia que selou o compromisso entre as entidades.
Os brasileiros passam grande parte do dia em seu ambiente de trabalho. Portanto, acreditamos que o envolvimento de instituições como o Sesc, que atua junto aos trabalhadores, pode multiplicar ações de promoção à saúde, fazendo com que elas cheguem às lojas, shoppings, mercados e vários outros lugares”, declara o secretário Jarbas Barbosa.
O secretário Helvécio Magalhães enfatiza a capilaridade do Sesc como um fator essencial à iniciativa. “Precisamos não só de governos, de instituições públicas e do Sistema Único de Saúde, mas da participação de todas as entidades que possam colaborar. Esta parceria torna mais eficaz o combate às doenças crônicas não transmissíveis”, ressalta.
José Roberto Macedo, representante do Sesc, prevê resultados positivos para a campanha. “O Sesc pretende apoiar o Ministério da Saúde a fortalecer ainda mais as políticas públicas que visam combater o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida do brasileiro”, afirma.
As ações de promoção à saúde são consideradas pelo Ministério da Saúde estratégicas para a prevenção de doenças crônicas e redução da mortalidade precoce dos brasileiros. Parcerias intersetoriais estão previstas no Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado pelo governo federal em 2011.
DEBATE – O I Seminário do Programa Academia da Saúde, que acontece entre os dias 3 e 5 de dezembro, promove a realização de oficinas e de atividades para orientar as secretarias estaduais e municipais no processo de implantação do programa, e prevê a realização de palestras sobre orientação nutricional, e da importância de atividades corporais e artísticas na de prevenção à violência. O evento também permitirá trocas de experiências locais entre os gestores do programa.
ACADEMIA -As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) respondem por 72% das causas de mortes no país. O Programa Academia da Saúde, previsto no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil é o carro chefe para induzir o aumento da prática da atividade física na população. A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2.600 polos habilitados para a construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo ministério. O Ministério da saúde está investindo R$ 371 milhões no programa.
WASHINGTON – Alguns meninos com autismo que são vítimas de uma regressão repentina de suas habilidades interpessoais, têm o cérebro maior do que outras crianças, incluindo outras com autismo, de acordo com os resultados de um estudo publicado terça-feira nos EUA.
Pesquisadores do Instituto MIND, na Universidade da Califórnia em Davis descobriram que essas crianças tinham um volume cerebral 6% maior que as outras crianças, de acordo com um estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Este crescimento anormal do cérebro começa na idade de quatro meses e continua até os 19 meses, de acordo com este estudo, realizado com 180 crianças, cuja cabeça foi medida e foram feitos testes de IMR (imagem por ressonância magnética).
O grande tamanho do cérebro já havia sido ligado ao autismo em outros estudos, mas a pesquisa efetuada no MIND é a primeira a revelar que apenas os autistas vítimas de regressão de certas competências, como a linguagem, são afetados.
A pesquisa apresentada como “a maior realizada sobre o desenvolvimento do cérebro em crianças de idade pré-escolar”, não encontrou o crescimento do cérebro anormal em meninas com autismo.
O autismo afeta uma criança em 110 e quatro vezes mais meninos do que meninas. Suas causas são desconhecidas e apresenta-se sobre inúmeras formas, desde uma simples timidez a uma incapacidade de se comunicar, passando atépor uma hipersensibilidade ao ruído ou a luz.
PARIS – Analisar a respiração para detectar o câncer: a ideia que pode parecer absurda, é realmente uma experiência corporal na Itália para detectar câncer de cólon. Um nariz primeiro eletrônico foi desenvolvido nos Estados Unidos para “farejar” tumores de pulmão.
Um teste experimental desenvolvido pela equipe de Donato Altomare na Universidade de Bari, determinou com 76% de precisão se um paciente tinha ou não câncer colorretal, a segunda principal causa de morte por câncer na Europa.
“A técnica de coletar amostras da respiração é muito simples e não invasiva”, diz o Dr. Altomare em um comunicado que acompanhou o lançamento, quarta-feira, de seu estudo na revista “British Journal of Surgery” (BJS). Reconhece-se, contudo, que a técnica ainda está em uma “fase experimental”.
Os testes desenvolvidos pela equipe são baseados na análise por cromatografia gasosa de compostos orgânicos voláteis (VOC em inglês) contidos na respiração de pacientes. Já é conhecido há alguns anos que a produção destes VOC é “alterada” em pacientes com câncer, mas ninguém entende completamente os mecanismos bioquímicos envolvidos.
Amostra muito pequena
Primeiramente, a equipe do professor Altomare desenvolveu um perfil de conteúdo de VOC na respiração de pacientes com câncer colorretal e em seguida dos pacientes saudáveis, trabalhando com 37 pacientes com a doença e 41 pessoas saudáveis. Eles, então, testaram a sensibilidade do teste desenvolvido em outros 25 pacientes (15 pacientes com câncer e 10 saudáveis), obtendo um diagnóstico correto em 19 deles.
Uma taxa de precisão de cerca de 75% “é muito pequena”, diz a gastroenterologista francesa Isabelle Nion-Larmurier. “Mas a amostra é pequena e devemos ver um maior número de exames”, acrescenta ela.
Para a especialista, com este tipo de teste seria muito mais fácil de obsevar de perto a população em geral do que com o teste atual, o tipo Hemoccult, com base na pesquisa de sangue nas fezes, que é sempre difícil de ser realizado em pessoas com mais de 50 anos (apenas um terço da população alvo a ser submetida).
Uma característica interessante do estudo italiano é que a sensibilidade deste teste também parece ser alta para diagnóstico de câncer em estágios iniciais (estágios I e II) em comparação com estágios avançados (estágios III e IV).
“Nariz eletrônico”
A equipe do Prof. Altomare não é o única a trabalhar sobre o assunto. Uma pequena empresa da Califórnia, Metabolomx desenvolveu um nariz eletrônico para a detecção experimental de câncer do pulmão, mais uma vez por meio do ar expirado do paciente.
A empresa diz em seu site que os testes realizados pela Cleveland Clinic mostraram que a máquina era tão confiável quanto um scanner tradicional para diagnosticar o câncer de pulmão e mais do que isso, o nariz artificial foi capaz de determinar o tipo de células cancerosas envolvidas.
BRASÍLIA – A partir de 2013, começará a ser distribuído na rede pública de saúde mais um medicamento com o rótulo nacional para o tratamento da aids: o Sulfato de Atazanavir. Nesta sexta-feira (30), véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, no Rio de Janeiro, da cerimônia de oficialização do processo de transferência de tecnologia para a produção do medicamento no país. O antirretroviral que já é distribuído aos pacientes do SUS, é utilizado por cerca de 45 mil pessoas – perto de 20% do total de pacientes, 217 mil.
A produção nacional do Atazanavir será possível graças a uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre o Ministério da Saúde – por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – e o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb. Atualmente, o Atazanavir é importado. Com a PDP, a expectativa é de que o Ministério da Saúde economize cerca de R 850 milhões por ano na aquisição dos medicamentos. Desses 20, oito são objeto de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo: Atazanavir, Tenofovir (desde 2009), Raltegravir (desde 2011), e Ritonavir Termoestável, Lopinavir + Ritonavir, Ritonavir Cápsula Gel. Mole, Tenofovir + Lamivudina (2 em 1), e Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz (3 em 1), anunciados este ano.
ESTOCOLMO – As trintas paradas de ônibus da cidade de Umea, no norte da Suécia, oferecem um pouco de luminoterapia aos usuários à espera de seus ônibus no longo inverno sueco, anunciou terça-feira o fornecedor da energia que da origem a operação. Terapia da luz é um tratamento contra a depressão sazonal.
“Eles se sentem cansados nesta época do ano e obter uma pequena dose a mais de luz, é um tônico”, disse o diretor de marketing da Umeaa Energia, Anna Norrgaard.
Isto se deve aos dias muito curtos de Umeaa, cerca de 500 km ao norte de Estocolmo, que chegam a apenas quatro horas e meia durante o pico de inverno no final de dezembro.
Lâmpadas especiais substituem temporariamente as propagandas. Cinco pontos de ônibus foram ainda cobertos com painéis reflexivos para aumentar ainda mais a sensação de estar sob o sol.
De frente para as lâmpadas de olhos abertos “Você tem que virar-se para as lâmpadas de rosto (…) e manter os olhos abertos para deixar entrar a luz”, aconselhou a Sra. Norrgaard.
Você também pode considerar ir para o ponto de ônibus mais cedo do que de costume, uma vez que a exposição de luminoterapia geralmente recomendada é de meia hora, embora o tempo “varia de acordo com a pessoa”, acrescentou ela.
Os amantes de bronzeamento ficarão decepcionados: as lâmpadas não emitem radiação ultravioleta para proteger seus olhos. A luminoterapia é um tratamento contra as “tristezas do inverno”, distúrbio causado pela falta de luz solar.
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios e sociedade civil, irá realizar uma mobilização nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o país. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro, e que foi apresentada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha.
Entre as ações, está o lançamento do novo boletim epidemiológico, que traz, como novidade, a inclusão de informações sobre monitoramento clínico dos pacientes, carga viral, contagem de CD4 (situação do sistema imunológico) e tratamento. A ampliação da testagem no pré-natal é um dos destaques. Estudo do Ministério da Saúde com parturientes indica que, em 2004, 63% das mulheres gestantes realizaram o teste. Entre 2010 e 2011, esse índice foi de 84%, um aumento de 21 pontos percentuais.
O boletim mostra ainda queda de 12% no coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão). A taxa de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes em 2000 caiu para 5,6 em 2011.
Cerca de 70% dos pacientes que vivem com aids no Brasil, e que estão em terapia antirretroviral, apresentam cargas virais indetectáveis. Isso significa que as pessoas que têm a infecção e recebem medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão vivendo cada vez mais. “O Ministério da Saúde considerou como prioridade trabalhar, não apenas o dia de combate à Aids, como também essa ação de mobilização. A campanha serve para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, com ampliação do acesso da população aos testes rápidos nas unidades básicas de saúde”, frisou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.
FIQUE SABENDO – A partir dessa quinta-feira até 1º de dezembro – as unidades da estratégia de mobilização “Fique Sabendo” estarão em todas os estados do país, oferecendo a testagem para HIV/aids, sífilis e a hepatite B e hepatite C. Com apenas uma gota de sangue colhida, o resultado do teste rápido sai em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame, e em caso positivo, é encaminhada para o serviço especializado.
“O diagnóstico precoce produz dois impactos positivos: o individual e o coletivo. Primeiro, é importante que o paciente saiba que está infectado, isso possibilita um tratamento eficaz e mais rápido, reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida. Segundo, reduz a carga viral negativa. Viver com HIV não é simples, mas saber é muito melhor”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
TESTE RÁPIDO– Desde a sua implantação em 2005, foi registrado aumento de 340% no número de testes ofertados (de 528 mil, 2005, para 2,3 milhões, em 2011). De janeiro a setembro deste ano, já foram distribuídas 2,1 milhões de unidades do exame. A expectativa é fechar 2012 com a remessa de cerca de 2,9 milhões, apenas para detecção do HIV.
Para a Mobilização Nacional, o Ministério da Saúde enviou às capitais, 386.890 testes rápidos para HIV, 182.500 para sífilis, 93 mil para hepatite B e 93 mil para a C. No total, foram 755.390 unidades de insumos, conforme a solicitação de cada estado. Os testes rápidos para diagnóstico de HIV/aids, hepatites virais e sífilis estão disponíveis, gratuitamente, em toda a Rede Pública de Saúde.
“A política de acesso aos testes tem mostrado estar no caminho certo. Segundo Pesquisa de Comportamentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP), a realização de testagem de HIV passou de 20%, em 1998, para quase 40% na população adulta brasileira, em 2008”, observa o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
A realização do teste é recomendada para toda a população, especialmente para alguns grupos populacionais em situação de maior vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens (HSH) (54%), mulheres profissionais do sexo (65,1%) e usuários de drogas ilícitas (44,3%). Isso porque a epidemia no Brasil é concentrada e o país focaliza, prioritariamente, as ações de prevenção do governo federal nessas populações.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – A taxa de incidência de aids no Brasil tem se mantido nos mesmos patamares, nos anos recentes, embora apresente diferenças regionais. Esses e outros dados epidemiológicos da aids serão destaques do Boletim Epidemiológico que será lançado no dia 1 de dezembro, com números atualizados até junho de 2012. Os dados apontam que a taxa de incidência da aids no Brasil, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior volume de casos continua concentrado nos grandes centros urbanos.
A região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de aids de 27,5 casos (para cada 100 mil) – em 2002 – para 21,0 em 2011. Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar.
A taxa de prevalência (percentual de pessoas infectadas pelo HIV), em 2010, foi estimada em 0,42%. Em relação à mortalidade por aids, o país apresentou média de 11.300 óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão) vem apresentando queda. Enquanto em 2000, era de 6,3, em 2011 o número registrado foi 5,6, o que representa redução de 12%. O diagnóstico precoce seguido do acesso, em tempo oportuno, à terapia antirretroviral explica a queda de óbitos em decorrência da aids.
MONITORAMENTO – O aumento do diagnóstico tem se refletido no crescimento da proporção de indivíduos HIV positivos que são identificados precocemente. Em 2006, 32% dos pacientes chegavam ao serviço de saúde com contagem de CD4 superior a 500 células por mm3, o que indica que o sistema imunológico do paciente ainda não está comprometido. Em 2010, esse percentual subiu para 37%.
A incorporação de novos medicamentos no tratamento contra a aids também tem contribuído para diminuir as estatísticas de óbitos em consequência da infecção. Em 2010, a etravirina passou a ser oferecida no SUS para pacientes com resistência aos outros antirretrovirais. Já o tipranavir foi incluído no rol de medicamentos disponíveis no país, desde o ano passado. É o primeiro antirretroviral de resgate terapêutico que poderá ser utilizado por crianças de 2 a 6 anos de idade.
Em outubro desse ano, o Ministério da Saúde assinou acordo com os laboratórios Farmanguinhos, Fundação Ezequiel Dias e Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco para a fabricação da dose fixa combinada (uma só pílula) dos antirretrovirais tenofovir, lamivudina e efavirenz, o chamado tratamento 2.0. A iniciativa vai facilitar a adesão do paciente ao tratamento da aids, seguindo tendência mundial de simplificar os esquemas de terapia. A expectativa é que o comprimido único já esteja disponível no SUS em 2013.
O Ministério também está incorporando, como parte do arsenal terapêutico de medicamentos de terceira linha (esquemas de resgate para pacientes que não responderam satisfatoriamente aos de primeira e de segunda linha), o maraviroque. O antirretroviral pertence a uma nova classe de medicamentos e, inicialmente, irá beneficiar 300 pacientes no país, a partir de próximo ano. Será o quinto antirretroviral de terceira linha disponibilizado pelo governo.
CAMPANHA – O tema da campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano irá destacar a importância de se realizar o teste, tendo como porta-vozes pessoas que vivem com HIV/aids. A estratégia prevê veiculação de mensagens de promoção ao diagnóstico de HIV, com base nos direitos humanos e no combate ao estigma e preconceito. A divulgação nacional será feita em TV, rádio, salas de cinema e internet.
As mensagens irão mostrar que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame. A campanha terá a seguinte abordagem: “Eu vivo com HIV e sei disso. A diferença entre nós é que você pode ter o vírus e não saber. Vá à unidade de saúde e faça o teste de aids”.
Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.
O público alvo é a população em geral, especialmente a que vive em situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e profissionais do sexo. A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.