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Medicamentos para emagrecer (2022)

Existem medicamentos cada vez mais eficazes para emagrecer, pelo menos a curto ou médio prazo. É sempre uma boa ideia comer de forma saudável e fazer exercícios regularmente, mas às vezes somente a boa força de vontade não é suficiente. Para algumas pessoas, por exemplo, por razões genéticas, perder peso é muito complicado. É por isso que a medicação pode ser uma opção útil. A maioria dos medicamentos no mercado funciona suprimindo o apetite ou ajudando a se sentir mais saciada1. O orlistat (Xenical e genéricos) é utilizado cada vez menos por não ser muito eficaz, atua reduzindo a absorção de gorduras. Graças aos novos medicamentos que surgiram nos últimos anos, como a liraglutida, alguns pacientes podem perder até 20% do peso2.

Agonistas do receptor GLP-1, reais supressores de apetite

Os agonistas do receptor de GLP-1, como a liraglutida ou semaglutida, agora desempenham um papel muito importante na perda de peso, especialmente em pessoas obesas. São medicamentos originalmente desenvolvidos contra a diabetes, administrados geralmente na forma de injetáveis, para combater a obesidade e são comercializados somente com prescrição médica estrita. Por exemplo, alguns pacientes tratados com liraglutida perderam entre 20 e 25 kg ou mais de 20% do peso corporal e estão atualmente com peso normal, de acordo com o médico diabetologista Marc Donath, da Universidade de Basel, que falou no jornal suíço NZZ em 25 de junho de 2022. A liraglutida injetada diariamente facilita a sensação de saciedade, porque a evacuação do bolo alimentar no estômago é mais lenta. Muitos pacientes tratados com esta classe de medicamentos relatam que já se sentem cheios após meia porção. Atenção, os agonistas do receptor GLP-1 podem causar efeitos colaterais como náusea, vômito, constipação ou diarreia, mas nenhum efeito colateral grave (exceto exceções ou contraindicação) foi relatado até agora. Há também contraindicações como para casos específicos de câncer de tireoide. Graças aos agonistas do receptor GLP-1, menos cirurgias de obesidade (cirurgia bariátrica) são esperadas no futuro.

Orlistate (Xenical)

O orlistate (Xenical e genéricos) foi um dos primeiros medicamentos indicados contra o sobrepeso e a obesidade, mas agora essa molécula é cada vez menos usada devido à baixa eficácia e aos efeitos colaterais às vezes dolorosos, como aumento da frequência das fezes e fezes oleosas. Lembre-se de que o orlistate não afeta o apetite3. Com a ingestão desse medicamento, as gorduras “passam direto”, ou seja, passam pelo trato gastrointestinal sem serem absorvidas. Em seu relatório anual de medicamentos a serem descartados para 2022, a revista francesa Prescrire, conhecida por sua independência da indústria farmacêutica, critica o orlistate e recomenda seu descarte.

Outros medicamentos (Estados Unidos)

Em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, existem diversos medicamentos indicados para combater o sobrepeso e a obesidade. A Mayo Clinic, em um artigo de junho de 2022, observa que alguns médicos(as) prescrevem uma associação com a bupropiona (um antidepressivo e um medicamento usado na luta contra o tabagismo) e a naltrexona (um medicamento usado principalmente na dependência de certos opioides). Esta combinação de duas moléculas tem alguns efeitos colaterais, particularmente no nível gastrointestinal. A fentermina, um derivado da anfetamina, é usada como medicamento para reduzir o apetite. A fentermina é um medicamento registrado pelo FDA e pela ANVISA, agências reguladoras de medicamentos nos Estados Unidos e no Brasil, para uso de curto prazo contra a obesidade4.

Atenção, a fentermina apresenta um alto risco de efeitos colaterais e dependência.

20 de agosto de 2022. Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: Mayo Clinic, NZZ (jornal de referência suíço de língua alemã), Prescrire (França). Revisão (Seheno Harinjato, editor em Criasaude.com,br).

O papel da nutrição na recuperação da Síndrome pós-COVID-19

Estamos prestes a completar 3 anos desde o primeiro caso de infecção pelo SARS-CoV-2, ou novo coronavírus, em humanos que deflagrou a pandemia da Covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já atingimos 556.897.312 casos confirmados de Covid-19, destes 6.356.812 resultaram em mortes, portanto são aproximadamente 550.540.500 sobreviventes do Covid-19 em todo o mundo. No Brasil são 33.076.779 casos confirmados e 674.482 mortes1.

A essa altura já sabemos que para além de tomar medidas preventivas para evitar ou diminuir o contágio, precisamos também nos preocupar com as condições de saúde de sobreviventes desta doença, cujos sintomas e sequelas podem durar muitos meses ou anos.

Estudos já apontam para a presença da Síndrome Pós-Covid-19 ou covid prolongado, que é caracterizada por sintomas, que podem durar até 6 meses, como: inflamação sistêmica, fadiga, cansaço, dores musculares, dores articulares, queda de cabelo, alteração em padrão de sono, da saúde cerebral e emocional.

Segundo a revisão científica publicada na revista Nutrients2 em março de 2022, esta síndrome é mais frequente em pacientes hospitalizados (85%), mas também afeta 10 a 35% dos pacientes não hospitalizados.

Um fator relevante para recuperação, que deve ser considerado durante e após a infecção, é a condição nutricional. Muitas vezes as pessoas já apresentavam uma deficiência nutricional antes da infecção por Covid-19 ou a desenvolvem durante a fase aguda, seja por diminuição de ingestão de alimento, aumento da demanda energética ou alterações da microbiota. A má nutrição afeta a recuperação de todos os outros sistemas impactados na síndrome pós-Covid-19, sendo um componente muito importante a ser considerado.

Nutrição e COVID-19

Apesar de, até o momento, não haver fortes evidências de que suplementação ou a alteração da dieta modifica sintomas de pessoas com síndrome de fadiga crônica (SFC) pós-Covid-19, já se sabe que a deficiência de alguns nutrientes – vitamina C, vitaminas do complexo B, sódio, magnésio, zinco, l-carnitina, l-triptofano, ácidos graxos essenciais e coenzima Q10 – são importantes no grau de severidade e progressão dos sintomas da SFC devido ao aumento do estresse oxidativo. Diversos estudos demonstraram o benefício do uso de suplementação de vitamina-antioxidante-glicofosfolipidica e outros antioxidantes que auxiliam na melhora do grau de fadiga apresentado por pacientes com SFC.

Para a restauração da massa corpórea e sarcopenia a suplementação de proteína através de uma dieta balanceada ou suplementos alimentares podem ser benéficos para a recuperação. Em casos mais graves, esteroides parenterais também são uma opção.

Outra alteração muito comum de correr durante a COVID-19 é a modificação da microbiota, que é muito importante para manter um metabolismo saudável, uma boa absorção de nutrientes e um bem-estar psicológico. O consumo de probióticos e polifenóis ajudam a restaurar a microbiota.

A Síndrome Pós-Covid-19 não atinge só a saúde física, ela também afeta a saúde mental, podendo levar à ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e comprometimento cognitivo. Segundo a revisão científica publicada na revista Nutrients em março de 2022, uma alimentação com baixo índice glicêmico e com altas quantidades de vegetais e frutas pode estar associada a um menor risco de depressão no geral. 

Este estudo também relata que há fortes evidências que uma alimentação rica em vegetais, compostos bioativos como o ômega-3, com um baixo consumo de gorduras-trans e carboidratos refinados, podem aumentar o bem-estar psicológico, e portanto, ter um papel na recuperação da Síndrome pós-COVID-19. Sendo a dieta mediterrânea um dos possíveis caminhos para uma alimentação equilibrada.

Existem muitas outras questões nutricionais que podem afetar a recuperação da Síndrome pós-COVID-19, uma avaliação com especialistas e recomendação dietética personalizada, feita por nutricionistas, pode ser uma das estratégias mais eficazes na recuperação.

Dicas
– Faça refeições com quantidades menores e mais vezes
– Beba longe das refeições para evitar a sensação de saciedade antecipada
– Prefira alimentos leves com baixas calorias e gorduras
– Consuma carboidratos com baixo índice glicêmico (ex. aveia, arroz integral, milho, etc)
– Consuma alimentos com alta qualidade proteica de fontes animais e vegetais (15 a 30g de proteína por refeição)
– Mantenha uma dieta rica em ômega-3 (1,5 a 3 g/dia)
– Consuma azeite de oliva extravirgem, devido a suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
– Consuma bastante fibras através de vegetais, legumes e frutas.

Fontes e referências
Organização Mundial da Saúde (https://covid19.who.int/ link, acessado em 15 de julho de 2022 pela equipe da Criasuade.com.br), Nutrients  (https://doi.org/10.3390/nu14061305)

Escrito por:
Adriana Sumi (farmacêutica), 20.07.2022

9 alimentos que não devem ser comidos crus

Se os alimentos crus se tornaram uma verdadeira tendência alimentar destinada a preservar o máximo de nutrientes nos alimentos, existem certos produtos que definitivamente devem ser cozidos antes do consumo. Descubra 9 alimentos que não devem ser comidos crus para se manter saudável. Também tome cuidado para não adotar uma alimentação com alimentos crus fraca ou de forma repentina, pois o corpo, acostumado a digerir alimentos cozidos, pode ser perturbado por essa mudança.

1. A carne de porco
A carne de porco às vezes pode estar contaminada com bactérias como as salmonellas ou as Campylobacter. Da mesma forma, pode conter parasitas como triquinose e Taenia solium. Para evitar qualquer risco, é aconselhável nunca comer esta carne crua. Tenha cuidado, o javali também pode ser infectado por esse mesmo parasita e as mesmas precauções também se aplicam.

2. O frango
O frango é um dos alimentos que não devem ser consumidos crus. As bactérias como a salmonella crescem naturalmente no intestino das aves, aumentando o risco de contaminação. Outras bactérias, como campylobacter, também devem ser temidas, especialmente para pessoas com sistemas imunológicos mais fracos.

3. As carnes vermelhas (em geral)
Embora existam muitas receitas que pedem o consumo de carnes mal-passada, o risco de contaminação por bactérias como Salmonella, Campylobacter, E. coli e muitas outras continua existindo. A carne moída é particularmente perigosa porque promove a propagação de germes e, portanto, aumenta o risco de intoxicação alimentar se não for cozida. A melhor precaução a tomar antes de consumir alimentos à base de carne é cozinhá-los bem.

4. Os peixes
O peixe cru é popular em muitos pratos asiáticos, mas esteja ciente de que, como outras carnes, o peixe pode estar contaminado com bactérias como Listeria ou Salmonella. O mais perigoso no consumo de peixe cru é o anisakis, um parasita que pode causar alergias e distúrbios digestivos. Congelar a carne pode limitar o risco de intoxicação pelo peixe, mas cozinhar continua sendo a melhor maneira de evitar a contaminação.

5. Os cogumelos selvagens
Você deve ter muito cuidado com cogumelos selvagens. Já que nem todos são comestíveis, mas além disso, alguns contêm componentes de difícil digestão, que podem causar reações tóxicas ou alérgicas. É melhor sempre cozinhá-los. Mesmo para cogumelos paris e cogumelos cremini que podem ser consumidos em saladas, não é aconselhável consumir cogumelos em grandes quantidades ou com muita frequência.

6. A batata-inglesa
As batatas-inglesas têm meios de proteção contra parasitas. Esses componentes são tóxicos, embora não fatais. Estes são principalmente a solanina e a chaconina, esses alcaloides que podem causar distúrbios como náuseas ou vômitos. Da mesma forma, as batatas cruas podem causar flatulência devido à resistência dos amidos aos sucos digestivos. No entanto, deve-se notar que essas toxinas são fracas e concentram-se principalmente nas gemas, nas flores e na pele, especialmente quando ela está verde.

7. A berinjela
Assim como as batatas, a berinjela contém a solanina. A concentração dessa substância é menor em vegetais maduros do que naqueles ainda jovens. Mesmo que os efeitos gastrointestinais indesejáveis ligados à toxicidade deste vegetal sejam menores, é prudente favorecer o cozimento. Você pode fritar, grelhar, ferver ou assar a berinjela de acordo com seu gosto.

8. Os brotos e germinados
Muito apreciados em saladas tanto pela cor e sabor quanto pela qualidade nutricional, os brotos e germinados são obtidos pela germinação das sementes em ambiente quente e úmido. Estas condições são favoráveis ​​ao desenvolvimento de bactérias que podem contaminar os alimentos durante o cultivo, colheita ou durante diversas operações de manipulação. É por isso que você tem que ter cuidado. As crianças, os idosos, as mulheres grávidas e pessoas com sistema imunológico fraco não devem consumir esses alimentos crus. As principais bactérias que são recorrentemente encontradas em brotos e germinados são a Salmonella, a E.coli e a Listeria. O melhor é comprar produtos frescos, limpá-los bem e, tanto quanto possível, cozinhá-los em vez de comê-los na forma de saladas (cruas).

9. O leite
Não é aconselhável consumir leite cru, ou seja, o leite que vem diretamente da vaca (sem processamento). De fato, ele às vezes pode ser contaminado por bactérias perigosas para a saúde, como a Salmonella ou a E. coli ou por outros elementos externos. Se você puder garantir que não haja risco de contaminação, o leite cru pode ser benéfico para sua saúde, pois ainda retém todas as vitaminas perdidas durante a pasteurização. Este tipo de leite deve ser sempre mantido fresco e consumido rapidamente.

Artigo atualizado em 23 de maio de 2022. Pela equipe editorial do Criasaude.com.br. Créditos fotográficos: Fotolia.com.

Por que as mulheres de meia-idade tomam tantos antidepressivos?

NOVA YORK – Nos Estados Unidos, cerca de uma em cada cinco mulheres entre 40 e 59 anos toma antidepressivos, enquanto menos de 10% dos homens na mesma faixa etária os tomam. Além disso, cerca de 1 em cada 4 mulheres com 60 anos ou mais toma antidepressivos em comparação com cerca de 1 em 10 para aquelas com 18 a 39 anos. Como pode ser visto, são principalmente as mulheres de meia-idade que começam a tomar antidepressivos. Essas estatísticas coletadas nos Estados Unidos vêm do National Center for Health Statistics e se referem a pessoas que tomaram antidepressivos nos últimos 30 dias entre 2015 e 2018. Esses dados foram coletados antes da pandemia de Covid-19. Supõe-se que com aproximadamente 2 anos de Covid-19, o número de mulheres entre 40 e 60 anos em uso de antidepressivos aumentou ainda mais, especialmente entre as mulheres na pós-menopausa, conforme observado pelo Wall Street Journal em uma de suas edições do início de abril de 2022. Na Suíça, um relatório publicado em abril de 2022 mostrou que, em geral, as mulheres são mais propensas do que os homens a receber antidepressivos.

Por que essas mulheres são tão afetadas pela depressão?


Para muitas mulheres, os 50 anos marcam a entrada na menopausa. A pesquisa científica mostrou que os anos antes, durante e após a menopausa são particularmente propensos a sofrer de depressão. A menopausa é caracterizada por uma grande variação nos hormônios estrogênio e progesterona. Essas mudanças hormonais abruptas podem afetar a moral. Além disso, existem muitos receptores de estrogênio e progesterona no cérebro.

Menopausa, período de risco

A entrada na menopausa é definida como quando uma mulher não menstrua há mais de 12 meses. Nos Estados Unidos, a idade média da menopausa é de 51 anos. Existem diferenças bastante significativas, algumas mulheres podem estar na menopausa em seus 30 ou 40 anos e outras em seus 50 ou mesmo 60 anos. O risco de uma mulher sofrer de depressão grave na idade da menopausa é 2 a 4 vezes maior do que em outros períodos da vida, de acordo com o Wall Street Journal, baseado em estudos científicos. Uma pesquisa norte-americana do instituto National Institute of Mental Health mostrou que o risco de depressão é maior 2 anos antes e 2 anos após a última menstruação, ou seja, por um período de cerca de 4 anos. Dito isto, 2 pequenos estudos suíços publicados em 2016 na revista científica World Psychiatry estimaram, pelo contrário, que a menopausa não teve impacto na depressão. Mas a maioria dos estudos publicados acredita que a menopausa aumenta o risco de sofrer de depressão.

Outra causa
O estresse é outra causa de depressão. Sabemos que muitas mulheres entre 40 e 60 anos muitas vezes têm que fazer malabarismos entre uma vida profissional às vezes ocupada e sua família. Todos esses elementos explicam por que as mulheres de meia-idade são as principais consumidoras de antidepressivos junto com aquelas com mais de 60 anos. As mulheres tomam mais antidepressivos do que os homens, talvez também porque vão a um médico ou psiquiatra com mais facilidade.

Novos medicamentos

Novos medicamentos direcionados em particular aos receptores de estrogênio no cérebro podem ser lançados no mercado nos próximos anos. Os hormônios de reposição podem ser tratamentos eficazes durante o período da menopausa, converse com seu médico pois esses medicamentos possuem contraindicações para algumas mulheres.

13 de abril de 2022 (última atualização). Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fonte: The Wall Street Journal. Revisão (Seheno Harinjato, editor da Creapharma.ch)

Azeite de oliva: um aliado da saúde para viver mais

BOSTONO uso regular de azeite de oliva na dieta pode ajudar as pessoas a viver mais tempo, segundo um grande estudo de Harvard. Ele também pode ser usada diariamente para substituir produtos que contenham gorduras animais, como a manteiga ou a maionese, a fim de melhor se beneficiar de sua ação de proteção.

Vida mais longa

Uma pesquisa feita por uma equipe da Harvard T.H. Chan School of Public Health, publicada em 10 de janeiro de 2022 no Journal of the American College of Cardiology (DOI: 10.1016/j.jacc.2021.10.041), mostrou que adicionar um pouco de azeite de oliva à dieta pode ajudar as pessoas a viver mais tempo. Após um acompanhamento de mais de 90.000 homens e mulheres por 28 anos, os pesquisadores constataram que as pessoas que consumiam regularmente azeite de oliva, em média mais de meia colher de sopa por dia, ou cerca de 7 gramas, tinham um risco de morte menor, com uma redução de 19%.

Menos risco de morte por doenças cardíacas e câncer

O azeite de oliva é uma parte essencial da dieta mediterrânea e contribui significativamente para a prevenção de doenças cardíacas e de derrames. Assim, esse aumento da expectativa de vida pode ser explicado por um coração mais saudável. Os resultados do estudo mostraram uma redução de 19% no risco de doenças cardiovasculares. Além disso, graças ao seu teor de gordura monoinsaturada, o azeite de oliva ajuda a reduzir o colesterol total e as lipoproteínas de densidade LDL ou o colesterol “ruim”. Do mesmo modo, o risco de morte por câncer foi reduzido em 17% e de doenças respiratórias em 18%.

Menor risco de morrer de distúrbios cerebrais

O azeite de oliva também tem efeitos benéficos para o cérebro. O estudo mostrou uma redução de 29% no risco de morte por doença neurodegenerativa. Outros estudos, como o publicado em 2017 na Wiley Online Library (DOI: 10.1002/acn3.431), que foi realizado em ratos, confirmam esse efeito benéfico do azeite de oliva sobre a cognição. De fato, os resultados revelaram uma incidência reduzida do mal de Alzheimer e uma diminuição significativa dos níveis de depósito de peptídeo amilóide (Aβo) no cérebro.

Referências e fontes:
Journal of the American College of Cardiology (DOI : 10.1016/j.jacc.2021.10.041), Wiley Online Library, Mayo Clinic.

Pessoas responsáveis e envolvidas na redação desse dossiê:
Seheno Harinjato (editor do Creapharma.ch, responsável pela infografia), redação do Creapharma.ch. Supervisão e finalização: Xavier Gruffat (farmacêutico).

Data da última atualização do arquivo:
13.05.2022

Créditos das fotos:
Creapharma.ch, Adobe Stock, © 2022 Pixabay. Image d’illustration.

Uma maior variedade de fontes de proteínas ajuda a diminuir o risco de pressão alta (estudo)

DALLAS Uma alimentação balanceada que inclua proteínas provenientes de uma maior variedade de fontes pode reduzir o risco de hipertensão. Esta é a conclusão de um estudo publicado em 10 de março de 2022 na revista Hypertension (DOI: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.121.18222), uma revista da American Heart Association.

As proteínas, um macronutriente básico

Quase metade da população dos EUA sofre de hipertensão, ou de pressão alta, um dos principais fatores que contribuem para as doenças cardiovasculares. Quando não tratada, a pressão alta danifica o sistema circulatório e é um dos principais fatores que contribuem para ataques cardíacos, acidente vascular cerebral (derrame) e outros problemas de saúde.

De acordo com o autor do estudo, o Dr. Xianhui Qin, do Centro Nacional de Pesquisa Clínica de Doenças Renais do Hospital Nanfang da Universidade de medicina do Sul em Guangzhou, China, a nutrição pode ser uma medida facilmente acessível e eficaz no controle da hipertensão. Juntamente com os lipídios e os carboidratos, as proteínas são, de fato, um dos três macronutrientes básicos.

Forte associação entre alimentação e doenças cardiovasculares

Existe uma forte associação entre uma alimentação de má qualidade e um risco aumentado de doença cardiovascular e morte por doença cardiovascular. Nos conselhos alimentares de 2021 para melhorar a saúde cardiovascular, a American Heart Association aconselhou o consumo de fontes saudáveis ​​de proteína, provenientes principalmente de vegetais e que podem incluir frutos do mar e laticínios com baixo teor de gordura ou sem gordura e, se desejar, cortes magros e formas não processadas de carne vermelha ou aves. A American Heart Association também recomenda consumir uma a duas porções, ou 5,5 onças, de proteína diariamente.

Estudo

Os autores do estudo analisaram informações de saúde de quase 12.200 adultos que vivem na China que participaram de pelo menos 2 dos 7 ciclos de pesquisa sobre saúde e nutrição da China entre 1997 e 2015 (pesquisas realizadas a cada 2 – 4 anos). A pesquisa inicial dos participantes foi usada como linha base de referência, enquanto os dados da última rodada foram usados ​​como acompanhamento para comparação. Os participantes tinham em média 41 anos e 47% eram homens. A pesquisa mediu a ingestão alimentar por meio de três diários alimentares de 24 horas consecutivos e um inventário alimentar domiciliar. Um entrevistador treinado coletou informações alimentares de 24 horas por 3 dias da mesma semana durante cada ciclo da pesquisa.

Os participantes receberam uma « pontuação de variedade » de proteína, baseada no número de diferentes fontes de proteína consumidas entre as 8 indicadas: grãos integrais, grãos refinados, carne vermelha processada, carne vermelha não processada, aves, peixes, ovos e legumes. Um ponto foi atribuído a cada fonte de proteína, com uma pontuação de variedade máxima de 8. Os pesquisadores então avaliaram a associação entre o início de uma nova hipertensão e a pontuação de variedade de proteínas.

Uma pressão arterial sistólica (número superior) maior ou igual a 140 mm Hg e/ou pressão arterial diastólica (número inferior) maior ou igual a 90 mm Hg, tomando um medicamento que reduz a pressão arterial ou tendo relatado um diagnóstico médico de hipertensão desde a última visita da pesquisa foram qualificados como hipertensão de início recente. A duração média do seguimento foi de 6 anos.

Resultados

A análise revelou que:

– Mais de 35% dos quase 12.200 participantes desenvolveram hipertensão arterial durante o acompanhamento.

– Em comparação com os participantes com a pontuação de variedade mais baixa para ingestão de proteínas (menos de 2), aqueles com a pontuação de variedade mais alta (4 ou mais) tiveram um risco 66% menor de desenvolver hipertensão.

– Para cada um dos 8 tipos de proteína, havia uma quantidade limite de consumo em que o risco de hipertensão era menor. Os pesquisadores descreveram esse limite como o nível adequado de consumo.

– Quando considerada a quantidade total de proteína consumida, a quantidade consumida foi dividida em cinco categorias (quintis), do menor ao maior consumo. As pessoas que consumiram a menor quantidade de proteína total e aquelas que consumiram mais proteína tiveram o maior risco de desenvolver hipertensão.

A mensagem para guardar em matéria de saúde do coração é que ter uma alimentação balanceada que inclua proteínas de diferentes fontes, em vez de se concentrar em apenas uma fonte de proteína, pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de hipertensão, concluem os autores.

Uma das limitações do estudo é o seu desenho observacional. Como os pesquisadores usaram informações de saúde anteriores, eles não puderam provar definitivamente que comer proteína de qualquer tipo ou quantidade causava ou prevenia o aparecimento de uma nova hipertensão.

Referências & Fontes :
– Revisão de hipertensão (10.1161/HYPERTENSIONAHA.121.18222)
– American Heart Association

Pessoas responsáveis ​​e envolvidas na redação deste arquivo:
Seheno Harinjato (escritor do Criasaude.com.br, responsável pelos infográficos), redação Criasaude.com.br.

Data da última atualização do arquivo:
17/03/2022

Créditos fotográficos:
Criasaude.com.br, Adobe Stock, © 2022 Pixabay

Créditos dos infográficos: 
Pharmanetis Sàrl (Criasaude.com.br)

Incontinência urinária: 5 dicas para viver melhor

Medida que as mulheres envelhecem, elas podem experimentar incontinência urinária, como incontinência de esforço, incontinência de urgência ou uma combinação de ambas. Essa micção involuntária e essa necessidade repentina, não provocada, de urinar é devida principalmente a um mau funcionamento do mecanismo de fechamento da bexiga. No caso de incontinência de estresse, isso pode ocorrer quando a pessoa tosse, ri, faz exercícios ou pressiona a bexiga. Além disso, pode piorar com o tempo, se não for devidamente administrado. Nas mulheres obesas, o risco de incontinência parece ser maior. Aqui estão cinco dicas para ajudar o senhor a viver melhor e combater a incontinência.

1. Mudar seu estilo de vida

A dieta pode ter um efeito significativo sobre a incontinência. É melhor limitar ou evitar bebidas que possam causar irritação na bexiga. Isso inclui bebidas com cafeína, refrigerantes e álcool. Essas bebidas são conhecidas como estimulantes e podem causar uma súbita vontade de urinar. Do mesmo modo, evite fumar para reduzir o risco de tosse crônica e de esportes intensivos que podem afetar o períneo.

2. Não reter-se

Se você sofreu de incontinência, não é aconselhável reter-se. É ainda melhor marcar uma pausa regular para ir ao banheiro. Para evitar acordar com demasiada frequência à noite, procure não beber durante uma ou duas horas antes de dormir.

3. Evitar a prisão de ventre

Na medida do possível, o risco de prisão de ventre (constipação) deveria ser reduzido. Para isso, coma mais alimentos ricos em fibras, como frutas e verduras. A prisão de ventre força o senhor a insistir repetidamente, o que pode ser prejudicial ao períneo.

4. Fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico

Os exercícios diários para fortalecer os músculos do assoalho pélvico são muito úteis. Se necessário, você deve procurar primeiro a ajuda de um especialista que possa lhe ensinar maneiras eficazes de segurar a urina até chegar ao banheiro.

5. Perder peso

O excesso de peso pode levar à incontinência, pois a pressão sobre a bexiga é maior. É aconselhável, portanto, tentar perder peso e manter um peso saudável para combater a micção involuntária.

Leia também nosso arquivo completo sobre incontinência urinária

Referências e fontes:
– Clínica Mayo
– Carta de saúde de Harvard (abril de 2022)
– ScienceDirect: Revisão comparativa das diretrizes publicadas para incontinência urinária feminina (DOI: 10.1016/j.purol.2012.08.004)

Pessoas responsáveis e envolvidas na redação desse dossiê:
Seheno Harinjato (editor do Creapharma.ch, responsável pela infografia), redação do Creapharma.ch et Criasaude.com.br (Brasil).

Data da última atualização do arquivo:
27.03.2022

Créditos das fotos:
Creapharma.ch, Adobe Stock, © 2022 Pixabay

Crédito em computação gráfica:
Pharmanetis Sàrl (Creapharma.ch)

Dor de cabeça, o principal sintoma da variante Omicron

LONDRESA dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns da infecção por Covid-19 SARS-CoV-2 com a variante Omicron (B.1.529). A partir de meados de março de 2022, a variante Omicron do vírus Covid-19 (SARS-CoV-2) está circulando a 100% ou perto1 no Brasil. Os sintomas com Omicron são frequentemente diferentes daqueles observados com variantes anteriores, como Delta ou a linhagem original (Wuhan). Além da dor de cabeça, três outros sintomas são comuns na infecção por Omicron: rinite ou sinusite, fadiga (às vezes extrema) e dor de garganta, esta última pode às vezes ser muito forte. Tosse e perda do gosto ou do cheiro parecem ser menos comuns com a Omicron do que com as variantes anteriores do SARS-CoV-2. Sabe-se que muitas pessoas que estão totalmente vacinadas com vacinas de RNA como a Pfizer com, por exemplo, 3 doses, 2 doses principais e 1 booster, no entanto, ficam infectadas com a variante Omicron e às vezes desenvolvem sintomas.

Sintoma principal

Dados do Departamento de Saúde do Estado de Washington nos Estados Unidos, publicados em janeiro de 2022, mostram como as dores de cabeça são comuns com Omicron: 65% dos pacientes relataram ter um, tornando-o o sintoma mais comum detectado pelo departamento de saúde em pessoas com essa variante2.

Por que a dor de cabeça?

Como a Omicron, em particular, parece concentrar-se mais no trato respiratório superior, os seios nasais podem ficar inflamados. Essa sinusite naturalmente leva a dores de cabeça. Nesse caso, a inflamação nos seios nasais, mas também a inflamação generalizada, é a causa de dores de cabeça muitas vezes localizadas no rosto (frente). Outras causas das dores de cabeça de Omicron podem ser a desidratação ou o estresse de sofrer do Covid-19, como explicado em um vídeo do Drbeen (não seu verdadeiro nome como médico).

Como tratar uma dor de cabeça?

Uma dor de cabeça causada pela variante Omicron pode ser tratada da mesma maneira que outras dores de cabeça infecciosas. Em geral, o paracetamol é o melhor tratamento para esse tipo de dor de cabeça. As vezes os AINEs como o ibuprofeno ou o naproxeno também podem ser eficazes, especialmente em casos de inflamação, particularmente nos seios nasais (sinusite). Não se esqueça de beber muitos líquidos, como chá de tomilho ou simplesmente água, o que é eficaz para as dores de cabeça. Para sinusite ou resfriado, um spray descongestionante ou medicação interna pode ser útil. Descubra nosso arquivo completo sobre rinite

Dor de garganta

Algumas pessoas reclamam de uma dor de garganta muito forte. Doces ou pastilhas para dor de garganta vendidos em farmácias, geralmente baseados em um anestésico como a lidocaína, ajudam a acalmar essas dores de garganta.

Menos tosse ou bronquite

Um estudo (DOI: 10.1101/2022.01.19.476898) com pesquisadores holandeses publicado como pre-print (não revisada por pares) em 20 de janeiro de 2022 mostrou que a variante Omicron se replica mais rapidamente nas vias aéreas e aumentou a aptidão física em comparação com a variante 614G inicial e a variante Delta. Em contraste, Omicron não replicou produtivamente em células alveolares humanas tipo 2, isto é, nos brônquios ou nos pulmões. Em outras palavras, a variante Omicron não tende a “descer” para os pulmões. Esse estudo mostrou a nível celular que a Omicron não usa efetivamente o TMPRSS2 (uma enzima) para entrar ou se espalhar através da fusão celular-célula.

Atualizado em 19 de março de 2022. Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: mencionadas no artigo ou no final da página. Crédito fotográfico: Adobe Stock.

5 dicas para ter ossos sólidos

Os ossos tendem a enfraquecer com a idade. O pico de massa óssea geralmente é alcançado no final dos vinte ou no início dos trinta1. A partir dos 35 anos, mais tecido ósseo é destruído do que recém-produzido. Como resultado, começamos a perder a estrutura óssea naturalmente com a idade. As mulheres são as mais afetadas pela diminuição da massa óssea, principalmente após a menopausa. Uma em cada três mulheres sofre de osteoporose nesta etapa. Pense agora em fortalecer seus ossos e siga essas 5 dicas que vão te ajudar a ter ossos fortes.

1. Coma de forma saudável para uma boa estrutura óssea (dica mais importante)

Cálcio
Os alimentos são aliados essenciais da saúde. Coma alimentos ricos em cálcio, como laticínios: leite, manteiga, queijo ou iogurte. Certos vegetais, como brócolis e erva-doce, também são fornecedores de cálcio e, portanto, promovem a reconstrução óssea.

Vitamina D
Na medida do possível, recomenda-se comer salmão regularmente, pois a vitamina D encontrada neste peixe aumenta a absorção de cálcio a nível intestinal.

Alimentos anti-inflamatórios
Além disso, um estudo publicado online em 21 de fevereiro de 2017 na revista científica Journal of Bone and Mineral Research (DOI: 10.1002/jbmr.3070) mostrou que uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios (ex. frutas, vegetais, peixes, grãos) ajudaram a preservar a densidade óssea e reduzir o risco de fratura de quadril. Da mesma forma, as batatas, ricas em potássio, ajudam a aumentar a densidade óssea. De acordo com um estudo realizado com mais de 100.000 adultos, as mulheres que comiam de forma saudável viram o risco de fratura de quadril diminuir em comparação com as mulheres que não observavam sua alimentação. Nos homens, essa associação entre alimentação saudável e fratura não foi observada.

Proteínas
Nos ossos, as proteínas compõem uma porção significativa de massa e volume, criando uma teia de fibras que estabelece as bases para o crescimento2. Nos ossos, as proteínas compõem uma porção significativa de massa e volume, criando uma teia de fibras que estabelece as bases para o crescimento. As proteínas são como andaimes. Cálcio e fósforo se depositam nele e endurecem. Fontes saudáveis ​​de proteínas incluem: laticínios, peixes, aves, legumes, grãos integrais, nozes, sementes e alguns vegetais como milho, brócolis e aspargos. Os alimentos ricos em proteínas e cálcio devem ser preferidos como: salmão enlatado (com espinhas) ou sardinha, feijão, laticínios (queijo, iogurte, queijo branco, leite), vegetais de folhas verdes e nozes.

Água mineral
Além de uma boa higiene alimentar, beba bastante água mineral, principalmente água rica em cálcio. Esta bebida pode permitir um aporte muito importante deste mineral.

2. Faça atividade física regularmente

Praticar regularmente um esporte (correr, jogar futebol) ou um exercício físico (caminhada), pois a prática de exercício teria um efeito benéfico na redução ou atraso da osteoporose. Sabe-se também que, em particular, a hidroginástica (ginástica na água) seria eficaz no tratamento desta doença.

Um estudo científico espanhol realizado pela Universidade Camilo José Cela mostrou que a corrida possibilitou um aumento da densidade óssea, pelo menos no calcâneo. Os cientistas espanhóis também mostraram que quanto mais quilômetros percorridos, mais a saúde dos ossos aumenta.

Ainda de acordo com este estudo, certas práticas esportivas como levantamento de peso, corrida ou salto reforçam a qualidade dos ossos e, em particular, a densidade de mineralização. Este estudo foi publicado na edição de fevereiro de 2016 da revista especializada European Journal of Applied Physiology.

3. Evite quedas

Se você tem osteoporose, preste atenção às quedas. Tome todas as precauções necessárias para evitá-las: bons sapatos, boa postura, evitar pisos escorregadios, evitar gelo no inverno, possivelmente carregar uma bengala. Se necessário, pode ser aconselhável reorganizar o interior de sua casa para evitar tapetes e objetos que possam te atrapalhar.

4. Adote uma boa postura

Umaboa postura permite menos estresse e sobrecarga na coluna3. Atente no cotidiano para realizar cada movimento corretamente e adote uma boa postura, principalmente das costas. Por exemplo, para levantar algum peso, dobre os joelhos, não a cintura, e levante com as pernas, mantendo a parte superior das costas reta.
O exercício físico realizado de forma inadequada pode agravar os sintomas da osteoporose. Se possível, procure orientação profissional. Para melhorar o equilíbrio e a postura, você pode favorecer exercícios como o Tai chi que o ajudará a reduzir o risco de quedas e ombros curvados.

5. Evite fumar e beber muito álcool

O tabagismo e o álcool estão associados a vários fatores de risco para osteoporose. O tabaco pode interferir com a absorção de cálcio por enfraquecer os ossos devido à perda mineral óssea, expondo os fumantes a um aumento do risco de fratura. Um estudo publicado em 2013 confirma os efeitos nocivos do tabaco nos ossos e na coluna (DOI: 10.11138 / mltj / 2013.3.2.063). O mesmo vale para o consumo excessivo de álcool a longo prazo. Um estudo realizado em ratos, publicado em 2012 (DOI: 10.1016 / j.rhum.2012.02.010), mostra que além de diminuir o conteúdo mineral ósseo, o consumo crônico de álcool tem efeitos nocivos sobre o resistência óssea.

Nota: às vezes a medicação é absolutamente necessária, especialmente quando a osteoporose está em uma forma avançada.

Artigo atualizado em 01/01/2022. Pela equipe editorial de criasaude.com.br (supervisão científica de Xavier Gruffat, farmacêutico). Fontes: Mayo Clinic, Newsletter da Harvard Medical School.
Créditos das fotos: Adobe Stock. Crédito infográfico: Pharmanetis Sàrl (Criasaude.com.br). Referências: ver diretamente no texto (sem DOI).

Covid-19 : a demanda por vacinação de crianças na Suíça é modesta (menos de 6%)

BERNA A Suíça é o país mais rico do mundo em termos de PIB per capita, segundo a The Economist, mas apesar da presença e aprovação da vacina da Pfizer para vacinar crianças de 5 a 11 anos, os pais suíços não querem vacinar. A demanda de vacinação das crianças contra a Covid-19 ainda é baixa na Suíça. Cerca de 32.000 crianças de 5 a 11 anos foram vacinadas até o momento (24.01.2022). A taxa de vacinação é de 5,2% e há diferenças regionais consideráveis.

Abaixo de 2%

A vacinação de crianças tem sido possível em toda a Suíça desde o início do ano 2022. A taxa é a mais baixa na Suíça francófona (Suisse romande), onde está bem abaixo de 2%. Neuchâtel tem a taxa mais baixa (1,4%), Genebra a mais alta (1,8%), segundo os números do Departamento Federal de Saúde Pública (FOPH), informados na segunda-feira (24.01.2022) pela rádio SRF em língua alemã.

Basiléia na liderança

O maior número de crianças foi vacinado até agora na Basel-Landschaft e na Basel-City, com taxas de 11,8 e 12,8 por cento, respectivamente. Nos cantões de Zurique e Berna, 7,7 e 7,1% das crianças de 5-11 anos foram vacinadas. Numericamente, esses dois cantões têm o maior número de crianças vacinadas contra o Covid: 8600 em Zurique e 5000 em Berna.

A demanda era alta no início, disse Gundekar Giebel, porta-voz do departamento de saúde do cantão de Berna, à SRF. Os pais que esperavam que seus filhos fossem vacinados o mais rápido possível, o fizeram no primeiro fim de semana.

A doença Covid-19 em crianças, se é contraída, é normalmente muito leve

Entretanto, a demanda de vacinações diminuiu. O fato de a taxa de vacinação para crianças ter sido até agora muito mais baixa do que para adultos não é surpreendente, porém, segundo Giebel: “A doença Covid-19 em crianças, se é contraída, é normalmente muito leve”. Isso provavelmente tem uma grande influência sobre a taxa de vacinação”, diz ele.

A situação é diferente em Zurique: “Ainda estamos passando por uma grande demanda e sempre podemos fazer consultas”, segundo um funcionário do departamento de saúde de Zurique.

Taxas baixas também no Ticino

Além dos cantões de língua francesa, a taxa de vacinação das crianças também é muito baixa, inferior a 3%, em Ticino (2,6%), Glarus (2,1%), St. Gallen (2,7%), Appenzell Innerrhoden (2,9%) e Obwalden (3%). Além de Zurique, Berna e os dois cantões da Basiléia, somente os cantões de Aargau (7,4%), Zug (6,7%), Lucerna (6,4%), Solothurn (5,8%) e Nidwalden (5,1%) estão acima da média nacional.

Motivos múltiplos

Com mais de 90% da variante Omicron em circulação na Suíça, há pouco incentivo para que os pais vacinem seus filhos. Até agora (24.01.2022) nenhuma morte de crianças com Omicron, vacinadas ou não, foi registrada no mundo inteiro. Os pais suíços também têm medo de possíveis efeitos colaterais a longo prazo. Não há como conhecer os possíveis efeitos colaterais a longo prazo das vacinas em crianças, muito menos uma provável imunidade natural melhor do que a ligada às vacinas (de acordo com um estudo do CDC dos Estados Unidos).

24.01.2022. V.1.1. Por Xavier Gruffat (farmacêutico). Fontes: Keystone-ATS, The Economist, CDC, Our World in Data (Oxford).