BRASÍLIA, DF – Uma das doenças mais prevalentes no inverno é a gripe, causada pelo vírus influenza. A vacinação é uma maneira eficaz de evitar a gripe e deve ser tomada anualmente, uma vez que a imunização dura de 6 a 12 meses após a tomada da vacina. Nesse ano, o Ministério da Saúde estabeleceu a meta de vacinar 80% do público-alvo. Até o momento, mais de 41,7 milhões de pessoas já se vacinaram contra a influenza, o que representa uma cobertura de 84%. A vacina contra a gripe está disponível nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS), desde o dia 22 de abril, para os integrantes do grupo prioritário ( 49,6 milhões de pessoas).
O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. Este grupo recebe prioridade pois as pessoas contidas nele são mais propensas a desenvolver formas graves da doença.
O ministro da Saúde Arthur Chioro destacou que é muito importante atingir uma cobertura dessa magnitude pelo impacto que ela tem, não só na redução das internações, mas também na redução de números de casos graves de gripe. Além disso, a vacinação poupa vidas da mortalidade. O ministro ainda ressaltou que é uma grande alegria saber que o país e o Sistema Único de Saúde conseguiram mais uma vez atingir essa meta importante. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a gripe causa comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas ao ano.
A vacinação ainda continua naqueles municípios que não alcançaram a meta de 80% de cobertura, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde lançada no dia 8 de maio.
Os estados com as maiores coberturas do público-alvo vacinado são Goiás – com 92,6% – seguido por Santa Catarina (90,32%) e Paraná (90,28%).
O grupo de mulheres pós-parto (puérperas) registrou a maior cobertura vacinal, com 381,7 mil doses aplicadas, o que representa 106,6% deste público. Os grupos das gestantes (75,4%) e das crianças menores de cinco anos (80,6%) apresentam uma menor cobertura.
Medidas de prevenção
Além da vacinação, cuidados simples ajudam a prevenção da doença, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal. A influenza é uma doença muito comum, acometendo milhões de pessoas em todo o mundo, todos os anos, com maior transmissão durante o período do inverno.
A transmissão da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, durante a fala, tosse ou espirro. Além disso, ela também ocorre através de contato das com objetos contaminados (maçanetas, talheres, copos), e destas com as mucosas da boca, nariz e olhos. Em pessoas dos grupos prioritários, a gripe pode apresentar complicações que levam a quadros graves, com necessidade de hospitalização.
Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente as integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico.
O Ministério da Saúde distribuiu aos estados 53,5 milhões de doses da vacina que protegem contra os três subtipos do vírus mais comuns no inverno passado: A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. Embora a vacina seja segura, ela é contraindicada para pessoas que têm alergia ao ovo. Segundo estudos, a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Leia também: Vacinação Gripe A
15 de Julho de 2014. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (Farmacêutico, USP). Fonte: Ministério da Saúde e Portal Brasil.